Simplificando fios elétricos no Peugeot 408 Griffe

Veja como funciona a rede LIN utilizada no sistema multiplexado do Peugeot 408 e os cuidados que devem ser tomados em seus testes e manutenção

Fernando Lalli

 

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Dentro de um sistema multiplexado, podem existir vários tipos de redes de transmissão de dados, sendo que cada tipo é indicado para diferentes necessidades dentro da eletrônica embarcada do veículo. Nem todos os sistemas precisam estar interligados entre si por fios elétricos. Diante disso, existem inovações tecnológicas eficientes e de baixo custo, capazes de gerir funções específicas em subsistemas, simplificando as fiações elétricas e, principalmente, interligando os controladores.

 

Em alguns veículos, equipados com essa tecnologia, existem subsistemas embarcados que são classificados como “secundários”, mais simplificados em relação a outros sistemas. Em função disso, podem se utilizar outras opções de rede, como por exemplo a rede LIN. No Peugeot 408 Griffe, a sua localização abrange dois sistemas distintos: o sistema de alarme e o sistema de faróis dianteiros direcionais. O instrutor técnico do SENAI, Levi Condutta, explica que a rede LIN (“Local Interconnect Network” ou “Rede de Interconexão Local”) é uma rede inferior à rede CAN, e que foi criada por um consórcio de fabricantes de automóveis (entre elas, a Peugeot) a fim de reduzir custos e atender subsistemas de simples gestão.

 

A principal característica da rede LIN, é a velocidade de transmissão de dados normalizada com 19,2 Kbits/s, contudo, ela não foi feita para substituir a rede CAN, que chega a 500 Kbits/s. “A tecnologia da rede LIN é indicada para subsistemas com pouca complexidade”, explica Levi.
O instrutor explica que a rede LIN, por exemplo, não atenderia as normas da multiplexagem embarcada do motor, mas ao mesmo tempo, utilizar a rede CAN para gerir subsistemas, é como “usar uma enorme tecnologia para pouco” e, é exatamente nessas situações, que a rede LIN entra.

 

Como funciona?

 

A parte física da Rede LIN, que também pode ser chamada de “BUS”, é composta por dois fios, dos quais o primeiro se dedica à transmissão de dados e o segundo à alimentação de bateria ao controlador (12V). Sua arquitetura é do tipo mono-mestre, ou seja, suporta um controlador chamado de “mestre” e até 16 controladores secundários, denominados “escravos”. Porém, entre os escravos podem existir relações de subordinação, ou seja, um escravo comandando outro escravo, mas todos continuam respondendo aos “pedidos” de apenas um mestre.

 

As informações disponibilizadas no fio de transmissão de dados são caracterizadas por variações de tensão, basicamente, entre 0 e 12 Volts, que geram o código binário (“0” para 0V e “1” para 12V).

 

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A sequência desses sinais “0” e “1” que se forma a trama, ou seja, um pedido que circula entre mestre e escravos. O mestre fica constantemente enviando pedidos (tramas) aos seus escravos, monitorando o estado em que eles se encontram. As tramas, decodificadas pelos escravos, são respondidas ao controlador mestre, de acordo com o protocolo de comunicação dos controladores (veja box).

 

O modelo 408 Griffe, a exemplo de outros modelos da marca, possui rede multiplexada com amplo uso da rede CAN em equipamentos de aplicações mecânicas, como o motor, transmissão automática, ABS, entre outros. A rede LIN aparece neste carro em dois sistemas: nos faróis (que são direcionais) (A) e na caixa volumétrica do alarme (que monitora o interior do veículo) (B).

 

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Reparação na rede

 

O uso de redes vem justamente para diminuir a quantidade de fios e do chicote elétrico, e também para enriquecer as funções do carro. O instrutor do SENAI, Levi Condutta, exemplifica dizendo que os carros nos anos 90 chegavam a ter de 1 mil a 2 mil metros de fios elétricos em seus chicotes, enquanto que os veículos atuais multiplexados reduziram essa medida em centenas de metros. Porém, ainda existe muitas ligações filiares, “à moda antiga”, dentro de carros de alta tecnologia como o Peugeot 408. Por isso, é bom ficar esperto e se informar muito bem antes de mexer em qualquer coisa na parte elétrica.

 

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Como toda a transmissão de dados da rede LIN circula por apenas um fio, é necessário que ele esteja em perfeitas condições. A rede não aceita que este fio de transmissão de dados tenha qualquer defeito, seja um corte, furo, interrupções, emendas de qualquer espécie, mau contato ou terminais desgastados. Qualquer interferência na transmissão de dados ocasionada por reparos indevidos pode ocasionar a paralisação do funcionamento de componentes na rede, podendo até causar a parada do veículo na rua.

 

“O dimensionamento do chicote também não pode ser alterado”, atenta Levi, lembrando que o fio usado nas redes não é um fio elétrico comum. Qualquer carro multiplexado, que sofra colisão que afete o chicote, tem que receber um chicote zero, novo. Mas como o chicote do 408 é ramificado, isso permite que seja substituído apenas o pedaço afetado.

 

A construção do carro já é feita de modo a dificultar o reparo parcial de qualquer fiação, justamente para evitar que sejam feitas as famosas “gambiarras” que possam levar ao mau funcionamento do carro.

 

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Para efeito de informação, a caixa controladora dos faróis direcionais fica atrás do forro corta-fogo entre o interior do veículo e o motor, em um local de acesso bastante difícil.

 

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Para verificar o correto funcionamento dos controladores ligados à rede LIN, podem ser realizados os seguintes testes: medição de resistividade do fio de transmissão de dados, análise de sinal e análise da memória de avarias da rede, os dois últimos somente via scanner e osciloscópio. Fizemos os testes apenas na caixa volumétrica do alarme, localizada no interior do veículo, no mesmo módulo da luz de cortesia, no entanto os procedimentos são os mesmos em todas as redes LIN, desde que seguidos os esquemas elétricos corretamente.

 

Importante: antes de fazer qualquer operação de manutenção, elétrica ou não, mas que envolva o desligamento de componentes eletrônicos, espere pelo menos 5 minutos após desligar o contato para que o sistema entre em estado de inatividade. Antes desse período, as redes ainda operam se comunicando com os controladores e qualquer interrupção durante esse processo (por exemplo, desligar a bateria) pode causar sérios danos aos controladores.

 

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Teste com o scanner

 

Para rastrear a memória de avarias do sistema, ligamos o scanner ao conector de diagnóstico no console central do painel. Na rede LIN, os defeitos dos escravos ficam registrados apenas no controlador mestre, que transmite essas informações à memória de avarias através da rede CAN, a qual também está ligado. Os defeitos ficam registrados através de códigos específicos de defeito ligados a ausência ou incoerência na comunicação.

 

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Ao desconectarmos o conector azul 12 vias do alarme, provocamos um defeito de falha de comunicação com a CSI, que apareceu no scanner logo em seguida como “ausência de comunicação”. “Caso você utilize o scanner e apareça qualquer defeito ligado a incoerência ou ausência da comunicação em determinado sistema, provavelmente, ali tem alguma rede”, esclarece Levi.

