Ronaldo Tefeha, gestor comercial do Aftermarket da Reflex & Allen, fala sobre a entrada no Brasil da marca italiana de tubulações e mangueiras para o mercado original e da reposição
Revista O Mecânico: A Reflex & Allen surgiu em 1988 na Itália, está representada em diversos países e fez a sua estreia no Brasil durante a Automec 2015. Por que a empresa escolheu ingressar agora no Brasil? Quais são os objetivos?
Ronaldo Tefeha: Como fornecedor global, a Reflex & Allen tinha que estar presente no Brasil que é o principal mercado da América do Sul. Essa presença estratégica já estava decidida desde 2011 e foi efetivada com a compra da divisão mangueiras da Sabó que tem prestigio e um nome respeitado no mercado e tem perfil e características semelhantes às da R&A, por isso foi considerado como a compra ideal. Além de tudo, conta com um time que conhece o produto e o mercado que é um importante diferencial das empresas locais.
O Mecânico: Com quais linhas de produtos a empresa trabalha e o que está oferecendo no mercado brasileiro de reposição neste primeiro momento? Também vão fabricar produtos para o mercado original (OEM)?
Tefeha: São cinco diferentes divisões: mangueiras espirais de freio para carretas; linha de espirais para conexão do cavalo com a carreta também na parte elétrica; tubulação de óleo lubrificante e combustível para veículos pesados; adesivos refletivos de segurança e uma última divisão que foi adquirida recentemente, de compostos de fibra de carbono, produto muito resistente e maleável que são fornecidas para clientes como Ferrari, Lamborghini e até carros da Fórmula Indy.
Para o Aftermarket brasileiro, a R&A homologou um fabricante local e vai comercializar a linha mais completa do mercado de cabos de ignição feitos de silicone que resistem a altas temperaturas e não agridem a natureza. Vamos também comercializar as mangueiras espirais e voltar ao mercado de reposição com as mangueiras de arrefecimento (ar e água). No OEM, a exemplo do que acontece na Europa, vamos homologar para fornecimento as linhas de mangueiras espirais (freio e elétrica) e fortalecer a presença nas montadoras das mangueiras de ar, água e combustível.
O Mecânico: Onde e como são produzidos os produtos da Reflex & Allen oferecidos para o mercado brasileiro? São importados ou nacionais?
Tefeha: Todos os produtos da R&A oferecidos para o mercado brasileiro serão produzidos na unidade fabril onde hoje são fabricadas as mangueiras de arrefecimento e combustível na recém-adquirida divisão de mangueiras da Sabó. Essa é mais uma vantagem dessa aquisição, pois, a Reflex & Allen vai ampliar seu portfolio de produtos com essas mangueiras de ar, água e combustível.
O Mecânico: O momento das empresas que fabricam peças no Brasil para o mercado de reposição, na média, é de crescimento, mas o modelo de negócio da Reflex & Allen tem suas particularidades. A atual crise macroeconômica atrapalha os planos da matriz aqui no Brasil?
Tefeha: Como afirmou recentemente o fundador e CEO da Reflex & Allen, Renzo Gibellini, isso não influencia em nada os planos de investimento no Brasil. Já foram adquiridas empresas em países onde a economia estava ou ainda está em crise e, isso nunca impediu de realizar tais aquisições. A empresa nunca se preocupou com a situação de momento, mas sim com a capacidade de ser competitiva. Pela história e grandiosidade do Brasil, além de seu potencial de crescimento e a experiência de superar situações difíceis, esse momento vai passar.
O Mecânico: Como a Reflex & Allen planeja se comunicar com o mecânico independente aqui no Brasil? Haverá alguma ação da marca para levar informação e assistência técnica para o mecânico aplicador da peça?
Tefeha: O plano é divulgar a marca por meio de publicações segmentadas, participação em feiras, catálogos, displays nos pontos de vendas, informações e palestras técnicas. E, o mais importante, vamos reforçar no mercado o conceito de que os produtos Reflex & Allen são itens de segurança. Vamos dar a oportunidade aos potenciais clientes e aos formadores de opinião que são os mecânicos independentes de testar nossos produtos para checar a durabilidade e a qualidade, de forma que possam fazer um julgamento.
O Mecânico: Na sua opinião, qual é a importância do mecânico independente para a escolha da peça que será aplicada no veículo?
