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Produção tem pior mês de agosto desde 2003

fábrica automóveis

Apesar do resultado, produção teve alta de 0,3% sobre julho mesmo com as paralisações de diversas fábricas; licenciamentos teve pior agosto desde 2005

 

A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgou ontem (8) os números de produção de veículos em agosto no Brasil. O resultado é positivo frente ao mês de julho, com alta 0,3% mesmo com as paralisações totais ou parciais de 11 fábricas ao longo de agosto em função da crise dos semicondutores. Contudo, o volume de 164 mil unidades produzidas no mês passado mostrou uma queda de 21,9% em relação a agosto de 2020, quando ainda não havia falta de componentes eletrônicos. No geral, este foi o pior resultado para um mês de agosto desde 2003.

E com a retomada da demanda, isso levou os estoques nas fábricas e concessionárias a uma redução rápida. De acordo com a Anfavea, na virada do mês, havia apenas 76,4 mil unidades disponíveis, ou seja, estoque suficiente para menos de duas semanas de vendas. Essa situação explica as filas de espera para vários modelos, sendo o pior nível em mais de duas décadas.

“Essa situação dos semicondutores traz uma enorme imprevisibilidade para o desempenho da indústria no restante do ano. Num cenário normal, estaríamos produzindo num ritmo acelerado nesta época do ano, quando as vendas geralmente ficam mais aquecidas”, diz o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. “No ano passado tínhamos boa produção no segundo semestre, mas uma demanda imprevisível em função da pandemia. Neste ano, temos a volta da demanda, mas infelizmente uma quebra considerável na produção.”

Com maior procura e menor oferta, os licenciamentos também caíram: com 172,8 mil unidades vendidas, este foi o pior mês de agosto desde 2005. Foi registrada queda de 1,5% sobre julho e de 5,8% em relação a agosto de 2020. A Anfavea reforçou ainda que, pela primeira vez na história, os SUVs venderam mais que a soma de hatches e sedãs no país, enquanto os híbridos e elétricos tiveram participação recorde nas vendas, com 3.873 unidades, 2,4% de todo o mercado.

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