Toyota apresentará o novo esportivo 86 no Salão de Nova Iorque

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O novo Toyota 86 2017 estreará no Salão Internacional de Nova Iorque, com mudanças internas e externas, bem como melhorias no motor e suspensão. O modelo, que se trata de um novo Scion FR-S, chegará às concessionárias dos Estados Unidos a partir do 4º trimestre deste ano.

“Quando anunciamos a transição dos modelos Scion para a Toyota, não tínhamos planejado mudar os nomes dos nossos carros, mas após diversos pedidos de pessoas ao redor do mundo, para esse modelo esportivo, decidimos adotar o nome global do 86”, disse Bill Fay, vice-presidente da Toyota Division Group. “Os entusiastas têm uma forte ligação com as principais características do Toyota 86 e seu motor dianteiro, tração traseira e performance dinâmica espetacular”.

O novo modelo que faz sua estreia no Salão de Nova Iorque adota um estilo mais agressivo, caracterizado pela grade frontal maior, enfatizando o perfil baixo e largo do carro. A parte dianteira também foi redesenhada, com a adição de faróis de LED e um para-choque alterado. As mesmas alterações também foram consideradas na traseira. As rodas de liga leve também são novas e a logomarca tradicional 86 foi adicionada ao para-choque dianteiro e dentro dos faróis.

O interior também recebeu melhorias, com a adição de um material mais sofisticado ao redor do painel de instrumentos e nas portas. Os motoristas também poderão desfrutar de bancos renovados com costura prateada, além de um volante esportivo com controles de áudio integrados e a logomarca 86 estampada no centro.

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Dirigibilidade mais aprimorada e performance mais ágil foram conseguidas pela recalibração dos amortecedores e molas. Na versão manual, o Toyota 86 recebeu alterações nas relações de marcha e seu motor teve um aumento no torque e potência, passando a contar com 208 cv. Dentro do pacote de tecnologia, o 86 ainda ganhou o Assistente de Subida (HAC), que previne que o automóvel volte para trás em situações de partida em subidas íngremes.

O Toyota 86 2017, bem como a versão de produção do novo C-HR, recém-apresentado mundialmente, é uma das atrações do estande da Toyota no Salão Internacional de Nova Iorque, que ocorre entre os dias 25 de março e 03 de abril de 2016.

Subaru comemora a produção de 15 milhões de veículos com tração 4×4

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A Subaru alcançou, neste mês de março, a produção de 15 milhões de veículos equipados com o sistema de tração integral All-Wheel Drive (AWD). O primeiro modelo Subaru a ser equipado com essa tecnologia de tração 4×4 foi o Subaru Leone 4WD Estate Van, lançado em setembro de 1972. Desde então, a Subaru tem desenvolvido continuamente o sistema AWD, com o principal objetivo de tornar ainda mais segura e agradável a condução dos veículos da marca.

No ano passado, os modelos equipados com a tecnologia All-Wheel Drive representaram 98% das vendas mundiais da Subaru. Esses veículos contam com a mais recente evolução da tecnologia 4×4 desenvolvida pela Subaru, batizada de Subaru Symmetrical All-Wheel Drive, que proporciona uma perfeita sinergia entre elevado nível de estabilidade, capacidade para superar vários tipos de terrenos e distribuição equilibrada de peso.

A sinergia do Symmetrical All-Wheel Drive com o motor Boxer, de cilindros horizontalmente opostos, proporciona elevada estabilidade nas mais variadas velocidades e em curvas rápidas. Atualmente, toda a linha de veículos Subaru comercializada no Brasil, importada com exclusividade pela CAOA para o País, é equipada com o motor Boxer e tração integral Symmetrical All-Wheel Drive. Esses dois sistemas oferecem aos clientes brasileiros uma combinação perfeita entre desempenho e reduzidos níveis de consumo e de emissões de poluentes; com segurança e prazer de dirigir.

Magneti Marelli lança novos códigos de amortecedores, kit motor e bielas para Linha Moto

Kit motor K41005p
Kit motor K41005p

Com o objetivo de ampliar sua participação no segmento de reposição de peças para motocicletas, a Magneti Marelli Aftermarket, divisão de negócios focado no mercado de reposição de autopeças e segunda maior empresa do setor no Brasil, anuncia o lançamento de Amortecedores, Kit Motor e Bielas para aplicações em modelos Dafra, Honda, Suzuki e Yamaha.

O destaque na linha de Amortecedores Cofap são os “monoshock” para modelos Honda como as NX400 Falcon, XRE 300 e XRE 250 Tornado, com desempenho de produto original.

Kit motor K41007p
Kit motor K41007p

O Kit Motor é o conjunto formado por camisa, pistão e anéis. A Magneti Marelli recomenda que o componente deve ser avaliado e substituído, por profissional qualificado, quando o motor da moto apresentar perda de potência, consumo excessivo de óleo lubrificante, superaquecimento e ruídos em geral.

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É importante manter os procedimentos de manutenção preventiva também após a instalação do kit motor Cofap, realizando a limpeza / troca do filtro de ar regularmente, evitando o desgaste prematuro do kit em decorrência da entrada de impurezas para dentro do cilindro. Verificação e troca de óleo e seu filtro também devem ser realizadas regularmente.

A Biela, componente interno do motor construído em aço-liga, faz a conexão entre o pistão e a árvore de manivela (virabrequim) e converte o movimento de sobe-desce dos pistões em movimento rotativo do virabrequim. Sua substituição é recomendada quando apresentar ruídos, deformação ou desgaste das bronzinas. A Magneti Marelli recomenda respeitar o tipo de lubrificante e a sua troca nos períodos indicados no manual da moto para garantir a durabilidade do produto.

A Linha Moto também possui produtos com a marca Magneti Marelli, como filtros de ar e combustível, baterias e lâmpadas.

Confira a lista de aplicações abaixo:
Amortecedores
(Da esq. para a dir.): Amortecedores MSC41006; MSC41008; MSC41007
(Da esq. para a dir.): Amortecedores MSC41006; MSC41008; MSC41007

Honda
MSC41006 = Honda NX 400 Falcon (99/14) – Monoshock, cromado, com regulagem
MSC41007 = Honda XRE 300 (09/13) – Monoshock, cromado, com regulagem
MSC41008 = Honda XRE 250 Tornado (01/09) – Monoshock, cromado, com regulagem

Suzuki
CR22611M = Suzuki G SR 150i (12/14)

Kit Motor

Kit motor K41006p
Kit motor K41006p

Honda
K.41005 = Honda XR 200 (94/02) / Honda NX 200 (94/02) / Honda CBX 200 Strada (94/02)
K.41006 = Honda C 100 Biz (98/05) / Honda C 100 Dream (92/98)
K.41007 = Honda Biz 125 (06/15)
K.41008 = Honda GC Fran (09/15) / Honda NXR Bros 125 (13/15)