Tefeha: Sem a menor dúvida, o mecânico independente é o grande formador de opinião do nosso mercado. Quando esse mecânico é convencido através de argumentos técnicos em palestras ou visitas nas oficinas mecânicas que o produto tem qualidade e atende as necessidades do dono do carro, é o momento onde se inicia a demanda de baixo para cima. Esse é um trabalho fundamental para que qualquer produto seja aceito e reconhecido no mercado, porém, poucas fábricas o fazem adequadamente. Com certeza, a Reflex & Allen investirá nessa estratégia de comunicação e valorização do mecânico independente.
Veja os detalhes do procedimento passo a passo de um aparelho preparado para instalação padrão e alto-falantes de porta
Texto: F. Tavares
Fotos: Alexandre Villela e Isabelly Otaviano
Agregar serviços ao seu trabalho na oficina, além de ampliar oportunidades, também enriquece seu repertório de habilidades. Conhecer o procedimento de instalação de aparelhos de som e alto-falantes aumenta, inclusive, as possibilidades de identificar diagnósticos e evita erros, tais como, danificar fios importantes em busca de uma alimentação de 12 V ou um aterramento para ligar o som – imagina a dor de cabeça ao romper por engano um fio da rede multiplexada do veículo…
Veremos a seguir que não é necessário cortar fios para instalar o aparelho KDC-BT-6062U, fabricado pela JVC Kenwood. Dotado de Bluetooth, CD Player, USB e entrada auxiliar, por se tratar de um aparelho de instalação padrão, já vem com o chicote elétrico modelo ISO para conexão em carros brasileiros.
Instalação do aparelho
1) O engenheiro da JVC Kenwood, Fabio de Oliveira, que comandou o procedimento, recomenda que o microfone do bluetooth seja instalado antes de tudo. Para melhor captação acústica, o microfone deve ser fixado no centro do carro. Neste caso, foi instalado acima do espelho retrovisor (1A). O cabeamento passou pela coluna do espelho dianteiro, descendo pela lateral do painel até a área onde ficará o aparelho de som (1B).
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2) Instale a cinta metálica na área do console central, destinada para o som do carro. Tome cuidado para que ela esteja perfeitamente encaixada.
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3) Conecte o chicote original com o chicote ISO do aparelho que vem no kit da JVC Kenwood.
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4) Ligue o microfone do bluetooth ao aparelho, na entrada que fica ao lado da saída do chicote elétrico.
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5) Conecte o cabo de antena que fica ao lado oposto da saída do chicote e do cabo de bluetooth.
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6) Verifique a posição da fiação para não atrapalhar o encaixe do aparelho no console central e coloque-o no lugar. Pressione até ouvir o clique da trava da cinta metálica.
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7) Ligue a ignição do carro para acionar o aparelho. Pressione o botão “knob” para desligar a função “Demo” do módulo. Selecione o “Yes” (Sim) e o aparelho estará pronto para uso.
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Instalação dos alto-falantes
Para a instalação dos alto-falantes Bravox TR55U de 5 polegadas com 40 W RMS de potência foram usados a chave Philips (também pode ser usado parafusadeiras elétricas), quatro parafusos soberbos pequenos e três grandes, um estilete e um aro adaptador que pode ser encontrado em lojas de som ou varejo. A instalação dos falantes ficou a cargo do representante da Bravox, Roseval Mendes Silveira Junior.
1) Remova a lateral que fica na parte interna da porta. A bolsa é presa por três parafusos, um dentro da bolsa e outros dois na parte de fora.
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2) Após a remoção da bolsa, faça um corte em “X” no plástico que protege o acesso da parte interna da porta.
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3) Busque o terminal de encaixe original do alto-falante, que está localizado na parte interna da porta do veículo.
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4) Com uma chave de fenda, retire o conector original para utilizar apenas os terminais.
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OBS: Os terminais do Celta possuem as cores amarela (positivo) e amarelo com marrom (negativo).
5) Instale o aro adaptador na lateral do veículo. Ele possui três pontos de fixação, onde irão os parafusos soberbos.
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6) Conecte os terminais do sistema original do carro ao alto-falante. Fique atento às conexões positivas e negativas, indicadas no alto-falante pelos sinais + e -. Lembrando que, neste carro específicamente, o fio amarelo é positivo e o marrom/amarelo é o negativo.
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7) Fixe o alto-falante no suporte adaptador e prenda os quatro parafusos de fixação.
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8) Para finalizar, reinstale a bolsa lateral da porta. Repita o mesmo procedimento para a outra porta.
