A troca regular de óleo é responsável por impedir que as superfícies metálicas do motor sejam danificadas ao longo do tempo pelo constante atrito. De acordo com a Total, fabricante de lubrificantes automotivos, a desinformação sobre como e quando devem ser feitas as reposições do lubrificante, bem como a escolha de qual produto utilizar, é um dos principais motivos que causam o desgaste, oxidação e corrosão de peças.
Como explica o gerente de Produtos da Total Lubrificantes do Brasil, Marcelo Beltran, tanto o período de troca quanto o tipo de óleo que deve ser usado são determinados pelo fabricante do veículo e devem ser consultados no manual do proprietário de cada modelo. “É extremamente importante realizar a troca de óleo seguindo as recomendações do fabricante do veículo, pois o lubrificante oxida-se em contato com oxigênio e na presença de calor (condições normais dos motores), além de se contaminar, perde as suas propriedades com o passar do tempo”, declara Beltran.
No que diz respeito ao tempo e à quilometragem adequados para a troca do óleo, Beltran adverte que todos os lubrificantes têm um período específico de reposição e que isso também varia de acordo com o automóvel e a forma como ele é conduzido. “Quando a troca é determinada pela quilometragem, normalmente está relacionada com o tipo de condução do motorista, ou seja, se é ‘severa/leve’ ou ‘cidade/estrada’. E no caso de troca por período, quando o veículo não atingiu a quilometragem estipulada pela montadora, porém atingiu o tempo máximo de uso, também é necessário realizar a troca”, esclarece.
Outro fator que também pode causar confusão é a escolha do tipo de lubrificante, já que existem várias opções no mercado, com diferenças de viscosidade e pacote de aditivos, o que está diretamente ligado ao desempenho desses produtos. “Nesse sentido, os proprietários devem verificar nos manuais dos veículos qual tipo de óleo deve ser utilizado, pois há uma especificidade para cada automóvel”, destaca Beltran.
Com custo mais elevado, os lubrificantes sintéticos são destinados a automóveis mais modernos por terem maior resistência ao calor, menor volatilidade e menor desgaste no momento de partida, o que confere maior performance ao veículo. Já os minerais são produzidos a partir do óleo bruto e são posteriormente refinados, assim, as frações com propriedades de lubrificação úteis são separadas e os componentes indesejáveis que prejudicam o funcionamento do motor são removidos.
Há ainda os óleos semissintéticos, que são uma mistura dos lubrificantes sintéticos e minerais. Por lei, deve-se incorporar na mistura pelo menos 10% de óleo sintético, e na prática, a composição dos semissintéticos normalmente não apresenta mais de 30%. Em todo caso, a indicação é que o manual do proprietário seja consultado para que o lubrificante adequado seja utilizado, sem comprometer o desempenho e a manutenção do motor.