Bielas
Yamaha
BLC42003 = Yamaha Crypton 115 (10/…)
BLC42004 = Yamaha Neo AT 115 (04/…)

Suzuki
BLC43002 = Suzuki Burgman 125 12/15 (injetada)

Dafra
BLC59001 = Dafra Speed 150 / Dafra Kansas 150 (08/15)

Mais informações estão disponíveis no site www.mmcofap.com.br

Lwart Lubrificantes explica o destino do óleo lubrificante usado dos motores

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O óleo lubrificante é responsável por reduzir o atrito entre peças, e, assim, garantir a vida útil dos componentes de máquinas e motores. Mas, após a sua utilização, ele torna-se um resíduo perigoso, de classe I, que pode causar danos à saúde e ao meio ambiente, se mal administrado. Para evitar esta situação, é necessário que o óleo lubrificante usado ou contaminado seja destinado adequadamente, sendo o rerrefino o único caminho legal para este perigoso resíduo, de acordo com a Resolução CONAMA Nº362/2005. Dessa forma, por meio do rerrefino, o óleo lubrificante usado ou contaminado (OLUC) se transforma novamente em óleo mineral básico.

Este processo, realizado por empresas especializadas – as rerrefinadoras –, resgata as propriedades originais do óleo mineral básico, que é uma matéria-prima proveniente do petróleo (um recurso não renovável), usada na fabricação de óleos lubrificantes acabados cumprindo o princípio para a sustentabilidade quando retorna ao mercado, garantindo o reabastecimento do produto.

Para que o óleo usado e/ou contaminado chegue até essas empresas rerrefinadoras, as fontes geradoras do resíduo, que são concessionárias, postos, oficinas mecânicas e indústrias, devem entregar o óleo lubrificante usado recolhido a uma empresa coletora autorizada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

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A Lwart Lubrificantes realiza esta coleta e o rerrefino do óleo, integrando os dois processos. Com matriz em Lençóis Paulista/SP, que conta com moderna estrutura logística, com 15 centros de coleta, estrategicamente localizados pelo Brasil, uma frota própria com mais de 320 veículos e equipe treinada para o manuseio e transporte.

O sucesso de seu negócio está estritamente ligado à relação de parceria que a empresa mantém com as fontes geradoras do OLUC. Uma de suas principais parceiras é a DPaschoal, rede nacional de lojas de serviços automotivos.

Segundo Thiago Trecenti, diretor da Lwart Lubrificantes “Temos uma relação positiva, pois ao destinar o óleo lubrificante usado para a Lwart Lubrificantes, a DPaschoal cumpre as obrigações exigidas por lei e contribui com a sustentabilidade de uma matéria-prima não renovável, mas muito relevante para diversas atividades econômicas”.

Para Bruno Guilherme Denardi Zanatta, engenheiro ambiental da DPaschoal, “Tanto a Lwart Lubrificantes quanto a DPaschoal contribuem para o desenvolvimento sustentável do País por meio da coleta do óleo lubrificante usado, cumprindo as normas de descarte regidas pela legislação. Nossa parceria já dura 13 anos e ao longo desse período foram coletados mais de 1,3 milhões de litros de óleo lubrificante usado destinados ao rerrefino. Com 40 anos de história, a Lwart Lubrificantes já se projetava à frente de qualquer empresa concorrente, promovendo e disseminando uma cultura de preservação do meio-ambiente”.

Tonini Distribuidora relança sua Loja Virtual

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A Tonini Distribuidora anuncia o relançamento de sua loja virtual no endereço www.etonini.com.br, como o seu mais novo instrumento de vendas e relacionamento com o mercado automotivo. Através desta loja virtual, a Tonini proporciona ao usuário uma navegação rápida e fácil na consulta de seus produtos, ferramenta esta que possibilita a visualização, descrição, aplicações e especificações das peças antes da aquisição. Conta ainda com um chat para o auxílio imediato ao cliente e para evitar erros no momento da compra. O site disponibiliza mais de 15.000 itens das mais conceituadas marcas do segmento.

Hyundai apresenta o SUV Santa Fe na versão 2016

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Chega ao Brasil a linha Hyundai Santa Fe 2016. O SUV Premium da Hyundai, disponível nas versões cinco e sete lugares, ganhou atualizações em seu design que garantem ainda mais modernidade e expressividade às suas linhas, evidenciadas pelo design “Escultura Fluida”, inspirada nas formas harmoniosas da natureza e que reflete uma noção de continuidade e movimento em seus traços.

A grade frontal hexagonal passou a contar na linha 2016, com um novo acabamento Chumbo Fosco e as aletas passaram a ser mais finas e arredondadas. As novas rodas de 18 polegadas em liga leve, que são equipamento de série, passam a contar com novos traços em seus cinco raios duplos e um novo elemento central prateado, conferindo elevado nível de requinte. O estepe também é oferecido em liga leve.

Completando as mudanças visuais externas, o Hyundai Santa Fe passa a ter lanternas traseiras com uma nova disposição e fita LED, o para-choque traseiro também foi redesenhado. Por fim, as duplas ponteiras de escapamento deixaram de ser arredondadas e passam a ter linhas retas e assimétricas. O conjunto de mudanças ocorridas na parte traseira do Hyundai Santa Fe completa as alterações visuais realizadas em praticamente todas as áreas externas do SUV Premium e garantem que a sensação de inovação estética seja percebida por todos os ângulos em que o veículo seja visto.

Cuidados especiais dedicados a outros detalhes internos foram mantidos: teto solar elétrico panorâmico, que permite maior iluminação natural, regulagem elétrica para os bancos dianteiros com memória para dois ocupantes, matérias com textura agradável ao toque e o acabamento superior em todos os detalhes, como nos comandos de abertura dos vidros. Entre os equipamentos que se destacam estão o botão de partida com chave de proximidade (que não precisa sair do bolso do motorista) e o Supervision Cluster (painel de instrumentos) com tela TFT LCD.

Como novidades internas, o Hyundai Santa Fe está equipado com Central de Entretenimento re-estilizada, novo porta-objeto com tampa na parte superior do painel e o redesenhado console de teto, proporcionando a percepção da contemporaneidade também por quem está usufruindo do conforto interno do modelo.

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Potência e economia de combustível
O motor Lambda II 3.3 MPI, V6, D-CVVT gera 270 cv a 6.400 rpm e torque de 32,4 kgfm a 5.300 rpm. Como destaque, oferece maior economia de combustível devido à aplicação de uma camada de revestimento para redução de atrito e a utilização de uma bomba de óleo variável e é dotado do sistema de admissão variável (VIS – Variable Intake System) que altera a abertura e fechamento das válvulas de acordo com a rotação do motor e as condições de carga. O controle variável das válvulas melhora o desempenho em todas as áreas.

