Pastilhas de freio Litton Brakes chegam ao mercado brasileiro

A Litton Brakes, fabricante de material de fricção, inicia suas atividades comerciais no Brasil neste mês de julho. A indústria está situada cidade de San Martín, Província de Buenos Aires, Argentina, onde concentra seus investimentos na pesquisa desenvolvimento de novos produtos. De acordo com a empresa, a introdução no Brasil faz parte de um avanço estratégico na América do Sul por ser um dos mercados com uma frota renovada, um maior potencial consumo e um grau de exigência por parte das cadeias de suprimento.

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De acordo com a fabricante, serão quatro as linhas oferecidas no país. A linha NA são as pastilhas consideradas de entrada, que não levam placas antirruído (shin), mas levam sensores de desgaste conforme a aplicação, do tipo sonoro ou elétrico. Já a linha X-Fire Plus tem as mesmas características das NA, porém, as peças levam placas antirruído com uma camada de material adesivo que, segundo a Litton, minimiza a transferência de calor ao sistema de freio, além de sofrer tratamento especial de pós-cura, dando maior estabilidade de frenagem ao material de atrito e proporcionando um assentamento ao disco de freio mais rápido.

Já a linha X-Fire 3.0 Heavy Duty é composta de pastilhas com formulação semi-metálica, desenvolvida para veículos que trabalham com maiores temperaturas de frenagem e geram maiores desgastes, em geral, veículos pesados, porém se aplicam a alguns modelos de SUVs e vans, como explica a fabricante. Esse modelo não leva placa antirruído, mas pode ter sensores de desgaste conforme as aplicações.

Por fim, a linha Ultrapad, segundo a Litton, foi criada com o que há de melhor em todos os modelos de pastilhas, e tende a substituir gradativamente os outros modelos, exceto as NA, pois além de ter placa antirruído incorporam características OEM com chanfros e ranhuras de acordo com as características originais do veículo.

Delphi vende divisão de sistemas térmicos para Mahle

A Delphi Automotive anunciou nesta quarta-feira, 1º/07, a conclusão da venda de sua divisão de sistemas térmicos para a Mahle. De acordo com a empresa, o faturamento da divisão térmica da Delphi em 2014 foi de US$ 1,6 bilhão, com aproximadamente 7.500 funcionários e 13 fábricas em todo o mundo. “A venda integral de nossos negócios térmicos para a Mahle é um grande resultado para todos os envolvidos”, afirmou Kevin P. Clark, presidente e CEO da Delphi.

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“A Mahle é uma das líderes globais de fornecimento de sistemas térmicos automotivos e, agora, estará ainda melhor posicionada para oferecer ainda mais oportunidades para seus funcionários e mais valor para seus clientes no que tem sido um negócio muito forte. Para a Delphi, esta transação nos posiciona estrategicamente para focar em setores de alto crescimento de Powertrain, Eletrônicos & Segurança e Arquitetura Eletro/Eletrônica, abordando as tendências da indústria para veículos seguros, ecológicos e que permitam a conectividade”, completa Clark.

Os termos da venda seguem os anunciados em 19/02/15, quando Delphi e Mahle também assinaram uma carta de intenção separadamente para a venda da Delphi em Xangai, a Delphi Automotive Air-Conditioning System; esta transação deve se fechada em 2016.

Delco Remy lança alternador para máquinas agrícolas na reposição

A Remy International, fabricante dos motores de partida e alternadores Delco Remy para linha pesada, anuncia a expansão de produtos para o mercado de reposição com o lançamento do novo Alternador 9SI – 8600712 – 12V 95A. O novo alternador é destinado para diversas aplicações Cummins, Case, New Holland e Dynapac.

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A evolução do Econo.Flex

Conheça as alterações que a evolução do motor 1.4 Econo.Flex, lançado no Chevrolet Prisma, sofreu para ser utilizado também nos modelos Corsa e Montana

Carolina Vilanova

 

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Quando o Chevrolet Prisma foi lançado, em 2006, um dos seus principais atributos e argumentos de vendas foi o novíssimo motor 1.4 litro Econo.Flex, um engenho bicombustível desenvolvido pela engenharia da General Motors do Brasil com uma grande responsabilidade: elevar o automóvel, derivado de um carro de entrada (o Celta) à condição de “carro não-popular”. Em seguida, a marca apresentou os veículos Corsa e Montana 1.4, ambos equipados com uma versão evoluída do mesmo engenho.

 

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Versão 1.4 que equipa o Chevrolet Prisma

 

O primeiro motor Econo.Flex foi projetado com base no motor 1.4 litro gasolina, utilizado nos modelos Celta Energy. Com a missão de equipar o Prisma, o novo propulsor foi reprojetado e transformado em bicombustível. Nesse momento, já contava com avanços tecnológicos e recebeu novos componentes que proporcionaram o desempenho de quase 100 cavalos de potência quando abastecido com álcool.

 

Pouco tempo depois, o motor passou novamente por reestruturações que o deixaram ainda mais potente, dessa vez debaixo do capô do Corsa e da Montana 1.4, alcançando os 105 cv no álcool. A engenharia da GM afirma que são dois motores distintos: “não é o mesmo motor, os valores de torque, potência e consumo são diferentes, além disso, os mais recentes ganharam novos componentes mais leves e menores”, explica Roberto Yano, gerente de Engenharia de Motores da LAAM.

 

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Motor 1.4 adotado no Chevrolet Corsa e na Montana

 

Tecnologia VHC

 

O Econo.Flex adota o conceito ‘VHC’ (Very High Compression), patente exclusiva da GM, que permite o funcionamento em regime de elevada rotação e está presente também em veículos com motor 1.0, como o Classic, Celta e Corsa. “Nosso desafio era desenvolver um propulsor com a tecnologia “flex fuel” que permitisse um excelente desempenho aliado à economia de combustível”, analisa Adhemar Nicolini, o diretor Geral da GM Powertrain LAAM.

 

Com o Prisma, a GM teve a oportunidade de equipar o seu primeiro veículo acima de 1.0 litro com essa tecnologia, preparado ainda para oferecer melhor rendimento volumétrico devido à elevada taxa de compressão de 12,4:1, para ambos os combustíveis.

 

“O conceito VHC nasceu da engenharia brasileira como uma forma inovadora e eficiente de gerenciar a queima de combustível, graças à eletrônica. Seu funcionamento apropriado depende do sensor de detonação, que monitora o fenômeno da detonação e proporciona o melhor avanço da ignição. Esse conceito prioriza a melhor otimização da queima, o que gera uma curva de pressão combustão que se aproxima da pressão constante e possibilita o aumento da taxa de compressão”, diz Yano.

 

Onde tudo começou

 

O motor 1.4 Econo.Flex hoje tão avançado, com potência de 105 cv e ótima relação custo/benefício, veio da evolução dos motores da ‘Família I’, desenvolvidos pela GM Powertrain, em São José dos Campos/SP. Tudo começou em junho de 1994, quando o modelo Corsa GL 1.4 litro adotou o sistema de alimentação ‘single point’, ou seja, um único bico injetor para os quatro cilindros. O funcionamento com gasolina proporcionava a entrega de 60 cavalos de potência máxima.

 

A tecnologia foi avançando e chegou ao sistema de injeção de combustível ‘multipoint’, que destaca um bico injetor para cada um dos quatro cilindros. Nesse momento, a potência era de 85 cavalos, também abastecido com gasolina no modelo Celta 1.4.

 

Com o Prisma, além da tecnologia VHC, o motor 1.4 Econo.Flex ganhou outros atributos técnicos como o sistema bicombustível de injeção eletrônica, que permite a utilização de álcool, gasolina ou qualquer proporção da mistura desses dois combustíveis. O comando de válvulas com rolamentos de baixo atrito e componentes de menor inércia (Low Friction Valve Train – LFVT) também vieram agregar melhor desempenho e mais economia de combustível.

 

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Outro diferencial foi a adoção de um novo conversor catalítico acoplado ao coletor de escapamento tubular, que proporciona a redução do tempo de aquecimento do catalisador (light-off), e torna o motor mais eficiente e menos poluente. O coletor tubular mais leve e com menor rugosidade otimiza o fluxo dos gases de escapamento e melhora o desempenho do motor.

