A equipe Renault F1 Team acaba de apresentar o novo modelo R28 da temporada deste ano da Fórmula1, com início em março, na Austrália. Os pilotos são Fernando Alonso e Nelsinho Piquet, além do brasileiro Lucas Di Grassi no trabalho de desenvolvimento e terceiro piloto do time.
O novo carro da Renault F1 Team foi batizado de R28 e se beneficia do máximo tempo possível de desenvolvimento no túnel de vento. A principal diferença em relação ao modelo anterior, o R27, é a adoção de uma montagem de suspensão do tipo “quilha-zero”. A equipe Renault concluiu, por meio de testes em seu túnel de vento, que essa configuração de suspensão abriu novos caminhos para o desenvolvimento aerodinâmico. Por isso, a escuderia também trabalhou bastante para manter a boa e eficiente configuração mecânica dos carros anteriores.
A distribuição de peso e o equilíbrio aerodinâmico exigidos pelos pneus Bridgestone tornaram a dianteira do veículo crítica e a equipe encontrou algumas soluções radicais. A asa dianteira de três mesas – usada pela primeira vez na Renault – também apresenta uma asa intermediária através do nariz, que agora está mais baixo e inclui arranjo inovador para fixar a mesa principal ao cone do bico.
O monocoque passou por diversas modificações de detalhes e os sidepods (caixas laterais que abrigam sistemas como radiadores e eletrônica) com aberturas menores do que no R27. Os espelhos estão mais próximos da carenagem e com o arranjo anterior, a visibilidade poderia ser comprometida pela nova proteção da cabeça do piloto, que é maior e está situada nas laterais do cockpit.
Os apêndices aerodinâmicos seguem as linhas utilizadas nos últimos carros da equipe. A carenagem traseira está ainda mais compacta que as de seus antecessores, para otimizar o fluxo do ar que segue para a asa de trás, enquanto a própria asa mantém o apoio central apresentado no R26, para poupar peso sem comprometer a rigidez.
Sob a carenagem, a equipe trabalhou na redução de peso e no aumento do lastro disponível a fim de realizar ajustes de acordo com cada pista. Os técnicos também melhoraram a rigidez de todo o chassi e mantiveram o arranjo característico do suporte entre o chassi e a caixa de câmbio. Projetado para durar quatro corridas, o câmbio novamente utiliza uma caixa de titânio e a adoção da nova unidade chamada de SECU (Standard Electronic Control Unit – Unidade Padronizada de Controle Eletrônico) e não afetou a velocidade de seu mecanismo de trocas rápidas.