Transmissão automática com seis velocidades
O Hyundai Santa Fe é equipado com a transmissão automática Hyundai de seis marchas com opção de controle manual. Esta transmissão proporciona trocas suaves e um amplo campo de variação que se adapta de forma ideal às características do motor. O sistema inclui um aquecedor que mantém o óleo da transmissão na temperatura ideal de operação, aumentando a economia de combustível.

O óleo da transmissão não precisa ser trocado, para maior conveniência e redução no custo de manutenção, e o câmbio tem o uso facilitado durante a noite, quando o indicador de posicionamento das marchas fica iluminado.

Sistema inteligente de tração
Os consumidores poderão sentir os benefícios dos sistemas inteligentes de tração integral ativa (AWD) e TVCC opcionais, que trabalham para controlar o torque e a frenagem, em conjunto com o Sistema de Gerenciamento de Estabilidade do veículo. Esse sistema pode prever as necessidades de tração e aumentar a estabilidade através da frenagem, por meio do monitoramento contínuo das condições de rodagem mais do que outros sistemas de tração integral, que só reagem às situações após elas ocorrerem.

O modelo conta com tração integral com uma unidade de controle inteligente que analisa continuamente os dados do veículo e, por meio de uma embreagem multidiscos, distribui o torque para cada roda individualmente. O sistema de acoplamento é totalmente controlável através de um sistema de atuação eletro-hidráulico. A força de frenagem pode ser direcionada a cada roda, individualmente, através do software. Esses processos são chamados de gerenciamento de torque e frenagem de torque.

A tração integral garante ao SUV maior estabilidade lateral ao longo das curvas, elimina a tendência de sobre ou subesterço através da redução da tração indesejada nos eixos, dianteiro e traseiro, e eleva a capacidade térmica, evitando o sobreaquecimento em subidas e quando o carro é usado para reboque.

Além disso, maior eficiência é alcançada por meio do controle eletrônico inteligente que administra o torque necessário para melhorar a tração nas diversas situações de rodagem. O resultado é a redução no consumo de combustível e emissões. Os componentes eletrônicos são também otimizados para utilizarem o mínimo de energia. O sistema inteligente permite mais controle pelo motorista.

O Hyundai Santa Fe possui os sistemas Hillstart Assist Control (HAC – Assistência na Partida em Subidas) e Downhill Brake Control (DBC – Controle de Frenagem na Descida) para maximizar o controle em aclives e declives acentuados. O HAC elimina o recuo nas arrancadas em rampas acentuadas, enquanto o DBC ajuda o condutor a manter o controle do veículo e a velocidade constante em descidas de grande inclinação.

A atual geração do SUV Santa Fe é ainda marcada pelo fato dos engenheiros da Hyundai terem conseguido reduzir o diâmetro de manobra do veículo para apenas 10,9 metros, facilitando manobras de estacionamento e de retorno.

Espaço interno: uma vantagem da Santa Fe
O design esguio do Santa Fe, combinado com a expertise da Hyundai na área interna do carro, deu ao modelo uma imponente aparência e, simultaneamente, aumentou a funcionalidade e conveniência. A ampla cabine garante amplo espaço para os ombros, quando comparado aos competidores da mesma categoria.

A regulagem de temperatura com duas zonas assegura ambiente confortável para todos os ocupantes em percursos longos. Os controles de climatização também incorporam um sistema de desembaçamento automático que detecta os níveis de umidade através de um sensor e a remove do para-brisa. Outro acessório diferenciado é o ionizador Clean Air, que limpa o ar automaticamente quando o aquecimento ou o condicionador de ar estão ligados.

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Dimensões
O Santa Fe, cinco e sete lugares, tem distância entre eixos de 2,70 metros, com comprimento total de 4,69 metros, 1,68 metro de altura e largura de 1,88 metro. A grande distância entre eixos dos dois modelos proporciona a eficiência de um utilitário compacto com o conforto de um modelo médio semelhante. Um exemplo disso é constatado no longo curso da segunda fileira de bancos, que proporciona maior espaço para as pernas.

Tecnologia de segurança avançada de série
Todos os modelos trazem de série o sistema de gerenciamento de estabilidade (Vehicle Stability Management – VSM), que administra de forma ideal o Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC) e sistema de assistência elétrica da direção (Motor-Driven Power Steering – MDPS). O VSM trabalha para controlar dois efeitos: o primeiro ocorre quando o motorista acelera ou freia numa superfície com aderência diferente em cada lado do carro e o veículo tende a desviar numa direção.

O VSM detecta esta condição e envia um sinal ao MDPS para atuar a assistência de direção. O VSM compensa o desvio e automaticamente aplica 8 Nm de força contra-esterçante. O VSM reage da mesma forma durante trocas súbitas de faixa de rodagem ou curvas rápidas. Os modelos AWD também possuem gerenciamento de torque e frenagem.

O Santa Fe vem equipado com uma série de airbags, incluindo cortinas laterais e um airbag para os joelhos do motorista. Todas as versões do Santa Fe têm sensores de rolamento para ativar os airbags de cortina. Quando os sensores detectam uma possível capotagem, o módulo de controle dispara os airbags de cortina laterais e aciona os pré-tensionadores dos cintos de segurança para proteger os passageiros contra ferimentos sérios.

O sistema de frenagem inclui freios a disco (12,6 polegadas na frente e 11,9 polegadas na traseira) e sistema antibloqueio (ABS), com Brake Assist, que garante o máximo de força quando uma frenagem de pânico é detectada, e distribuição eletrônica da força de frenagem (EBD), para ajustar automaticamente a força dirigida aos eixos dianteiro e traseiro, de acordo com as condições de carga do veículo. Além disso, o Hyundai Santa Fe oferece dispositivos de segurança passiva, incluindo sistema de fixação para assentos de crianças (ISOFIX) e cintos de três pontos para todos os passageiros.

Garantia e serviços
O Hyundai Santa Fe está coberto pela garantia por um período de 5 anos, sem limite de quilometragem. O cliente conta também com o serviço de assistência 24 horas da Hyundai CAOA, com cobertura em todo o território nacional no primeiro ano.

Transmissão: Substituição das juntas homocinéticas no VW Gol 2008

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Confira o procedimento de remoção e instalação das juntas homocinéticas fixa e deslizante em um Volkswagen Gol 1.0, ano 2008

 

Texto: Flávio Faria
Fotos: Isabelly Otaviano

 

Mesmo sendo um dos componentes mais duráveis dos automóveis (quando bem usada), a junta homocinética também tem seu tempo de vida útil. É importante que o amigo mecânico oriente os clientes sobre a importância de dirigir adequadamente, sem forçar o sistema de suspensão e transmissão, e faça uma revisão a cada 10 mil km rodados. Desta forma, aumenta a probabilidade da peça alcançar uma vida útil de mais de 60 mil km.
O modelo desta reportagem, um Volkswagen Gol 2008, já passou há muito tempo desta quilometragem: está com aproximadamente 230 mil km rodados – e a coifa da junta já estava rasgada, permitindo a entrada de poeira e detritos prejudiciais para o funcionamento da transmissão. Ou seja, a manutenção neste caso era urgente.

