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Pneus no solo: dicas para orientar seu cliente

Orientar o cliente sobre as condições de rodagem dos pneus é responsabilidade do mecânico. Veja as dicas para garantir segurança e estabilidade do veículo apenas com a manutenção correta dos pneus

Carolina Vilanova

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Dirigibilidade, estabilidade e segurança. Três atributos fundamentais de um veículo apoiados, literalmente, nas condições de uso dos pneus. Com certeza, você sabe disso, mas e o seu cliente? Será que ele sabe quais são os pneus recomendados para o seu veículo? E da importância de rodar com pneus em ordem? Não? Será que seu cliente sabe que pneus em bom estado de conservação, além de melhorar a dirigibilidade, estabilidade e conforto do veículo, reduzem o consumo de combustível. Também não? Mas com certeza, ele sabe que se trata de um item de alto preço, sobretudo nos veículos de uso comercial (leves e pesados). Logo, sua correta conservação auxilia, em muito, na redução dos custos de operação de frotas.

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Os pneus são fundamentais para o bom desempenho de um veículo de um modo geral. Até no automobilismo os pilotos que poupam os pneus têm mais chances de bons resultados. E, se dentro dos autódromos é importante rodar com os pneus bem conservados, fora das pistas isso é essencial para garantir a segurança não só dos passageiros do carro, mas também de pedestres e de outros motoristas, seja no trânsito das grandes cidades ou nas estradas.

Se você quer orientar bem o seu cliente em relação a esse assunto, então, acompanhe as dicas dessa matéria que mostra como cuidar dos compostos, além dos detalhes de inspeção, alinhamento e os devidos reparos.

Manutenção preventiva

Os pneus estão na lista dos itens de segurança mais importantes de um veículo, ao lado do sistema de freios e de suspensão que, aliás, dependem de um bom pneu para total eficiência. Esses componentes também devem passar por manutenções preventivas para não comprometer as condições dos pneus.

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Fábio Lopes, gerente de produto Car e Motorsport da Pirelli afirma que é importante checar o estado dos quatro pneus e do estepe com regularidade e, especialmente, antes de viajar. “Pneus mal conservados representam um grande risco na pista, porque perdem a aderência, o que pode causar derrapagem em solo sujo ou em curvas muito fechadas. Em superfície molhada, aumenta a possibilidade de aquaplanagem, pois a capacidade de drenagem de água dos pneus é menor”, completa.

Alguns procedimentos de manutenção são simples e essenciais para prevenir acidentes, garantir a dirigibilidade do veículo, evitar desgastes prematuros da banda de rodagem dos pneus e ainda reduzir o consumo de combustível. É bom lembrar a necessidade da manutenção preventiva de todo o veículo, principalmente, de amortecedores, molas, freios, rolamentos, eixos e rodas atuam diretamente sobre os pneus.

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O primeiro passo para manter os pneus em bom estado de conservação é verificar a pressão correta de cada um deles e calibrar uma vez por semana com a pressão descrita no manual do proprietário, de acordo com as instruções da Bridgestone. É bom lembrar que cada veículo tem pressão diferente, de acordo com seu desenho e capacidade de carga, e que a medição deve ser feita com o pneu frio.

Em termos de aplicação, a Continental Pneus recomenda que sejam utilizados pneus apropriados para determinado carro e na substituição, usados outros da mesma medida recomendada pelo fabricante do automóvel. No caso de tunning (troca do pneu por um de série rebaixada) ou pneus off-road, verifique junto ao distribuidor as tolerâncias. Nunca misture no mesmo veículo pneus de construções diferentes.

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Oriente que seu cliente preze por uma direção segura, ou seja, que ele dirija com cuidado. Conforme as explicações da Goodyear, é importante evitar manobras imprecisas, cair em buracos e ou encostar em guias, que podem causar desgaste, ranhuras e cortes do produto. Além disso, mantenha uma direção segura sem frenagens bruscas, curvas em alta velocidade e manobras radicais, para não provocar desgaste irregular e acelerado na banda de rodagem. E por fim, não rodar com os pneus carecas.

De acordo com a Michelin, é necessária a verificação periódica do estado dos pneus, uma inspeção visual que inclui o exame das laterais interna e externa e da banda de rodagem constatando a presença de cortes ou deformações nestas partes. Também se examinam as profundidades dos sulcos da escultura, verificando se o desgaste está normal ou se existe alguma parte mais desgastada. Pedras, pregos e outros objetos que estejam presos no pneu devem ser retirados neste momento, mas, é preciso cuidado para verificar se não existe uma perda de ar, pois, neste caso, o pneu pode esvaziar repentinamente nesta operação.

 

De olho na borracha
Acompanhe as dicas dos fabricantes para manter e consertar corretamente o conjunto de pneus do carro do seu cliente. Além da direção segura, calibragem ideal e uso adequado, outros detalhes merecem atenção do mecânico na hora da manutenção e eventual reparo do conjunto.Conforme as normas mundiais para a especificação das dimensões, um pneu deve constar as seguintes informações: 175/70 R13. Legenda: 175 é a largura do pneu montado e inflado em milímetros; 70 indica que a altura do flanco corresponde a 70% da largura do pneu – esta indicação corresponde à série do pneu; R significa que a estrutura deste pneu é radial; 13 é o diâmetro da roda em polegadas.