Confira dicas de diagnóstico e troca do disco, tambor e pastilhas em um Renault Novo Logan 1.6 2014; os componentes ainda eram originais no veículo mesmo com 52 mil km rodados
Texto: Fernando Lalli
Fotos: Alexandre Villela
Carros que rodam grandes distâncias em boas autoestradas sofrem menos desgaste do que se circulassem apenas na cidade. Essa regra vale para diversos sistemas, entre eles, os freios: desde que o motorista saiba conduzir seu veículo com segurança, as peças que compõem o sistema são pouco exigidas e acabam durando bem mais do que o normal. Isso explica porque o Renault Logan 1.6 2014 desta reportagem ainda estava com seus componentes de desgaste de freio originais de fábrica aos 52 mil km rodados. Trata-se de um “carro de estrada” utilizado pelo técnico comercial da Fremax, Henrique Antônio Modolo, para atender à demanda de sua função em diversas cidades durante a semana.
Mas, como nada é eterno, ao fazer a inspeção periódica visual no sistema, Henrique constatou que, apesar do perfeito funcionamento dos freios, os discos dianteiros estavam muito próximos do limite mínimo de espessura. Era chegado o momento da troca.
O Logan desta reportagem é equipado com ABS, possui discos ventilados na dianteira e tambor na traseira. A única manutenção pela qual o sistema de freios desse veículo havia passado foi a troca do fluido de freio. O recomendado é substituí-lo entre 15 e 20 mil km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro. “É muito importante ressaltar que fluido de freio não se completa”, declara Henrique, reforçando que a troca sempre deve ser feita através de procedimento adequado de sangria, como veremos mais tarde.
Nesta reportagem, faremos o diagnóstico e o reparo dos freios do Logan com a condução de Henrique, representando a Fremax, fabricante de discos e tambores de freio, com a parceria de Admilson Luiz de Castro, promotor técnico da Cobreq, marca da TMD Friction para pastilhas e lonas no mercado de reposição.
Faça a substituição ou a retífica
Tanto Henrique da Fremax quanto Admilson Luiz da Cobreq concordam que pastilhas e discos sempre devem ser trocados de forma conjunta. “Se for instalada uma pastilha nova em um disco usado, será montada uma peça com superfície totalmente plana em uma superfície imperfeita, com sulcos. Isso retarda o processo de assentamento, causa excesso de vibração e, consequentemente, o ruído”, detalha Luiz. Uma opção à troca do disco é a retífica. “A orientação da Fremax, indiferentemente de o disco ser sólido ou ventilado, desde que esteja dentro da medida, pode ser feita a retífica”, afirma Henrique. Uma boa retífica garante que as superfícies estarão planas e terão pleno sucesso no assentamento. O mesmo vale para tambores e lonas.
Procedimento
O técnico da Fremax lembra que o mecânico deve começar a operação observando se o veículo está equipado com sistema ABS e se a luz do sistema acende e apaga após a partida.
Desmontagem do freio dianteiro
1) Ao retirar o disco de sua embalagem (que deve estar intacta, assim como seu selo), percebe-se que a peça possui uma película protetora de óleo a base de água. Não é necessário limpar porque, segundo Henrique, esse óleo evapora a 80°C e não contaminará a pastilha. As ranhuras da face de atrito do disco servem para facilitar o assentamento da pastilha nova. O disco também vem com sua espessura mínima gravada – neste caso do Logan 2014 1.6 é de 19,8 mm.
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2) Comece a desmontagem removendo as tampas de proteção das coifas dos pinos deslizantes. Elas são importantíssimas para evitar a entrada de sujeira na região de movimento da pinça e preservar o deslizamento do conjunto.
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3) Solte os pinos deslizantes utilizando uma chave allen 7 mm. Remova-os para proceder a posterior retirada da pinça. Analisando os pinos, percebe-se que estão bem limpos, o que demonstra a importância das tampas de proteção citadas anteriormente.
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4) Remova o grampo de fixação do conjunto com o auxílio de uma chave de fenda.
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5) Para retornar o êmbolo, abra o parafuso sangrador. Dessa forma, não é necessário utilizar nenhuma espécie de alavanca. A prática da alavanca é comum, mas incorreta, porque pode danificar o anel interno do êmbolo. Segundo o técnico da Fremax, esse anel possui perfil quadrado. Isso faz com que ele se deforme quando o freio é acionado, porém, quando o pedal é desacionado, o anel tende a voltar à sua forma original e ajuda no retorno do êmbolo, fazendo com que a pastilha não trabalhe em contato com o disco, evitando desgaste prematuro tanto do disco quanto da pastilha.