 

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Agora, o modelo vai ganhar vida nova na sua transmissão com o kit da Perfect Peças Automotivas, empresa que está há 21 anos no mercado de reposição. A substituição dos componentes não é complicada, mas exige atenção aos detalhes. Os kits trazem todos os componentes necessários para a troca e o documento de garantia traz os valores exatos de torque para aperto. Ficaram a cargo do procedimento de substituição dos componentes com os técnicos da Perfect, Luis Augusto e Murilo Amorim, que realizarão o procedimento.

 

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Retirada da junta homocinética do veículo

 

1) Com o veículo no solo, solte os parafusos de fixação da roda. Dica: utilize a ferramenta de forma adequada, sempre em posição para empurrá-la com a palma da mão.

 

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2) Para manter o balanceamento das rodas, marque a posição, utilizando como referência o pino em relação ao furo do disco.

 

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Obs: Ao tirar a roda, marque com caneta a posição correta.

 

3) Retire o protetor de cárter, removendo os parafusos de sustentação.

 

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4) Para soltar a porca central da junta homocinética, peça a um auxiliar que pressione o pedal do freio. Aponte um parafuso no disco de freio antes de soltar a porca. Com isso, utilize a chave e um soquete adequados para girar e remover a fxação.

 

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5) Realize a soltura da porca de fixação do pivô da bandeja utilizando uma chave 16 mm.

 

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6) Desacople o pivô da bandeja fazendo a alavanca com uma chave de fenda.

 

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7) Com uma chave Allen 6 mm, solte a junta deslizante da transmissão.

 

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8) Desacople o conjunto da manga de eixo.

 

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9) Remova o conjunto da transmissão.

 

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Substituição da coifa e componentes

 

10) Corte as abraçadeiras com um alicate e remova a coifa velha.

 

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11) Utilize um sacador para junta homocinética, acople a ferramenta e rosqueie a porca no componente para conseguir soltar a peça.

 

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12) Coloque primeiro a abraçadeira menor.

 

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13) Em seguida, posicione a coifa nova no semieixo.

 

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14) Coloque a trava de segurança.

 

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15) Aplique a graxa na junta homocinética até preencher completamente a parte interna da peça. O restante que sobrar, distribua na parte interna da coifa (15a).

 

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15a

 

 

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15b

 

Dica: Antes da montagem, confira se o semieixo está em boas condições, verificando as estrias da ponta (15b).

 

16) Introduza a junta homocinética no estriado do semieixo e rosqueie a porca no pino. Com um martelo de borracha, termine de encaixar a peça e certifique-se de que está se movimentando corretamente (16a).

 

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17) Cubra a junta homocinética com a coifa e aplique a abraçadeira, apertando com um alicate específico (17a).

 

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17a

 

Substituição dos componentes da junta deslizante

 

18) Utilize um alicate para retirar a trava e um alicate de corte para tirar as abraçadeiras.

 

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19) Desacople a coifa da junta deslizante e retire a junta (19a) do semieixo para conseguir tirar a coifa velha (19b).

 

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19a

 

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19b

 

20) Com um pano que não solte fiapos, retire o excesso de graxa.

 

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20

 

21) Coloque a abraçadeira e a coifa nova (21a).

 

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21

 

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21a

 

Atenção: verifique a condição das estrias no semieixo.
22) Introduza a junta no eixo, sempre pelo lado das estrias que possui o rebaixo maior na borda, e aplique a trava de segurança.

 

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22a

 

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23) Fixe a abraçadeira com um alicate.

 

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23

 

24) Aplique a graxa preenchendo completamente a região das esferas da junta. Distribua o restante da graxa no interior da coifa.

 

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24

 

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24a

 

25) Utilizando os guias, monte os parafusos na junta.

 

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Montagem no automóvel

Para montar novamente no automóvel, lembre-se de verificar os valores de torque de aperto no manual de aplicação da peça ou no manual de manutenção do veículo.

 

1) Posicione o semieixo no automóvel e aperte os parafusos (1a).

 

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2) Acople a bandeja no pivô, posicione e aplique o torque correto nos parafusos de fixação.

 

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3) Aplique a porca central da junta homocinética.

 

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4) Dê o aperto na porca central, com 300 Nm de torque, solte 360 graus, e dê o torque final, com 50 Nm.

 

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5) Não se esqueça de remontar o protetor de cárter.

 

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Mais informações: Perfect – 0800 726 4800

 

Raio X – Renault Duster Oroch

Novo segmento no mercado

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Mais recente lançamento da Renault apresenta conforto e bom espaço interno, mas na oficina, possui alguns itens com difícil acesso à manutenção

Texto: Fernando Naccari
Fotos: Isabelly Otaviano

 

A picape Renault Duster Oroch inaugurou um novo segmento de picapes médias em nosso país. Com porte semelhante às antigas picapes grandes dos anos 90, mas com preço similar às picapes pequenas atuais, visa atingir um público diferenciado, que busca conforto e espaço de SUV, mas com um compartimento de carga superior.
Quem olhar para a Oroch e dizer que é somente um Duster com caçamba, está muito enganado. Toda a parte traseira, da coluna “C” para trás, é nova. As longarinas mudaram, a parede traseira da cabine (em concha para abrigar melhor cargas como motos e bicicletas) e o assoalho são diferenciados em relação ao SUV. O entre-eixos também é diferente e foi aumentado em 15,5 cm em relação ao Duster, permitindo a quem viaja nos bancos traseiros, principalmente, bom espaço para as pernas e distância confortável para o teto.

 

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A caçamba não é muito grande, mas é maior do que todas as picapes compactas de cabine dupla comercializadas no país. Com 683 litros de volume, permite ao veículo capacidade de carga de 650 kg. Se você achar que o tamanho é pouco, a Renault disponibiliza um extensor da caçamba que permite aumentar o comprimento em 603 mm e levar cargas de até 2 metros na diagonal, além de ampliar sua capacidade de carga em 306 litros.
Avaliamos a versão 2.0 16V (F4R) Dynamique, cedida gentilmente pela Renault e confirmamos: a posição de dirigir é boa e permite boa visão para manobras, por exemplo. Além disso, sua altura elevada em relação ao solo (206 mm), e os pneus de uso misto Michelin LTX Force 215/65 R17, permitem que a Oroch se dê bem nos mais diversos terrenos.

 

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Dirigindo a Oroch você acabará esquecendo que está a bordo de uma picape média. Com rodar macio, a carroceria não traz o clássico desconforto que uma caçamba vazia costuma trazer, graças ao monobloco ao qual é construída, não sobre chassis, como é de costume neste segmento. Méritos também ao eficiente conjunto de suspensão traseira Multilink independente e McPherson, amortecedores hidráulicos telescópicos e barra estabilizadora. Apesar da suavidade durante os percursos, todos os componentes são reforçados para “aguentar o tranco” de uma caçamba cheia ou de um terreno fora-de-estrada, por exemplo.

