Ano de inspeção

Conversamos com o Secretário do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo, Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, que contou como será a Inspeção Veicular de emissões de poluentes para veículos do ciclo Otto

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Revista O Mecânico: A partir de 2009 os veículos terão que passar por uma inspeção veicular de emissões. Como será esse processo?
Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho: O Programa de Inspeção Veicular Ambiental está em implantação na capital desde 2007. Trata-se de uma medida que visa minimizar as emissões de poluentes pelos veículos, buscando estimular a manutenção preventiva adequada e manter as emissões dentro dos padrões recomendados pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). È, acima de tudo, um programa de saúde pública.

O Mecânico: Quais veículos devem passar pela inspeção?
Eduardo Jorge: O programa vem sendo implantado pela Prefeitura gradativamente: em 2008 começamos com a inspeção de toda a frota diesel. Em 2009 passarão pela inspeção todos os veículos diesel, todas as motos e os carros movidos a álcool, gás ou gasolina, registrados no Detran entre 2003 e 2008. O proprietário desses carros deve começar a agendar sua inspeção em até 120 dias antes da data limite de seu licenciamento e terá 90 dias para realizar a inspeção, que deve ser realizada de acordo com o final da placa dos veículos.

O Mecânico: Tem previsão para alcançar toda a frota nacional?
Eduardo Jorge: A legislação prevê que cidades com frota acima de 3 milhões de veículos podem implementar seus próprios programas. A cidade de São Paulo está fazendo o seu papel. No resto do País a responsabilidade de implantação é dos governos estaduais e federal.

O Mecânico: Como será feita a inspeção, quando deve ser feita e por quem?
Eduardo Jorge: É preciso entrar no site www.controlar.com.br, imprimir o boleto com a tarifa de R$ 52,73 (valor a ser corrigido para o exercício 2009), efetuar o pagamento nos bancos conveniados, esperar 72h (prazo de compensação bancária), entrar novamente no site e agendar a inspeção. A Prefeitura dispõe de telecentros onde é possível acessar gratuitamente a internet e agendar a inspeção.

O Mecânico: O que é checado na inspeção? Qual é a condição do veículo regular?
Eduardo Jorge: O veículo é submetido a dois tipos de procedimentos: a inspeção visual e a medição computadorizada. A visual é feita por um inspetor treinado, que verifica se o motor do veículo está regulado, se há emissão visível de fumaça, vazamentos aparentes e/ou alteração no sistema de escapamento. Se for constatada alguma irregularidade, o veículo é rejeitado (termo técnico) e não passa pelo segundo procedimento. Nesse caso, o proprietário recebe um laudo indicando as irregularidades encontradas para procurar uma oficina de sua confiança e efetuar a manutenção. O prazo para retorno com carro regulado é de 30 dias.

Passando pelo teste visual, o veículo vai para a medição automatizada, controlada por computador. É feita a medição do nível de ruído, o nível de emissão de monóxido de carbono e de hidrocarbonetos, a diluição (percentual de CO e CO2) e a velocidade angular do motor (rotação em marcha lenta). Se o veículo for reprovado, o proprietário recebe um laudo apontando as prováveis causas da reprovação, e deverá efetuar as regulagens.

Os veículos aprovados recebem um certificado e um selo para ser colado no vidro dianteiro. Quem for reprovado terá 30 dias para fazer a manutenção do carro e reagendar a inspeção gratuitamente. Quem não fizer a inspeção não conseguirá licenciar o veículo em 2009.

O Mecânico: Tem um custo para o motorista? O que acontece se não realizar a inspeção?
Eduardo Jorge: Para realizar a inspeção é preciso pagar uma tarifa de R$ 52,73. Quem não fizer no prazo da placa terá seu licenciamento bloqueado.

O Mecânico: Em caso de irregularidade, qual o valor da multa e quantos pontos na carteira?
Eduardo Jorge: Quem não fizer a inspeção terá o licenciamento de seu veículo bloqueado e estará sujeito a multa de R$ 550,00.

O Mecânico: Qual a previsão de veículos que serão atendidos por mês ou ano?
Eduardo Jorge: Este ano, exercício 2009, a frota a ser inspecionada é de cerca de 2,5 milhões de veículos.

O Mecânico: Quem fará a fiscalização disso?
Eduardo Jorge: A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.

O Mecânico: No ano passado foi implementada a inspeção dos veículos diesel, qual o resultado desse projeto?
Eduardo Jorge: Em 2008 foram inspecionados 40.336 veículos diesel, sendo que 83% desses veículos foram aprovados. O cronograma 2008 de atendimento está em andamento.

O Mecânico: Em qual oficina será realizada a inspeção?
Eduardo Jorge: A inspeção ambiental é realizada nos Centros de Inspeção Veicular implantados pela empresa contratada para realizar o serviço – a Controlar, que venceu a licitação da Prefeitura para esse programa.

O Mecânico: Qual o papel das oficinas mecânicas nesse processo?
Eduardo Jorge: As oficinas mecânicas participam na reposição de peças, troca de óleo, filtros e regulagem do motor; importantes para manutenção e bom funcionamento do veículo.

O Mecânico: O que o mecânico pode fazer para que o processo da inspeção veicular tenha sucesso?
Eduardo Jorge: A manutenção periódica dos veículos é peça fundamental para a aprovação na inspeção, por isso, ele deve orientar o seus clientes nesse sentido.
O Mecânico: Onde o mecânico pode procurar informação para ajudar na inspeção veicular?
Eduardo Jorge: As entidades representativas da categoria poderão auxiliar. Entre elas estão o Sindirepa e o Sindipeças.

O Mecânico: Na sua opinião, como o mecânico pode lucrar com a inspeção veicular?
Eduardo Jorge: O mecânico será recomendado pelos seus próprios clientes pelos bons serviços.

O Mecânico: Quais seriam suas recomendações para os mecânicos, como ele deve se preparar?
Eduardo Jorge: As entidades da categoria ministram cursos rápidos sobre o tema.

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Qualidade em Série: Marketing e Divulgação

Não basta realizar melhorias na sua oficina, cuidar do marketing da sua empresa e divulgar essas ações garantem que potenciais clientes conheçam melhor seus produtos e serviços

Carolina Vilanova

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Quem nunca ouviu falar que a propaganda é alma do negócio? Bom, se o empresário não mostra para seus potencias clientes os produtos e serviços que tem a oferecer, seu negócio tem a grande chance de não sair do lugar. E isso vale para grandes e pequenas empresas, inclusive, oficinas mecânicas, afinal, o dono da oficina é um empresário sério em busca de sucesso e prosperidade, não é mesmo?

De acordo com o Dicionário Novo Aurélio, “Marketing é o conjunto de estratégias e ações que provêem o desenvolvimento, o lançamento e a sustentação de um produto ou serviço no mercado consumidor”. Ou seja, ações que mostram o valor da sua empresa para o público por meio de divulgação em mídias de comunicação e outros meios. Mas o sucesso dessas ações depende de um bom planejamento e de muito controle, como mostramos na sétima matéria realizada em parceria com o IQA (Instituto da Qualidade Automotiva).

“Não adianta nada ter a melhor oficina do mundo se ninguém sabe que ela existe. Não adianta investir em equipamentos de ponta, em treinamento de funcionários, em limpeza e organização, visando oferecer melhores serviços, se os clientes não ficam sabem disso”, alerta o gerente de Negócios e Marketing do IQA, Alexandre Xavier. “O empresário tem que saber explorar os seus serviços e as suas qualidades para captação de mais clientes, além de manter os atuais. Se fazer conhecido pelos seus diferenciais”, completa.

Segundo o gerente, muitas oficinas investem no seu negócio, recebem a certificação e não usam esses diferenciais como uma vantagem, não exploram comercialmente suas qualidades. “Hoje é uma exigência do IQA que a oficina utilize a certificação como ferramenta de marketing, valorizando as suas conquistas, afinal, a própria certificação é uma forma de diferenciação de outras empresas”, afirma.

Oficinas, certificadas ou não, devem investir em marketing e divulgação, independente do tamanho e do local onde atua. São várias as ações que o empresário pode escolher, dependendo do seu objetivo, seu público e do orçamento que pode utilizar. Mas deve começar pela base, com ações e estratégias planejadas e bem executadas, e de preferência, com a ajuda de um especialista em marketing.

Por onde começar

Para ajudar os reparadores a divulgar as suas oficinas, O IQA elaborou um esquema que tem como principal ponto as características da empresa. Esse é o primeiro passo: colocar no papel o que a sua oficina tem de diferencial para mostrar para o público, quais são as características que valem ser ressaltadas. “Todo o resto vai ser definido a partir desses dados, como por exemplo, o nível da oficina, o público que vai atender e o local onde vai atuar”, afirma Alexandre, enfocando a importância dessa ação para evitar o erro.

Depois de relacionar todos os produtos, serviços e diferenciais que a oficina oferece, o empresário deve fazer uma análise de toda a situação que o envolve. “É essencial saber quem você é e em qual contexto está inserido. Tente responder as seguintes questões: Onde estou situado? Quem são os meus concorrentes? Quem são os meus clientes? Como está a economia do nosso País? O que pode acontecer nos próximos meses? Quais são os pontos fortes e fracos da minha empresa?”, explica Alexandre.