 

Medindo a resistênciae o sinal do fio

 

A resistência máxima que o fio de transmissão de dados deve ter é de 1 ohm (?). Por isso, Levi frisa que, para ser feita a medição correta dessa resistividade, o mecânico deve usar um multímetro de ótima resolução, já que as próprias pontas de prova do aparelho possuem resistência acima desse valor, algumas por volta de 5 a 6 ?.

 

Por isso, para que se faça um teste confiável com multímetro, o instrutor do SENAI orienta para que o mecânico meça a resistência das pontas de prova, encostando uma na outra e observando o resultado no multímetro, na escala de ohms. O resultado deve ser descontado da medição feita no fio – no caso da medição feita nesta reportagem, o multímetro apresentou entre 1,2 e 1,5 ?.

 

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Seguindo o esquema elétrico do veículo, colocamos uma ponta de prova no pino 2 do conector Azul 12 Vias da caixa volumétrica do alarme e a outra no pino 1 do conector Azul 28 Vias da CSI, que é o controlador mestre na rede LIN do alarme. O resultado foi 1,7 ?, que, se descontados os 1,5 ? de resistência das próprias pontas de prova, dá 0,5 ?. Ou seja, a resistência do fio de transmissão de dados está ok.

 

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Teste com o osciloscópio

 

Caso haja a suspeita de problemas de comunicação entre controladores mestre e escravo e o teste de resistência não apresente resultado anormal, é recomendado fazer o teste de sinal utilizando o osciloscópio do scanner. Coloque os cabos de alimentação do osciloscópio na bateria e na massa. Depois, no caso da caixa volumétrica do alarme, coloque a ponta de prova positiva na parte de trás do pino 2 do conector Azul 12 Vias da caixa volumétrica do alarme e coloque a ponta negativa na massa.

 

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Dê partida no carro e observe a movimentação do osciloscópio. Ele deverá apresentar tramas constantes e regulares. Caso não haja tramas sendo enviadas ou estejam irregulares, isso significa que há algum problema na comunicação com a CSI. Verifique o chicote, os conectores e os fios e procure por interrupções, emendas e outras interferências.

 

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Chevrolet Volt: a mecânica do futuro

Projetar carros alimentados por energias alternativas é um dos grandes desafios das montadoras nesse começo de século. Cada uma tem a sua proposta e muitos carros já estão rodando por aí, conheça um pouco da mecânica e de como funciona a opção da Chevrolet

Carolina Vilanova

 

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O que é o que é? Você aperta o acelerador e ele anda, você engata o “Drive” no câmbio e ele parte, você pisa no freio e ele para, mas não faz nenhum barulho de motor funcionando? É o carro movido a eletricidade! Isso mesmo, uma alternativa escolhida pelas montadoras para se livrar da dependência dos derivados do petróleo e reduzir a emissão de poluentes na atmosfera.

 

Existem vários tipos de tecnologias nesse sentido: carros elétricos, movidos por um motor elétrico; carros híbridos, movidos por um motor elétrico e ajudado por um a combustão, e carros movidos a célula de hidrogênio. Mas alguns impasses limitam a produção desses veículos, em primeiro lugar porque são mais caros e em segundo porque não existe uma rede de distribuição desses combustíveis. Que posto de gasolina tem hidrogênio para vender?

 

Outra questão enfrentada pelas montadoras é justamente a autonomia desses veículos, cuja carga do motor elétrico não aguentaria uma viagem longa, por exemplo. A solução encontrada foi misturar o motor elétrico com um propulsor a combustão, que utiliza gasolina ou etanol para recarregar a bateria ou incrementar a potência. Ou seja, opções não faltam e um dia esses carros serão realidade até mesmo na sua oficina.
Pelo menos nos EUA e na Europa os veículos elétricos e híbridos já estão nas ruas, e alguns até arriscaram se aventurar por aqui, como é o caso do Ford Fusion Hybrid. O Toyota Prius, por exemplo, já roda há alguns anos, e tem lá os seus adeptos. Mesmo porque o governo dos EUA oferece um bom incentivo aos motoristas mais ecológicos.

 

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Elétrico ou híbrido?

 

Nessa matéria vamos mostrar a mecânica do Chevrolet Volt, um veículo que veio ao Brasil para comemorar os 100 anos da marca no mundo e apresenta uma tecnologia que entrou, inclusive, numa outra categoria: a de veículo elétrico de autonomia estendida.

 

Ou seja, depois que o motor elétrico, que traciona o carro, gasta toda sua autonomia, que é de aproximadamente 70 km, o motor a combustão movido à gasolina produz energia para alimentar um segundo motor elétrico que, por sua vez, carrega uma bateria que manda energia para que o motor elétrico principal siga funcionando. Ufa! É mais ou menos isso.

 

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Motor de combustão interna acoplado no motor elétrico. Tração 100% elétrico

 

Depois de um test drive em estrada e na cidade, o carro mostrou que roda bem, desenvolve boa aceleração em retas, difícil foi ficar dentro dos limites de velocidade, é confortável e bem avançado em termos de itens de conforto e segurança. E na hora da frenagem, também armazena energia, como nos carros de Fórmula 1, que utilizam o sistema KERS para ganhar potência. Os números da GM garantem que o Volt atinge velocidade máxima de até 160 km/h (limitada eletronicamente), além de um ótimo torque de 36,8 kgfm.

 

Mas vamos começar do começo, mostrando todo o funcionamento do carro, seus componentes, o que tem de igual aos modelos convencionais e as tecnologias embarcadas. Quem sabe, no futuro, você recebe um carrão desses para reparar na sua oficina.

 

Trem de força

 

Por fora, o Chevrolet Volt é um carro normal, com desenho moderno e esportivo, mas por dentro é onde a engenharia acontece. A sua tração é 100% elétrica, com autonomia de até 560 km. “O sistema de propulsão é chamado de Voltec e conta com um conjunto de bateria de íon-lítio de 16 kWh e uma unidade de tração elétrica, com capacidade para percorrer até 80 km com a sua própria carga”, afirma Plínio Cabral Jr., diretor de sistemas elétricos da General Motors do Brasil

 

Ao lado do motor elétrico está um propulsor de 1.4 litro a gasolina – que pode ser flexfuel – e que estende a autonomia do Volt em até 500 quilômetros adicionais com um tanque de 35 litros de combustível. Este motor trabalha como uma usina de força, fornecendo energia elétrica para a bateria e ao motor. Isso até o veículo ser carregado novamente com eletricidade.

 

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O Volt é considerado um carro elétrico porque sua unidade elétrica está sempre tracionando as rodas dianteiras, com a potência de 150 cv. Localizada dentro do capô, ao lado do motor de combustão interna, a unidade agrega dois motores elétricos e uma caixa de câmbio continuamente variável (CVT).

 

A engenharia explica que diferentemente de um sistema powertrain convencional, não há engrenagens escalonadas na unidade e não há ligação mecânica direta entre o motor de combustão interna e as rodas. A tração é feita por um ou pelos dois motores elétricos, dependendo de quanta força está sendo exigida naquele momento. O segundo motor elétrico funciona ainda como um gerador para manter a bateria em nível mínimo.