 

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Na hora do reparo

O mecânico deve ter atenção na parte inferior. Remover o protetor de cárter não é nada fácil. A parte da frente do protetor é fixada com dois parafusos, um em cada lateral e um central que fixa o protetor junto ao para-choque e quebra-mato. Portanto, é preciso soltar todos estes parafusos e mais quatro que fixam o restante do protetor ao quadro de suspensão.

MOTOR

Motor 2.0 16V (F4R) •• Cilindrada: 1.998 cm³ •• Diâmetro x Curso (mm x mm): 82,7 x 93,0 •• Potência máxima: 143 cv (gasolina) @ 5.750 rpm / 148 cv (etanol) @ 5.750 rpm •• Torque máximo: •• 20,2 kgfm @ 4.000 rpm (gasolina) / 20,9 kgfm @ 4.000 rpm (etanol) •• Propulsor do tipo subquadrado (ou de curso longo), ou seja, o curso do pistão é maior que seu diâmetro. Na prática, isso significa que o motor tende a ter mais torque e potência à baixas rotações •• Filtro de ar fica logo atrás da bateria, instalado em forma de “gaveta em pé”. Para acessá-lo, solte as travas laterais que fixam sua tampa e puxe o conjunto para cima •• Válvula do blow-by fica na parte superior do motor, ligada a admissão de ar do motor, bem próxima ao conjunto de acelerador eletrônico •• Filtro de óleo fica em uma posição de difícil contato •• Reservatório do líquido de arrefecimento fica na lateral do cofre do motor, posicionado do lado do passageiro.

 

 

ALIMENTAÇÃO, INJEÇÃO E IGNIÇÃO

Injeção Eletrônica Multiponto Sequencial •• Segundo recomendação presente no manual do proprietário, o reservatório de partida a frio pode ser abastecido com gasolina tipo C ou aditivada •• Bico de injeção suplementar do sistema de partida a frio é fixado a lateral do conjunto de admissão de ar, próximo a tampa de abastecimento de óleo •• Central de injeção fica localizada entre a caixa de fusíveis e o compartimento do filtro de ar •• Conector para leitura do scanner fica dentro do porta-luvas, assim como a maioria dos veículos da marca •• Primeira sonda lambda tem acesso difícil, localizada na parte de trás do motor e bem próxima à parede corta-fogo •• Bobinas são individuais e tem acesso simples, bem como sua remoção •• Válvula do cânister fica atrás do farol do dianteiro do lado do passageiro •• Acelerador eletrônico também tem fácil visualização e, em caso de necessidade de reparo, sua remoção é fácil.

 

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TRANSMISSÃO

Transmissão manual de seis marchas •• Quando comparado ao Duster, o Oroch conta com as mesmas relações nas seis marchas, no entanto apresenta redução no diferencial de 4,44:1 contra 4,13:1 do SUV, permitindo um melhor torque em cada marcha selecionada •• Coxim inferior do câmbio é bastante semelhante aos utilizados na linha Sandero, Logan e Clio, porém tem aparência um pouco mais robusta. Como no restante da linha este coxim costuma quebrar, vale a atenção com o componente e incluí-lo na lista de itens de verificação recorrente •• Sistema de respiro do câmbio fixado próximo a tubulação de entrada de ar. Cuidado para não confundir com a vareta de medição do óleo do motor •• Bujão de óleo da transmissão fica na parte inferior, próximo à fixação do coxim.

 

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DIREÇÃO

Acesso à caixa de direção relativamente fácil, logo sobre o quadro de suspensão. Em caso de remoção, será necessário a retirada do quadro •• Diâmetro de giro: 10,7 m •• Reservatório do fluido da direção hidráulica fica na parte dianteira do motor, próximo à bateria.

 

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AR-CONDICIONADO

Válvulas de serviço do ar-condicionado são próximas e tem manuseio simples.

 

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FREIOS

O sistema de freios possui dois circuitos em “X” •• Acionamento hidráulico, com discos ventilados de 269 mm de diâmetro na dianteira e freios traseiros com tambores de 229 mm de diâmetro •• Central de controle do sistema ABS fica localizada atrás do conjunto propulsor, do lado do passageiro e junto à parede corta-fogo. Para acessá-la, é necessário soltar as presilhas de fixação da proteção térmica, que fica à sua frente.

 

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SUSPENSÃO

Suspensão dianteira do tipo McPherson com triângulos inferiores (bandejas), com amortecedores hidráulicos telescópicos e barra estabilizadora •• Suspensão Traseira Multilink independente e McPherson, com amortecedores hidráulicos telescópicos e barra estabilizadora •• Como item de verificação, confira sempre as condições das buchas das bandejas, pivôs e bieletas •• Batentes superiores dos amortecedores dianteiros ficam em posição de fácil encaixe com as ferramentas. Em caso de manutenção, não será necessária a remoção da grade (“churrasqueira”) do para-brisas.

 

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CARROCERIA, ELÉTRICA e ELETRÔNICA EMBARCADA

Na dianteira, cuidado com a umidade. A caixa de fusíveis dianteira é protegida com uma capa, mas todo cuidado é pouco quando falamos em eletrônica •• Bateria é de 12V 50Ah e 420A de corrente máxima, carrega o nome RENAULT–NISSAN, mas é fabricada pela Heliar •• Lâmpada do sistema de iluminação diurna (tipo W21/5W) fica na parte superior, posicionada na região azulada do farol. Para a sua substituição, basta girar sua parte traseira e sacar a lâmpada. Não estranhe a ausência de conectores, sua ligação se dará em sua base junto à carcaça do farol. Outro detalhe: a luz diurna é ligada automaticamente quando o veículo estiver ligado e não é possível desligá-la •• Luz baixa traz uma lâmpada do tipo H7, a de luz alta é do tipo H1 e as lâmpadas dos indicadores de direção são do tipo PY21W. Já as do farol de neblina são do tipo H16LL •• Já, no conjunto óptico traseiro, as lâmpadas indicadoras de posição são do tipo PY21W, as luzes de freio são do tipo P21/5W e a luz de ré utiliza lâmpadas do tipo P21W •• Luzes de teto dianteira e traseiras são do tipo W5W, bem como, a luz do porta-malas e a do porta-luvas.

 

 

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Qualidade em Série: Um público mais exigente

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Oficinas devem ter atenção a pontos específicos que vão tornar o local de trabalho mais atraente às mulheres

 

Texto: Fernando Lalli
Fotos: Arquivo

 

Assim como as oficinas deixaram para trás aquele estereótipo de lugares sujos de óleo e graxa, o público feminino também mudou. Ignorar a importância das mulheres como consumidoras no setor de reparação automotiva é perder oportunidades. Algumas oficinas já registram um volume de 50% (ou mais) de mulheres entre seus clientes, o que significa que não importa o estado civil: elas definitivamente tomaram a iniciativa de levar os seus carros – ou os carros da família – para serem reparados. E querem aprender tudo sobre o assunto.