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Então, antes de partir para a mídia, o empresário tem que ajeitar sua empresa internamente, principalmente, melhorando os pontos fracos. “É muito importante evitar divulgar o que o seu estabelecimento não tem ou não oferece, afinal, recuperar a reputação é uma tarefa muito difícil”, diz.
Em seguida, é hora de estabelecer os objetivos da divulgação, ou seja, o que quer mostrar para o público? Pode ser o lançamento de um produto ou serviço, um pacote de descontos, uma inauguração e por aí vai. Outro ponto importante é definir o público que quer atingir, de acordo com o que tem a oferecer e a localização onde atua. “Quanto mais focado for o seu público, mais chances de sucesso nas ações de marketing a empresa terá”, afirma.

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Internet: ótima ferramenta de mídia, com grande abrangência e facilidade de acesso

Tendo todos esses critérios definidos, está na hora de colocar em prática a implementação das ações de marketing na sua oficina. “Não é necessário contratar uma agência de publicidade, mas alguém especializado para ter um resultado profissional. Também não adianta fazer um anúncio amador no Word, pois pode acabar passando a impressão inevitável que vende serviço sem qualidade, o que reflete na imagem da sua empresa”, analisa.
Ao definir o público, o empresário deve também por no papel quanto pretende gastar com a divulgação e escolher qual a mídia que melhor cabe no seu bolso e no seu objetivo.

 

Alguns modelos de mídia:
” Revistas e jornais (de grande circulação ou regionais)

” TVs regionais

” Programas de varejo

” Rádio

” Mala-direta

” Folhetos e outros materiais gráficos

” Internet

” Outdoor

” Mídia exterior (anúncio no vidro traseiro de um ônibus, por exemplo)

“Criar seu próprio formato pode ser uma alternativa inteligente, afinal, cada um tem soluções diferentes de marketing para cada objetivo diferente”.

Os mesmos empresários que não sabem divulgar suas qualidades, acreditam que ações de marketing e divulgação são desperdício de dinheiro porque não são bens palpáveis, não conseguem ver o retorno disso.

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Anúncios em revistas especializadas enfocam exatamente o público que você quer atingir e os serviços que oferece. Se a sua oficina é apenas de veículos pesados, não tem necessidade de divulgar para proprietários de outros veículos

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Folheto e mala direta ajudam a divulgar os serviços de sua oficina e as suas conquistas

No entanto, não é bem assim que funciona, além de planejar e colocar em prática a ação, deve-se ter um controle posterior para medir o resultado das ações. Só assim pode saber se deu certo.

“Na verdade, o controle está em todas as etapas. Para saber se aumentaram as visitas, por exemplo, peça para que o cliente leve o anúncio que ele pode ganhar um desconto. Sempre pergunte como ele conheceu sua oficina no próprio check list já na hora de abrir a ordem de serviço”, comenta.

Os problemas mais comuns no controle das ações de marketing são a dificuldade de elaborar indicadores de resultado e não estabelecer público e objetivo claros. “Essa análise também é importante para ficar antenado no mercado, que muda muito. Conforme a situação do mercado, o público também muda e com isso o empresário tem que evoluir na forma de divulgação”, complementa Alexandre.

Todas essas dicas com certeza podem trazer muito mais fluxo de clientes para sua oficina, desde que sejam realizadas com consciência e planejamento. E não é indicado parar no meio do processo. “Quando está bom é hora de planejar e implementar para crescer, diz Alexandre. “Estar bem hoje não significa estar bem amanhã e o marketing é uma ferramenta para ajudar a conquistar o sucesso todos os dias”, finaliza.

Dicas:
– Analisar a melhor forma de divulgação, dependendo de uma série de fatores, como as características da empresa, público, objetivos etc.

– Chamar a atenção, ser apelativo, fazer brilhar o olho do cliente

– A linguagem tem que ser cuidadosa e diferenciada

– É fundamental ter claro o objetivo: lançar um produto, serviço, crescer, captar clientes etc

– Definir muito bem o meio de comunicação: revistas, jornais locais, tv regionais, folders, mala-direta, radio, internet etc

– Quanto pode investir

– Quem vai produzir o material

– Fazer um controle para medir os resultados

– Ter foco e visão empresarial: o que adianta anunciar em uma revista que circula no nordeste se sua oficina é em São Paulo

– Comece o processo fazendo divulgações em órgãos locais e regionais

– Utilize a certificação como um diferencial

– Planeje expandir passo-a-passo

Por dentro do MWM Acteon

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Por dentro do MWM Acteon Apresentamos nessa matéria as características da injeção eletrônica e os procedimentos de desmontagem de periféricos que dão acesso ao sistema eletrônico desse motor

Carolina Vilanova

 

Rodar de acordo com as leis de emissões em vigor em nosso País, a Proconve P5 equivalente a Euro III, deixou de ser um benefício para o motorista e passou a se tornar obrigatório. Por isso, é primordial realizar as manutenções periódicas para que o motor continue funcionando com bom desempenho, economia de combustível e baixo índice de emissões. O mecânico deve, então, seguir rigorosamente o plano de revisões descrito no manual do proprietário, pois cada aplicação tem uma manutenção diferente.

 

Nessa edição, trazemos uma matéria especial, apresentada em O Mecâniconline, com as características do motor MWM Acteon 4.12 TCE e os procedimentos para realizar a manutenção no sistema de injeção eletrônica, o principal responsável por manter os baixos níveis de emissões de poluentes em motores eletrônicos. A primeira recomendação da marca é respeitar os prazos de troca de óleo lubrificante e filtros, além de manter limpo o sistema de arrefecimento.

 

De acordo com Rivaldo Urias Souza, representante Técnico de Serviços da MWM-International Motores, o conjunto Acteon 4.12 TCE conta com características próprias e tem fácil manutenção. Pode ser aplicado em caminhões leves, médios e pesados, além de microônibus e ônibus para transporte de passageiros. Parte da família série 12, o engenho tem os seguintes atributos:

 

– Camisas úmidas e removíveis.- Guias e sedes de válvulas removíveis.- Cabeçotes individuais “uniflow”.- Bomba d’água, bomba de óleo, compressor de ar e bomba hidráulica acionados por engrenagens.- Tomada de força adicional, leve, compacta, robusta e de fácil manutenção.- Comunização de diversos componentes entre as versões 4 e 6 cilindros.- Balanceador dinâmico disponível na versão 4 cilindros.- Turboalimentador do tipo wastegate, que não deve ser mexido para não alterar a especificação do fornecedor.- Intercambiador de óleo lubrificante com filtro.

– Sistema de injeção eletrônica Common Rail Bosch.

Ficha técnica:

Emissões

Proconve P5 / Euro III
Configuração
4 cilindros em linha, com duas válvulas por cilindro
Cilindrada
4,8 litros
Diâmetro x Curso
105 x 137 mm
Sistema de Combustão
Injeção direta
Sistema de Injeção
Common Rail
Turboalimentação
Turbo Intercooler
Potência
150-206 cv (112-153,6 kW) @ 2200 rpm
Torque
56,1-71,4 kgf.m (550-700 Nm) @ 1200-1900 rpm
Pressão de Injeção
1.350 bar
Peso Seco
450 kg
Altura
796 mm
Comprimento
801 mm
Largura
745 mm

 

Sistema eletrônico

 

O sistema de injeção eletrônica é da Bosch, sendo que a localização do módulo eletrônico depende da aplicação do motor. Na hora de desconectar os sensores, o técnico tem que ter muito cuidado para evitar rompimento dos cabos, que pode causar danos no motor e falhas eletrônicas. Nunca puxe o chicote pelo fio.

 

4---Sistema-de-Injeção-elet
Módulo eletrônico (ECM): gerencia todos os componentes eletrônicos do motor
6---Sensor-de-Rotação
Sensor de rotação (sistema indutivo): monitora o sistema de pulso, a rotação e determina o ponto da injeção
7b---Sensor-de-pressão-de-C
Sensor de pressão de combustível: localizado na extremidade do rail
8---Sensor-de-temp-e-press-
Sensor de temperatura e pressão do óleo lubrificante
9---Valvula-reguladora-pres
Válvula reguladora de pressão: tem a função de controlar a alta-pressão do combustível
10b---sensor-de-temperatura
Sensor de temperatura de água do motor
11b---Sensor-de-press-e-tem
Sensor de pressão e temperatura do ar que entra no motor
12---sensor-de-fase_1
Sensor de fase: acesso só é possível com a retirada do compressor de ar
13---injetor
Injetores: injeta combustível na câmara de combustão

 

Desmontagem

 

1) Para ter acesso a ligação do chicote nos injetores, levante a tampa de proteção e utilize uma chave de 7 mm para desapertar, simultaneamente, as porcas de fixação. Nunca force o chicote para a retirada evitando, assim, o rompimento do cabo.

 

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2) O próximo conector a ser removido está ligado a roda de pulso.

 

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3) Agora, para soltar a tubulação de alta-pressão, é necessário segurar as conexões dos injetores com uma chave de boca, para não forçar a conexão e provocar vazamento. A recomendação da empresa é substituir a peça sempre que for removida ou constatada a presença de danos ou trincas. Solte um por vez e retire-os.

 

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4) Em seguida, desaperte os parafusos do rail e retire a tubulação.

 

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5) Remova agora o tubo de ligação da bomba de alta-pressão até o rail.

