Setor automobilístico nacional tem crescimento recorde em 2009

Ao contrário das previsões pessimistas anunciadas no início do ano passado, o segmento registrou crescimento recorde

Quando o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que a crise econômica mundial seria uma “marolinha”, caso chegasse afetar o Brasil, estava certo ao menos sobre o setor de automóveis. Contrariando os mais céticos e as assustadoras previsões sobre a queda na comercialização de 2009, o segmento de autoveículos e comerciais leves fechou o ano com vendas acima de três milhões de unidades, uma alta recorde de 12,66% em relação a 2008, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição dos Veículos Automotores).

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O resultado do acumulado revela que o mercado, alicerçado por alguns planos especiais de crédito e pela redução da taxa do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados), ganhou confiança ao longo do ano e gradativamente conseguiu se recuperar do pesadelo enfrentado no último trimestre de 2008.

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Uma das montadoras que fundamenta isto é a atual líder de vendas Fiat, que alcançou o melhor resultado de 2009. De acordo com a marca, foram vendidos 736.973 veículos, 12% a mais do resultado calculado em 2008 (657.771 unidades).

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O modelo mais vendido do Brasil foi o Volkswagen Gol, com o emplacamento de mais de 300 mil unidades. No ano passado, a marca comercializou 684.381 veículos no período, registrando um crescimento de 17% em relação ao ano retrasado.

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Seguindo o contínuo crescimento do setor, a General Motors também teve o seu melhor desempenho no País, com a comercialização de 595.536 veículos. O número representa um crescimento de 8,5% em comparação a 2008, quando a empresa vendeu 548.943 unidades.

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Entre as quatro maiores companhias instaladas em território nacional, a Ford foi a que menos avançou, mas também registrou crescimento. Em 2009, a montadora vendeu um total de 323.808 veículos, um crescimento de 15,3% sobre o ano anterior. Na divisão de mercado, a empresa teve um ganho de meio ponto percentual, com 10,10% de participação, enquanto a Fiat fechou com 24,49%, a Volkswagen com 22,74% e a GM com 19,79%.

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A indústria automotiva, de modo geral, finalizou o período de 2009 com bons resultados. A Toyota pela primeira vez ultrapassou a marca de 90.000 veículos, ao vender 93.486 unidades, 16% a mais que em 2008 (83.884 modelos). A Honda teve aumento de 7% nas vendas, com 125.868 automóveis vendidos, a Peugeot fechou o ano com 81.860 unidades, a Citröen comercializou 69.299 veículos e a Mitsubishi emplacou durante o ano 37.504 modelos.

Mercado de luxo

O setor de carros de luxo também apresentou aumento nas vendas. A Stuttgart Sportcar, representante oficial da Porsche no Brasil, colocou o País como o maior importador dos seus modelos na América Latina. A concessionária comercializou 553 automóveis entre janeiro e dezembro de 2009, superando pela primeira vez o México que vendeu 533 unidades no mesmo período.

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Por sua vez, a marca sueca Volvo Cars vendeu de janeiro a dezembro um total de 2.150 unidades, resultado que indica um crescimento de 96% em relação a 2008, quando a fabricante emplacou 1.098 carros no País.

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Com o mercado aquecido, 2010 provavelmente será um ano bastante positivo para o setor, mesmo sem o auxílio da redução da taxa do IPI. Quem ganha com isto é o consumidor, que em pouco tempo vai encontrar facilidades para a aquisição de um automóvel, e, por conseqüência, o reparador, que muito em breve terá mais automóveis em sua oficina para realizar manutenção.

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