 

Lubrificação

 

A General Motors explica que, para garantir a durabilidade a longo prazo dos motores elétricos, o fluido da transmissão é bombeado ao redor e através destas unidades para lubrificar e manter a temperatura baixa. O fio elétrico utilizado nos enrolamentos de cobre dos motores elétricos é projetado para minimizar a formação de calor.

 

Manutenção do motor “normal”

 

No Volt, o motor de combustão interna é construído com cabeçote de alumínio de 16 válvulas e sua manutenção é a mesma de um motor normal, ou seja, está discriminada no manual do proprietário. Alguns componentes foram introduzidos para aumentar a durabilidade e diminuir o prazo de manutenção. O motor liga automaticamente quando não é muito exigido, como forma de segurança para não danificar os componentes internos por falta de uso. Conheça os seus detalhes:

 

– Distribuição feita por corrente no lugar da correia dentada

– A lubrificação e arrefecimento do pistão são feitas por jatos de óleo

– O sistema de ignição utiliza bobinas individuais e elimina os cabos da vela de ignição

– Velas de ignição com ponta de platina com intervalos de manutenção de 160 mil quilômetros.

– A gasolina que garante maior eficiência do motor é a Premium

 

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Mecanismo de tração do motor elétrico para as rodas do Volt

 

Carga e bateria

 

O Chevrolet Volt é equipado com uma bateria do tipo longa vida, que na verdade é um conjunto de baterias de íon-lítio, com 198 kg, formato em “T” e 16 kWh. Para carregar a bateria, basta colocar o adaptador numa tomada convencional de 120V ou de 240V, assim, o veículo está recarregado em aproximadamente 12 horas e quatro horas, respectivamente. As cargas são programáveis de acordo com o gosto do cliente. Da mesma maneira, ele pode gerenciar e monitorar o carro remotamente através de computador ou smart phone.

 

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Conjunto de baterias de íon-lítio com formato em T e 16Kwh

 

Robustez e ótima dirigibilidade

 

Além da preservação do meio ambiente, a GM se preocupou em dar muita segurança e conforto aos proprietários do Volt. Assim, construiu o carro sobre uma estrutura sólida de carroçaria e chassi para permitir uma boa dirigibilidade com estabilidade e robustez, sem perder a maciez na hora de rodar.

 

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Depois de percorrer cerca de 70 km, o motor elétrico passa a receber energia

de um segundo motor, que por sua vez, é alimentado pelo engenho a combustão

 

A suspensão é do tipo McPherson na dianteira e com um sistema semi-independente na traseira. As molas são de alto desempenho, conformadas a frio e construídas com aço para maior resistência, apesar de serem mais leves e contarem com menos espiras, tudo para atender melhor o peso e a dinâmica do carro.

 

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Painéis do Volt é um computador de bordo de última geração

 

De acordo com a GM, as constantes de amortecimento e da mola são calibradas para oferecer ótimo desempenho. No Volt a constante da mola é 32 N/mm (Newtons por milímetro); e uma constante do coxim do amortecedor igual a 700 N/mm – ambas são reguladas para que haja equilíbrio apropriado entre conforto na condução e agilidade no manuseio. As buchas dos braços da suspensão são hidráulicas e os braços de controle e as mangas de eixo são construídos em alumínio.

 

A traseira conta com uma viga de torção (compound crank) adaptada especificamente com perfil em forma de “U” e paredes duplas na extremidade traseira. Já o sistema de direção é elétrico e calibrado para proporcionar condução fácil, com agilidade e retorno rápido da direção ao centro.

 

Assim como na Fórmula 1, o sistema de freio é regenerativo do tipo eletro-hidráulico. Sua função é captar energia para recarregar a bateria. Os discos são maiores e utilizam um acabamento especial para proteção contra corrosão e maior durabilidade.

 

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Equipamento de recarga do Volt, é só colocar em uma tomada convencional

 

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O habitáculo do veículo faz jus ao seu conceito inovador e moderno. Construído em volta de um cockpit duplo, com acabamento de primeira e muitos detalhes em couro. Duas telas de LCD de sete polegadas e alta resolução interagem com o motorista, mostrando o painel de instrumentos e os dados de funcionamento do carro. O visor central é touch screen e os interruptores são ativados com um toque.

 

Vai ser difícil ver um Chevrolet Volt entrando na sua garagem para reparos, pelo menos num futuro próximo. Mas se tiver a oportunidade de conhecer melhor essa tecnologia, vai ser um passo a frente dos concorrentes nessa busca pela atualização técnica. E quando os veículos elétricos chegarem, você estará preparado.

 

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Raio X do Chevrolet Volt, mostrando os motores elétricos, a combustão e as baterias

Remy lança novo alternador para Hyundai, Kia e Mitsubishi na reposição

A Remy International, fabricante dos motores de partida e alternadores para linha leve e pesada, anuncia o lançamento do novo Alternador com bomba de vácuo MDII para o mercado de reposição. O novo alternador Remy MDII – 101N10002 de 12V e 110A é para aplicações em veículos Hyundai, Kia e Mitsubishi.

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Ipiranga e Mobil confirmam presença na Fenatran 2015

Empresas do setor de combustíveis e lubrificantes, Ipiranga e Mobil confirmaram presença na Fenatran – Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Carga em 2015. A feira acontece de 9 a 13/11, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo/SP.

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A Ipiranga leva à feira o conceito de Lugar Completo. “Diante de um mercado desafiador como o atual, a Ipiranga vem, cada vez mais, se diferenciando por essa proposta, oferecendo um portfólio de serviços diversificados, que atendem diferentes demandas de nossos clientes, muito além do combustível”, explica Jeronimo Santos, diretor de Varejo da empresa. Santos informa que a Ipiranga oferece aos clientes do setor o Ipiranga Frotas, sistema de gestão de frotas que permite aos empresários monitoramento e controle de suas frotas pela internet. “O gestor pode comprar créditos de combustível com desconto pela web, disponibilizá-los para os motoristas e controlar opções de rota locais de abastecimento, paradas de manutenção etc.”.

A Mobil destaca o Programa Troca Inteligente, que utiliza minitanques e permite o abastecimento do óleo de motor direto no cárter do veículo. “No minitanque, uma bomba de abastecimento permite ao consumidor ver o produto que está sendo adquirido. Além de vantagens como o melhor controle do estoque e a redução do descarte de embalagens no meio ambiente, o grande diferencial da Troca Inteligente é a garantia sustentável da mesma qualidade e alta tecnologia dos lubrificantes Mobil embalados – desde a fábrica até o motor dos veículos”, explica o gerente de Marketing, Sérgio Campos Soares.

Para 2016, a fabricante de lubrificantes acredita que a desempenho dos melhores produtos do mercado é o melhor chamariz para novos clientes. “Lubrificantes modernos podem contribuir para a redução do impacto ambiental, através da extensão do intervalo de troca, diminuindo o custo total de operação do transportador e até mesmo economia no consumo de combustível”, completa Sérgio.

Serviço:
Fenatran – Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Carga
Data: 9 a 13 de novembro de 2015
Horário: 13h às 21h
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi – São Paulo – SP – Brasil
Mais informações: www.fenatran.com.br

BorgWarner é a fornecedora de turbo para motor do Up! TSI

A BorgWarner é a responsável pelo fornecimento do turbo que equipa o novo motor do compacto Volkswagen Up! TSI. De acordo com a fabricante de autopeças, o turbo da série B01 foi projetado para propulsores de 0,8 até 1,6 litros e poderá ser fornecido a outras montadoras no futuro. O turbocompressor BorgWarner inclui um rotor de compressor em alumínio fresado, sistema de mancais otimizado e válvula de descarga controlada por atuador elétrico, com características de redução de ruído.