 

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Obs.: Toda vez que retirar a tubulação e os injetores é necessário utilizar tampões para evitar a entrada de impurezas no sistema. Tenha muita atenção no uso de uma tubulação nova, que vem com um óleo de proteção para evitar a oxidação no armazenamento. Por isso, faça a limpeza com solvente e passe ar para secar antes da montagem.

 

6) A bomba alimentadora acoplada à bomba de alta-pressão, que alimenta o motor, não precisa de sincronismo. O combustível é sugado pela tubulação, sai do tanque, passa atrás do módulo eletrônico para resfriar a peça e vai até a bomba alimentadora, passa por dentro da peça e segue para o filtro de combustível. Depois de filtrado, o combustível vai para a bomba de alta-pressão e o excesso volta para o tanque.

 

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7) Com uma chave de boca solte os parafusos de fixação da tubulação de baixa-pressão. Retire todos os parafusos e não esqueça usar os tampões.

 

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8) Para soltar o sistema de travamento em cima do filtro, aperte o conector para abrí-lo e retirar a peça. Faça igual na outras conexões da tubulação que seguem até o resfriamento do módulo e na parte traseira.

 

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9) Agora, remova o filtro de combustível. Em motores eletrônicos o uso do filtro correto é mais rigoroso ainda, por isso use sempre peças genuínas para ter melhor controle da entrada de impurezas no sistema de injeção, um sistema caro que se for avariado, o prejuízo pode se muito maior do que usar a peça correta.

 

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10) Vamos remover agora o sistema de arrefecimento. Para isso, retire as abraçadeiras da tubulação de água onde está localizado o termostato, a parte inteligente do sistema.

 

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11) Agora tire os parafusos de fixação e as vedações de borracha da tubulação (11a).

 

  • 11a
    11A
  • 11b
    11B

 

Obs.: No tubo está a placa de identificação do motor, com todos os dados necessários em caso de reparo (11b).

 

12) Faça a remoção do chicote. Na montagem.

 

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Obs.: Para assegurar o funcionamento correto do chicote, existem algumas medições recomendadas, como continuidade, resistência de cada sensor, etc. Esse trabalho pode ser realizado fora da oficina, por profissionais capacitados no uso do multímetro.

 

13) Em seguida, solte os parafusos para a retirada da tubulação que faz a lubrificação do turbo. Esse parafuso é oco, tem duas arruelas de vedação e deve ser substituído toda vez que for removido.

 

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14) Retire a parte do tubo de retorno que vai até o cárter, começando pela abraçadeira.

 

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15) Para remover a turbina, solte os quatro parafusos de fixação, (15a) que são “autotravantes”, e desencaixe a peça com cuidado. (15b) Esse sistema não utiliza junta.

 

  • 15a
    15A
  • 15b
    15B

 

16) A turbina conta com a válvula wastegate, que controla da pressão do turbo e não deve ter a regulagem de fábrica alterada.

 

17) Em seguida, vamos retirar o compressor de ar, que é arrefecido pela água do motor e tem a função de gerar ar para o sistema de freios do veículo. Troque a junta da peça com 90 mil km para evitar superaquecimento do motor.

 

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Obs.: Deixe uma das porcas solta, presa com alguns fios de rosca para facilitar a remoção e evitar que a peça caia no chão.

 

18) Agora, é possível ver a posição do sensor de fase, que está localizado na carcaça da peça e faz a leitura por trás da engrenagem do comando de válvulas.

 

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19) Solte os parafusos que fixam o radiador de óleo. Lembre-se que existem quatro parafusos específicos que prendem o radiador na parte interna e, se forem soltos, vão causar a mistura de água e óleo (19a). Retire a peça, que sai junto com o filtro de óleo (19b).

 

  • 19a
  • 19b

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20) Solte os parafusos de fixação e retire o suporte do alternador.

 

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21) Desaperte agora os parafusos dos esticadores da correia dos acessórios. O sistema de distribuição do motor é feito por engrenagens.

 

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22) Retire os parafusos da tubulação de escape e remova a peça. Atenção ao lado correto de montagem, a marca na peça deve estar voltada para cima.

 

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Obs.: Vale lembrar que por possuir cabeçotes individuais, na hora da montagem os componentes devem ser alinhados com as tubulações de admissão e escape. Por isso, aperte primeiro os parafusos das tubulações para, em seguida, efetuar o aperto dos cabeçotes no motor.

 

23) Solte os parafusos e remova o tubo de admissão

 

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24) Depois de tirar o radiador de óleo, podemos ver a posição do respiro do motor.

 

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25) Retire agora o módulo eletrônico completo. O componente não deve ser violado.

 

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Obs.: Na parte dianteira do módulo está a placa de identificação com os dados e características do sistema.

 

26) Remova o restante da tubulação de baixa-pressão, onde está fixado o retorno do rail e dos injetores. Toda a tubulação de retorno dos injetores é retirada manualmente.

 

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27) Agora retire o rail e seu suporte. Manuseie a peça com cuidado e não limpe com produtos corrosivos.

 

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28) Para a retirada dos bicos injetores, remova os conectores antes. Solte o parafuso de fixação e desencaixe a garra (28a).

 

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  • 28b

 

Obs.: Os parafusos possuem um desenho abaulado para acompanhar o encaixe na garra. Cuidado para não utilizar outro tipo de parafuso, com a cabeça quadrada, na montagem da peça (28b).

 

29) Tire os ganchos de fixação que servem para retirar o motor do veículo e estão diretamente ligados com os parafusos do cabeçote.

 

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30) Para facilitar a colocação do extrator, retire as tampas de válvulas do cabeçote com cuidado para não perder a borracha de vedação.

 

31) Posicione o extrator adequado no bico injetor e golpeie até a peça sair (31a).

 

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  • 31b

 

Obs.: Retire a arruela que pode estar dentro do alojamento do injetor. Cuidado para que na colocação do bico não seja inserida outra arruela, pois isso provocará alteração na projeção do combustível (31b).

Colaboração Técnica: MWM-International Motores

 


Veja o procedimento completo do motor, incluindo os torques para montagem em O Mecâniconline

Poluentes sob controle

Considerando que as normas para redução de emissão de poluentes estão cada mais severas, uma boa manutenção no catalisador é mais do que necessária. Veja como diagnosticar e substituir o componente

Carolina Vilanova

 

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A função de um catalisador é muito importante dentro do funcionamento do veículo: transformar os gases tóxicos, resultantes da combustão do motor, em gases inofensivos, reduzindo assim a emissão de poluentes na atmosfera. Para isso, que isso aconteça com efeito, é necessário ter uma peça de boa procedência e que esteja funcionando em ordem.

 

Nessa matéria, veiculada no nosso programa na Internet O Mecâniconline, traz ao técnico um pouco do conceito e das características do catalisador, além de mostrar as dicas e os procedimentos para diagnosticar e realizar a manutenção preventiva ou substitutiva do componente. É sempre importante lembrar que existe um modelo específico para cada tipo de veículo, portanto em caso de troca, consulte o catálogo do fabricante.

 

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O catalisador é um conversor catalítico, formado por um núcleo cerâmico ou metálico, que abriga uma camada de metais nobres; uma manta expansiva, que funciona como um isolante térmico; uma cápsula ou carcaça metálica e as flanges (cones de entrada e saída)

 

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Estão localizados, na maioria das vezes, embaixo do assoalho do carro, geralmente, próximos ao câmbio. A cada dia que passa, porém, a peça fica mais próxima do motor, onde a reação química conversora de gases é mais efetiva, devido ao calor.

 

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Além da questão das emissões, o catalisador influi diretamente no desempenho do veículo, mais um motivo de manter a peça em boas condições. “Ao oferecer resistência à passagem dos gases, que chegam do coletor de escapamento, o catalisador realiza uma contrapressão que faz parte da calibração do motor. Se acontecer algum defeito, podemos ter uma leitura errônea da sonda lambda, fazendo que o sinal seja enviado até o módulo de forma incorreta, alterando os parâmetros de injeção e fazendo com que o veículo consuma mais combustível. Por isso não se deve remover o miolo cerâmico e muito menos o catalisador do sistema de escapamento do veículo”, explica o técnico da Mastra,Valdeci Aparecido Rebelatto.

 

É importante enfatizar que, de acordo com o PROCONVE, os catalisadores originais de fábrica têm durabilidade mínima de 80 mil Km. Os catalisadores para reposição, também originais, duram cerca de 40 mil Km. Essa durabilidade varia de acordo com a utilização do veículo, com o tipo de combustível utilizado entre outros fatores.

 

Diagnóstico de avarias

 

1) Para realizar um diagnostico visual correto, é necessário analisar bem o componente. Importante lembrar que de nenhuma maneira deve-se instalar um catalisador falso. Para identificar uma peça falsa, certifique-se de que no miolo existe um núcleo cerâmico que impede a visão através do orifício por onde passam os gases.

 

A falta da logomarca do fabricante e o preço muito inferior ao praticado nos componentes verdadeiros são outras dicas válidas para identificar os produtos falsos. Um bom produto oferece também um ano de garantia.