 

Ainda mais tecnologia

 

A missão de entregar força e potência para os modelos Corsa e Montana 1.4 também ficou sob a responsabilidade do Econo.Flex. Então, a solução foi aprimorar o propulsor com novas calibrações e componentes, como o coletor de admissão, por exemplo, que era de alumínio e foi substituído por um material plástico, o que reduziu em 35% o seu peso. Além disso, o design do motor foi otimizado para garantir melhor desempenho e redução de poluentes. “As taxas de compressão são iguais porque os pistões e anéis são os mesmos”, afirma Yano.

 

O novo Econo.Flex conta também com o sistema Dry Crank, que permite que a patida a frio seja efetuada com álcool do tanque em temperaturas de até 8º C, enquanto no Prisma já é utilizado a gasolina do reservatório de partida a frio em 18º C.

 

“Isso é possível devido a uma estratégia de software, que monitora e controla o motor. Esse sistema traz o benefício de não ter que encher o tanquinho muitas vezes, mais um motivo para utilizar somente gasolina aditivada no tanquinho da partida a frio, que evita a goma e tem maior duração”, diz. Em caso de problemas, o técnico deve esgotar o tanquinho e trocar a gasolina velha por um produto novo.

 

Injeção bicombustível

 

O sistema de injeção eletrônica de combustível é da Delphi, do tipo Multec MT27e para os três modelos, alterando apenas o software e as calibrações. O acelerador é eletrônico do tipo Drive by Wire nos veículos Corsa e Montana. O sistema é auto-limpante, ou seja, não requer a limpeza dos bicos injetores. Para verificar se o sistema apresenta irregularidades, o técnico precisa fazer a análise com um aparelho de diagnoses.

 

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“O grande problema que pode danificar os bicos injetores é a gasolina ou álcool de má qualidade ou adulterado com solvente ou água, ingredientes que podem comprometer o motor. Nesses casos, a solução é trocar os bicos injetores, depois da análise do scanner”, completou Yano.

 

Vale lembrar que o plano de manutenção preventiva dos carros está descrito no manual do proprietário e deve ser seguido rigorosamente, assim o motorista vai ter um carro que atende a todas as suas expectativas de desempenho e de preservação do meio ambiente.

  • Álcool:
    105 cv @ 6000 rpm
    131 Nm @ 2800 rpm

    Gasolina:
    99 cv @ 6000 rpm
    129 Nm @ 2800 rpm

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Componentes e sistemas do novo Econo.Flex
* Tecnologia VHC

* Taxa de compressão de 12,4:1, para ambos os combustíveis

* Rendimento volumétrico otimizado, ou seja, um motor menor em volume com performance de motores maiores

* Sistema do comando de válvulas com baixo atrito: balanceiros roletados (Low Friction Valve Train – LFVT)

* Tuchos do cabeçote menores e válvulas com hastes de menor diâmetro, otimizando peso e inércia* Conversor catalítico acoplado ao coletor de escapamento tubular, com corpo em inox e menos rugosidade nos dutos

* Coletor de admissão otimizado em material plástico, mais leve e com menor rugosidade , que otimiza o fluxo de ar com menos combustível

* Acelerador eletrônico, com sistema “drive by wire” do corpo de borboleta

* Sistema “Dry-Crank”de partida a frio quando abastecido com álcool, que uriliza a gasolina do reservatório com temperatura ambiente inferior a 8ºC, que antes era de 18ºC.

 

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Qualidade em Série: Princípios da qualidade

As oficinas mecânicas devem ter o mínimo de qualidade para oferecer um trabalho bem feito para seu cliente. Confira os requisitos básicos para conquistar esse objetivo, que leva a certificação e a satisfação do cliente.

Carolina Vilanova

 

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As oficinas mecânicas independentes estão trabalhando cada vez melhor e com mais qualidade para conquistar e fidelizar seus clientes nesse mercado tão competitivo no qual o segmento da reparação se insere. Isso acontece, em primeiro lugar, nas reparadoras de maior porte e nas que mais investem, ou seja, as que vão apresentar melhores resultados. Mas o mínimo de qualidade todo o estabelecimento pode e deve ter, mesmo nas oficinas pequenas.

 

Para ajudar nessa tarefa, mostramos na segunda matéria do “Qualidade Em Série”, realizada com a apoio do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), os principais pontos que você pode mudar hoje na sua oficina para começar ou aperfeiçoar a busca pela qualidade. O seu estabelecimento, seus funcionários, seus clientes e, principalmente, o seu caixa só têm a ganhar.

 

O primeiro passo é a conscientização de que todas as áreas da oficina precisam passar por uma análise criteriosa e todos os colaboradores têm que se envolver nesse processo. “O importante é detectar onde a qualidade se insere e os benefícios que traz para sua oficina, que surtem impactos especialmente nos seus negócios”, analisa Mario Guitti, superintendente do IQA.

 

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Ele explica que questões como organização, instalações, materiais, processo, pessoal e atendimento são primordiais para o sucesso da implementação da qualidade na oficina. “A certificação acaba sendo a conseqüência dessa busca pela qualidade”, completa.
Várias ferramentas foram criadas para ajudar na conquista da qualidade e da melhoria contínua num estabelecimento de reparação. Traçar metas e contar com pessoal comprometido é a chave do sucesso de qualquer empresa, principalmente numa oficina mecânica.

 

Principais pontos

 

Organização

 

O primeiro item é um dos mais importantes, pois significa ter o controle do negócio, entender o que está acontecendo em todos os setores da oficina. A organização obriga o empresário a pensar em evitar problemas, a eliminar o risco, o que gera menos custo do que corrigir. Isso é colocado em prática tanto para organizar os papéis em cima de uma mesa quanto para organizar as ferramentas corretamente.

 

Organograma e funções: comece esquematizando um organograma com níveis de hierarquia bem definidos, assim como a função de cada um. É importante e ajuda o cliente a entender o trabalho de cada funcionário, as divisões de serviços e as equipes. “Isso aumenta o profissionalismo na oficina, além de economizar tempo e otimizar os resultados, ampliando a comunicação com o cliente”, diz.

 

Gestão de qualidade: é essencial traçar estratégias e objetivos para a oficina. Entender o controle dos procedimentos, treinamento de pessoal e controle de estoque facilita o processo da qualidade, pois ajuda a identificar os problemas e ameniza-los antes que ocorram. Um software de gestão, por exemplo, é uma ferramenta muito útil para administração da empresa, principalmente, para analisar de forma ágil e confiável todos os controles. Monitore, meça e analise o processo de gestão frequentemente para saber se o objetivo foi atingido ou se é preciso mudar de estratégia.

 

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Fluxograma: “Um fluxograma ajuda a economizar tempo e aumentar o retorno nos negócios, além de fazer o controle mesmo antes de começar a executar a serviço no carro”, analisa.

 

Uma dica é fazer as seguintes perguntas:

– Que horas o carro entrou na oficina?

– Quais os serviços a serem realizados no veículo?

– Qual o tempo de duração do trabalho?

 

Comunicação: Divulgar seus serviços e valorizar os seus méritos, para isso o funcionário deve ter conhecimento de tudo o que acontece e deve saber transmitir isso para os clientes também. A comunicação interna é essencial para evitar erros inclusive na execução dos serviços, como a aplicação de uma peça errada. Conhecer o seu público e fazer com que ele conheça a sua empresa, pois de nada adianta ter os melhores procedimentos se ninguém fica sabendo.

 

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O visual da sua oficina é muito importante para o cliente, por isso, o empresário tem que pensar com cuidado no layout e apresentação da empresa. Uma boa recepção, um estacionamento para os carros, sanitários e sinalizações na oficina fazem com que o cliente se sinta mais confiante. “Identifique a sua fachada, exponha suas especialidades e características. Uniformes limpos e profissionais bem treinados completam a imagem da sua empresa. Cuidados com a conservação do local e dos equipamentos, limpeza, armazenamento de peças e atendimento são prioridades para o gestor. Se a oficina cuida bem das suas instalações cuidará bem do meu carro, pensa o cliente”, completa.