 

Mas será que a sua oficina está preparada para recebê-las? Não se trata apenas de organização e limpeza. Para saber o que a oficina deve oferecer a esse (não tão) novo público, é indispensável se atentar certos detalhes que, no final das contas, vão melhorar o atendimento e a gestão da oficina independentemente de gênero da clientela.

 

Gerente de serviços do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), Sérgio Ricardo Fabiano explica que são três os pilares que a oficina deve trabalhar para evoluir nesse quesito: gestão, estrutura física e atendimento. Mas o principal ponto é trabalhar a comunicação dos funcionários da empresa com o público final.

 

“Geralmente, o homem tem o comportamento do ‘sabe-tudo’. Ou, quando é leigo, confia o veículo às mãos do mecânico sem pensar. A mulher, não. Mesmo que ela não conheça o assunto, ela quer saber o que está acontecendo. É um público mais analítico. A comunicação pessoal tem que ser trabalhada para conquistar a confiança da mulher. O mecânico tem que saber explicar detalhadamente, mas ao mesmo tempo com uma linguagem simples e direta”, avalia Sérgio, que levanta pontos que devem ser levados em consideração na hora de atender às mulheres.

 

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Conhecimento e clareza

 

Tratar clientes com honestidade não é um diferencial, muito menos um favor. Entretanto, não só o trabalho deve ser bom como também a explicação técnica sobre o diagnóstico e a provável solução. O mecânico deve saber se expressar com clareza e coerência, o que transmite credibilidade à cliente. “Não só quem está na recepção, mas também os mecânicos devem ter essa visão de atendimento”, afirma Sérgio. Não se esqueça de providenciar uniformes e identificação adequados a seus mecânicos.

 

Na hora de contratar novos funcionários, procure profissionais que sejam capacitados para atender ao público. E, por quê não?, dar chance às meninas que cada vez mais fazem cursos de mecânica e querem seguir na profissão. “Hoje já existe um número maior de profissionais mecânicas. Não é tão difícil encontrá -las no mercado”, aponta o especialista. Ter mulheres na equipe é um grande passo para criar o elo de confiança com as clientes.

 

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Transmita o conhecimento e a experiência da oficina elaborando boletins técnicos informativos sobre temas básicos de mecânica e manutenção para distribuir às clientes. Os temas podem incluir a importância do óleo lubrificante, como verificar o líquido do radiador, calibragem de pneus, funcionamento do ABS e do airbag, entre outros. Outra sugestão do especialista do IQA é promover um curso básico gratuito de mecânica para as suas clientes aos sábados. Tudo isso não só fomenta a boa imagem da oficina como pode ajudar a trazer mais clientes que ainda não conheçam o estabelecimento.

 

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Sem tempo a perder

 

Ofereça praticidade à mulher. Tenha em seu repertório o máximo de serviços disponíveis. Se a sua oficina não tiver recursos para reparar alguma especialidade (ar-condicionado, por exemplo), pegue o contato de uma empresa amiga que você possa indicar. “Ter à mão uma quantidade maior de serviços ajuda a fidelizar a freguesia”, diz Sérgio.

 

O gerente de serviços do IQA ressalta ser imperativo oferecer serviço agendado, com hora marcada, e que seja pontual. “Esse é um ponto importante, porque hoje as mulheres têm uma carga de atividades muito grande. Às vezes, além de trabalhar fora, elas ainda cuidam da casa e dos filhos. Então, as mulheres não têm tempo a perder”, avisa Sérgio. Pelo mesmo motivo, a entrega do serviço também deve ser dentro do prazo prometido – e se não conseguir cumprir, avise com antecedência.

 

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Uma oficina moderna deve ser um local limpo e organizado para trabalhar. “O conceito de ‘5S’ é um princípio básico da certificação de qualidade para oficinas do IQA”, declara Sérgio. Mas o espaço também deve ser receptivo aos clientes. É importante ter um box específico na entrada da oficina com fácil acesso e que tenha área em volta livre de perigos para movimentação de pessoal para que ele possa explicar exatamente o que está danificado no veículo e o que vai ser substituído. “Algumas oficinas não têm essa área na frente e a cliente tem que entrar pelo meio dos carros, o que pode causar um constrangimento para clientes, principalmente mulheres”, diz Sérgio.

 

Implemente um serviço “leva e traz” de clientes que inclua cadeirinha de bebê no veículo. Assim, a cliente que é recém-mãe não precisa retirar a cadeirinha do carro a ser reparado para voltar com a criança para casa. Utilize também o recurso de sistemas e softwares integrados a câmeras que deem à cliente a possibilidade de acompanhar o reparo do veículo pela internet.

 

Se a cliente preferir esperar, a sala de espera deve ser confortável e arejada. Você pode decorar com plantas, mas aproveite também para exibir folders explicativos sobre mecânica. “Uma área com brinquedos para entreter as crianças também é bem-vinda”, aconselha o especialista do IQA.
Reforçar a imagem de preocupação do estabelecimento com o meio ambiente também ajuda a cativar o público feminino. Utilize e faça menção clara aos produtos biodegradáveis que você usa na oficina, bem como, mande confeccionar os brindes da oficina (canetas, blocos de papel etc.) em material reciclado.

 

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Sérgio também observa que um público que tem crescido bastante nas oficinas é o de mulheres idosas. Portanto, além dos banheiros individualizados, eles também devem ter recursos de acessibilidade. “Tenha banheiro para cadeirantes em local onde tenha um menor grau de dificuldade de acesso, com piso mais retilíneo, sem degraus, o que facilita o acesso para pessoas com restrições de mobilidade”, explica o gerente de serviços do instituto. “Todos esses são pontos que a empresa deve implementar em sua gestão visando a qualidade, e que o IQA entende que devem ser trabalhados para esse público especificamente”, finaliza.

Lubrificação: Dentro das veias do motor

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Trocar regularmente o óleo é o primeiro passo para garantir a saúde do motor do veículo; especialistas do setor de lubrificantes respondem por que esse elemento é tão importante para o motor

 

Fernando Lalli
Isabelly Otaviano

 

Estar sempre em dia com a troca do óleo é vital para o motor. Utilizar o óleo correto é tão ou mais importante do que abastecer o veículo com combustível de boa procedência. O lubrificante corre pelas galerias e entra pelas folgas para evitar o atrito das peças internas, que se movimentam a milhares de rotações por minuto.