 

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2) O miolo do catalisador é constituído por uma cerâmica que resiste a temperaturas próximas dos 1.300 º C, suficientes para resistir provenientes aos gases do motor, que chegam que chegam a 300º C. Alguns defeitos em outros componentes, como no sistema de partida a frio, na ignição e nos cabos de velas, podem refletir em avarias no catalisador, pois fazem com que o combustível desça pelo duto de escape até chegar no catalisador.

 

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3) A partir daí, a peça esquenta e faz com que o combustível queime e derreta o núcleo cerâmico.(3a) Se for parcial, o derretimento pode gerar entupimentos e, se for total, a cerâmica pode ser eliminada pelo sistema de escapamento, formando um catalisador “oco”(3b). Isso também pode ocorrer quando o componente sofrer pancadas que quebram a parte interna de cerâmica.

 

  • 3a
  • 3b

 

Revisão por tempo de uso

 

4) Quando o veículo atinge os 80 mil km, é hora de realizar a revisão preventiva. Faça uma inspeção visual em relação ao aspecto e à presença de marcas de batidas,(4a) que podem quebrar o núcleo de cerâmica e comprometer seu funcionamento. Verifique se a peça está montada de forma correta e cheque a posição dos cones de entrada e de saída, lembrando que o de entrada é mais acentuado.(4b) Veja se há uma seta indicando o sentido da passagem dos gases (4c).

 

  • 4a
  • 4b

4c

 

5) Em primeiro lugar certifique-se de que o componente possui o núcleo de cerâmica fazendo o teste de ressonância, batendo com um martelo ou outra ferramenta na carcaça metálica do componente. Se o som estivar abafado, como se o catalisador fosse um elemento sólido, é sinal que o núcleo cerâmico faz parte do miolo. Caso o som seja parecido com o de um sino, com maior ressonância, é sinal que o catalisador está sem o núcleo cerâmico e precisa ser substituído.

 

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6) Agora, efetue a leitura das temperaturas de entrada e saída dos gases. De acordo com o técnico da Mastra, a tendência da temperatura é diminuir conforme os gases se afastam do motor em direção à saída do escapamento. Mas como o núcleo cerâmico provoca uma reação química na qual os metais preciosos fazem a conversão dos gases, o calor é liberado transformando em uma reação exotérmica. Logo, de todo o conjunto do escapamento, o catalisador é a única seção que proporciona um ganho de temperatura extra por conta da reação química, que faz com que os gases tenham a temperatura de saída maior que a da entrada.

 

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Utilize um termômetro infravermelho e faça a medição nos cones de entrada e saída do catalisador. Se o componente estiver funcionando corretamente, a temperatura de saída será maior que a da entrada. Vale lembrar que a diferença entre essas temperaturas deve ser em torno de 10º C.

 

Ao usar o termômetro, siga as orientações:

– Utilize a mira laser que o termômetro possui, apontando na região em que se realiza a leitura com mais eficiência.

 

– Evite mudar a posição do termômetro no ato da leitura, pois o aparelho é sensível e fará vários registros desnecessários.

 

– A distância ideal para a leitura é em torno de 20 cm ou um palmo.

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7) Com o veículo ligado, mantenha o motor em torno de 4 mil giros e faça as leituras nos cones de entrada e de saída do catalisador. Vale lembrar que o catalisador inicia seu funcionamento quando a temperatura interna estiver em torno dos 250º C.

 

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8) Como não é possível medir internamente o catalisador, use uma referência externa que indica o início do funcionamento, por volta dos 180º C. Até atingir essa temperatura, o catalisador apresentará leituras mais elevadas na entrada dos gases, se igualando com a saída no início das reações e invertendo finalmente, quando o catalisador estará em pleno funcionamento.

 

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9) Ao constatar a inversão, no qual a temperatura da saída é maior do que a da entrada em no mínimo 10º C, desacelere o motor e finalize o teste. Nesse caso, após a inversão, a temperatura de saída ficou por volta de 30º C acima da obtida na entrada. Esse diagnóstico atesta que o catalisador, apesar da aparência externa, está funcionando perfeitamente e não precisa ser substituído.

 

1 subs

 

Substituição do catalisador
1) Depois dos testes, se for constatado que a peça precisa ser trocada, aguarde o motor esfriar antes de começar o reparo. Utilize um antiengripante para facilitar a remoção dos parafusos que fixam as flanges do catalisador.

 

1 subs

 

2) Com as chaves fixa e catraca, afrouxe os parafusos da flange de saída dos gases que é do tipo fixa e possui uma junta metálica. No outro lado, a entrada possui um sistema de vedação com anel sinterizado que se ajusta entre as flanges do escapamento e da entrada do catalisador no momento da fixação.

 

2 subs

 

Obs.: sinterização é o processo metalúrgico para a fabricação de peças que utiliza como matéria-prima o pó metálico, por meio de um sistema de mistura, prensa e aquecimento.

 

3) Solte os parafusos de forma alternada para aliviar a tensão do sistema. Remova primeiro os parafusos posicionados em cima. Em seguida, retire o parafuso e a junta.(3a) Recoloque o último parafuso para manter o alinhamento do catalisador e facilitar a remoção da flange de entrada.(3b)

 

  • 3a subs
    3A
  • 3b subs
    3B

 

4) Repita o mesmo processo na flange de entrada,(4a) com cuidado para deixar cair o anel sinterizado (4b).

 

  • 4a subs
  • 4b subs

 

Instalação do catalisador

 

1) Com um conjunto novo em mãos, confira a posição correta para a montagem, geralmente indicada pela seta que aponta o sentido dos fluxos de gases. Troque também a junta metálica que faz a vedação na flange de saída dos gases.

 

1 Instalacao

 

2) Inicie a instalação colocando a junta e, em seguida, os parafusos que fixam a flange. Lembre-se de ajustar o catalisador da melhor forma possível dentro do túnel do veículo. Para facilitar a colocação dos parafusos, utilize o sentido contrário ao da remoção.

 

2 Instalacao

 

3) Recoloque o primeiro parafuso na flange de entrada para facilitar o alinhamento. Com a flange de saída alinhada e os parafusos encaixados, coloque o anel sinterizado.(3a) Aproveite a folga dos coxins para empurrar o conjunto e facilitar a colocação do anel.(3b) Após a colocação, aperte o parafuso de fixação colocado na flange de entrada dos gases, sem torquear. Coloque os outros parafusos de fixação e, então, faça o aperto final,(3c) verificando novamente o perfeito alinhamento do conjunto (3d).

 

  • 3a Instalacao
  • 3b Instalacao

 

  • 3c Instalacao
  • 3d Instalacao

 

Obs.: os parafusos devem ser apertados de forma intercalada e com torque gradativo. Para finalizar, aperte os parafusos de fixação da flange de entrada.

 

4) Depois de instalado, deixe o veículo funcionando em marcha-lenta por 10 minutos aproximadamente, para que a manta expansiva aqueça e trave o núcleo cerâmico do catalisador e atestar sua vida útil.

 

5) É importante conscientizar o proprietário do veículo sobre a importância do catalisador num carro dotado de sistema de injeção eletrônica, que vai garantir valores adequados de consumo de combustível e bom desempenho do motor.

 

“Optar pela utilização de um produto falso ou sem o núcleo cerâmico, além de infração nas leis ambientais de emissões, faz com que o veículo retorne novamente para a oficina com diagnóstico de excesso de consumo, oscilação da marcha-lenta etc.”, completa o técnico.

 

Colaboração técnica: Mastra

Atualizar O Mecânico: sucesso na Automec Pesados

Série de palestras técnicas promovida pela Revista O Mecânico contou com grande participação do público durante a primeira edição da Automec Pesados. Todos buscavam informações técnicas e novidades

Carolina Vilanova

 

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Participei de todas as palestras. Quero sempre estar atualizado”, afirmou Rondinelli L. Felipe, mecânico da Autopeças Cipó, localizada na capital paulista. Ele foi um dos participantes do ciclo de Palestras Atualizar O Mecânico, promovido pela Revista O Mecânico durante a primeria edição da Automec Pesados, realizada no Anhembi, em São Paulo (SP).

 

Rondinelli, assim como muitos mecânicos que foram visitar a feira especializada em autopeças para veículos comerciais e pesados, surpreendeu-se ao encontrar no estande da Revista um espaço reservado exclusivamente para a disseminação de informações técnicas e de gestão para oficinas mecânicas. E não perdeu a chance de se atualizar.

 

“Ganhei muito conhecimento com as palestras, deveriam ter mais oportunidades assim, afinal, falta atenção para os reparadores”, continuou o mecânico. Ele garante que iniciativas como essa ajudam a atender muito melhor o seu cliente.

 

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    Rondinelli L. Felipe, da Autopeças Cipó
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    Joaquim A. Lopes, da Mecânica Mª Angelina

 

Essa foi a segunda edição do projeto Atualizar O Mecânico, que nasceu com o intuito de disseminar informações técnicas e outras dicas valiosas para o dia-a-dia dos profissionais da reparação, tendo sempre em vista a satisfação do cliente na prestação de serviços com alto nível de qualidade e garantia.

 

O diretor Comercial da Revista o Mecânico, Fabio Antunes de Figueiredo, explica que o programa e funciona como um canal de comunicação entre os mecânicos e as indústrias do setor automotivo. “Queremos dar uma oportunidade que contribuirá para elevar o nível da qualidade nas oficinas mecânicas”, completa.