 

Transparência: Outra dica é convidar o cliente para conhecer a oficina e fazer o trabalho com transparência, oferecendo, inclusive, a possibilidade de acompanhar o serviço. “São ações que nem sempre exigem investimento, apenas organização e comprometimento”, afirma. Iluminação, placas de identificação, faixas demarcatórias para cada veículo, ventilação e materiais organizados são prioridade num estabelecimento reparador. Na sua oficina deve ter também um local reservado para o descarte de peças utilizadas, numa área isolada para evitar reutilização.

 

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Clientela: O empresário deve saber exatamente o público para qual ele presta serviço, se for uma oficina mais popular, a estrutura não exige luxo e sim preços mais em conta, já no caso das oficinas mais sofisticadas, a imagem e os diferenciasis são muito mais importantes.
Seguro: É recomendável que o proprietário do estabelecimento faça um seguro, para qualquer avaria que possa ocorrer ao veículo. Cabe ao reparador ainda proteger o carro enquanto o serviço está sendo executado, como cobrir os assentos, volantes e alavanca do câmbio; proteção na lataria para evitar manchas, entre outros procedimentos.

 

Equipamentos

 

Um dos quesitos mais importantes para conquistar a qualidade é trabalhar com equipamentos adequados e específicos para o serviço que será executado. São três pontos fundamentais: manutenção do equipamento, calibração dos instrumentos de medição e o treinamento da mão-de-obra.

 

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Manutenção: “Ferramentas e equipamentos precisam de um plano de manutenção preventiva para evitar problemas e ganhar tempo. É importante conhecer o histórico das máquinas e dispositivos para elaborar um projeto de revisão, para isso faça o levantamento com o fabricante sobre o procedimento indicado para a manutenção. Além disso, deixe a mão as ferramentas mais utilizadas, sempre identificadas e separadas corretamente”, comenta.

 

Calibração: Os instrumentos de medição devem estar calibrados para funcionar com precisão. Crie um cadastro para controlar e identificar quais os tipos de instrumento de medição que possui, sua quantidade e localização de uso. A qualidade do serviço depende da precisão dos equipamentos de medição. A Norma Brasileira de Regulamentação NBR ISO 10012-1 de novembro de 1993 define as condições de calibração.
“Os instrumentos, de um modo geral, devem ser de boa procedência, pois o prejuízo pode ser grande se a compra for feita sem o devido cuidado de análise da marca e da qualidade”, analisa.

 

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Treinamento: O treinamento do operador também é essencial, pois não adianta ter tudo em ordem e não saber operar o instrumento. O treinamento deve ser constante, assim como as atualizações do equipamento.

 

Materiais

 

Todas as peças devem ser identificadas e vistoriadas periodicamente, além de serem utilizadas para a correta aplicação. O uso certo da peça é mais um dos fatores que garantem a qualidade do serviço. Estoque apenas o necessário, ou seja, as peças de maior rotatividade em sua oficina, sempre de maneira organizada. “É necessário um acompanhamento constante e periódico nos estoques de peças novas, protegendo-as adequadamente e evitando a corrosão, o que impossibilita o seu uso. Outro ponto importante é a maneira correta de estocagem que pode ocasionar danos”, conta.

 

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Processo

 

O controle do processo de reparação é essencial, desde a chegada do veículo na oficina. O primeiro passo é receber bem o cliente e depois preencher a ficha cadastral do veículo, detalhando o seu estado, ou seja, se tem riscos, amassados, qual o nível de gasolina e a quilometragem rodada, sempre com acompanhamento do cliente. “Esse procedimento ajuda a ter o controle d e todas as etapas da reparação, se encontrar algum problema é mais fácil de corrigir”, conta.

 

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– Selecione os serviços adicionais que pode oferecer ao cliente para agregar valor ao seu serviço, como serviço leva e trás, lavagem do veículo, convênio com cooperativas de táxis, etc.

 

– Apresente ao cliente um orçamento prévio detalhado, com base nas suas informações, e não esqueça de avisá-lo que podem ter gastos extras.

 

– Ao encaminhar o veículo para o reparo, não esqueça de utilizar proteções para banco, volante, manopla do freio de estacionamento e pára-lamas, para evitar sujeira e graxa no veículo.

 

– Tenha como base as informações da montadora ou do fabricante, principalmente, em relação às tabelas de aperto para os itens de segurança do veículo. Para isso, tenha em mãos manuais, tabelas, catálogos, e tudo que pode servir de apoio e consulta para o serviço com padrão e eficiência.

 

– Mais uma vez, conserve o lugar limpo e organizado. Utilize somente peças de qualidade.

 

– Depois de terminar o conserto, faça os respectivos testes e identifique-os na ficha de cadastro, sempre com o conhecimento do cliente.

 

– Entregue o serviço no prazo estipulado, se for necessário atrasar, mantenha o cliente informado antecipadamente.

 

– Todos os processos devem estar transparentes aos clientes, o que mostra honestidade e credibilidade. Hoje em dia, muitas empresas disponibilizam no site todas as informações sobre o andamento do reparo.

 

Pessoal

 

Uma empresa é formada por seres humanos, que merecem estar estimulados, treinados e reconhecidos cada um sua função. Um funcionário insatisfeito coloca todo o processo a perder. Outro ponto importante é capacitar e atualizar o profissional para realizar o seu serviço e operar os equipamentos da oficina. Todos precisam passar por treinamento e atualizações para que o serviço seja cada vez mais qualificado.

 

Algumas dicas são:

– Realizar reciclagem e fornecer oportunidades para os seus funcionários conhecerem as tecnologias atuais;

– Programar visitas técnicas em montadoras e fabricantes de autopeças, para expandir o acesso as todas as bases áreas em que atua;

– Prover um ambiente saudável;

– Remunerar de acordo com o trabalho;

– Manter diálogos sempre ativos.

 

“Todo esse método deve ser posto no mesmo nível de valor de um possível equipamento que esteja sendo investido pela empresa. A vantagem refletirá na satisfação do cliente, pois o funcionário trabalhando com estímulo repassará isso no seu trabalho”, garante.

 

Certificação

 

“A certificação é um investimento e não um custo, pois é uma ferramenta valiosa para análise do sistema da qualidade existente e cobrança contínua de melhorias”, afirma Guitti. As ações para a qualidade podem ser desenvolvidas independentemente da certificação, que passa a ser apenas uma consequência natural de sua competência, completa.

 

“A certificação nas oficinas ainda é muito importante, pois é um reconhecimento público da empresa em relação ao sistema de gestão da qualidade implantado, que em seguida é analisado por uma entidade neutra, habilitada para essa finalidade”, diz.

 

O IQA, por ser um organismo de certificação focado no setor automotivo, direciona suas atividades para esse segmento de maneira a poder identificar e conhecer quem no mercado trabalha com qualidade e merece o reconhecimento do público.

 

Esse pacote de dicas tem como objetivo preparar o empresário pare enfrentar o mercado com competitividade. É importante entender que o sistema da qualidade não é uma preocupação a parte, mas uma situação do dia-a-dia que só vai trazer para e empresa bons resultados e muito sucesso no futuro, num processo de melhoria contínua que nunca pode parar.

 

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Troca da embreagem do Fiat Ducato

Veja nessa matéria os procedimentos “passo-a-passo” da troca da embreagem do Ducato, o veículo comercial mais vendido da Fiat.

Carolina Vilanova

 

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A revisão e manutenção preventiva da embreagem em carros comerciais, que transportam passageiros e pequenas cargas pelas ruas das cidades, é muito importante para evitar que todo o sistema seja comprometido. Nessa edição, trazemos uma matéria sobre o procedimento de troca do componente, baseado no programa de O Mecâniconline, acessado através do site da Revista O Mecânico (www.omecanico.com.br). A matéria foi realizada com o apoio e supervisão técnica da Valeo. O modelo utilizado é um Fiat Ducato, 2.8 turbodiesel.

 

Muito importante é saber o momento certo da troca do conjunto de embreagem e avaliar sintomas como patinação, trepidação, ruído ou dificuldade no engate, que indicam avarias no sistema. Não utilize em nenhuma hipótese peças recondicionadas, falsificadas ou que apresentem danos. Procure exatamente a peça original indicada para a aplicação. Não esqueça de colocar as luvas e proteger os olhos quando estiver debaixo do carro.