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“O componente foi desenvolvido para ser montado diretamente no bloco do motor, permitindo sua instalação em motores menores. Além disso, a experiência global e os recursos da engenharia local possibilitaram aos engenheiros da BorgWarner a utilização de materiais e soluções voltadas ao aumento da durabilidade do produto”, define Lauro Takabatake, diretor de engenharia de turbos da companhia no Brasil.

A empresa informa que já está desenvolvendo novos projetos com outras montadoras para que, em breve, mais modelos com essa tecnologia sejam disponibilizados, comprovando o grande interesse do mercado na redução de emissão de poluentes e consumo de combustível, configurando o downsizing como uma grande tendência no cenário automotivo. No Brasil, a BorgWarner enxerga a alternativa pelo downsizing como uma forma de atingir os objetivos do programa Inovar-Auto.

Baterias Heliar dá dicas sobre durabilidade das baterias de motos

De acordo com a Johnson Controls, fabricante das baterias Heliar, diferente dos modelos utilizados em automóveis, as baterias de moto carregam muito pouco e têm uma capacidade inferior de armazenamento de carga. Dessa forma, a empresa orienta que simples cuidados no uso podem contribuir para a melhoria do desempenho do produto e, consequentemente, o aumento de sua vida útil.

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“Muitos dos problemas com baterias para motos que chegam ao nosso conhecimento poderiam ter sido evitados com atitudes proativas dos usuários. Foi por isso que decidimos auxiliá-los com algumas dicas de boas práticas”, explica Adelmo Leite, coordenador de assistência técnica da Johnson Controls. Atualmente, mais de 80% das motos fabricadas no Brasil estão equipadas com Heliar quando deixam as montadoras.

Veja as dicas da Heliar que o mecânico deve dar aos clientes:

Verifique a data de fabricação no momento da compra – A partir do quarto mês de fabricação, a bateria que está na prateleira já não possui 100% da carga. Nesse caso, ao comprar o produto em um posto autorizado, aconselha-se que o cliente solicite ao vendedor uma recarga de 30 minutos no produto. Dessa forma, ele terá a certeza de que a bateria será instalada em sua moto com 100% da capacidade de energia.

Instalação feita por profissionais capacitados – A instalação da bateria por um profissional que não tenha amplo conhecimento do produto é uma atitude barata que pode sair cara, já que se corre o risco de o produto ser aplicado de maneira indevida. Ao fazer a substituição da bateria em um posto autorizado, por exemplo, tem-se a oportunidade de verificar quais motivos reais encerraram a vida útil da sua antiga bateria e, dessa forma, receber orientações para que o novo produto dure mais.

Oxidação é sinal de problema – É importante ficar atendo à oxidação nos terminais da bateria para não prejudicar o desempenho do produto. Por isso, a limpeza tanto deles como dos “chicotes” ou terminais da moto é fundamental, principalmente, no momento da substituição da bateria.

Moto só deve ficar ligada se estiver em movimento – Perca o hábito de deixar a moto ligada enquanto conversa, por exemplo. Antes de desliga-la, certifique-se de que os faróis estejam apagados, demandando, assim, menos energia na próxima partida.

Só use o freio quando precisar parar ou reduzir a velocidade – Muitos usuários têm o hábito de pilotar suas motos apoiando o pé no freio, desviando energia da bateria para acionar a luz traseira, sem necessidade.

Cuidado ao substituir itens originais de fábrica – É um erro substituir os itens originais da moto por modelos mais potentes sem checar se a capacidade da bateria suporta os novos adereços, incluindo faróis, buzina e alarme, entre outros. Essa atitude pode provocar descarga no produto.

Atenção à revisão da bateria – Se a moto é utilizada para fins profissionais, a recomendação é que a revisão do produto seja feita a cada três meses. Já para as de passeio pode-se considerar a frequência de duas vezes por ano.

Tenha em mente que o verão é um inimigo da sua bateria – Em geral, no verão, as baterias de carro sofrem desgaste devido ao superaquecimento causado pelo clima, porém os danos só se manifestam no período do inverno, com as dificuldades de partida, por exemplo. Em motos, esse sintoma é um pouco menor porque o local de instalação do produto permite que ele seja beneficiado com mais ventilação, mas, ainda assim, é necessário atenção por parte dos usuários.

Em caso de problemas, procure pelo fabricante – Independente da marca de bateria escolhida, ao detectar uma deficiência no desempenho do produto, entre em contato com o fabricante, por meio do SAC da empresa ou de postos autorizados. Essa é a forma mais segura de não agravar o problema que, inicialmente, pode ser simples.

Desvendando o Fire HP 1.4 Flex

Acompanhe com exclusividade o processo de desmontagem, montagem e especificações do propulsor que equipa as linhas mais populares da Fiat: Palio, Punto e Doblò

Carolina Vilanova

 

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Um motor moderno e compacto projetado para oferecer desempenho e economia de combustível. Essas características podem definir muito bem um dos propulsores mais utilizados da Fiat, o Fire 1.4 Flex HP (High Power), adotado nas linhas Palio, Punto e Doblò. “Essa versão do Fire é uma evolução do motor 1.4 antigo, com algumas evoluções que privilegiam a potência com redução de consumo e emissão de poluentes”, explica Matheus França Carvalho, analista de Experimentação de Motores da Fiat Powertrain.

 

O Fire 1.4 Flex ganhou em cavalaria, hoje é capaz de entregar 85 cv de potência quando abastecido com gasolina e 86 cv com uso exclusivo do álcool. A Fiat recomenda que, com relação à manutenção preventiva, sejam seguidas as instruções do manual do proprietário, utilizando peças genuínas e fluidos e lubrificantes especificados.

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As principais novidades do novo motor 1.4 Flex são:

 

– Novo coletor de admissão, com o diâmetro dos dutos otimizados de 30 para 33 milímetros para melhorar o rendimento volumétrico;
– Novo coletor de escape fabricado em aço tubular; substituindo o ferro fundido, o que reduz a perda de carga no escape com consequente ganho de potência;
– Novos pistões grafitados;
– Sede das válvulas de admissão com novo material;
– Nova calibragem do sistema de injeção privilegiando economia de combustível e redução de poluentes e melhoria de desempenho;
– Sistema close-coupled, com catalisador mais próximo do motor, garantindo um nível ainda mais reduzido de emissões de poluentes;
– Óleo 5W30, do tipo sintético low friction de menor viscosidade;
– Adoção do Beauty Cover, uma carenagem do novo motor que traz filtro de ar integrado.

 

Prepare-se para o trabalho

 

Para este trabalho, contamos com a ajuda do instrutor do SENAI-Vila Leopoldina, Fernando Landulfo, que deu as seguintes dicas: em qualquer intervenção nesse motor, o técnico deve estar atento aos EPIs necessários, que são óculos de proteção, luvas e sapatos de biqueira. “Outro aspecto é a organização, coloque as peças que forem retiradas em ordem para que sejam montadas seguindo o mesmo padrão, numa bancada limpa e livre de impurezas”, diz Landulfo.