 

A estrutura do projeto contou com dois auditórios, com capacidade para 20 participantes cada um, acomodados do lado da carreta-estande da Revista, dentro do Pavilhão. Eram realizadas duas palestras gratuitas simultaneamente, com duração média de 50 minutos cada, com a participação de 625 inscrições. Todos os participantes ganharam certificados e um ano de assinatura grátis da Revista O Mecânico.

 

O projeto contou com a parceria de importantes empresas do setor de reposição e reparação, por meio de seus palestrantes. São elas: Elring Das Original, IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), Shell Lubrificantes e TecFil Filtros e Sistemas de Ar.

 

O mecânico Joaquim Adriano Lopes, da Auto Mecânica Maria Angelina, em Osasco/SP, ficou empolgado com as palestras. “Tenho 28 anos de profissão e estou sempre atrás de novidades. Com certeza as palestras vão me ajudar e muito na oficina”, finaliza.

 

Elring Das Original:

 

Evolução Tecnológica das Juntas Automotivas

 

A divisão de reposição da Elring Klinger, uma das maiores fabricantes de juntas para montadoras, levou para o mecânico os temas relacionados com a evolução da tecnologia de juntas de cabeçotes para motores de veículos leves e pesados.

 

O supervisor de Nacional de Vendas Aftermerket, Sérgio Gonçalves, enfocou os novos processos de fabricação de juntas que sofreram mudanças impostas pela necessidade em atender as leis de emissões. “Além disso, os motores de hoje trabalham com temperatura e pressão mais altas, para garantir desempenho e performance, e as juntas acompanharam essa evolução”, diz.

 

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Ele explicou ao grupo que as juntas tem que assegurar a vedação perfeita entre o bloco e o cabeçote do motor, fazendo uma vedação dinâmica. “Durante o funcionamento do motor, em conseqüência da potência e da alta pressão e temperatura de trabalho, as juntas se movimentam”, explica.

 

Para ilustrar as explicações, Sérgio utilizou slides e amostras de juntas e parafusos. Abordou a importância da aplicação correta dos produtos e os procedimentos a serem seguidos num eventual reparo, como uma boa retífica no bloco e no cabeçote, sempre levando em consideração o manual técnico da montadora.

 

Outro fator primordial explorado foi a seqüência de aperto e torques adequados dos parafusos, que devem ser substituídos em cada troca de juntas, para não perder o serviço.

 

“A grande dificuldade dos reparadores é a falta de informação. Os motores evoluíram muito nesses últimos anos e as informações não chegam aos autônomos, por isso queremos contribuir, levando conhecimento para esse público”, finaliza.

 

Elring Das Original:
www.elringklinger.com.br

 
IQA:

 

Treinamentos de gestão de oficinas

 

O IQA (Instituto da Qualidade Automotiva) aproveitou a oportunidade para divulgar os treinamentos que oferecem ao mercado de reparação automotiva. José Palacio, auditor do IQA, explica que a demanda por cursos acontece devido às dificuldades e necessidades das empresas em relação a questões de gestão da qualidade do seu negócio.

 

“Os cursos não servem apenas para a certificação, mas para orientação do profissional. Nosso objetivo é contribuir para melhorar o sistema de gestão da qualidade de uma oficina mecânica ou centro automotivo, daí, partir para uma certificação é conseqüência”, diz Palácio.

 

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Todos os módulos de treinamento apresentados no Projeto Atualizar fazem parte dos requisitos obrigatórios e cobrados na certificação do IQA, logo, são orientações importantes para levar a qualidade às oficinas. Os temas abordados foram:

 

– Conceito 5 S – Housekeeping
– Atendimento e sua importância
– Qualidade na prestação dos serviços
– A oficina e o meio ambiente
– Campanha Carro e Caminhão 100%
– Como gerenciar sua oficina e ter sucesso
– Certificação Viação Cometa – vantagens para a empresa e para o consumidor
– Oficinas certificadas – como agregar valor
– Oficinas interessadas em certificação – por que é importante

 

Em cada palestra foi abordado um assunto diferente, sempre privilegiando as dicas e recomendações para implantar processos de melhoria contínua nas oficinas mecânicas, levando em conta os princípios mínimos exigidos para prestar um serviço de qualidade e administrar o seu negócio com sucesso.

 

Instituto da Qualidade Automotiva:
www.iqa.org.br

 

Shell Rimula:

 

Lubrificante de alto desempenho para motores diesel

 

A palestra da Shell enfocou a linha Rimula de lubrificantes para motores diesel, suas características e aplicações. Além disso, colocou em pauta as tendências e as necessidades do mercado em relação a veículos pesados e sua manutenção.

 

“Os mecânicos têm dúvidas em relação aos lubrificantes de motor, então, é fundamental levar conhecimento para esse público e sempre enfatizar as aplicações corretas de cada produto”, afirma Luciano Belliboni, supervisor de Vendas da Fusus, divisão de lubrificantes da Shell.

 

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O técnico explicou que os lubrificantes estão passando por uma reformulação para atender cada vez melhor as exigências dos novos motores, que trabalham com pressão e temperatura maiores. Além disso, abordou o conceito de lubrificação integrada com proteção energizada, fórmula oferecida pelos produtos da marca.

 

A Shell enfocou ainda os benefícios para quem escolhe e aplica os produtos da linha Rimula. “Quando o técnico determina um lubrificante para o motor, sempre tem um congênere para usar no câmbio, no diferencial e nos rolamentos. Mas tem que saber escolher e aplicar corretamente”, analisa.

 

De acordo com a apresentação, usar o produto correto, na aplicação correta e na intensidade correta reflete em economia para o usuário. Ele explicou que a aplicação correta do óleo lubrificante diminui e até elimina desgaste de muitas peças no motor.

 

“Vale lembrar que o produto mais barato no momento pode ser a melhor opção naquele momento, mas no futuro pode trazer muitos danos ao motor e causar prejuízos muito maiores”, diz.

 

“Nossa participação no projeto Atualizar tem a missão de transmitir conhecimento aos mecânicos independentes por meio de uma mídia direcionada, como a Revista O Mecânico, atingindo diretamente o nosso público na feira”, completa.
Shell Rimula
www.shell.com.br

 

Tecfil:

 

Filtros e Sistemas de Filtragem

 

A Tecfil participou pela primeria vez de uma palestra promovida dentro de uma feira e achou o resultado muito positivo. “Todos os dias as salas de aula estiveram lotadas de profissionais interessados no assunto. A maior dificuldade desse público é o desconhecimento da marca e dos produtos”, afirmou o técnico Roberto Rualonga, da Tecfil.

 

Ele avalia que muitos erros de aplicação são cometidos pelos profissionais, principalmente, porque o filtro é um item aparentemente de fácil instalação, mas não é tão simples assim. Os filtros são muito importantes para a saúde do motor e ajudam a preservar a durabilidade do conjunto, preservando o desempenho e a economia de combustível.

 

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A marca aproveitou a palestra para dar dicas e orientações de como realizar uma troca de filtro corretamente e quais são os erros mais cometidos no mercado da reparação. “Muitos pensam que por ter a mesma dimensão pode usar outro produto similar, mas são os componentes internos que determinam o uso de um filtro”, enfatiza.

 

Ele acredita que o fato de ter uma palestra da Shell sobre lubrificantes em seguida da de filtros agregou muito valor par aos participantes. “Na verdade o mecânico teve um panorama de todo o sistema de lubrificação”, diz.

 

Roberto afirmou que a possibilidade de aumentar o conhecimento dos aplicadores em relação aos filtros automotivos e divulgar a marca no mercado de reposição, junto ao público especializado, foram os motivos da participação da empresa no Projeto Atualizar

 

tecfil
www.tecfil.com.br

Automec Pesados conquista público paulista

Primeira feira de autopeças exclusivamente voltada para veículos pesados teve reconhecimento do público, que foi em peso buscar as novidades e as novas tecnologias do setor.

Carolina Vilanova

 

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Aidéia de dividir a Automec, a maior feira de autopeças do País, em leves e pesados foi, pelo menos no início, aceita com muita má vontade pelo setor de reposição. Grandes fábricas anunciaram desde cedo que não participariam, que era um investimento

 

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Pois a Automec Pesados & Comerciais foi realizada e, para surpresa de muitos, foi um sucesso entre expositores e público, que compareceu em massa para conhecer novos produtos, equipamentos, serviços e tecnologias, tudo que envolve o mundo dos veículos pesados e comerciais. O evento foi organizado pela Reed Exhibitions Alcântara Machado, entre os dias 7 e 11 de outubro, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.

 

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A feira teve a participação de 437 expositores, que ocuparam uma área de 30 mil m2 no pavilhão. Empresas de grande, médio e pequeno portes estavam presentes para expor os seus catálogos. Grandes fábricas, mesmo tendo ficado fora do evento como expositores, destacaram representantes para circular pela feira. E o que eles viram foi um belo cenário para fechar negócios e estreitar relacionamentos, com público selecionado e muitos profissionais do setor.