 

Desmontagem

 

1) Em casos de substituição do conjunto de embreagem, o primeiro passo é desmontar os componentes na parte superior do motor. Desligue o negativo da bateria e remova as mangueiras e o suporte do filtro de ar, inclusive o duto que conecta à turbina. Desconecte o interruptor da ré, o cabo da embreagem e o sensor de rotação. Solte os parafusos do coxim superior, cheque o estado do componente para saber se precisa ser trocado.

 

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2) Com o veículo no elevador, comece a desmontagem na parte inferior. Remova as rodas dianteiras e esgote o óleo do câmbio. Solte os parafusos que prendem o motor de arranque e desencaixe a peça.

 

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3) Em seguida, inicie a remoção dos parafusos da caixa de câmbio. Retire o suporte que liga a caixa de câmbio ao bloco do motor.

 

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4) Coloque um cavalete de sustentação no cárter antes de deslocar os coxins do câmbio. Remova depois o coxim do estabilizador do câmbio.

 

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Obs.: Retire o coxim do câmbio com o suporte completo para evitar danos na bucha que faz o trabalho de engate das marchas.

 

5) Na seqüência, comece a desmontagem dos componentes da suspensão, desencaixe o quadro, o eixo cardan e toda a lateral do conjunto da manga de eixo.

 

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6) Solte os terminais de direção e com a chave de fenda force a parte inferior para deslocar a bieleta e permitir a descida da bandeja.

 

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7) Agora, remova os quatro parafusos do suporte do pivô, dessa maneira evita a perda da cambagem.

 

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8) No sistema de freios, solte os parafusos do tipo allen 6 mm para evitar a sangria de fluído de freio. Em seguida, retire os parafusos da pinça de freio e deixe a peça presa com um arame. Por fim, tire a manga de eixo. Remova os componentes do outro lado também.

 

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9) Remova o cabo do velocímetro e os outros parafusos que fixam a caixa de câmbio. Retire o caixa de câmbio com a ajuda de um macaco hidráulico.

 

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10) Retire agora todo o conjunto da embreagem, que nesse modelo é do tipo “puxada”.

 

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11) Ao remover o volante faça uma boa inspeção, veja se não está empenado, para isso use uma régua de luz, e se o desgaste está sendo uniforme. Cheque os dois lados do volante e o retentor em relação a desgaste e limpeza.

 

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Avarias mais comuns nesse caso são:o Pino do garfo danificado;o Coxins do suporte do filtro de ar quebrados;o Nível de óleo do câmbio muito baixo;o Presença de material particulado dentro da caixa (atrito do garfo com os rebites do platô);o Garfo com folga;

o Volante empenado e molas membranas do platô com desgaste prematuro;

o Vazamento no retentor do volante.

 

Montagem

 

1) O primeiro procedimento é verificar se o retentor precisa ser substituído. Não esqueça de remover a proteção apenas depois de fixar a peça no volante.

 

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2) Antes de instalar o volante, aplique um pouco de cola do tipo “trava-rosca” na região próxima aos furos dos parafusos para uma melhor vedação. Isso também impede a contaminação da peça por óleo.

 

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3) Fixe os parafusos do volante de forma cruzada, com torque de 8 kgfm (80 Nm). Lacre os parafusos com uma marca de referência, para assim assegurar a garantia do serviço.

 

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4) Antes de instalar o conjunto platô e disco limpe a pista de contato com um pano seco para eliminar resíduos de óleo, graxa e poeira. Coloque um pino-guia para a centralização do disco.

 

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Obs.: É bom lembrar que a colocação do disco tem posição certa, com a face plana voltada para o volante (as molas ficam para o lado de fora).

 

5) Depois de instalar o platô, fixe os parafusos de forma cruzada com torque de 1,5 kgfm (15 Nm). O platô deve ficar encostado por igual, para não causar desgaste irregular e não empenar a peça. Remova o pino-guia.

 

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6) Antes de colocar o garfo, verifique se há desgaste ou folga, além de checar o estado geral do eixo-piloto. Se necessário substitua as peças.

 

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7) Para finalizar essa etapa, instale o conjunto rolamento/garfo no câmbio. Não esqueça de passar graxa no eixo-piloto, mas cuidado para não exagerar na quantidade. Esse procedimento garante engates mais suaves.

 

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8) Inicie a montagem do câmbio no carro, com a ajuda do macaco hidráulico coloque a caixa no seu devido lugar. Coloque apenas dois parafusos e somente quando a caixa estiver completamente apoiada coloque os restantes e aperte.

 

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9) Coloque o suporte frontal, instale o motor de arranque e os coxins do câmbio, mais uma vez, tome cuidado com a bucha de fixação e coloque graxa para melhor deslizamento.

 

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10) Para finalizar, coloque o estabilizador traseiro da caixa de câmbio.

 

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Instalação da suspensão

 

1) Com o câmbio já preso no motor, inicie a instalação dos componentes da suspensão com a colocação do eixo cardan. Tome cuidado para não danificar o retentor.

 

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2) Aproveite e recoloque os cabos do velocímetro e das marchas. Monte a suspensão do lado esquerdo: manga de eixo, disco de freios, pastilha de freio e bieleta.

 

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3) Coloque o carro no chão para terminar de montar os demais componentes, como o sensor de rotação.

 

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4) Encaixe o rolamento dentro do platô, para isso pressione o garfo no sentido de trabalho até sentir que o rolamento encaixou nas molas do platô.

 

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5) Coloque o guarda-pó na janela do garfo e instale o cabo da embreagem. Passe um pouco de graxa no suporte no qual o cabo desliza. Depois de instalado faça a regulagem.

 

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6) Para finalizar, coloque o óleo de câmbio (2,8 L), faça a regulagem do pedal e recoloque o suporte do filtro de ar, sem esquecer da mangueira do respiro

 

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Negócios pesados

A Fenatran mostrou mais uma vez que o Brasil é uma potência no setor de transportes, capaz de oferecer muita tecnologia nos novos veículos, peças, serviços e implementos que logo estarão no mercado

 

Carolina Vilanova

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No melhor momento da história da indústria automobilística no País, as vendas atingem recordes históricos a cada mês, a Fenatran (Salão Internacional do Transporte) mostrou que o Brasil é um País muito forte quando o negócio é transportes. A 26ª edição do salão foi realizada entre os dias 15 e 19 de outubro, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, com organização da Reed Exhibitions e Alcântara Machado Feiras de Negócios, e apoio da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística).

 

A feira foi impecável, sem deixar nada a dever para os maiores salões do mundo, sem contar o fato de que o Anhembi ainda é pequeno para tamanha exibição, mas em termos de show e capacidade de gerar negócios, a Fenatran foi um sucesso. Foram mais de 300 expositores, entre montadoras, fabricantes de motores, autopeças e pneus, implementos, rastreadores, petroleiras, serviços entre outras empresas da cadeia produtiva de transportes. E os estandes estavam todos lotados de gente e com muitas novidades, algumas já disponíveis e outras nem tanto.

 

A feira mostrou que as montadoras estão investindo para oferecer mais opções para o consumidor e apesar da demora para entrega, tem muitos compradores ainda indecisos, prontos para fechar negócio. Recursos tecnológicos avançados e a preocupação com a preservação do meio ambiente são os principais argumentos de venda. Na maior feira do transporte nacional, os modelos que expressavam essas características foram os mais destacados.

 

O diretor geral da Fenatran, Evaristo Nascimento, afirmou que a feira superou todas as expectativas, acompanhando o momento em que o setor vem batendo recordes de produção e vendas. “No decorrer da feira, vimos estandes com ótima freqüência, que devem gerar bons negócios aos participantes”, comenta Nascimento.

 

De acordo com o presidente da NTC&Logística, Geraldo Vianna, a Fenatran 2007 deixou um saldo muito positivo, com visitantes de vários cantos do País e também da América Latina e Europa. Tudo indica que iniciamos um novo ciclo de desenvolvimento econômico, firme, consistente e sustentável. A frota de caminhões brasileira tem uma idade média de quase 20 anos e há muito caminhão de 35 a 40 anos rodando pelas nossas estradas. Aproveitamos, também, a feira para prepararmos o transportador para o futuro”, analisa.

 

Os Expositores

 

As principais empresas envolvidas no setor de transportes estavam presentes na Fenatran. As montadoras aproveitaram o evento e o momento em que o setor vive para rechear o pavilhão de lançamentos para todos os gostos, da mesma maneira que as empresas fabricantes de motores e autopeças, além das fabricantes de pneus, estavam preparados com novos produtos e serviços.