 

Entre as múltiplas funções do óleo lubrificante dentro do motor, além de reduzir a fricção e o desgaste, estão: ajudar a diminuir o ruído do motor amortecendo os esforços entre as peças móveis, fazer a vedação hidráulica entre pistão e cilindro, reduzir as temperaturas de serviço e fazer o papel de fluido hidráulico em tuchos hidráulicos e comando variável de válvulas. “Nesse processo, os componentes do óleo (o óleo básico e os aditivos) sofrem transformações químicas e físicas que fazem com que seja necessário trocar o lubrificante a cada ‘x’ quilômetros, horas ou meses”, explica o engenheiro de aplicação da Motul, Nicolas Demaria. Mesmo assim, muitos proprietários de veículos e mesmo alguns mecânicos não dão a devida importância àquele que é um dos procedimentos mais importantes para o funcionamento correto de todo o motor.

 

“A lubrificação correta e periódica aumentará o desempenho e a vida útil do motor do veículo, além de trazer economia em consertos indesejáveis e no consumo de combustível”, afirma Laura Furst, coordenadora de marketing da Mobil. Por sua vez, o gerente Técnico da Castrol, Haydeu Queiroz declara que, além de lubrificar, o óleo também limpa as suas superfícies internas, removendo e dispersando impurezas, como os resíduos de carvão gerados pela queima do combustível, entre outros. “Com isto, vai ocorrendo a saturação da carga de óleo, por estes resíduos, e daí a necessidade de sua troca, no intervalo predeterminado”, observa Haydeu.

 

A degradação do óleo dentro do motor acontece por diversos fatores. “Durante o funcionamento do motor, o óleo sofre contaminação de diversos elementos: combustível queimado, combustível não queimado, poeira, água etc, além da degradação do próprio óleo. Ou seja, com o uso vai perdendo suas características e eficiência”, afirma o engenheiro Antônio Alexandre Correia, consultor sênior da Gerência de Produtos e Fidelização da Rede de Postos da Petrobras Distribuidora.

 

O contato com essas impurezas, aliados ao oxigênio, metais de desgaste e temperaturas elevadas dentro do motor, facilitam o processo de oxidação do óleo. “Ao longo desse processo, são formados ácidos que podem agredir as superfícies metálicas do motor, criando corrosão ácida e, naturalmente, desgaste, principalmente em mancais e casquilhos”, ressalta o engenheiro de Aplicação de Lubrificantes da Shell, Daniel Menezes.

 

Esse processo de oxidação, que também é responsável pelo escurecimento e aumento da viscosidade do óleo, pode levar à formação de borra e aumento de desgaste, pois o lubrificante vai diminuindo sua habilidade de fluir pelo motor. “Mesmo para um veículo que circula pouco e, normalmente, não atinge o intervalo de troca por quilometragem, é importante a substituição do lubrificante, pois, mesmo parado dentro do motor, o óleo fica exposto à oxidação e formação de ácidos”, frisa Daniel.

 

Não complete: troque tudo

 

O período de troca sempre deve ser seguido de acordo com o estipulado pelo manual do fabricante do automóvel. “Falhar na troca de óleo no período correto pode trazer prejuízo ao motor, que pode travar (superaquecer), sendo necessário a substituição de peças e até retífica delas”, declara o engenheiro mecânico Arley Barbosa da Silva, do departamento técnico de Engenharia e Lubrificação da Bardahl.

 

Com os motores atuais, que cada vez mais têm tolerâncias e folgas menores, a utilização do lubrificante correto e sua troca periódica ganharam importância. “Os motores hoje são de alta rotação e todos, sem exceção, controlados por um computador. Hoje em dia, esses motores altamente sofisticados nada têm a ver com os motores produzidos até pouco tempo atrás, apenas três décadas. A troca de óleo passou a ser fator fundamental e vital”, reforça o Gerente de Marketing e Negócios da Texsa do Brasil, Hamid Mohtadi.

 

Mesmo se a vareta de óleo indicar que o nível de óleo está baixando ao limite mínimo, independentemente do período de troca, dê preferência à troca completa, a não ser em situações excepcionais. “O procedimento de completar o nível de óleo é recomendado somente em casos de emergência, quando não se tem o tempo necessário para a substituição completa do lubrificante”, declara Fabio Silva, consultor técnico da Total Lubrificantes do Brasil. Por outro lado, lembre-se que todo motor de combustão interna consome óleo, inclusive, esta informação é fornecida pelos próprios fabricantes de motores em seus manuais de proprietário.

 

“É recomendado sempre verificar o nível da vareta de óleo semanalmente”, aponta Hamid. “Entretanto, isto não quer dizer que devamos sempre estar apenas completando o óleo. Independente de termos completado esse nível, e mesmo que isto tenha sido feito apenas alguns dias atrás, se é chegada a hora da troca, devemos fazer a troca de óleo conforme indicado pelos fabricantes”, diz.

 

A observação dos períodos de troca fica mais crítica quando o carro é submetido ao uso essencialmente urbano. Ao contrário do que muitos pensam, o uso severo do veículo não é na estrada, mas sim em constantes trajetos curtos dentro da cidade. “Nestes casos, o motor mal chega a esquentar, já esfria novamente e o óleo fica submetido constantemente a situações de esforço extremo”, ressalta o especialista da Texsa do Brasil. Sob uso severo, o intervalo indicado entre as trocas deve ser cortado pela metade.

 

Sempre troque o filtro de óleo

 

Muitas das práticas do mercado de reparação automotiva vêm de tempos em que os carros, os produtos e a tecnologia eram diferentes, e hoje não fazem mais sentido. Uma delas é trocar o filtro apenas a cada duas trocas de óleo. Com a atual demanda dos motores, que trabalham com o lubrificante em temperaturas maiores e sob maior fluxo, manter um filtro velho com óleo novo vai prejudicar o motor. Economizar com o filtro agora pode significar danos ao motor e um maior custo de reparo para o cliente mais tarde.

 

Um filtro de óleo mantém em seu interior um volume entre 0,5 e 1 litro de óleo usado, como explica Antônio, da Petrobras Distribuidora. Quando não se substitui o filtro durante a troca, esse volume de óleo usado mantém-se no sistema, que irá se misturar ao lubrificante novo que será colocado, reduzindo sua eficiência. “Além disso, o filtro usado já estará impregnado com impurezas que foram filtradas durante a circulação do óleo usado, com isso a sua eficiência será inferior à de um filtro novo. Por isso, ao trocar o óleo, troque também o filtro”, crava Antônio.

 

Viscosidade e desempenho

A nomenclatura que define as características técnicas dos óleos de motor é uma verdadeira “sopa de letrinhas”: SAE, API, ACEA… É fácil se perder em tantos códigos. O básico é entender a classificação SAE (“Society of Automotive Engeneers”), que é a responsável pela padronização da classificação que indica a viscosidade do lubrificante.

 

Os valores de viscosidade determinam a resistência do óleo para se movimentar entre as peças do motor. A opção por usar um óleo mais fino ou mais espesso em cada motor é definida em função do projeto e características do motor, incluindo suas dimensões, folgas internas, rotações, pressão e variações de temperatura de trabalho. “Hoje recomenda-se lubrificantes com menor viscosidade para motores mais modernos, buscando contribuir para a geração de emissões mais limpas e menor consumo de combustível”, conta Haydeu, da Castrol.