 

“Para um trabalho de qualidade, utilize as ferramentas e equipamentos adequados, inclusive a ferramenta para fasagem e bloqueio dos eixos comando de válvulas para sincronizar o motor, goniômetro, etc. Essas ferramentas específicas podem ser adquiridas na rede de concessionárias da marca”, orienta Matheus.

 

Sensores

 

Veja a identificação dos sensores, atuadores e acessórios do motor Fire 1.4.

 

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Desmontagem

 

1) Comece com a remoção dos chicotes elétricos, tomando cuidado com as travas que fixam os conectores aos componentes, que devem ser removidas com cuidado e guardadas num lugar adequado, para evitar o funcionamento incorreto quando forem reinstaladas. Depois de remover as travas, remova os conectores cuidadosamente.

 

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2) Solte o parafuso do suporte do chicote localizado debaixo do coletor de admissão e o parafuso sextavado do chicote do alternador. Retire a capa superior da correia dentada para remoção do chicote, por meio do parafuso de fixação.

 

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3) Retire os conectores dos injetores e dos sensores de rotação e pressão do óleo para remoção completa do chicote elétrico. (3a)

 

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4) Em seguida, solte os cabos de vela, tomando cuidado para não puxa-los pelo fio, o que pode arrebentar o cabo.

 

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5) Retire, em seguida, os quatro parafusos que fixam a bobina, que é do tipo convencional estática para os quatro cilindros. Para isso, use a chave torx T25. Na sequência, retire e peça.

 

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6) Remova os seis parafusos do coletor de admissão com uma chave combinada 13. Não é necessário usar uma sequência determinada. Esse componente sofreu modificações nos dutos internos para melhorar a fluidodinâmica. Fique atento ao torque de montagem, que é de 25Nm.

 

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7) Retire ainda os dois parafusos 13 mm do suporte do sensor de temperatura de líquido de arrefecimento, que estão presos no coletor.

 

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Obs: É importante lembrar que em toda intervenção no coletor é necessário trocar os anéis de vedação, sempre.
8) Em seguida, remove-se também o coletor de escapamento, sendo que as juntas devem ser substituídas todas as vezes em que for desmontado.

 

9) O próximo passo é remover a tampa de válvulas, soltando os oito parafusos com o auxílio de uma chave sextavada L10. Desaperte em cruz para evitar empenamento. O torque na montagem é de 10 Nm. Os parafusos devem ser trocados se estiverem danificados.

 

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Obs: Nesse caso, não é preciso trocar a junta todas as vezes em que abre a tampa, mas coloque um pouco de junta química nas quinas vivas entre os mancais do comando de válvulas e o cabeçote.

 

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10) Em seguida, soltamos os parafusos de fixação do alternador para retirada da correia de acessórios e do alternador, com uma chave L 16 mm. Examine se não há fissuras ou danos nas estrias da correia.

 

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11) Solte o parafuso do sensor de rotação e retire a peça. O torque na montagem é de 9 Nm, o mesmo torque do sensor de fase.

 

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12) Agora é necessário fazer a remoção do sensor de detonação, com uma chave 13 mm, o torque na montagem é de 25 Nm.

 

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13) O próximo passo é retirar com uma cinta apropriada o filtro de óleo do motor, que faz a lubrificação dos componentes internos.

 

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14) Vamos agora fazer a retirada da polia do virabrequim, começando com a soltura dos três parafusos de fixação com uma chave 13 mm. Na montagem, tem um furo guia na polia que deve coincidir com o pino na engrenagem do virabrequim. O torque é de 25 Nm. A polia damper, como é conhecida, deve ser examinada quanto ao estado da borracha vulcanizada. (14a)

 

8478

 

8444

 

15) Depois, o técnico deve fazer a remoção da capa inferior da correia de sincronismo, que está presa por meio de um parafuso 10 mm e outro de 16 mm. O torque é de 10 Nm.

 

8506

 

16) Retire a correia sincronizadora, que está presa por meio do tensor, utilizando uma chave L 13 mm para afrouxar a porca de fixação. A correia de sincronismo deve ser substituída dentro do período recomendado pelo fabricante, juntamente com o tensionador. Remova o tensionador. Lembramos que toda vez que retirar a correia sincronizadora é necessário travar o volante e o comando com ferramentas específicas, sendo também recomendada a substituição da correia (16a)

 

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17) Em seguida, remova o eixo comando de válvulas, que não segue uma sequência determinada. São ao todo 8 parafusos, dois M6 mm, de 10Nm de torque e seis M8 mm com 20Nm de torque.

 

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18) Solte as porcas que fixam o suporte da bobina no mancal de fixação do eixo comando. Troque sempre o anel o’ring do suporte da bobina.

 

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19) Desencaixe o tubo de lubrificação que traz o óleo da linha de alta e os mancais do eixo comando. Na montagem, esses mancais têm posição correta, com o rasgo apontando para o lado do coletor de escapamento.

 

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20) Retire o eixo comando de válvulas inteiramente. O comando precisa se medido com relação ao diâmetro do colo e aos ressaltos, para que fique de acordo com as especificações do fabricante. Em caso de desgaste excessivo, precisa ser substituído.

 

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Obs: Os mancais de apoio do comando não aceitam sobremedida. Caso haja desgaste entre o eixo comando e o cabeçote que ultrapasse os limites recomendados pelo fabricante, precisam ser substituídos.

 

21) Remova os tuchos mecânicos, que devem ser armazenados na mesma ordem em que foram retirados para que sejam montados na mesma posição.(21a)

 

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Obs: A regulagem da folga de válvulas não é automática, ou seja, deve ser feita a verificação e controle dessa folga, que tem medidas de acordo com a tabela abaixo:

 

22) Agora é preciso remover os parafusos do cabeçote, seguindo a ordem indicada na foto. Todos os parafusos têm que ser trocados todas as vezes em que forem removidos do alojamento. Utilize um soquete especial para as cavidades do cabeçote. Na reinstalação, siga a sequência de aperto, que é inversa a da desmontagem, e torque de 30 Nm, seguidos de torque ângulo de 90º 90º.

 

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23) Remova o cabeçote e a junta, que deve ser sempre substituída. Na montagem, veja a seta que posiciona o lado do volante e deve ser voltada pra cima. Retire os guias para não perdê-los.

 

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Virando o motor

 

1) Comece soltando os parafusos do cárter, que não têm ordem para remoção, porém é recomendado fazer o desaperto em cruz, das extremidades para o centro. São ao todo 15 parafusos e duas porcas, que na montagem tem torque de 10 Nm e ordem de aperto em cruz do centro para as extremidades.

 

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2) Com a ajuda de uma espátula e um martelo de borracha, bata cuidadosamente para descolar a junta química e remova a tampa do cárter. Limpe a peça e tire toda a cola antes da remontagem.