 

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A Agrale lançou o caminhão 13000 com terceiro eixo, além dos novos AM 200 e AM 200 CD, que completam a linha Marruá 2008. No espaço da Fiat, os veículos comerciais leves em diversas aplicações foram os destaques, como o Ducato na versão Minibus Teto Alto. Outros modelos em exposição foram o protótipo Ducato Cabinato e a versão Limousine. A marca levou também veículos preparados para o trabalho: Uno Furgão, Fiorino Furgão, Doblò, pick-up Strada, Palio Adventure e até o Punto.

 

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A história do primeiro caminhão produzido no Brasil, que completou 50 anos, foi contada no estande da Ford, ao lado dos mais modernos veículos comerciais para todas as capacidades. As atrações foram a recém lançada linha Cargo 712 e o cavalo mecânico 4532e, além da F-4000 com distância de entreeixos alongada e o F-4000 4×4, que chegam em breve ao mercado. Outros modelos do Cargo 1317e, 2428e, 6×2 e 5032e 6×4 tiveram destaque, juntamente com os veículos leves Ford Ranger GNV e Courier.

 

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A Iveco contou com um estande principal e quatro mini-estandes espalhados pelo pavilhão. A grande vedete da marca foi o carro de Fórmula 1 de Felipe Massa, exibido ao lado dos novos extrapesados Stralis e da nova linha Daily. A linha Iveco EuroCargo 2008 ressaltava as características da marca em três modelos médios: 170E22, 230E22 e 230E24. A linha Cavallino surgiu com aprimoramentes para 2008.

 

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No espaço da Mercedes-Benz foram expostos 17 modelos, entre caminhões e comerciais leves. O destaque foi o novo 2726 6×4 e a linha pesada Actros para o mercado brasileiro. Entre as linhas tradicionais da marca, a Sprinter em várias versões e os caminhões semipesados Atego 1728 e 2428, e os pesados da gama Axor 1933, 2035, 2540 e 2644.

 

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Os visitantes do estande da Renault puderam conferir de perto a linha de comerciais leve da marca disponível no mercado nacional. Os furgões Master estava em todas as suas configurações tanto para passageiros quanto para transportes de cargas. O Master “CrewCrab” foi o destaque, com sua cabine dupla montada sobre um chassi médio com teto alto. A linha de utilitários Kangoo também estava presente para diversas aplicações.

 

A Scania apresentou as novas cabines da marca que ganharam novas denominações: Série P, G e R, incluindo versões para todos os tipos de aplicações e configurações de eixos Os caminhões estão disponíveis em quatro motorizações: 9, 11, 12 e 16 litros, com potências de 270 a 500 hp.

 

A Volvo apresentou na Fenatran o FH comemorativo aos 80 anos do grupo, que é também considerado o caminhão conceito da Volvo, equipado com os mais avançados itens de segurança e o alco-lock, um bafômetro instalado dentro da cabine do caminhão. Além disso, exibiu as linhas F, com os modelos FH e FM, e destaque para o FM 10×4; e a gama de caminhões pesados e semipesados VM, já tradicionais da marca.

 

Como destaque em seu estande, a Volkswagen levou as famílias Delivery, Worker e Constellation, preparadas para atender a todo tipo de aplicação, desde urbanas, rodoviárias e até fora-de-estrada. O público pode conhecer os mais recentes modelos da maca, os Constellation extrapesados VW 19.370, VW 25.370 e VW 31.370, equipados com o motor VW NGD 370.

Autonor ganha espaço no setor

A feira de autopeças de Recife ganhou amplitude de primeiro mundo e contou com um grande público, altamente especializado

 

Carolina Vilanova

 

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Estandes de primeira linha, muitas novidades em produtos e serviços automotivos e um público altamente especializado. Esses foram os principais atributos da 5ª edição da Autonor (Feira de Tecnologia Automotiva), realizada entre 24 e 27 de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.

 

O evento foi considerado um sucesso entre os 300 expositores participantes e o público de quase 40 mil de pessoas, sendo que a maioria eram profissionais ligados ao segmento, como lojistas, distribuidores, representantes comerciais, balconistas e mecânicos. Mais expositores, melhor organização e mais prospecção de negócios na região garantiram a Autonor muitos elogios e a certeza de participação de muitas empresas nas próximas edições.

 

A feira contou com o apoio de importantes parceiros como o Sindipeças (SP), Andap, Sincopeças (PE), Sincopeças (RN) Sindirepa (PE) Governo de Pernambuco, SEBRAE, FIEPE (Federação das Industrias do Estado de Pernambuco) e Fecomércio.

 

Um giro pela feira

 

Corredores lotados revelaram a necessidade do mercado nordestino de obter mais informações e conhecimento sobre o setor que muito cresce na região. A Affinia participou com um estande temático com motivos do Nordeste e enfocou os filtros da marca Wix, além das linhas tradicionais de componentes de freios e suspensão da Nakata, sistemas mecânicos de alimentação da Brosol, bombas d´água da Urba, e as peças da Spicer, Perfect Circle e Victor Reinz.

 

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A Alfatest participou com foco no Kaptor.com Start para ciclo diesel e otto, além do testador de bateria por condutância e toda a linha de ferramentas pneumáticas magnéticas da marca. No espaço da Arvin Meritor, as vedetes foram a linha de coroa e pinhão para Mercedes-benz, Scania e mercado de reposição, além do suporte do cardã e a gama de cruzetas. A empresa dividiu o estande com parceiros do segmento como Fras-Le, Gates, Corteco e Wabco.

 

O destaque da Bosch, que também levou a linha de som automotivo da Blaupunkt, foi o pacote de ofertas e promoções para a linha de scanners automotivos e equipamentos de testes de emissões e para higienização de ar-condicionado. Também expôs a gama de baterias da marca.

 

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A Cobra Automotiva aproveitou o evento para comemorar os 20 anos da empresa, que contou ainda com a ampliação da linha de cruzetas, com mais de 350 itens. Já a Contitech, que está crescendo no mercado de reposição, levou a linha de correias para Volkswagen, General Motors, Fiat, MWM International e Peugeot. Também fez palestras para aplicadores. A Corteco veio com jogos de juntas para motores leves e pesados, voltados para o mercado de reposição, além dos itens complementares, como os retentores do motor Fire 1.0.

 

Dividindo o espaço com Heliar, Osram, Cimpal e MTE-Thomson, a Dayco apostou na ampliação da linha de cabos de ignição para veículos nacionais a álcool, gasolina e GNV, além dos importados. Na linha de correias, a consolidação da promoção Dayco Tuning, que alavancou as vendas da marca também na região.

 

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No estande da Disbrat os lançamentos foram as máquinas para serviços em ar-condicionado e limpeza de bicos injetores. O carro chefe da empresa, o scanner automotivo para linhas leves cilco otto e diesel, também estava em exposição. A novidade foi a máquina de troca do óleo da transmissão automática e a linha de alinhadores computadorizados, balanceadores de rodas e desmontadores de pneus.

 

A caixa de transmissão para veículos pesados RD e as embreagens foram as atrações da Eaton, que tinha como objetivo divulgar a marca na região. Outros destaques foram os kits inteligentes de transmissão e o lançamento de produtos de reposição rápida. Uma unidade móvel de treinamento para embreagem estava atendendo o público fora do pavilhão para divulgar o programa de treinamentos no Nordeste. A empresa montou estande junto com Schadeck e Controil, todas com muito interesse no Nordeste.

 

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A Fania trouxe mais de 30 lançamentos entre as linhas de cabos de velocímetro, freio, embreagem e acelerador, voltados para a reposição dos modelos Renault e Peugeot e para o mercado de originais da VW e GM. As novidades da Fras-Le foram as sapatas automotivas para veículos leves voltadas para o mercado de reposição, assim como as lonas, pastilhas e revestimento de embreagens. Expôs todos os produtos da marca, inclusive o Lona Flex.