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OBS: Utilize uma mangueira com recipiente adequado para receber o fluido que vai sair da pinça pelo movimento do êmbolo. Também é importante recolher esse fluido velho porque pode conter impurezas. Em sistemas de freio com gerenciamento do ABS, qualquer sujeira que retornar para a central do ABS pode danificá-la e encarecer o reparo.
6) Com a pinça livre, feche o sangrador e tire a pinça do lugar. Importante: é obrigatório suspender a pinça, prendendo-a com arame ou outro aparato, na mola de suspensão. Isso evita romper o flexível, componente que não foi feito para suportar o peso da pinça pendurada.
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7) Antes de remover o disco, faça a medição do empenamento do conjunto disco/cubo de roda. A tolerância máxima para o empenamento é de 0,05 mm para o disco e 0,05 mm para o cubo. Neste caso, como é a peça original de fábrica, apenas o cubo tem tolerância de empenamento. A medição máxima alcançada nas duas rodas do Logan foi de 0,02 mm.
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OBS: É importante posicionar o apalpador do relógio comparador sempre na perpendicular e o mais próximo possível da extremidade. Se houver empenamento, ele será mais evidente quanto mais próxima do diâmetro máximo for a medição.
8) Com uma chave ou soquete torx fêmea, solte os dois parafusos de fixação para fazer a remoção do cavalete.
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9) Retire os dois parafusos de encosto do disco de freio com soquete torx e, assim, remova o disco.
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Análise dos componentes
10) Ao remover o disco, percebe-se que o disco já possui uma grande rebarba externa, o que é sinal de desgaste. Faça a medição da espessura do disco com um micrômetro. A medida encontrada foi de 20,0 mm, muito próximo do limite de 19,8 mm. Por isso, a opção foi pela troca do disco e também, consequentemente, das pastilhas.
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11) Quando se compara as pastilhas interna e externa, percebe-se que possuem desgastes diferentes. De acordo com Luiz da Cobreq, isso ocorre porque, devido à perda de lubrificação do sistema, a pastilha do lado externo permanece encostada no disco mesmo após a abertura da pinça. Por isso, é importante limpar o sistema e lubrificar os pinos deslizantes e as “orelhas” das pastilhas, como será mostrado no passo 15.
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Limpeza e montagem
12) Para limpar a área de contato do cubo com a parte interna do disco, utilize preferencialmente uma lixa (12a). Feita a limpeza, utilize novamente o relógio comparador para conferir o empenamento do cubo. Assim como na medição do disco, posicione apalpador o mais longe possível do centro. Tome cuidado com os furos para não interferir na medição. A oscilação encontrada foi de 0,01 mm (12b).
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13) Utilize uma escova de aço para remover a sujeira tanto do cavalete quanto da pinça (13a). Cuidado para não cortar a coifa do êmbolo na pinça. Na face do êmbolo e nos pinos deslizantes, utilize uma lixa (13b).
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14) Antes da instalação do disco novo ou retificado, utilize um pano que não solte fiapos, jamais estopa. Qualquer fiapo que fique entre disco e cubo pode causar problemas futuramente, adverte o técnico da Fremax. Na instalação do disco novo, cuidado com o torque excessivo nos parafusos de encosto do disco (14a). Não se esqueça de verificar o empenamento do disco novo. Aqui, foi encontrado 0,03 mm (14b).
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15) A lubrificação do sistema não pode ser feita com uma graxa comum: o lubrificante deve ser ponto de gota elevado para suportar altas temperaturas. Aqui, Henrique utilizou graxa à base de lítio. É necessário passar graxa no êmbolo da pinça (15a), na região de encaixe da pastilha (15b), nas orelhas das pastilhas novas (15c) e nos pinos deslizantes (15d).
15 (a b)
15 (c d)
16) O restante procedimento de montagem segue a ordem inversa da desmontagem, atentando para os torques específicos determinados pela fabricante do veículo.
Desmontagem do freio traseiro
1) Uma forma de diagnóstico da regulagem do freio traseiro sem desmontá-lo é observar, com o carro suspenso pelo elevador, se as rodas estão livres. Caso não estejam, a regulagem e o mecanismo do sistema devem ser verificados.
2) Após remover a roda, utilize uma chave de fenda e um martelo com ponta de borracha para soltar (com cuidado) a tampa de proteção da porca do cubo de roda, também chamada de “calotinha”.
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3) Para soltar a porca do cubo de roda, utilize chave ou soquete 30 mm (3a). Em seguida, remova o tambor de freio (3b).