 

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3) Faça agora a remoção da bomba de óleo, para isso, solte os parafusos que fixam o suporte, com a chave L10mm. Retire a polia motora, e com ajuda de uma espátula, solte o suporte e tire o conjunto. A junta da bomba de óleo também precisa ser substituída

 

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4) Depois, retire a ferramenta de travamento do volante e então remova os seis parafusos passantes com a chave 13 mm que prendem o volante ao virabrequim. Use a trava química na hora de reinstalar os parafusos, com torque em cruz de 10 Nm.

 

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5) Em seguida, remova o pescador, por meio dos dois parafusos de 10 mm. Na montagem o torque é de 10 Nm. O anel de vedação do pescador também deve ser substituído. (5a)

 

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6) Retire os parafusos que fixam a tampa do retentor do volante, que é montado com o auxílio de uma ferramenta específica. Remova a tampa com o retentor traseiro, sendo que a junta seca é fornecida com a peça, assim como a lubrificação com graxa grafitada. Para instalar a peça use a ferramenta específica de alinhamento. (6a)

 

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7) Em seguida, revoma a bomba de óleo que tem junta do tipo metal borracha e deve ser sempre substituída. Faça a retirada do bloco inferior, para isso solte os parafusos, 10 internos e 10 externos, que têm uma seqüência específica a ser seguida, como mostra a figura.

 

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8) Remova o bloco inferior com ajuda de uma espátula e um martelo de borracha. Não esqueça de colocar o selante Loctite Ultra Black, de recomendação da Fiat Powertrain. A camada de selante deve ser de 3 a 4 mm de espessura. Não esqueça que na montagem, essa área precisa estar muito bem limpa para a aplicação da cola nova.

 

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9) Agora, vamos tirar uma capa de biela, que na montagem tem torque de 20Nm 40º. As bielas são fraturadas, permitindo uma única posição de montagem. O pistão sai por baixo, ou seja, não tem como montar errado. O conjunto é removido em direção oposta ao virabrequim.

 

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Obs: A biela tem classificação a partir da numeração do cilindro onde deve ser montada na lateral da peça, que significa a ordem de montagem no bloco. E classificação do peso está indicada na parte superior da peça, lembrando que no mesmo motor todas as bielas têm o mesmo peso, ou seja, tem que ser da mesma classe.

 

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10) Faça o mesmo processo com as outras bielas. Não monte as capas invertidas. Retire por fim o virabrequim.

 

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Observações antes da montagem

 

Meça com o micrômetro o diâmetro dos munhões e moentes do virabrequim, que têm identificação em três classes (A, B e C) e admitiem uma única sobremedida encontrada na face do contrapeso. (A)

 

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As bronzinas também tem três classes (amarela, azul e vermelha) descritas na lateral, com única sobremedida de 0,127 mm. (B)

 

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Os pistões do motor são refrigerados com óleo sob pressão que vem do pulverizador de óleo, localizados nos mancais 1, 2, 4 e 5 do bloco do motor. Observe que os pistões são de classe B, inscrita na lateral do bloco e na cabeça do pistão, em caso de reposição, adquirir a mesma peça. (C)

 

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Os mancais também são identificados por classes, como mostrado na tabela de apoio ao lado, encontrar os diâmetros de cada classe, com única sobremedida de 0,127 mm. A identificação é encontrada na face do bloco.

 

As letras gravada na árvore de manivelas indicam a classificação dos moentes. Os números gravados abaixo das letras indicam a parte decimal da medida do diâmetro dos munhões da árvore de manivelas

 

Dependendo da classe do mancal, aplica-se uma classe de bronzina, que determina a folga entre o mancal e o virabrequim.

 

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Vide fórmula
Diâmetro do mancal – (diâmetro do virabrequim 2x espessura da bronzina) = a folga

 

Detalhe importante diz respeito ao mancal numero 3, em que a bronzina possui as arruelas de ajuste da folga, que possuem uma certa mobilidade. (D)

 

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Anote a classe e a cor das bronzinas originais antes da substituição, para obedecer a mesma classe de cores.

 

Montagem

 

1) Lubrifique as bronzinas antes da instalação nos respectivos alojamentos. Em seguida, reinstale o virabrequim.

 

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2) Encaixe o bloco inferior, que permite apenas uma posição, que fixa o virabrequim no bloco, sempre com muita limpeza e lubrificação. A vedação é feita com a cola Ultra Black, recomendada pela Fiat Powertrain.

 

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3) Os parafusos de fixação têm sequência de montagem, que é inversa a da desmontagem. O torque dos parafusos dos externos é 15 Nm 30 Nm e os internos 20 Nm 90º. Primeiro aplica-se o torque nos parafusos internos, depois nos externos. É essencial medir com o goniômetro o torque ângulo de todos os parafusos.

 

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4) Na montagem dos pistões, o técnico deve observar três pontos importantes: as classes (A, B e C), a seta de referência na cabeça do pistão, que aponta para a distribuição, e a defasagem dos anéis, que deve ser de 120º. Veja a numeração da lateral da biela que identifica em qual cilindro o pistão deve ser colocado.

 

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5) Ao montar o pistão no cilindro, com a ajuda da cinta, não esqueça de lubrificar previamente as paredes do cilindro.

 

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6) A partir daí, comece o processo inverso da desmontagem até chegar o comando de válvulas.

 

Obs: Vale lembrar: antes de montar o retentor traseiro, monte o volante e faça o ajuste da folga axial do virabrequim, depois desmonte e monte novamente o volante com o retentor e dê o aperto final. A folga é verificada com a ajuda de um relógio comparador. Os valores devem ser de 55 e 260 milésimos de milímetro. O apalpador do relógio deve tocar o volante e não o eixo virabrequim.

 

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7) No caso de ter que remover a engrenagem do comando de válvulas, o retentor deve ser trocado e utilizado uma ferramenta especial.

 

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8) Para fazer a montagem da correia, utilize a ferramenta especifica de travamento do volante, já certificando que o primeiro e o quarto cilindro estão em PMS, por meio do relógio comparador. O tensionador é automático mas precisa de ajuste com ajuda da ferramenta especifica para coincidir as duas referências. Em seguida, aplique o torque que é de 25 Nm.

 

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9) Por último, faça a regulagem das válvulas com um calibre de lâminas. Substitua as pastilhas caso as folgas esteja fora dos valores especificados na tabela.

 

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Está chegando a EXPOMECÂNICO

O evento mais esperado do setor da reposição vai reunir mecânicos e balconistas dentro do autódromo de Interlagos, nos dias 17 e 18 de setembro, oferecendo atualização profissional de uma maneira atrativa e interativa

Carolina Vilanova

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O mecânico é, em primeiro lugar, um apaixonado por máquinas e motores. É muito difícil encontrar um profissional que entra nesse ramo sem ter gasolina correndo nas veias, sem ter fascínio pelo funcionamento da mecânica e curiosidade por novas tecnologias. O mecânico, na maioria das vezes, é o cara que sempre soube qual seria sua carreira e, desde criança, ficava espiando o carro da família ser reparado, com os olhos vidrados e cheios de paixão.

Os anos passam e o fascínio de ser mecânico cresce na mesma velocidade que a indústria automotiva, que a cada dia aparece com novos produtos e tecnologias. Vamos adicionar nesta fórmula a adrenalina do automobilismo, que sem o mecânico, simplesmente não existe. O mesmo profissional que cuida dos carros de rua tem, no mínimo, um interesse especial pelas máquinas que voam nas pistas de corrida.