 

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Produtos, equipamentos e serviços estavam em evidência na Automec Pesados. Alguns grandes expositores marcaram presença no salão: BorgWarner, MWM, Frum, HDS, Saint Gobain, Delco Remy, Mastra, Tanclick, Chiptronic, Baterias Moura, Nino Faróis, entre outros A Revista o Mecânico teve presença marcante na feira de pesados, com uma carreta-estande personalizada para receber cliente e amigos. Mas o grande destaque da Revista foi o ciclo de palestras técnicas do Projeto Atualizar O Mecânico, oferecido para os profissionais da reparação que visitaram o local

Scania quer se aproximar dos mecânicos

O diretor de Vendas de Serviços da Scania do Brasil, Sidney Basso, acredita que treinamento e conhecimento são fundamentais para o mecânico realizar serviços de qualidade dentro e fora das concessionárias. Além disso, quer estreitar as relações entre a marca e os profissionais independentes e garante: a Scania não tem restrição na disseminação de informações.

 

Entrevista-Sidney-Basso

 

Revista O Mecânico: Qual o tamanho da rede de concessionárias da Scania no Brasil? Todas têm oficina de serviços?
Sidney Basso: Temos uma rede em franca expansão, que hoje tem 100 concessionárias, e vai continuar crescendo conforme as vendas aumentam. Todas fazem serviços de manutenção mas nem todas vendem veículos. Temos ao todo 1800 boxes de oficinas na rede, sendo que hoje 85% estão constantemente ocupados.

 

O Mecânico: As oficinas da rede seguem um padrão de atendimento, como funciona?
Sidney: Sim, é um padrão mundial denominado DOS – Dealer Operation Standart, que quer dizer Padrão de Operação do Concessionário. Assim, podemos medir o nível de qualidade dos serviços de cada concessionária. Esse padrão é adotado mundialmente nos 1500 “dealers” espalhados em cinco continentes, sendo 500 cativos, ou seja, da própria Scania, e outras 1.000 concessões.

 

O Mecânico: Quantas fábricas a Scania têm no mundo?
Sidney: A marca está em 174 países, com 17 fábricas e vários postos de serviços e de vendas. No Brasil, produzimos 100 caminhões e 20 ônibus por dia, a cada 10 minutos sai um caminhão da linha de montagem.

 

O Mecânico: Qual o portfólio de serviços da rede?
Sidney: É o mais amplo possível, dependendo do tamanho do concessionário. Vale lembrar que a Scania tem o mesmo produto em qualquer parte do mundo e para assegurar a sua qualidade precisam existir processos globais de atendimento, venda, pós-venda e serviços. Oferecemos ainda uma rede dedicada para determinadas aplicações, onde temos o posto de serviço mais próximo do cliente, e até mesmo dentro da empresa, como na Vale, em Minas Gerais, onde são especializados em manutenção para aplicações de mineração.

 

O Mecânico: A marca exige quais benefícios para o cliente na rede de concessionárias ou fica a critério de cada empresário?
Sidney: O atendimento é diferenciado em toda a rede, mas depende de cada concessionário. Alguns critérios fazem parte do padrão, outros são desejáveis. Aqui no Brasil as concessionárias têm centro de atendimento, sala do motorista, lojas de conveniência, caixas eletrônicos etc. Mas o mais importante é a excelência na prestação dos serviços, isso é o que prezamos.

 

O Mecânico: Como a rede trabalha o cliente?
Sidney: A nossa rede trabalha enfocando 3 pontos principais: os produtos; as ferramentas, métodos e serviços oferecidos; e os recursos humanos aplicados no processo, ou seja, treinamento. Tudo acontece em termos globais, qualquer pessoa que trabalha na Scania tem a mesma base de treinamento, tudo para manter a qualidade.

 

O Mecânico: Existe um processo para receber o cliente na concessionária para um serviço?
Sidney: De acordo com o DOS, o veículo que chega na recepção é encaminhado para um consultor técnico que vai avaliar o veículo e verificar quais métodos deverão ser aplicados. Então, existe uma tabela de serviços com tempo, prazo, especificação do serviço, ferramentas que devem ser utilizadas, peças que devem ser aplicadas, etc. Essa tabela é igual no mundo inteiro. O método usado para reparar um veículo aqui é o mesmo que na Suécia, o tempo de serviço é o mesmo, assim por diante.

 

O Mecânico: A rede da Scania oferece pacote de peças e mão-de-obra com preços fechados?
Sidney: Na verdade existe um contrato de reparo e manutenção que o cliente contrata no momento da compra do veículo, com diferentes níveis de manutenção e tipos de serviços. Pode ser mais simples ou mais completo, dependendo do bolso do cliente.

 

O Mecânico: Como é o treinamento dos mecânicos da rede? A Scania exige que as oficinas e os profissionais sejam certificados pelo IQA ou ASE?
Sidney: Acreditamos que treinamento e conhecimento são fundamentais para a excelência nos serviços em qualquer oficina. O DOS é a certificação dos serviços da rede da Scania, 90% das concessionárias possuem o certificado, que é renovado a cada 2 anos depois de uma auditoria. Os gerentes de negócios visitam as oficinas e checam se estão cumprindo as exigências do padrão, com riscos até de perderem a concessão.

 

O Mecânico: Em relação às peças piratas ou falsificadas? Isso já afetou a rede? Existe algum programa para combater isso?
Sidney: Tomamos muito cuidado com o mercado paralelo de peças, que vai influenciar diretamente na qualidade do reparo. A Scania oferece o mesmo nível de qualidade nas peças que vão para a fábrica e nas peças que vão para o aftermarket. As peças piratas apesar de terem preços mais baratos não têm durabilidade e vão acarretar em mais paradas para reparo, no final isso é mais custo para o veículo. Sabemos que a escolha da peça é feita por quem faz a manutenção, por isso temos um programa de fidelidade para combater as peças paralelas, que funciona por meio de uma auditoria. As peças aplicadas têm que expressar a qualidade do produto, sempre.

 

O Mecânico: Qual a relação da Scania com os mecânicos independentes?
Sidney: É claro que temos contratos de fidelidades com as nossas concessões, mas dentro das possibilidades, a marca pode promover treinamentos para os mecânicos independentes, sempre por intermédio da concessionária. Mecânicos de clientes e de frotistas fazem treinamentos na rede com freqüência. Além disso, temos convênio com o SENAI, que provem formação de mecânicos e usa a Scania para desenvolver esses treinamentos. Nossa contribuição é através de escolas técnicas. A Scania não tem restrição na disseminação de informações, quem quiser participar tem que procurar um concessionário.

 

O Mecânico: Quais as dificuldades do mecânico, na sua opinião?
Sidney: As dificuldades acontecem devido a alta tecnologia aplicada nos veículos, pois muitas vezes não têm as ferramentas e os equipamentos necessários para uma revisão, e acabam consertando apenas carros mais velhos.

 

O Mecânico: Qual a importância do mecânico para a excelência do serviço?
Sidney: É realmente muito grande, pois é o mecânico que trata com o cliente e a qualidade é medida de acordo com sua satisfação. Um profissional tem que ser bem treinado, conhecer o cliente e o produto. Assim, acaba até fazendo as vendas seguintes, a continuidade das vendas de uma marca depende do mecânico, pois para criar outra imagem demanda tempo.

 

O Mecânico: A Scania é uma empresa muito preocupada com meio ambiente, essa filosofia é repassada para os concessionários…
Sidney: … Sim, todas as empresas são certificadas com o ISSO 14000. É essencial se adequar às leis de preservação do meio ambiente. A Scania orienta ainda em relação ao descarte correto de peças e produtos e participa do desenvolvimento da certificação, mas a responsabilidade é de cada um.

Manutenção e reparo da bomba d’água do Fiat Uno Mille

Confira nessa matéria os procedimentos de manutenção preventiva e as dicas de reparo da bomba d’água do Fiat Uno Mille, parte essencial do sistema de arrefecimento

Carolina Vilanova

 

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A água do radiador ferveu, e agora? Todo mecânico sabe a importância que a manutenção correta do sistema de arrefecimento, responsável por controlar a temperatura do motor, tem para o bom funcionamento do veículo. Manter o sistema trabalhando na temperatura ideal vai trazer muitos benefícios para o motor: maior durabilidade, menor desgaste e atrito dos componentes internos, mais economia de combustível, menor emissão de poluentes e, conseqüentemente, melhor desempenho do conjunto.

 

Para evitar que a temperatura da água do motor de um veículo eleve e traga problemas sérios para o seu cliente, fique atento nos procedimentos de manutenção de todo o sistema e o reparo da bomba d’água do Fiat Uno Mille, ano 1996. Essa matéria foi exibida no programa O Mecâniconline, com apoio dos técnicos da Affinia, através do site www.omecanico.com.br.

 

Em primeiríssimo lugar, o técnico deve verificar o funcionamento do sistema de arrefecimento de acordo com as instruções do manual de fabricação do veículo, além de utilizar o aditivo correto na água do radiador para garantir a troca de calor necessária para o motor funcionar em ordem.

 

A bomba d’água tem a função de circular o líquido de arrefecimento pelo motor e é acionada pela correia auxiliar do veículo. Seu funcionamento depende de outros componentes do sistema, como a válvula termostática, mangueiras, sensor de temperatura e tanque de expansão.

 

1) Um problema muito comum no sistema é o vazamento do líquido de arrefecimento, que pode ocorrer nas mangueiras e suas conexões, no radiador, na válvula termostática, na tampa do reservatório do líquido de arrefecimento e na bomba d’água. Por isso, é indicada uma inspeção visual de todo o conjunto. Verifique também os periféricos do sistema, correias, polias e o líquido de arrefecimento, que deve estar com nível e concentração de aditivo corretos.

