Um levantamento do Grupo de Manutenção Automotiva (GMA), composto pelo Sindipeças, Andap, Sincopeças e Sindirepa, indica que os acidentes de trânsito no Brasil matam mais que câncer de pulmão e mama somados. Além disso, para cada óbito há cerca de 15 feridos, alguns dos quais com lesões irreversíveis e limitadoras. O motivo é que a falta de manutenção nos veículos causa acidentes, óbitos e pessoas incapacitadas. Outro fato é que veículos quebrados em vias públicas geram congestionamentos que atrasam as pessoas e também causam acidentes e 48% dos acidentes em perímetro urbano e 14% nas estradas são causados por veículos em mau estado de conservação.
A pesquisa do GMA ainda mostra dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em que o Brasil aparece como responsável por 10% de todas as mortes ocorridas no mundo, devido aos acidentes automobilísticos. A Fenaseg (seguro obrigatório) indeniza anualmente quase 40 mil mortes no trânsito brasileiro (3,4% do total de óbitos) e os acidentes de trânsito somados à violência urbana figuram como a segunda causa de morte no Brasil, superada apenas pelas doenças cardiovasculares. Outro fato é que os.
– Caminhão 100% e Carro 100%
A cadeia de reposição automotiva, com o apoio de órgãos públicos (DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito e CET – Companhia de Engenharia e Tráfego) e do SENAI-SP – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, lançaram a campanha “Carro 100% e Caminhão 100%”, para conscientizar o motorista a cuidar preventivamente de seu veículo. Sob a coordenação do GMA – Grupo de Manutenção Automotiva, trata-se de uma iniciativa para mostrar ao motorista a importância de fazer a manutenção preventiva no veículo.
Do total de 28 milhões de veículos (dados do Estudo da Frota do Sindipeças), 57% já ultrapassaram os 100.000 km rodados. A média anual de quilometragem é de 13.275 e tem permanecido estável nos últimos anos, indicando que o motorista mantém o mesmo padrão de utilização do veículo. Contudo, 53% dos carros com mais de cinco anos de uso já têm quilometragem superior a 50.000 e 25% já ultrapassaram os 100.000km.
– Catalisador e consumo de combustível
A Mastra informa que o catalisador com problemas de funcionamento aumenta em até 10% o consumo de combustível. Conforme estudo do Sindicato de Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa), o catalisador inoperante por conta de quebra, derretimento ou entupimento aumenta o consumo de combustível, que em um ano pode chegar a mais de R$ 500,00.
Um catalisador genuíno, que vem no veículo novo, tem durabilidade mínima de 80 mil quilômetros. Trincas, quebras, derretimento e entupimento da cerâmica também são sinais para a troca imediata, além da não conversão dos gases. Os catalisadores para o mercado de reposição têm durabilidade mínima de 40 mil quilômetros, conforme regulamentação do CONAMA. A verificação deve ser feita por profissionais especializados em oficinas e centros automotivos.