Imagine juntar esses dois mundos: o mecânico que quer se atualizar e crescer profissionalmente com o fascínio de estar dentro de um autódromo de grande renome internacional, onde a vitória depende do seu bom trabalho. É o que vai acontecer em setembro, nos dias 17 e 18, sábado e domingo, quando os motores de Interlagos vão roncar para um público mais do que especial: os mecânicos de todo o Brasil.

É um novo conceito em evento, uma experiência única: a 1ªEXPOMECÂNICO, uma feira de autopeças, equipamentos e serviços automotivos, que visa em primeiro lugar a capacitação profissional na área da reparação automotiva, levando ao público participante informações técnicas, aproximação com o fabricante e outras atividades. E as novidades não param por aí, o mecânico e o balconista podem participar de um concurso cultural para concorrer a um carro zero km no sábado e outro no domingo e, ainda, podem levar a sua família para conhecer de perto e fazer parte do seu ambiente de trabalho.

O Evento

A EXPOMECÂNICO é organizada e promovida pela Revista O Mecânico, com o objetivo de disseminar informações técnicas e promover um encontro num formato diferenciado entre profissionais da reparação e todos os elos da cadeia, tendo a Atualização como pano de fundo. O local diferenciado tem como atrativo o mundo do automobilismo, onde os profissionais terão a oportunidade de estar dentro dos boxes e de uma pista de corrida, onde desfilam em alta velocidade os bólidos da Fórmula 1, da Stock Car e da Fórmula Truck.
Na feira, os participantes podem contar uma série de atividades desenvolvidas pelos expositores, como:

 

– Palestras técnicas em auditórios
– Exposição de produtos, equipamentos e serviços
– Atividades promocionais com oferta de brindes, entretenimento e informação nos boxes
– Ações na pista de Interlagos para conhecer os veículos e produtos.
– Atrações recreativas oferecidas pelas empresas expositoras
– Espaço Infantil
– Salão da Mulher
– Show Pirotécnico para finalizar o evento com grande estilo

 

A EXPOMECÂNICO foi pensada para sua atualização e entretenimento. Você não pode perder esse festival de conhecimento que vai contribuir para o sucesso do seu negócio e aumento da confiança do seu cliente. Para saber mais e facilitar a sua entrada no evento acesse o site e faça o seu credenciamento online: www.expomecanico.com.br. Vide regulamento do concurso que estará exposto durante a realização do evento. Nós, da Revista O Mecânico, e todos os nossos parceiros esperamos você em Interlagos. Prepare-se para uma experiência única.

O Brasil sob o olhar do automóvel

Apesar dos registros imprecisos, os rumores alegam que foi em 1891 quando o primeiro automóvel aportou no Brasil, na baixada santista. O modelo era um Type 3 com carroceria aberta, um dos primeiros carros fabricados pela Peugeot. O mais interessante é que o proprietário do veículo na época teria sido o futuro pai da aviação, Alberto Santos Dumont, que retornava da França com a família.

A partir daí se instaurou um enorme frenesi em torno daquela máquina de locomoção na alta sociedade paulista. De olho num mercado que despontava em crescimento, a Ford decide, em 1919, instalar a primeira linha de montagem do País. “O automóvel está destinado a fazer do Brasil uma grande nação”, sentenciou o próprio fundador da companhia, o visionário Henry Ford.

Em 1925, foi a vez da General Motors abrir sua fábrica no bairro paulistano do Ipiranga. Meses depois já circulava o primeiro Chevrolet. Dois anos depois, a companhia iniciou a construção da fábrica de São Caetano do Sul, município pertencente ao ABC Paulista, qual foi marcado pelo desenvolvimento industrial e automobilístico.
É nesta região, onde os avanços econômicos e sociais de uma nação se confundem com a história do carro, que está localizada a Auto Peças Rialan. Há 49 anos a empresa atende todo o território nacional. Sem fazer parte de nenhuma rede, a loja está focada no atendimento de clientes da linha pesada.

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Desde que passou a ser um integrante da Rede Oficial de Distribuidores (ROD) da Revista O Mecânico, há 2 anos, Carla Carolina Andrade, Coordenadora de Marketing da Rialan, diz que deixa os exemplares disponíveis no balcão de peças para que os mecânicos se sintam a vontade para pegar. “Levar a Revista é como uma consequência da compra”, diz.

Em sua opinião, o conteúdo divulgado nas páginas da publicação é muito importante para a clientela da loja. “Tentamos esclarecer muitas dúvidas dos reparadores com os nossos vendedores que são preparados tecnicamente. No entanto, a Revista é muito completa, porque oferece dicas básicas de manutenção e esclarece muitas dúvidas do profissional”, analisa.

Preocupada com a disseminação da informação técnica de qualidade no setor, a companhia promove cursos de capacitação, incluindo visitas às fabricas com que mantém parceria. “Hoje temos uma visão diferente a respeito do mecânico. O aplicador atual e do futuro gosta de empresas que agregam serviços e na nossa perspectiva, desta forma, eles demonstram que estão muito mais conscientes da sua responsabilidade profissional”, conclui.

 

Auto Peças Rialan
Rua Alagoas, 277/271, Centro
São Caetano do Sul, São Paulo
Fone: (11) 2106-2099
https://www.rialan.com.br/

Treinados para prevenir e reparar

Montadoras investem em cursos para mecânicos de concessionárias e confiam em escolas especializadas como divulgadoras do conhecimento técnico para os independentes

Victor Marcondes

 

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A qualidade no atendimento e a padronização dos serviços são fatores importantíssimos que as montadoras buscam frequentemente executar com excelência no pós-vendas. Para isso, investem cada vez mais em cursos de capacitação dos profissionais da rede. O resultado pode ser observado na satisfação do cliente final, na otimização da manutenção e no aumento da mão de obra qualificada no mercado. Se eles são especialistas em capacitar seus mecânicos para padronização dos serviços, servem de modelo para a rede independente.

 

Há dez anos em atividade, o treinamento de mecânicos da Chevrolet foca exatamente isso: o desenvolvimento dos profissionais através de uma grade que permeie não apenas temas técnicos, mas também comportamentais. “As aulas abordam desde ferramentas e diagnóstico, eletricidade básica e chegam até motor e ciclo otto. Mas não deixamos de aplicar os cursos não-técnicos que falam a respeito de comunicação e negociação, produtividade, linguagem, entre outros”, diz Fábio Brasil Canassa, coordenador de Capacitação de Pós-Vendas da General Motors do Brasil.

 

De acordo com ele, cerca de 4.500 técnicos passam pelas salas de aula todos os anos. “O curso tem duração de um ano e meio a dois anos, dependendo do conhecimento do profissional. Regularmente, são realizados a cada três meses e podem levar até três dias”, afirma. Para conseguir atender toda a rede, a companhia chama no máximo dois funcionários por concessionária. O custo médio de cada participante é de R$ 200,00, valor pago pela concessionária do mecânico e revertido em atualização e nas instalações do curso.