 

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2) Para inspecionar se há vazamentos, instale a ferramenta que mede a estanqueidade no bocal da tampa de abastecimento do líquido de arrefecimento e aplique no máximo 1 BAR de pressão, para não danificar nenhum componente do sistema.

 

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3) Se ocorrer a queda da pressão no ponteiro, cheque todos os componentes até encontrar o ponto onde está o vazamento. Nesse caso, o vazamento está na bomba d’água, como foi constatato ao checar o furo de dreno, localizado na parte inferior da peça.

 

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4) Para facilitar o acesso à bomba d’água, remova os periféricos do sistema, ou seja, filtro, tubulação de ar e a proteção das correias. Alivie a tensão e remova a correia micro-V.

 

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5) É necessário fazer uma análise do líquido, então, remova a mangueira inferior do sistema e deixe o líquido esgotar. Observe se o composto removido apresenta impurezas e se existe a necessidade de efetuar uma limpeza interna antes de instalar a bomba nova.

 

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6) Para remover a bomba d’água, solte os parafusos que a fixam na polia da correia micro-V e remova o componente. Aproveite e faça uma avaliação nas condições da correia e da polia (6A). Se necessário, troque os componentes conforme as indicações do fabricante.

 

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    6A
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    6B

 

Obs.: A inspeção é importante para não prejudicar o funcionamento das peças que são interligadas pela correia, incluindo a bomba d’água. Em seguida, solte os parafusos que fixam a proteção da correia sincronizadora e da bomba d’água e remova os componentes (6B).

 

7) Agora, faça uma inspeção na peça e em seu alojamento e, em seguida, a limpeza do sistema. Ao verificar o estado da bomba, é possível constatar em que condições o sistema estava trabalhando, inclusive se existe necessidade de remover partículas, provenientes de corrosão ou até mesmo da junta de vedação, que podem estar presentes no alojamento.

 

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8) A limpeza do sistema é feita da seguinte maneira: recoloque a mangueira inferior e abasteça o sistema com água pura que vai circular por todos os componentes. Realize o procedimento até quando a água sair limpa do alojamento da bomba. Se necessário, retire o restante da junta de vedação, que pode estar presa na saída do alojamento.

 

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Como instalar a bomba d’água

 

9) Antes de instalar a bomba nova, é necessário verificar qual é o tipo correto para o veículo. Cada modelo pode ser equipado com correias micro-V ou V, o que interfere no tipo de bomba a ser instalada, pois o rolamento interno das peças é diferente e se adequa a cada tipo de correia.

 

As bombas para correias micro-V possuem rolamentos mais resistentes, construídos no sistema esfera/roletes, enquanto as bombas para correia V possuem rolamentos construídos apenas com esferas. Caso a aplicação seja incorreta, a durabilidade da peça fica comprometida. Portanto, verifique sempre o tipo de bomba a ser instalada e siga a recomendação do fabricante para realizar a manutenção de forma correta.

 

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Obs.: não é recomendada a aplicação de vedantes na junta do componente

 

10) Após a instalação da bomba, faça a montagem dos periféricos do sistema (10a), obedecendo a recomendação de torques especificados pelo fabricante. Aplique a tensão determinada para aquelas correias e lembre-se de aferir a folga do sensor de rotação que, no Uno Mille é de 0,40 mm (10b).

 

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    10A
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    10B

 

11) Para finalizar, faça mais uma limpeza no sistema. Para isso, abasteça com água pura (11a), deixe circular e em seguida, esgote o líquido. Repita esse procedimento por três vezes, ou até que o sistema esteja limpo o suficiente para a colocação do líquido com aditivo.

 

Lembre-se de retirar o ar que está no sistema quando estiver abastecendo com água. Para isso, remova a tampa do respiro até que saia somente água por ele (11b e 11c).

 

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    11B

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11C

 

Estanqueidade do sistema

 

12) Com a ferramenta adequada, faça o teste de estanqueidade do sistema (12a). Funcione o motor até que o ventilador do radiador entre em funcionamento. Desligue, aguarde o resfriamento e esgote o líquido (12b).

 

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    12A
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    12B

 

13) Agora, prepare o líquido com o aditivo, de acordo com a recomendação de mistura da solução indicada pelo fabricante. Nesse caso, a proporção é de 40% de aditivo na mistura. O líquido de arrefecimento aditivado possui prazo de validade e deve ser respeitado, que no MIlle é 1 ano ou 60.000 Km.

 

Faça a mistura do aditivo fora do veículo, utilizando um recipiente que comporte a quantidade de líquido necessária. Ao colocar o líquido, não esqueça de retirar o ar. Verifique também a estanqueidade do sistema após a colocação do líquido.

 

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14) Em seguida, é importante elaborar o teste de descompressão da tampa do reservatório, que é um regulador de pressão e deve estar funcionando de forma adequada para evitar danos no sistema. Com a ferramenta, aplique pressão na tampa até que a peça faça a descompressão. Verifique os valores apresentados e, caso a peça esteja defeituosa, troque-a por uma nova. Para finalizar, ligue o motor e aguarde até que o ventilador do radiador entre em funcionamento.

 

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Colaboração técnica: Mecânica Pacheco – SP

Crise, que crise? Vamos trabalhar para crescer em 2009

O setor automotivo está em alerta. A tal crise que abalou os EUA teve reflexos por aqui e nos últimos meses toda a cadeia automotiva tirou o pé do acelerador, num ano cheio de recordes de vendas e de faturamentos. Como a crise vai atingir as oficinas, ninguém sabe de verdade, mas a previsão ainda é boa

Carolina Vilanova

 

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Com toda essa crise financeira, como será o ano de 2009? Muitos mecânicos devem estar fazendo essa mesma pergunta, num momento em que todo mundo sabe que tem alguma coisa errada no nosso mercado, depois da crise financeira nos EUA e em alguns países da Europa, mas os governantes e empresários brasileiros afirmam com confiança que foi só o susto, tudo vai voltar ao normal, ou ainda, melhorar.

 

A verdade é que o mecânico é o elo mais fraco da cadeia, o que tem menos dinheiro e, mesmo assim, a tal crise, que aconteceu do outro lado do mundo, impacta fortemente no seu negócio. Por isso a dúvida: teremos ou não um ano melhor na reparação? O que vai acontecer ninguém sabe, mas as previsões realmente não são das piores, pelo contrário, são animadoras.

 

Não se pode negar que 2008 foi um ano de glórias em todo o setor automotivo e o mecânico independente também garantiu a sua fatia do bolo. Há três meses, porém, tudo começou a mudar e, contrariando os anúncios na televisão de que tudo estava bem, pois a economia brasileira estava estruturada e não seria abalada, começaram a surgir os efeitos da crise no mercado brasileiro.

 

O primeiro grande baque que o povo sentiu foi o aumento do dólar, depois percebeu que já não era mais tão fácil comprar um carro zero km. O crédito na praça estava escasso e as concessionárias exigiam entrada com financiamentos que não ultrapassavam os 36 meses. Parar de vender carros significa parar de produzir carros, e a partir daí, boatos e verdades começaram a rondar a indústria automobilística em geral.

 

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Para se ter uma idéia, outubro foi o primeiro mês sem recordes desse ano, aliás, a primeria queda de vendas desde 1999. Ao todo foram vendidos 239.267 veículos, contra as 268.710 unidades comercializadas em setembro, ou seja, uma queda de 11%. Agora em novembro a situação ficou um pouco pior, o que preocupa ainda mais as montadoras.

 

Num comparativo com o mês passado, que já não foi tão bom, o mês de novembro registrou uma queda de 25,7% nas vendas de veículos automotores, ou seja, foram vendidas 177,8 mil unidades. A previsão agora é que 2,85 milhões de carros sejam emplacados em 2008, sendo que inicialmente se falava em 3 milhões de unidades. Mesmo assim, esse já é um resultado excepcional para a indústria brasileira, o melhor de todos os tempos.

 

Apesar dos números desanimadores, Jackson Schneider, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) demonstra confiança.

 

“Nós temos condições de crescer novamente em 2009. Temos uma indústria de grande potencial e esse pessimismo vai ser superado, com a volta do fluxo de crédito o mercado volta à normalidade”, disse. Mas afirmou também que estamos vivendo uma outra realidade e que a velocidade na redução das vendas foi surpreendente.

 

“De qualquer maneira, para superar essa crise, precisamos trabalhar de forma agressiva e criar, em conjunto com as redes de concessionárias, condições extremamente atraentes para que o consumidor volte a se interessar pela compra de um automóvel. Vamos fazer promoções, feirões, campanhas e tudo que estiver ao nosso alcance para atrair o consumidor”, garante.

 

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O setor já está se mexendo, principalmente, depois que os bancos das montadoras conseguiram uma injeção de R$ 4 bilhões de reais emprestados pelo Branco do Brasil e pela Nossa Caixa para liberar crédito para os financiamentos de veículos. Os consumidores agradeceram, mas ainda não têm confiança de entrar num financiamento.

 

Mas no fundo, ninguém sabe como será o ano que vem e, coincidência ou não, começaram os anúncios de férias coletivas nas grandes montadoras.