 

No espaço da Gates, o reforço foi para o lançamento mais recente da marca: a linha de tensionadores, além da nova gama de correias. Aproveita a feira para divulgar as novas embalagens. A Goodyear Correias, que dividiu o espaço mais uma vez com Sabó e Sachs, veio para apoiar o evento e mostrar para a região a linha de correias e molas pneumáticas, além de divulgar a aliança com a Knorr-Bremse, que vai fornecer no mercado a remanufatura de molas pneumáticas, onde se troca a borracha e reutiliza a parte metálica.

 

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O Grupo Schaeffler, com as marcas Luk, Fag e Ina, participou com produtos para diferente em segmentos: linha leve, pesada e agrícola. A Fag destacou os rolamentos cônicos, a Ina enfocou as polias de motor e rolamentos de embreagem e a Luk levou a linha para veículos leves e o kit RepSet Pro, com conjuntos de platô, disco e rolamentos para a embreagem.

 

O estande temático da Luporini destacava o lançamento das pastilhas de freios da Nakata para veículos importados e vans, além das linhas de atuadores e bronzinas da Motch e a gama de pistões Kopla, bomba d’água e comando de válvulas TAS.

 

A Monroe trouxe várias linhas de produtos, com o objetivo de ampliar o conhecimento do consumidor em relação aos produtos e à marca. Com destaque, a linha importada de amortecedores para off-road, carros importados e a linha tradicional.

 

Comemorando os 50 anos da marca, a Moura aproveitou o evento para exibir a linha de baterias automotivas inteligentes. Um dos estandes mais visitados do evento, a Moura levou carros tunados para chamar a atenção do público.

 

A MTE-Thomson levou a linha de produtos tradicionais e os complementares da gama de injeção e de temperatura, com ênfase para a divulgação do acelerador de negócios, que está chegando no Nordeste.
A atração do estande da Olimpic foram as bobinas plástica para as linhas Corsa, Celta e Ka, além dos lançamentos mais recentes da marca, as tampas de distribuidor e rotor para carros com injeção eletrônica.

 

A Sabó expôs a nova linha de juntas automotivas para Cummins e a ampliação das linhas retentores, vedadores, coxim, batentes e retentores. Divulgou a promoção Reforma Total, que vai reformar uma oficina com equipamentos completos.

 

A linha de amortecedores com a tecnologia N-Dumper para veículos pesados, principalmente ônibus, foi o foco da Sachs, ao lado das gamas de atuadores hidráulicos, com destaque para o último lançamento voltado para o Peugeot 206 1.4 e 1.6.

 

A SKF participou com a linha de rolamentos e produtos lançados recentemente, como os componentes de direção e suspensão, linha de atuadores hidráulicos, cruzetas e bomba d’água.

 

A Timken levou as graxas automotivas Timken Auto e Timken Carga Pesada, além dos kits de rolamentos para veículos leves e a tradicional linha de rolamentos dos tipos cônico e agulha.

 

No estande da Tecnomotor o foco foi o lançamento do Rasther II com esquema elétrico no próprio display para ciclo otto, GNV e veículos diesel leve. A versão 13 do Rasther e a linha de computadores analisadores de gases e opacímetro diesel também estavam em destaque.

 

O módulo do radiador do Constellation com intercooler estava em evidência no espaço da Visconde Radiadores, o mesmo conjunto utilizado na Fórmula Truck. A Wabco divulgou as novas tecnologias em sistema de freios e os produtos eletrônicos anti-tombamento, EBS e VTM.

 

E os mecânicos:

 

Mecânico de Recife, Severino Raimundo Ferreira, gostou muito da feira, uma ação muito proveitosa para quem está correndo atrás de evolução. “O que mais me impressionou foram os novos sistemas de freios da Wabco”, diz.

 

Severino Urbano trabalha como mecânico na Olindese, empresa de ônibus da cidade. “Já conhecia essa feira, estou gostando muito pela inovação que o mercado apresenta. Para ficar atualizado no que está saindo no mercado é importante participar de eventos assim, hoje a evolução é muito rápida”, completa.

 

“Nosso objetivo é buscar mais conhecimento e na feira tem muita novidade”, conta José Xavier de Souza, mecânico da MM Auto Elétrica Mecânica em Geral. Ele participa de feiras, cursos e palestras e está sempre preocupado com atualização. Seu último curso foi de injeção eletrônica e eletricidade.

 

Com a palavra, os expositores:

 

“A expectativa é muito boa, pois a feira praticamente dobrou de tamanho. Nossa participação é essencial para que a região conheça nossos produtos e a marca, além de ser uma ótima ação de relacionamento com a rede de distribuidores, aplicadores e frotistas”, Gerson Backrany, Arvin Meritor.

 

“A feira está muito melhor do que no ano passado e nós viemos com muito mais novidades, por isso esperamos gerar muitos negócios, principalmente, porque nossos preços são competitivos”, Cláudio Ferro, Alfatest.

 

“É a primeira vez que participamos e a feira está muito boa, isso vai nos ajudar muito na aproximação com o nosso público consumidor e na captação de novos contatos para distribuição de equipamentos”, Gustavo Landino Cintra, Disbrat.

 

“Nosso objetivo em feiras regionais é a oportunidade de atingir 100% do público, sempre pensando em obter um acréscimo de vendas de 20%”, César Costa, Dayco

 

“Nosso foco está na equipe de vendas e nas campanhas regionais para crescer a participação no Nordeste e a Autonor é caminho para começar bem esse trabalho. Queremos trabalhar e acreditamos na região”, Flavia Vanucci, Fania.

 

“A expectativa da feira é muito boa, pois nos dá a chance de trazer clientes para perto e estreitar o relacionamento com eles”, Flavio Chagas, Fras-Le.

 

“Acreditamos na força da feira em função do crescimento das vendas na região, acima do índice nacional”, Edson Viera, Goodyear Produtos de Engenharia.

 

“A feira melhorou muito em relação às edições passadas, principalmente, a qualidade dos estandes e o grande público. A expectativa de crescer na região é muito grande, pois os principais distribuidores são exclusivos da marca”, Luiz Fernando Teixeira da Silva, Gates.

 

“Já na edição anterior mostrou organização e público específico, agora melhorou. Nosso papel é mostrar para o mercado a nossa linha de produtos e serviços e uma feira é essencial para isso”, Marcel Oliveira, Grupo Schaeffler.

 

“Feiras regionais são mais organizadas, com público especializado de fazenda e do interior do estado, mais voltados para picapes, vans e carros importados. Organização e público excelentes”, Ingrid Luporini, Luporini.

 

“O tamanho da feira surpreendeu, muitas indústrias participaram e o público está a altura da qualidade da feira, muito especializado”, Alfredo Bastos, MTE-Thomson.

 

“A feira surpreendeu e serve para iniciar um trabalho de reconquista do mercado na região, além de divulgar os lançamentos e promover palestras para aplicadores e lojistas”, Diógenes H. B. Santos, Olimpic.

 

“A feira é muito bacana para a região e nós não podemos deixar de prestigiar. A região é muito boa e fiel à marca, um mercado que a gente tem um carinho especial”, Luiz Freitas, Sabó.

 

“A Autonor atingiu num nível muito bom e o mercado do Nordeste teve um grande crescimento. É nossa obrigação estar aqui”, Roberto de Jesus, SKF.

 

“Está se consolidando como um evento importante em função do rápido crescimento nas últimas edições em espaço e representatividade de marcas fortes. É uma vitrine para as grandes marcas que querem atingir o Nordeste”, Mauro Nogueira, Timken.

Diesel de qualidade

Conheça os programas de controle de qualidade de combustíveis que as grandes distribuidoras de petróleo mantêm em seus postos de abastecimento e ajude o seu cliente a ficar longe das armadilhas do diesel adulterado e de má qualidade

Carolina Vilanova

 

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Todo mundo já sabe: utilizar combustível de boa procedência é essencial para o bom funcionamento do motor, além de ser ecologicamente correto e mais econômico para o bolso do consumidor. O preço do diesel mais barato na bomba de abastecimento é uma ilusão que acaba na oficina, com o veículo parado e, provavelmente, muitos componentes avariados. Combustível de má qualidade ou adulterado, além de fazer muito mal para o motor, ainda causa sérios danos para a natureza.