3a
3b
Análise dos componentes
4) Para comprovar o bom funcionamento do acionamento das sapatas, movimente o cilindro de roda com o auxílio de uma chave de fenda fazendo a alavanca na sapata. Não pode haver nenhum tipo de travamento.
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5) Para verificar se há alguma espécie de vazamento no cilindro de roda, observe as coifas puxando-as com o dedo – não utilize nenhuma ferramenta com ponta para não danificar a borracha. Vale lembrar que a vedação dos êmbolos é interna, portanto, a função da coifa é proteger o sistema da sujeira. Se houver vazamento, faça a troca não só do cilindro com vazamento, como também o da outra roda do eixo, já que ambos trabalham em conjunto.
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6) Na medição feita por Luiz, da Cobreq, as lonas de freio apresentaram espessura de 5 mm. O mínimo recomendado é de 2 mm, assim como nas pastilhas. Assim, a escolha foi por manter as lonas e limpá-las com uma lixa para tirar o excesso de sujeira encrustado na face de atrito.
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7) A limpeza do sistema pode ser feita com água e um pincel. Nunca utilize thinner, querosene ou outro produto químico derivado de petróleo. A limpeza é importante para evitar que a sujeira se acumule e impeça a autorregulagem do sistema.
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Montagem do freio traseiro
8) Antes de colocar o tambor novo, faça a regulagem das sapatas para que as faces de atrito fiquem mais próximas quanto possível do tambor sem travá-lo.
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9) Como o tambor novo da Fremax para o Renault Logan já vem com rolamentos de cubo de roda e sensor do ABS, não é necessário desmontar os componentes do miolo do tambor (9a). Basta apenas aplicar a peça nova. Gire o tambor para confirmar que está rodando livre (9b).
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10) O restante da montagem segue a ordem inversa da desmontagem. O torque da porca do cubo de roda é de 18 kgfm.
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Sangria e finalização
1) A sangria em veículos com gerenciamento do ABS possui diferenças em relação ao sistema convencional. Ao invés de começar na roda mais distante do cilindro-mestre, o procedimento deve começar na roda mais próxima da central do ABS (no caso do Logan, a dianteira-esquerda). Utilize fluido de freio DOT 4. Não se esqueça de tampar os parafusos sangradores ao final do procedimento em cada roda para evitar a entrada de água, o que pode oxidar o parafuso e causar até sua quebra em uma próxima operação, afirma Henrique. A sequência das rodas segue em “Z”: dianteira-esquerda, dianteira-direita, traseira-esquerda e traseira-direita.
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OBS: No caso de sangria manual, bombando o pedal do freio sem a ajuda de aparelhos, movimente apenas meio curso de pedal para evitar danos ao cilindro-mestre.
2) Complete o nível de fluido ao final do procedimento. Caso derrame e seja necessário limpar a região do reservatório, não jogue água. A tampa possui um furo para regular a pressão do sistema com a pressão atmosférica e a água pode entrar por ali, contaminando o fluido.
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3) Faça a regulagem do freio de mão com uma chave canhão no parafuso 10 mm na base da alavanca. Importante: quando o carro está suspenso pelo elevador, o eixo traseiro “desce” e o curso da alavanca do freio de mão fica menor do que se estivesse no solo, assim, quando o eixo voltar à posição normal, a folga da alavanca vai aumentar e a regulagem será perdida. Por isso, o ajuste sempre deve ser feito com o carro no chão. O ideal é deixá-lo travado com três estalos.
Executivo japonês Hiroyuki Tanabe é o novo presidente da NGK do Brasil
Fabricante de velas, cabos e bobinas de ignição, a NGK do Brasil tem novo presidente. O executivo japonês Hiroyuki Tanabe assume o comando da divisão brasileira da empresa com a meta de manter a rota de crescimento da NGK que, em março deste ano, alcançou a marca de 2 bilhões de velas produzidas em sua fábrica no Brasil.
“NGK é uma marca fortemente associada à tecnologia e à qualidade, o que se reflete na confiabilidade de nossos produtos nos mercados do Brasil, América do Sul e demais países para onde a produção brasileira é exportada, como Estados Unidos e Japão”, afirma o novo presidente.
Sucessor de Mikihiko Kato, que retornou à matriz no Japão, Tanabe está na empresa há 29 anos, dos quais 28 foram dedicados à área de velas de ignição. Formado em Engenharia e Ciência de Materiais pelo Instituto de Tecnologia da Escola de Engenharia de Nagoya, o executivo tem 52 anos de idade, é casado e pai de dois filhos.
