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Toyota Corolla Altis Hybrid é sofisticado sem complicar a vida do mecânico

Sedã médio vem equipado com motor 1.8 litro flex combinado com um elétrico somando 122 cv

texto Felipe Salomão   fotos Revista O Mecânico

É possível dizer que o Toyota Corolla é um veículo clássico que ainda está à venda, uma vez que foi lançado em 1966 no mundo, acumulando mais de 50 milhões de unidades comercializadas em todo o planeta. Contudo, o sedã só chegou ao Brasil 27 anos depois, em 1993. Pois bem, de lá para cá já se passaram 34 anos e, com isso, muita evolução tecnológica e diversas gerações, chegando à versão Corolla Altis Hybrid, que traz sofisticação aliada com baixo consumo de combustível por conta da eletrificação. Todavia, o tradicional sedã médio, mesmo que eletrificado, continua a ser um amigo dos mecânicos, pois dificilmente complica a vida do mecânico e, também, do dono do veículo.

A versão avaliada neste Raio X foi exatamente a Toyota Corolla Altis Hybrid, que é vendida por R$ 182.990 e vem equipada com motor 1.8 litro flex combinado com um elétrico, totalizando 122 cv, que também equipa o “irmão” Corolla Cross. Claro, mesmo com o sucesso dos SUVs no mercado nacional, o modelo ainda mantém a liderança no ranking dos sedãs médios, bem como bons números com 4.643 unidades emplacadas entre janeiro e fevereiro deste ano.

“O Toyota Corolla hoje é considerado um dos melhores e fantásticos, que dificilmente não dá problema e não quebra, o que é ruim para nós mecânicos. Mas, claro, tem a manutenção preventiva, que deve ser sempre analisa”, disse com entusiasmo o mecânico Guto, proprietário da G.Pauto Mecânica de Autos, localizada no Butantã, em São Paulo.

Motorização

Sob o capô, o Toyota Corolla Altis 2024 manteve o motor 1.8 de ciclo Atkinson tem 101 cv e 14,5 kgfm de torque trabalha com os motores elétricos de 72 cv e 16 kgfm de torque resultando em potência combinada de 122cv tendo câmbio automático do tipo CVT. Essa geração do Toyota Corolla foi lançada no segundo semestre de 2019 no Brasil e segue sem alterações significativas desde então.

Apesar de ser um sedã com muita tecnologia embarcada, é preciso ficar atento ao combustível ruim, como ressalta Guto. “Um dos problemas que acontece com esse carro é abastecer com gasolina e etanol adulterados, que afeta a injeção eletrônica, a bomba de combustível e borra nos bicos. E quem usa mais etanol tem que ficar esperto com problemas na bóia no tanque por conta da oxidação. Por isso, é necessário utilizar dois tanques de etanol para um de gasolina, uma vez que a gasolina ajuda a limpar as impurezas”, ressaltou Guto.

Análise técnica do cofre do motor

Ao abrir o cofre é possível ver que a manutenção é fácil de ser feita. Os aquecimentos dos bicos (1) são fáceis de reparar, bem como as velas e bobinas estão em um local prático de fazer o conserto (2). O vaso de expansão está à direita e tem fácil acesso (3). O fluido de arrefecimento é para 160 mil km da Toyota Super Long Life Coolant – SLLC.

Já o reservatório do fluido de freio está à esquerda (4) e deve ser substituído a cada 40 mil km sempre, utilizando o lubrificante DOT 3. Também a cada 40 mil km deve ser substituído o filtro de ar,
que está na frente próximo ao radiador (5). Em relação ao filtro de óleo, ele está em um local mais abaixo. A bateria (6) e a caixa de fusíveis estão próximos e de prática manutenção (7). O sistema de ar-condicionado tem os bicos de entrada muito fáceis de colocar uma carga nova de gás (8). Por fim, há um reservatório para refrigeração da parte eletrificada do sedã, utilizando o mesmo líquido da combustão (9).

Undercar

Por baixo, é possível ver que o Toyota Corolla Altis Hybrid conta com uma ampla proteção. Claro, quem acompanha a Revista O Mecânico no YouTube e nas redes sociais já sabe que por conta da garantia dos modelos enviados pelas montadoras para a realização do Raio X, não podemos mexer em nenhuma peça do veículo. (10) Por isso, não retiramos as proteções. Portanto, não foi possível mostrar o acesso ao filtro de óleo, que deve ser substituído a cada 10 mil km ou 12 meses. Todavia, de acordo com Guto, que tem ampla experiência no conserto do sedã, é de fácil acesso, mas precisa de uma chave especial. “Esse filtro de óleo é refil e tranquilo de fazer o reparo. Contudo, requer uma chave especial para não estragar a tampa do filtro de óleo”.

Assim como, o filtro de óleo e outros componentes, o sistema de suspensão dianteira do Toyota Corolla Cross Altis conta com barra estabilizadora (11), bieleta (12), bandeja (13), semieixo (14) e amortecedor com caixa elétrica. Os freios também não dão dor de cabeça para o mecânico (15). “O desgaste do freio é igual ao Corolla 100% a combustão, uma vez que você tem a mesma carga. Portanto, não há mais desgaste nos elétricos”, analisa Guto.

Todavia, o Toyota Corolla Altis Hybrid tem três travessas de metal para reforçar o sistema elétrico do modelo. A sonda lambda (16) pós catalisador é de fácil manutenção, pois está em um local de prático para o mecânico. O cabo laranja do sistema eletrificado está desprotegido, indo da dianteira do veículo até a traseira, fazendo a ligação com a bateria (17). O filtro de combustível fica dentro do tanque (18). A suspensão traseira, que é MultiLink, necessita de cambagem, caster e alinhamento de maneira periódica. Os freios traseiros são a disco (19). Também há bieletas e buchas, que com o tempo geram desgaste e barulhos (20). Por fim, há três silenciosos para não deixar o veículo com barulho interno (21a, 21b, 21c). “Olha, para nós mecânicos esse carro é um paraíso, pois é um veículo muito bom de trabalhar com acesso fácil as peças”, ressalta Guto.

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