 

Muitos mecânicos já se depararam com os danos que os combustíveis de má qualidade causam no motor e outros componentes do sistema de alimentação do veículo, por isso, conscientizar o cliente é a melhor maneira de evitar esses prejuízos. E para ajudar os reparadores nessa tarefa, as distribuidoras de petróleo contam com programas de acompanhamento e controle dos produtos oferecidos nas redes credenciadas.

 

Esses programas garantem que o consumidor pague um preço justo por um produto de qualidade, eliminando o risco de ser enganado com combustíveis adulterados ou misturados com querosene e outros ingredientes, como óleos vegetais e água.

 

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A Petrobras, uma das maiores distribuidoras do País, mantém o programa “De Olho no Combustível”, que visa a garantir a qualidade dos combustíveis por meio de monitoramento constante e de laboratórios móveis que verificam a especificação dos produtos comercializados na rede. O programa fornece também treinamento continuado e orientação aos responsáveis pelo recebimento e comercialização de combustíveis, para que o produto seja manuseado e armazenado adequadamente, mantendo sua qualidade.

 

O controle nos postos BR é feito através de inspeções de campo, que analisam cor, aspecto e massa específica do produto, tudo de acordo com as especificações da ANP (Agencia Nacional de Petróleo). Além disso, periodicamente, amostras são coletadas e enviadas aos laboratórios das refinarias e do Centro de Pesquisas da Petrobras (CENPES) para análise mais detalhada. Em casos de “não-conformidade”, são adotadas providências para que o produto não seja comercializado e que as causas da alteração sejam identificadas.

 

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Para conquistar o certificado de qualidade, os postos devem atender aos requisitos exigidos pelo programa “De Olho no Combustível”, entre eles atender à especificação da ANP e comprovar que foram adquiridos da Petrobras Distribuidora. Esses postos são rigorosamente acompanhados para que o consumidor tenha segurança e confiabilidade ao abastecer seu veículo.

 

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O diesel é adulterado quando suas características foram alteradas intencionalmente, com o intuito de fraudar o consumidor, com a adição de óleos vegetais, por exemplo. Outra prática comum é a comercialização do diesel interior em municípios onde deveria ser comercializado o diesel metropolitano, que tem menos enxofre. Para inibir esse tipo de fraude, a ANP determinou a adição de corante vermelho ao diesel interior. Assim, o diesel metropolitano deve apresentar uma coloração amarelada semelhante à da gasolina.

 

Já o programa “DNA da SHELL” utiliza uma formulação exclusiva encontrada apenas nos combustíveis da marca para permitir aos técnicos testar e comprovar a origem controlada e a qualidade do combustível utilizado. O acompanhamento é feito por meio de laboratórios móveis sempre atendendo às especificações definidas pela ANP. “Os postos são regularmente visitados e ao serem “aprovados”, têm suas bombas adesivadas com um selo exclusivo do programa”, comenta Renata Cunha, gerente de Marketing de Combustíveis da Shell do Brasil.

 

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A gerente afirma que não há economia nenhuma em utilizar combustível mais barato e sem procedência, pois o consumidor terá gastos adicionais com manutenção, troca de peças e pode chegar até mesmo a ocasionar a perda do motor do caminhão.

 

“A primeira recomendação para garantir a qualidade do combustível é abastecer sempre nos mesmos postos ou em estabelecimentos que ostentem material de comunicação da empresa, logo da marca e logo do programa. Postos que são flagrados vendendo combustível fora de especificação são legalmente notificados e, além disso, denunciados à ANP”, completa Renata.

 

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Voltado especificamente para o diesel, o programa “Diesel Garantido Esso” também segue os padrões estabelecidos pela ANP. “O controle de qualidade engloba desde a procedência do produto, a drenagem regular dos tanques de diesel (eliminando, desta forma, a água dos lastros), um complexo sistema de filtragem dupla com papel fenólico (eliminando contaminações de água e sedimentos/particulados acima de 5 micras), e um sistema de controle de qualidade mensal CQT, que verifica se os combustíveis estão de acordo com as recomendações da ANP, Esso e Bosch”, conta Carlos Faccio, coordenador de Programas da Esso.

 

Ele explica que todos os postos participantes do programa possuem uma certificação e o selo junto à bomba, além de um dispositivo adicional na mangueira que possibilita ao consumidor ver o produto que está comprando. “Os revendedores que estiverem em situação irregular perdem o certificado e o selo de qualidade, que possui prazo de validade, e são notificados para corrigir os problemas de qualidade do produto”, completa.

 

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Em relação aos problemas causados por combustíveis adulterados, o coordenador explica que, diferentemente dos veículos à gasolina e álcool, que sofrem um desgaste percebido em longo prazo, os veículos diesel sofrem problemas instantâneos que vão desde o comprometimento do rendimento (falta de força nas subidas) até mesmo a quebra do veículo com necessidade de troca dos bicos injetores.

 

Para trabalhar em conformidade, os postos de abastecimento da marca Texaco seguem as instruções e padrões da ANP e passam por análises de aspecto, cor e massa específica no momento em que recebe o caminhão-tanque. O Programa de Qualidade de Combustíveis da Texaco tem como objetivo garantir que os produtos vendidos nos postos da rede tenham a mesma qualidade existente em seus terminais, para isso, profissionais especializados visitam os postos para analisar os produtos e atestar com o certificado a qualidade dos produtos.

 

Caso seja identificada alguma irregularidade do revendedor em nosso programa, é iniciada uma espécie de “sindicância interna” visando a correção do problema no menor prazo possível. Dependendo do caso, pode significar até o rompimento das relações comerciais com o revendedor. Caso seja flagrado pela ANP, a comercialização do combustível irregular é imediatamente interrompida.

 

“Temos todos os meios legais para combater também os “postos clone”. Esses estabelecimentos utilizam a imagem das distribuidores sem autorização copiam padrões, cores e até o nome é parecido”, diz Renata.
Vale lembrar que o consumidor pode e deve solicitar o certificado de qualidade, que contém o laudo do técnico responsável pelas análises dos combustíveis comercializados no estabelecimento. E, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor e art. 8º da Resolução ANP nº 9, de 07/03/2007, pode exigir a realização dos testes de qualidade de produto e a verificação das bombas na hora do abastecimento. A ANP possui atribuições para fiscalizar a qualidade dos combustíveis comercializados em todo o território nacional. O telefone da ANP é o 0800 970 0267.

 

Dicas para não ser “adulterado”
o Abasteça em postos de confiança

o Procure sempre os selos de qualidade

o Em caso de dúvida, solicite os teste de análise

Problemas do combustível adulterado
o mau funcionamento das bombas dos motores;

o entupimento dos bicos injetores;

o aparecimento de borra no tanque (biomassa);

o entupimento de filtro;

o corrosão;

o má dirigibilidade;

o aumento de emissões;

o perda de potência;

o danos no sistema de injeção

o contaminação do óleo

o aumento de consumo

Postos no Brasil (aproximadamente)
BR – 4.900 postos

Shell – 2.700 postos

Texaco – 2.000 postos

Esso – 1.800 postos

 

Suspensão: Troca de componentes do Ecosport 1.6 2005

Acompanhe nessa edição a análise e procedimentos para a substituição dos componentes que fazem parte do sistema de suspensão do utilitário da Ford

 

Carolina Vilanova

 

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Um dos programas de O Mecâniconline de maior repercussão entre os internautas do site da Revista O Mecânico (www.omecanico.com.br) foi o que tratava do sistema de suspensão do utilitário Ford EcoSport, com verificação, desmontagem e montagem dos componentes. O veículo utilizado foi um EcoSport 1.6, ano de fabricação 2005. Essa matéria foi realizada com o apoio técnico da Affinia.

 

A suspensão dianteira da EcoSport é independe, do tipo McPherson, com braços em A inferiores e buchas horizontais, montados em um quadro auxiliar. Utiliza molas helicoidais com compensação de carga lateral e amortecedores pressurizados com “stop” hidráulico. A barra estabilizadora de 18 mm independente tem buchas antideslizantes.

 

Já o conjunto traseiro é semi-independente, do tipo “twist-beam” (eixo de torção), com correção de convergência em curvas. As molas são montadas sob assoalho e os amortecedores são pressurizados. O isolamento do amortecedor traseiro tem montagem externa à carroceria e tipo dual path.

 

Mãos à obra

 

As revisões e manutenções preventivas do sistema estão indicados no manual do proprietário. Siga o procedimento para verificação do conjunto e para eventuais troca de componentes.