A ZF passa a fornecer o eixo TSA 09, que já era fornecido para outras marcas, para equipar trator de rodas Agritech 1160 Turbo. Com previsão de fabricação de 300 tratores em 2016, o 1160 Turbo possui tração dianteira auxiliar e potência de 55 cv. Trata-se de equipamento de pequeno porte, destinado para aplicações gerais em pequenas, médias e grandes propriedades, e pode ser utilizado tanto para uso geral, como para aplicação específica, com versões arrozeiro e cultivo.
De acordo com a ZF, sua capacidade de suportar até 185 bar de pressão máxima de trabalho do cilindro traz mais conforto e força para executar manobras em terrenos acidentados. Foram realizadas modificações estruturais e reforços de rolamentos que trouxeram ganho de eficiência e produtividade em operações com cargas frontais no eixo, afirma a fabricante, para permitir a utilização de implemento pá carregadeira com tração dianteira ligada.
O eixo desenvolvido pela ZF possui apoio do cardã guiado por rolamento de esferas, característica que traz aumento da robustez e garante maior durabilidade do mancal de articulação, segundo a fabricante. Sua performance de esterçamento atinge até 58° dependendo do rodado a ser utilizado, o que permite que os tratores tenham um menor raio de giro em operações no campo. Além disso, conforme afirma a ZF, o trator equipado com o TSA 09 pode chegar a velocidade de 40 km/h sem danificar o eixo dianteiro. Por sua possível aplicação em cultura arrozeira irrigada, o eixo recebe um sistema de vedação mais eficiente, que o qualifica para aplicações mais severas.
Localizada em Indaiatuba, no interior de São Paulo, a Agritech Lavrale desenvolve e produz tratores e cultivadores motorizados com os motores Yanmar. Seus produtos estão dentro das normas internacionais de qualidade e garantem ao produtor rural economia, segurança e alta produtividade, aspectos valorizados pela empresa desde sua fundação, em 1957.
Marcação “MGT” indica que o pneu é equipamento original da Maserati; confira tabela abaixo
Mesmo que determinados pneus aprovados como equipamento original sejam facilmente encontrados no mercado de reposição, algumas montadoras preferem solicitar a colocação de uma marcação especial nas laterais dos pneus cujas especificações foram testadas e aprovadas pelos seus engenheiros. É a chamada marcação “OE”, de “Original Equipment” ou “Equipamento Original”, como explica a Continental. Essa marcação, segundo a fabricante de pneus, é uma forma de a montadora auxiliar seus clientes a encontrar o pneu original de seu veículo no mercado de reposição. No entanto, a marcação acaba por gerar dúvidas na hora da troca.
“Pneus identificados com OE podem ser utilizados em veículos de outras marcas, prática muito comum no mercado, assim como o consumidor tem o direito de montar em seu veículo um pneu de outro modelo ou marca. Misturar pneus com e sem marcação OE em um mesmo veículo também é possível, contanto que a regra de uma mesma especificação em um mesmo eixo seja respeitada”, explica o gerente de assistência técnica da Continental Pneus para o Mercosul, Rafael Astolfi.
A Continental afirma que, legalmente falando, essas marcações não possuem valor, são apenas uma forma de auxiliar os consumidores, não se caracterizando como uma obrigação, mas sim como uma recomendação. Essas marcações não atestam a qualidade do projeto do pneu, nem mesmo a qualidade de seu processo produtivo. Elas apenas apontam que uma determinada especificação foi aprovada pela montadora para ser equipada em um modelo de veículo durante a sua produção.
Conheça a relação de montadoras que fazem uso dessas marcações e quais são elas:
Audi: A0
Audi Quattro: R01
BMW: desenho de estrela
BMW M: M3
Mercedes-Benz: MO (“O” e não “zero”)
Jaguar: J
Porsche: N0
Maserati: MGT
GM (Estados Unidos): TPC Spec. XXXX
A Volkswagen, em parceria com a Assobrav (Associação Brasileira de Distribuidores Volkswagen), divulga o plano de manutenção Volkswagen com mão de obra predefinida em sua rede de concessionárias. Desde 2008, a montadora oferece o “Plano de Revisão Preço Fixo” para 1ª e 2ª revisões. O plano é válido para diversos modelos da linha nacional e Novo Golf 1.4, com o valor fixo de R$ 236, que pode ser parcelado em até quatro prestações mensais de R$ 59, sem juros, afirma a montadora.