 

Na Fiat os reparadores recebem dois tipos de treinamentos, um sobre manutenção técnica e outro de lançamentos, uma orientação a respeito das novidades que a empresa leva para o mercado. “Tudo é feito em conjunto com as revendas. Temos um índice de 2 mil mecânicos frequentando palestras técnicas anualmente”, conta Daniel Andrade, supervisor de Marketing de Pós-Vendas. A empresa ainda disponibiliza um site (www.reparadorfiat.com.br) com informações sobre ações e tecnologias empregadas nos veículos para consulta dos profissionais.

 

Com tempo médio de 16 horas cada, os cursos da empresa são realizados durante todo o ano. “O conteúdo é dado de forma gratuita, o que inclui despesas de coffee-break, estrutura, veículos, ferramental, etc. Os custos são totalmente absorvidos pela fabricante”, explica Saulo Arruda, gerente de desenvolvimento profissional da rede. Ele diz que a Fiat também fornece palestras em relação a processos administrativos, relacionamento, web e TV.

 

A tecnologia é outra ferramenta que tem contribuído muito para a disseminação de conhecimento técnico entre os colaboradores das montadoras. A Mercedes-Benz, por exemplo, utiliza o sistema de gerenciamento eletrônico de treinamentos conhecido como SABA. No programa, a fabricante disponibiliza antecipadamente todos os cursos disponíveis para o ano vigente. “A única forma de atualizar os nossos profissionais sobre as tecnologias embarcadas em nossos veículos é através das palestras”, diz Sérgio Foratto, supervisor de Treinamento Pós-Venda da Mercedes-Benz.

 

Formação à distância é a aposta da Peugeot como método de ensino. Numa página virtual exclusiva da marca, conhecida como AcademiaNet, os funcionários tem acesso para adquirir informações técnicas, comportamentais e metodológicas. “O site permite o mecânico se atualizar de maneira rápida, com ganho de tempo e produtividade”, explica Oscar Castro, gerente nacional de formação da marca.

 

Parceria com o conhecimento

 

A maioria das montadoras oferece centros de treinamentos para aulas presenciais. No entanto, para conseguir expandir o alcance das informações até os reparadores independentes, a indústria conta com o apoio de instituições que cumprem o papel de formadores dos atuais (e futuros) empregados. A Chevrolet, por exemplo, apesar de manter uma unidade própria de ensino em São Caetano do Sul/SP, tem a parceria de mais 13 unidades do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) espalhadas pelo Brasil.

 

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Na sala de aula, mecânicos recebem cursos técnicos e comportamentais

 

A Fiat tem salas de aula em Betim/MG e em diversas concessionárias, além do convênio com 21 escolas do SENAI. A Mercedes disponibiliza três centros de treinamento e fornece material para outras nove lojas. Porém, tem a ajuda de seis instalações do SENAI e mais três do SEST/SENAT (Serviço Social do Transporte/ Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte). “Outra fonte de informação são as unidades volantes de treinamento que são destinadas às revendas e frotistas”, observa Sérgio.

 

A Peugeot, por sua vez, utiliza um espaço exclusivo e mais três salas de aula do SENAI-Ipiranga, em São Paulo, para atualizar o seu time. “A parceria com eles é fundamental, pois une a tecnologia com uma metodologia de ensino tradicional”, avalia Oscar. De acordo com ele, a cada lançamento todos os mecânicos são convocados para conhecer as novidades do veículo e as ferramentas utilizadas na reparação.

 

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Fabricantes contam com o apoio de intituições especializadas

 

Assim como grande parte das fabricantes, a Renault disponibiliza um local específico para estudos, localizado em Jundiaí/SP, com mais de 2 mil m². “No entanto, temos convênio com nove escolas SENAI, onde mantemos equipamentos e instrutores certificados para cursos regionalizados”, conta Osvaldo Zalewska, gerente de treinamento da rede, que afirma que a marca ainda oferece cursos via internet.

 

Os treinamentos sobre manutenção dos produtos da Volkswagen são promovidos em duas fábricas da marca e em várias escolas SENAI no País. Mas para tornar a sua tática mais abrangente, recentemente, a empresa lançou o seu primeiro Centro Regional de Treinamento, um projeto para qualificar os profissionais das concessionárias próximas a região do prédio. “A primeira planta inaugurada em Curtiba/PR começa a funcionar a partir de julho. Ainda em 2011, vamos abrir outras duas unidades em São José do Rio Preto e Goiânia”, revela Leonardo Tosello, gerente da academia Volkswagen.

 

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Alunos debatem conceitos aprendidos em salas de aula

 

Estrutura e qualificação

 

Segundo Leonardo, em 2012 a Volkswagen vai inaugurar centros exclusivos em Porto Alegre, Recife, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. “Também daremos continuidade à parceria com o Senai, para garantir a estratégia de cobertura geográfica”, diz. “Em todos os Centros de Treinamento temos salas de aulas teóricas e práticas, equipadas com bancadas, agregados, ferramental, veículo, equipamentos eletrônicos de diagnose, além de mobiliário específico para a prática de exercícios e leitura”, completa.

 

Em geral, todas as montadoras que fornecem cursos de capacitação contam com instrutores devidamente treinados, que repassam o conteúdo para os técnicos e para as respectivas instituições de ensino. “Trabalhamos com professores próprios e terceirizados, mas todos são certificados pela Renault Academy, nossa matriz na França”, detalha Oswaldo. A companhia segue o sistema de formação continuada, em que os módulos são colocados à medida da necessidade de desenvolvimento das competências.

 

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Os professores da Renault são certificados pela matriz na França

 

Ferramental adequado é outro fator que é avaliado cuidadosamente na hora da aula. “Tudo depende da matéria dada naquele momento. Se for sobre Multiplexagem, o mecânico estuda um equipamento de diagnóstico da marca conhecido como DiagBox, bem como o osciloscópio de dois canais, multímetro e esquemas elétricos. Se for a respeito de motor, além dos instrumentos tradicionais de medição como paquímetro, micrômetro, entre outros, ele terá contato com as ferramentas específicas para cada modelo, a fim de facilitar o seu trabalho e zelar pela qualidade do serviço”, explica o técnico da Peugeot, Oscar.

 

E o mais importante: por cada nível que passa, o mecânico ganha um certificado para comprovar que está qualificado para determinado serviço. Algumas montadoras fornecem o diploma dos cursos realizados dentro de um sistema de computador específico a cada uma. Assim é na Mercedes, que registra o treinamento de forma eletrônica, através de um programa de gerenciamento próprio. Já na Fiat são entregues comprovantes físicos a cada reparador. A Volkswagen, por sua vez, fornece selos que podem ser colados em “carteiras de formação”, uma espécie de documento de capacitação da montadora.

 

Os mecânicos que se beneficiam com toda essa preocupação da indústria automotiva em qualificá-los, certamente estão mais preparados para enfrentar o competitivo mercado de trabalho. A qualidade de um reparo numa concessionária é impecável e deve ser seguido como exemplo pelas oficinas independentes.

 

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Primeiro centro de treinamento regional da Volkswagen em Curitiba/PR

 

Para isso, os técnicos devem estar cientes de a todo o momento buscar conhecimento para essa área tão desafiadora que é a mecânica de veículos. Afinal, uma equipe técnica capacitada para efetuar manutenções preventivas e corretivas sempre estará em evidencia pelo seu profissionalismo.

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