Especificação do fabricante: alterar os pneus originais por maiores ou com outras especificações pode causar desgaste irregular, prejudicar a dirigibilidade e até provocar cortes no pneu, caso arranhe na lataria do veículo. O mecânico também deve ficar atento às descrições do pneu em relação a medida, tipo, índice de carga e de velocidade.

Pneus do mesmo tipo: em caso de substituição, é necessário instalar o mesmo modelo e marca de pneu em um mesmo eixo. Cada pneu tem sua própria construção, disposição de lonas e desenho de banda de rodagem, desenvolvidos para determinada aplicação. Utilizar pneus diferentes no mesmo eixo pode provocar desgaste irregular e comprometer a estabilidade.

Pneus novos: devem ser sempre instalados no eixo traseiro, e não no dianteiro. Isso porque, como a trajetória do veículo é definida pelo eixo traseiro, o risco de um acidente por perda de aderência é maior nos pneus de trás.

Peso e velocidade: As capacidades de carga e velocidade dos pneus, recomendadas pelo fabricante, devem ser respeitadas. Muitas seguradoras negam o pagamento de indenizações quando constatam alterações nessas características.

Controle do desgaste: existe um limite de desgaste permitido por lei e indicado pela sigla TWI (Tread Wear Indicator), que representa 1,6mm de profundidade dos sulcos. Esse número é gravado na estrutura de todo pneu, seja qual for a marca. Se estiver abaixo desse índice, o pneu é considerado “careca” e não atende as exigências de segurança, de acordo com o Contran 558/80, com pena até de ter o veículo apreendido.

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Rodízio: para equalizar o desgaste dos pneus e evitar danos permanentes nas bandas de rodagem, o proprietário deve fazer a o rodízio dos pneus a cada 10 mil km.

Alinhamento e Balanceamento: também devem ser realizados regularmente a cada 10 mil km, para auxiliar na prevenção de desgastes irregulares e garantir a estabilidade e a dirigibilidade ao veículo. Faça o procedimento sempre que trocar alguma peça da suspensão ou quando apresentar desgaste irregular ou após ter caído em um buraco ou ter sofrido forte impacto.

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Limpeza: utilize apenas água e sabão para limpar o pneu, já que derivados de petróleo e até mesmo o “pretinho” deterioram a borracha.

Conserto: respeite as normas técnicas específicas para consertos e reparos em pneus (Norma ABNT – NBR 6089). O conserto de pneus radiais de automóvel e picapes leves deve ser sempre feito a frio (“macarrão” ou manchão a frio) apenas na região da banda de rodagem. Não aplique consertos nas regiões que vão desde o ombro até o talão (ou seja, no costado dos pneus).

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Pneus de automóvel com índice de velocidade até T (190 km/h) só poderão ter consertos feitos em furos ou cortes que tenham no máximo 6 mm (medidos pelo lado interno do pneu), sem ultrapassar um conserto por quadrante (ou seja, quatro no máximo).

Já para pneus com índice de velocidade superior a 210 km/h (H, V,W, Z), é permitido apenas um conserto por pneu. Para pneus de camioneta radial, o tamanho máximo de conserto permitido é de 10 mm. Consertos em pneus de caminhão, fora-de-estrada (OTR) e de uso agrícola deverão seguir as normas do manual técnico de reparos.

Carregamento: Nos veículos comerciais (leves e pesados), a má distribuição da carga sobre o veículo pode provocar desgaste prematuro dos pneus.

 

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Como identificar problemas no pneu

A dirigibilidade e a inspeção visual são as melhores maneiras de saber se o pneu está com avarias e precisa ser calibrado ou substituído. Vale lembrar que nem sempre a avaria é do pneu, componentes da suspensão e dos freios podem interferir nesses comportamentos.

Alguns sintomas são:
» desconforto ao dirigir

» carro puxando para um dos lados

» falta de estabilidade

» perda de tração

» vibração no volante

» ruídos

» direção pesada

» aumento do consumo de combustível

» presença de rachaduras ou cortes

» derrapagens laterais

» aquaplanagem

» aumento da distância de frenagem

» desgastes em geral

 

Esquema de marcação do pneu
1) Nome do fabricante.

2) Posição dos indicadores de desgaste T.W.I. (Tread Wear Indicator).

3) Largura nominal da secção do pneu (em milímetros).

4) Indicada a relação entre altura e largura nominal da secção do pneu. Neste caso a altura nominal da secção corresponde 30% da largura. Não existindo identificação, a série é 80.

5) Indica que o pneu é de construção radial.

6) Indica o diâmetro do aro em polegadas.

7) Índice de carga e velocidade.

8) Modelo do pneu.

9) Indica que o pneu é sem câmara, devendo-se usar o aro apropriado.

10) Certificação INMETRO, indica que o pneu foi testado e aprovado para uso de acordo com as condições de clima, temperatura, e estradas do Brasil.

11) Indica que o pneu atende as especificações do equipamento original (nesse caso, N2 =Porsche).

12) Pneu assimétrico, portanto em função do seu desenho, deve ser montado sempre com o OUTSIDE para o lado externo

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Colaboração técnica: Borracharia Estrela
Fotos: divulgação

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