A partir da 3ª até a 6ª revisão, agora a VW disponibiliza consulta para o valor da manutenção via site, que contempla peças e também a mão de obra. Basta inserir o CEP, a cidade, o Estado e escolher o modelo e o ano de fabricação do veículo a ser revisado. Na mesma hora o cliente terá acesso ao valor sugerido pela revisão e o tempo estimado para realizar a manutenção. O site para consulta é https://www.vw.com.br/revisao
O “Plano de Revisão Preço Fixo Volkswagen”, segundo a montadora, é válido para o Gol nas versões Special, Trendline, Comfortline, Track, Rock in Rio e Highline; Voyage Trendline, Comfortline e Evidence; Fox Trendline, Comfortline e Rock in Rio; SpaceFox Trendline e Comfortline; Saveiro Startline, Trendline, Surf, Highline e Rock in Rio; up! (primeira revisão) nas versões take, move, high, cross, black, white, red e speed; Novo Golf 1.4 TSI e Novo Golf Variant 1.4 TSI.
Todos os modelos da Volkswagen fabricados a partir de janeiro de 2014 têm garantia total de três anos. A marca oferece mão de obra gratuita nas duas primeiras revisões, sendo as demais cobradas à parte pelo concessionário.
A ContiTech, marca ligada ao Grupo Continental, alerta varejistas, mecânicos e consumidores para novas ocorrências envolvendo correias falsificadas. De acordo com a área técnica da empresa, os produtos falsificados representam um grave risco à segurança do consumidor, já que não atende aos elevados padrões estabelecidos pelos fabricantes de veículos e a sua quebra, com o carro em movimento, implica em um enorme risco de acidente. Mesmo com pouco tempo de uso, as correias falsas já apresentam trincas.
Além de comprometer a segurança, o produto falsificado é certeza de prejuízo, afirma a Contitech. Sua quebra pode chegar a empenar as válvulas, tornando necessária a retifica do cabeçote, um serviço que, para um carro popular, está cotado em mais de R$ 1.000,00. Isso quando não ocorre a quebra dos pistões, obrigando uma retífica completa do motor e elevando o valor do reparo em pelo menos mais quatro vezes, estima a empresa.
A área técnica da ContiTech relaciona alguns cuidados para evitar a aquisição de correias dentadas falsificadas:
Atenção à embalagem: as correias dentadas ContiTech são embaladas em caixas lacradas com o padrão ContiTech. Assim, as correias dentadas embaladas em caixa branca, sacos plásticos e/ou embalagens não lacradas devem ser recusadas.
Atenção à etiqueta da embalagem: na etiqueta da embalagem consta a data em que a correia foi embalada. Compare a data da embalagem com a data de fabricação da correia, conforme gravação na parte externa (costas) da correia dentada. Suspeite caso haja uma diferença muito grande entre elas. Já foram registados casos de até dois anos de diferença entre as datas. Clique para ampliar
Atenção a detalhes na parte interna das correias: as produzidas pela ContiTech têm aspecto áspero na parte externa (costas) da correia dentada, ao contrário do produto falsificado, que é liso. As gravações na parte externa do produto original são feitas através de um adesivo aplicado a uma temperatura elevada. Esse processo é substituído no produto falsificado por um carimbo cuja marca em muitos casos apresenta vazamento de tinta e desaparece a uma simples raspada de unha. Clique para ampliar
Atenção à numeração única do lote (Correias “Made in Brazil”): cada correia dentada ContiTech possui um número de lote sequencial específico, que não se repete de uma correia para outra. Já o produto falsificado apresenta sempre a mesma numeração.
Confira as referências ContiTech e os números de lote em que a fabricante identificou casos de falsificações: CÓD. CONTITECH: CT 488
APLICAÇÃO: Fiat Fire 1.4
NÚMERO DO LOTE: 03/06/2013 – 046 – 52/53 CÓD. CONTITECH: CT 718
APLICAÇÃO: Citroen/ Peugeot 1.4
NÚMERO DO LOTE: 07/06/2013 – 035 – 29/30 CÓD. CONTITECH: CT 874
APLICAÇÃO: Corsa/ Celta etc.
NÚMERO DO LOTE: 23/05/2013 – 067 – 38/39 CÓD. CONTITECH: CT 874
APLICAÇÃO: Corsa/ Celta etc.