 

Ao todo, serão mais de 20 mil funcionários parados, se somados os da GM, Fiat, Iveco, Ford e Volkswagen. Uma medida que sempre assusta o trabalhador. “Será que vou ter o meu emprego quando voltar?”, eles se perguntam.

 

Na Fiat, cerca de 3 mil funcionários vão receber férias coletivas, mas não tem nada a ver com a crise. Cledorvino Belini, presidente da montadora italiana, afirma que as folgas estavam planejadas antes mesmo da crise chegar e que a produção será adaptada ao novo cenário de vendas.

 

A GM não anunciou um número oficial de afastamentos, mas a estimativa do sindicato é de que aproximadamente 4 mil funcionários entrem em férias coletivas nos próximos meses, contando as três fábricas: São Caetano do Sul/SP, Gravataí/RS e São José dos Campos/SP. Uma das alegações foi a necessidade de adequar seus estoques, devido a queda das vendas e da restrição de crédito.

 

A montadora americana reconhece que o faturamento de US$ 11 bilhões previstos para este ano terá uma queda de US$ 1,5 bilhões, justamente por causa da desaceleração nas vendas no País. Bem no momento em que a situação da matriz nos EUA é extremamente delicada: queda nas vendas, demissões em massa, fábricas fechando e o governo apertando o cerco por soluções para a situação. Aqui na GM do Brasil, pelo menos essa crise não terá efeito, já que é uma empresa muito lucrativa e atua independentemente da matriz.

 

A Ford também deu férias coletivas para os funcionários das suas três unidades: Camaçari/BA, São Bernardo do Campo/SP e Taubaté/SP. E o motivo é o mesmo: queda nas vendas de carros e caminhões. Os investimentos da empresa até 2012, porém, foram mantidos. É outra que está com a corda no pescoço nos EUA, esperando ajuda do governo para se reerguer.

 

Com isso, a produção de veículos automotores em outubro caiu 34,4% em relação ao mês passado. Foram produzidos 194,9 mil unidades contra as 296,9 mil do mês de outubro. O estoque tem hoje 305 mil veículos parados nos pátios numa média de 54 dias.

 

E a cadeia segue o rumo
Seguindo o fluxo lógico da cadeia automotiva, depois do desespero das montadoras veio o desespero dos fabricantes de autopeças. Fornecedores de componentes automotivos tanto para a reposição quanto para o mercado original, ou seja, diretamente para as montadoras, as empresas sentiram a queda na produção de veículos na sua própria linha de montagem: menos componentes foram fornecidos.

 

De acordo com o Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), 100% das empresas associadas afirmaram que vão parar pelo menos 16 dias em dezembro. “Mas é bom levar em conta que os acontecimentos e algumas decisões das empresas têm mudado diariamente e a situação pode piorar”, alerta Paulo Butori, presidente do Sindipeças.

 

Mesmo assim, o ano de 2008 foi muito bom para os fabricantes, que também registraram seus recordes de vendas e faturamentos. Todo setor foi beneficiado com a alta das vendas do começo do ano e sofreu com a queda dos últimos meses. Até antes da crise, em setembro, o faturamento do setor havia crescido 11,8 % em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Sindipeças.

 

A previsão é fechar o ano com o faturamento de R$ 74,4 bilhões, um número 6,3% maior do que o de 2007. Inicialmente a expectativa era de crescer 9,6%. Butori recomenda alerta: “esse ano já está fechado, a crise pode trazer problemas no ano que vem, agora é necessário esperar”, comentou durante coletiva.

 

Para minimizar os efeitos da retração do mercado, a entidade montou um grupo de trabalho que começa a estudar o que pode ser feito. “É preciso ter muita calma e equilíbrio para não tomar decisões precipitadas nem ficar apenas olhando a tempestade pela janela”, alerta. “O primeiro trimestre do ano que vem será muito difícil”, diz Butori

 

Faturamento do setor:

 

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E o mecânico, como fica?

 

“Ainda é muito difícil avaliar os reais efeitos da crise, mas o País está mais estruturado para enfrentar essas turbulências internacionais”, comenta Antônio Carlos Bento, coordenador do GMA (Grupo de Manutenção Automotiva). Ele afirma que o setor da reposição automotiva, contudo, vive um momento repleto de oportunidades com o aumento expressivo da frota nos últimos anos.

 

De acordo com o coordenador, o aquecimento das vendas de zero km promove um incremento para a reposição, pois os carros precisam ser reparados uma hora ou outra. “Hoje, a frota já ultrapassa 28 milhões em todo o País, há um desgaste natural de peças que precisam ser repostas para manter esses veículos em circulação”, completa.

 

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No geral, o setor continua com boas perspectivas tanto para este ano quanto para os próximos. “Não dá para falar de crise, enquanto o mercado continua em expansão e a reposição tem excelentes oportunidades, o foco deve estar nos negócios e em oferecer serviços de qualidade”, analisa.

 

Ela afirma que para os mecânicos, existe um excelente mercado a explorar, mas é necessário estar preparado para atuar, por isso o empresário deve continuar investindo em treinamento, equipamentos e atualização.

 

“Nossos dados mostram que 80% dos motoristas preferem levar o veículo a uma oficina de confiança depois que já saiu da garantia de fábrica e que 14% levam os carros ainda no período de garantia. O mecânico de confiança tem preferência porque o consumidor busca agilidade na entrega do veículo reparado e preço mais acessível”, completa.

 

Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP, também acredita que o momento é bom para o reparador. “O ano de 2008 foi sem dúvida muito positivo para o setor da reparação. Entre as conquistas, destaco a apresentação do projeto de lei para a regulamentação das oficinas, que deve ser aprovado em breve e será um marco para o setor”, afirma.

 

De acordo com o Sindirepa-SP, a estimativa do setor da reparação de veículos é de crescimento de 7% em relação ao ano passado. “O setor deve começar a atender os veículos vendidos em 2006, mais de dois milhões de unidades devem migrar para as oficinas, justamente quando o período de garantia de fábrica acaba”, diz o presidente.

 

Para se precaver contra a crise, Fiola enfatiza a profissionalização do setor, com a criação de mais de 25 normas voltadas para a reparação de sistemas de veículos rodoviários automotores, elaboradas pela Comissão de Estudo de Serviços, Reparação e Manutenção de Veículos do Comitê Brasileiro Automotivo – CB-05 da ABNT, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento e aprimoramento do setor da reparação.

 

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Os programas PMMVD – Programa para Melhoria da Manutenção de Veículos a Diesel, em parceria com a CETESB, e a campanha Carro 100% / Caminhão 100% – Quem tem chega bem, que visa conscientizar o motorista sobre a importância da manutenção preventiva de veículos, devem aquecer o fluxo das oficinas no ano que vem, então, é melhor estar preparado.

 

“Os mecânicos que se atualizarem têm mais chances de obter um bom emprego no mercado e ganhar até 4 vezes mais que o piso da categoria. Mecânico especializado não fica desempregado, há falta desse profissional no mercado”, afirma.

 

Com toda essa turbulência financeira, quem quiser se manter firme no mercado no ano que vem, deve ficar atento em alguns pontos importantes e oferecer sempre a excelência na qualidade dos serviços prestados para os seus clientes. E como não podemos parar de trabalhar, a solução é ter muita cautela, reduzir custos exagerados, evitar o desperdício, trabalhar com atenção para eliminar o retrabalho e captar outros recursos, como vender ingredientes frutos da reciclagem.

 

Aproveite que os consumidores estão receosos em comprar um carro zero km e incentive o seu cliente a manter o carro em ordem para que tenha o bem por mais tempo. Faça como as montadoras, drible a crise com promoções, ações de incentivo e ampliando o seu leque de serviços. E não desista de investir em certificação, qualificação profissional, atualização e fidelização do cliente, já que essas são as armas para ter um bom ano em 2009.

 

Potencial da cadeia de distribuição de autopeças:

 

Potencial da cadeia de distribuição de autopeças:
Elo da cadeia
2004
2005
2006
2007
Indústria de
autopeças
Faturamento em R$ (bilhões) Número de empresas Empregos (mil)
7,3
304
25,1
7,6
286
24,2
7,8
280
23,9
8,8
294
27,1
Oficinas
Faturamento em R$ (bilhões) Número de empresas Empregos (mil)
17,2
119.643
777,0
17,9
102.035
625,0
19,7
92.448
653,0
21,0
94.759
666,0
Total Geral
Faturamento em R$ (bilhões) Número de empresas Empregos (mil)
47,5
160.145
1.045,2
47,4
140.538
869,5
49,6
127.968
888,9
51,1
128.567
911,4
Fonte GMA

Obs.: Não inclui a rede de distribuição das montadoras (concessionárias).
O número de empregados da indústria de autopeças foi estimado de acordo com a participação da reposição no faturamento do setor.

Tramontina PRO oferece visitas e treinamentos técnicos

A Tramontina PRO, fabricante de ferramentas para as áreas de manutenção industrial e automotiva, disponibiliza uma equipe de promotores técnicos que, segundo a empresa, visitam indústrias e concessionárias para apresentar seus produtos. Os profissionais ministram treinamentos e explicam o funcionamento de cada item da linha. São vans identificadas da Tramontina PRO, com a linha completa de ferramentas industriais. A solicitação da visita ainda pode ser feita no site www.tramontina.com/pro.

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