 

Dianteira:

 

1) O primeiro passo para a manutenção do sistema é verificar o estado da suspensão. Para isso, antes de elevar o carro e iniciar a desmontagem, verifique com a ajuda de uma alavanca se existem folgas nos componentes. Analise, também, o estado de conservação dos guarda-pós que protegem os pivôs, os terminais de direção e as juntas homocinéticas. Caso encontre algum destes protetores avariado, providencie a sua substituição.

 

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2) Agora com o veículo no elevador e com as rodas ainda instaladas, faça uma verificação de folgas nos braços axiais, terminais de direção e coxins do amortecedor, movimentando as rodas como se fosse retirá-las do veículo. Em seguida, é a vez dos rolamentos de roda. Para verificá-los gire as rodas e, com elas em movimento, veja se não existem vibrações na mola de suspensão. Este procedimento ajuda a diagnosticar se uma possível queixa de vibração é resultante de um rolamento danificado ou de outros componentes, tais como: pneu com a banda de rodagem avariada ou bolhas, rodas tortas ou sem balanceamento, freios com trepidação etc.

 

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Obs.: Antes de retirar as rodas, verifique se os pneus têm identificação do sentido de rotação. Caso não possuam, faça uma marca para identificá-los e evitar a montagem no sentido diferente do que estavam rodando anteriormente. Se não for necessário realizar o balanceamento nas rodas, é recomendado marcar a posição antes da retirada, utilizando como referência a posição do bico de ar do pneu.

 

3) Verifique, antes de retirar os amortecedores, o estado de conservação da coifa e demais componentes do sistema. Inicie soltando a porca que fixa a bieleta do estabilizador. Cuidado, pois nela há um furo sextavado, onde deve ser utilizada a chave allen 5 mm para auxiliar a remoção. O próximo passo é soltar o flexível de freio desencaixando-o dos suportes de fixação. Em seguida, solte os parafusos que fixam o amortecedor na manga de suspensão e na manga de eixo e, com o auxílio de um martelo de borracha, faça a retirada da base do amortecedor da manga de eixo.

 

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4) Utilize um arame e amarre o conjunto da manga de eixo, evitando que o peso do componente force os flexíveis do freio.

 

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5) O próximo passo é soltar a parte superior do amortecedor. Remova a barra de rigidez para facilitar o acesso aos parafusos que fixam o coxim na lataria do veículo. Lembre-se de segurar o amortecedor antes de retirar o último parafuso de fixação.

 

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Obs.: na hora da montagem do conjunto, verifique a posição correta de colocação do coxim do amortecedor, assinalado por uma seta que sempre deve apontar para a frente do veículo (5a). Outra marcação existente no coxim é um ressalto, que deve coincidir com o furo existente na lataria do veículo (5b).

 

6) Após a retirada do conjunto da suspensão do veículo, fixe-o em uma bancada para facilitar a desmontagem e substituição dos componentes. Aproveite e faça uma nova inspeção verificando o guarda pó, calço de mola e o rolamento do coxim superior. Instale a ferramenta para encolher a mola e solte a porca de fixação superior do amortecedor. Este procedimento irá facilitar a remoção do coxim após a compressão da mola. Comprima a mola e retire os componentes do conjunto.

 

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7) Caso seja necessário, substitua o calço da mola para evitar ruídos após a instalação do conjunto no veículo. Este componente evita o contato metal com metal entre a mola e o suporte de fixação do amortecedor.

 

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Obs.: Obs.: após retirada a mola, verifique se a mesma não está com a pintura descascando ou com marcas de batidas entre os elos. Se necessário, substitua o componente. A mola também deve ser substituída a cada duas trocas de amortecedor, ou a cada 80 mil Km.

 

8) Verifique o rolamento superior da torre do amortecedor, que deve girar livremente. O guarda pó tem um papel muito importante na vida útil do amortecedor, que é protegê-lo contra as impurezas, que podem riscar a sua haste e prejudicar o seu funcionamento. Outro componente que deve ser verificado é o batente, que serve como uma mola auxiliar e evita pancadas bruscas no caso do amortecedor chegar ao final de curso.

 

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Importante: verifique sempre o código do produto antes da montagem no veículo, garantindo assim a correta substituição do componente. O certificado de garantia deve ser preenchido no ato da aplicação do componente no veículo.

 

Lembre-se: a etiqueta de identificação do produto também deve ser colada no certificado de garantia.

 

9) Faça o procedimento de equalização do amortecedor antes de sua montagem, aplicando o movimento de trabalho no componente até que este realize o curso de maneira uniforme. Após a equalização, é recomendado deixar o amortecedor sempre em pé.

 

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10) Fixe o amortecedor em uma morsa para a montagem do kit de reparo, que faz parte do conjunto.

 

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Obs.: quando montar o batente, lembre-se que a posição correta é a do furo maior junto com a base do amortecedor.

 

11) Lubrifique a região de encaixe entre o rolamento e o coxim do amortecedor com vaselina, para facilitar a montagem das peças e encaixe o guarda pó com o batente, finalizando a montagem do kit de reparo com uma porca de pressão nova.

 

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12) Para o perfeito assentamento da mola após a montagem do conjunto, retire o encolhedor de molas soltando um pouco de cada lado até que a mola esteja completamente livre.

 

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13) Verifique a posição correta para a montagem, conforme indicação no coxim (seta). O procedimento para a instalação é o inverso da desmontagem, iniciando pela parte superior do conjunto (fixação do coxim na lataria).

 

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14) Após a fixação da parte superior do conjunto na lataria do veículo, solte o arame que está amarrando a manga de eixo para fixá-la novamente ao amortecedor. É recomendado o uso da pneumática apenas para encostar os parafusos, aplicando o aperto final sempre com uma ferramenta adequada.

 

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15) Instale o flexível de freio nos suportes e fixe a bieleta do estabilizador. Lembre-se de utilizar a chave allen para a correta fixação do parafuso da bieleta.

 

15b

 

16) Ao instalar a roda lembre-se da posição marcada para não perder o balanceamento (esse procedimento só deve ser usado caso não exista a necessidade de balancear as rodas). Na sua fixação é recomendado a colocação dos parafusos sempre de forma cruzada.

 

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17) O procedimento para a substituição dos componentes da suspensão é o mesmo em ambos os lados. Para finalizar, instale a barra estabilizadora e aperte os parafusos.

 

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Traseira:

 

18) Assim como nas rodas dianteiras, marque a posição do bico de ar para não perder o balanceamento na recolocação das mesmas.

 

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19) Inicie soltando o parafuso de fixação inferior do amortecedor e, em seguida, os parafusos que fixam o coxim na lataria do veículo.

 

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20) Assim como na suspensão dianteira do veículo, faça a inspeção dos componentes do conjunto traseiro, verificando folgas nas buchas de eixo e o estado de conservação das molas.

 

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21) Fixe o amortecedor na bancada para a retirada da porca superior que prende a haste do amortecedor ao coxim.

 

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22) Após a desmontagem do conjunto verifique os componentes, assim como a parte dianteira da suspensão, e troque os que estiverem danificados. Verifique, no coxim do amortecedor traseiro, se a vulcanização da borracha não se desprendeu da parte metálica. Para, isso, introduza uma ferramenta no orifício e force para verificar as condições do componente.

 

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23) Faça a equalização do amortecedor e reserve-o em pé, assim como no conjunto dianteiro. (Foto 9)

 

24) Monte os componentes do conjunto traseiro (batente, guarda pó e coxim) e encaixe-os na haste do amortecedor, fixando-o novamente na bancada para o aperto da porca superior do coxim. Em seguida, monte o conjunto novamente no veículo, iniciando a fixação pela parte superior e posteriormente pela inferior. Vale lembrar que o aperto final do parafuso inferior deve ser aplicado com as rodas instaladas e o veículo no chão.

 

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25) Instale as rodas (lembrando da marcação de posição do balanceamento), apertando os parafusos de forma cruzada.

 

26) Para finalizar a montagem do amortecedor traseiro, aperte o parafuso de fixação inferior que prende o componente ao eixo, com as rodas instaladas e o veículo no chão.

 

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Colaboração técnica: Ninim Reparação Automobilística

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