NÚMERO DO LOTE: 16/12/2014 – 152 – 08/09 CÓD. CONTITECH: CT 907
APLICAÇÃO: Gol 1.0 16V
NÚMERO DO LOTE: 28/05/2013 – 057 – 38/38 CÓD. CONTITECH: CT 1045
APLICAÇÃO: Peugeot/ Renault 1.0 16V
NÚMERO DO LOTE: 10/06/2013 – 150 – 48/49 CÓD. CONTITECH: CT 1045
APLICAÇÃO: Peugeot/ Renault 1.0 16V
NÚMERO DO LOTE: 18/06/2013 – 017 – 37/38 CÓD. CONTITECH: CT 1049
APLICAÇÃO: Fiat Fire 1.0
NÚMERO DO LOTE: 04/06/2013 – 268 – 42/43 CÓD. CONTITECH: CT 1126
APLICAÇÃO: Renault 1.6 16V
NÚMERO DO LOTE: 04/06/2013 – 247 – 13/13
A ContiTech coloca à disposição de seus consumidores o telefone (11) 5070-1100 e o e-mail [email protected] para esclarecer qualquer dúvida sobre suas correias automotivas.
A Remy International, fabricante dos motores de partida e alternadores com a marca Delco Remy para linha pesada e Remy para linha leve, anuncia o lançamento do novo motor de partida PG260P2 para o mercado de reposição. O novo motor de partida PG260P2 – 8000567 – 12V pode ser aplicado em veículos Citroen (Jumper), Fiat (Ducato e Daily) e Peugeot (Boxer). O produto conta com os mesmos padrões das montadoras de aplicação e 6 meses de garantia.
Centro de reciclagem automotiva localizado em Guarulhos (SP), com atendimento exclusivo para o segmento de vans, o Luk Diesel conquistou o Selo Verde IQA (Instituto da Qualidade Automotiva). Com a certificação, a empresa pode adotar série de práticas ambientais em conformidade com leis, resoluções e normas específicas ao assunto, afirma a entidade.
Para receber a certificação ambiental, o estabelecimento passou por uma série de melhorias, iniciada há cerca de 10 meses. “Sempre tivemos forte interesse pela certificação, porque a preservação ambiental é, antes de tudo, uma preocupação nossa”, afirma Evandro Betto, gerente de Marketing, Desenvolvimento e Novos Negócios da Luk Diesel. Entre os investimentos está a contratação de empresa credenciada para a coleta seletiva. “Do processo de descontaminação dos veículos, resíduos como fluidos, gases e sobras de combustível são coletados para a correta destinação. Da desmontagem são encaminhados para reciclagem componentes que estão muito danificados ou que não podem ser reaproveitados, como itens de segurança”, explica Betto.
Outro cuidado foi a contratação de empresa para a locação de panos com o objetivo de evitar a contaminação do esgoto com óleos, solventes e outros derivados. Mais uma escolha ecológica foi o aproveitamento da água gerada pelos aparelhos de ar condicionado para a lavagem do chão, além da aquisição de máquina a vapor de ciclo fechado para lavagem de peças com economia de água.
Segundo o IQA, as mudanças ainda envolveram a infraestrutura do estabelecimento que, além de ganhar sala para treinamentos e reuniões, reestruturou o setor de qualidade, onde todas as peças são submetidas à triagem técnica para a classificação quanto à condição de reaproveitamento, sendo A para peças em perfeitas condições, B para componentes que precisam de pequenos reparos e C para itens de segurança e peças muito danificadas, que são destinadas à reciclagem.
Em seguida, as peças que possuem condições de reuso recebem etiquetas que garantem a procedência, são armazenadas e ficam disponíveis para venda, seja por meio do balcão presencial ou do sistema e-commerce.
Além disso, para melhoria da infraestrutura, foram realizadas diversas aquisições, como piso impermeável, do tipo epóxi, colocado em toda a área de produção para impedir a contaminação do solo, porta paletes para a melhor organização do estoque e tapetes retentores de óleo, além de torneiras de acionamento automático e secadores de ar quente para as mãos.
Ponto importante para o processo de certificação, de acordo com o IQA, ainda foram os trabalhos de conscientização com os 40 funcionários da empresa, realizados por meio de treinamentos com a finalidade de orientar sobre a preservação do meio ambiente, o uso correto e a conservação dos EPIs (equipamentos de proteção individual) e a implantação do método de organização 5S.
A conquista do Selo Verde IQA, para Rodrigo Pereira dos Santos, proprietário da Luk Diesel, representa o começo das melhorias, que são diariamente notadas pelos clientes. “A cada visita, recebemos um elogio”, comenta Santos. “A expectativa é aumentar a credibilidade para ser o maior, melhor e mais moderno centro de reciclagem automotiva do Brasil”, completa.
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