O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) autorizou a importação de kits SKD (semi-desmontados) e CKD (completamente desmontados) com isenção de imposto de importação para 15 montadoras. A medida, válida de agosto de 2025 a janeiro de 2026, contempla um valor total de R$ 2,6 bilhões em cotas e tem como foco a montagem local de veículos híbridos e elétricos.
O pleito inicial foi feito pela BYD, mas a Portaria Secex nº 420 também beneficia outras marcas sem produção local, como GWM, GAC e Omoda Jaecoo. Essas quatro empresas ainda não iniciaram a montagem de veículos no Brasil, mas já possuem estrutura em desenvolvimento.
Além delas, também foram contempladas montadoras com operação industrial já estabelecida no país: Audi, BMW, CAOA Montadora, Honda, Hyundai, Kia, Mercedes-Benz, Porsche, Renault, Toyota e Volvo.
Apesar da inclusão, Porsche e Mercedes-Benz não devem aderir à importação de kits no curto prazo. Já Omoda Jaecoo e GAC, embora incluídas, ainda não têm estrutura pronta para iniciar produção.
A medida do MDIC busca acelerar a transição para a eletrificação no país, mas reacende discussões sobre o nível de nacionalização e os reais impactos industriais do regime. Na prática, a cota deve favorecer empresas como BYD e GWM, que estão próximas de iniciar operações em Camaçari (BA) e Iracemápolis (SP), respectivamente. A GWM inaugura sua fábrica no dia 15 de agosto, enquanto a BYD deve começar a operar ainda neste segundo semestre.