 

Os números que geralmente estampam os rótulos dos óleos em maior tamanho estão relacionados à viscosidade do óleo de acordo com a classificação SAE. Utilizando o exemplo de um óleo SAE 10W40, o primeiro número acompanhado da letra W (“10W”) representa a viscosidade a frio, e o segundo número (“40”) representa a viscosidade na temperatura de trabalho do lubrificante dentro do motor.

 

“Quanto menor o valor, mais fino é o lubrificante, ficando mais viscoso conforme o número aumenta”, completa Laura Furst, da Mobil, comentando que, na prática, óleos mais finos alcançam mais rapidamente todas as partes do motor no momento da partida do veículo, quando o conjunto é mais exigido em termos de desgaste. Antônio Alexandre Correia explica que lubrificantes com viscosidades mais baixas possuem uma menor resistência ao escoamento, deixando o motor mais “solto”, ajudando a aumentar a potência dos mesmos e reduzir consumo. “Outra vantagem é que, por escoarem mais rapidamente, a troca de calor é maior, melhorando a refrigeração do motor”, comenta o consultor da Petrobras Distribuidora.

 

Daniel Menezes comenta que lubrificantes mais viscosos são empregados atualmente, por exemplo, em motores turbinados de alta potência, que operam em regimes de temperatura e cargas extremas. “Esses motores, por sua vez, utilizarão lubrificantes premium específicos”, aponta o engenheiro de aplicação da Shell. “Lubrificantes mais comuns, porém, também mais viscosos, são aplicados em veículos antigos ou em veículos com desgaste mais significativo, pois preenchem melhor as folgas existentes entre os componentes do motor, reduzindo assim o consumo de óleo”. No entanto, ele relembra que a recomendação do fabricante do veículo para um determinado motor deve ser seguida à risca: “a alteração de viscosidade pode comprometer o desempenho e eficiência do motor e, por essa razão, deve sempre ser respeitada a recomendação do fabricante do veículo”.

 

As demais especificações tratam do desempenho do óleo lubrificante propriamente dito. No caso da especificação API (americana), ela é composta por letras. Já a especificação ACEA (europeia) possui um sistema diferente, identificada por sequências de letras e números. Há também as homologações e classificações das fabricantes de veículos, que utilizam critérios particulares para aprovar lubrificantes para uso em seus veículos. “Independentemente se o fabricante utiliza as normas americanas ou as europeias, o recomendado é sempre seguir o manual do fabricante do veículo”, reforça Fabio Silva.

 

Mineral, sintético, semissintético

 

Ao escolher o óleo a ser comprado, mecânicos e consumidores finais se deparam com três tipos de lubrificante: mineral (obtido pelo processo de refino do petróleo), sintético (obtido através de síntese química) e semissintético (composto entre óleos minerais e sintéticos). “A principal diferença entre eles é a estabilidade perante os esforços térmicos e mecânicos”, conta Nicolas Demaria.

 

“Um óleo mineral é derivado do petróleo e, mesmo atravessando uma serie de processos de transformação complexos, a estrutura molecular deles não é ‘perfeita’”, diz Nicolas, esclarecendo de onde nasceu a necessidade de se desenvolver óleos sintéticos. “Há vários tipos de sintéticos, mas todos eles compartilham as mesmas vantagens: baixa volatilidade (menor consumo de óleo), melhor estabilidade física e química e melhores propriedades de fricção e melhor lubrificação”, enumera o especialista da Motul.

 

Para oferecer a melhor alternativa custo-benefício, surgiram os semi-sintéticos. Conforme a alta tecnologia dos motores foi se popularizando, atingir com bons preços às grandes massas de carros populares virou uma obrigação, que fez com que os fabricantes criaram distintas formulações formadas por misturas de óleo sintético e mineral. “Os óleos sintéticos e semissintéticos possuem maior durabilidade e resistência se comparados aos óleos minerais, porém, os óleos mais utilizados ainda hoje são os de base mineral, que desempenham um bom papel na lubrificação”, explica Arley Barbosa.

 

O engenheiro da Bardahl não recomenda as misturas entre óleos devido às suas diferentes viscosidades e desempenhos. Já Nicolas, da Motul, garante que os óleos são misturáveis “sempre que possuam níveis de performance similares”. Ele dá o exemplo de dois óleos: um mineral com classificação API SL com um sintético com a mesma API SL. Ou seja, para se misturarem sem prejuízo, óleos lubrificantes devem atender exatamente às mesmas classificações de desempenho. Portanto, se for necessário completar o nível e você não souber exatamente qual é o óleo que está lá dentro do motor, é melhor evitar a mistura.

 

Qualidade e especificação: fique atento

Na hora da troca, é importante consultar se o indicado é um óleo de base sintética, semissintética ou mineral; a viscosidade SAE recomendada e o nível de desempenho (API/ACEA) requerido. Utilizar um lubrificante de especificação inadequada ou de má qualidade pode trazer consequências sérias ao motor e que dificilmente podem ser previstas antes que seus sintomas apareçam em estado avançado.

 

“Ao utilizar um óleo de baixa qualidade, no longo prazo o motor pode apresentar falhas relacionadas à criação de verniz, borra ou, em casos mais extremos, o seu travamento. As consequências não são a curto, mas no longo prazo, sempre”, avisa Fábio Silva. “Alteração de cor e viscosidade são muito difíceis para condenar um lubrificante, porque somente testes de laboratório conseguiriam mensurar se estas alterações poderiam condenar o lubrificante, exceto em alterações muito drásticas que, se perceptíveis pelo mecânico, deve ser feita uma avaliação mais criteriosa para verificar a causa do problema”, declara o consultor técnico da Total.

 

Ao colocar um óleo com a especificação errada, Arley Barbosa, detalha que, apesar de num primeiro momento o proprietário não conseguir perceber nenhuma alteração no funcionamento do motor, na verdade, internamente, as peças estarão sofrendo consequências graves por não serem totalmente protegidas do desgaste e não passarem pelo processo de limpeza, podendo haver falhas na circulação do lubrificante por todo o motor, entre outros.
“Os problemas serão inúmeros, pode ser desde um ruído por falha na lubrificação até a formação de borras que dificultam a circulação do lubrificante, o que pode levar a fundir o motor”, aponta o engenheiro da Bardahl. Por este motivo, o cliente e profissionais precisam ter em mente que a escolha correta do óleo, de acordo com a indicação do manual do veículo, é garantia de economia a longo prazo e evita o que seria um grave retrabalho no futuro.

 

Vamos mostrar na sequência de fotos o passo a passo adequado da troca de óleo utilizando um Corsa 1.4 2012 como exemplo. O procedimento foi executado pelo mecânico Weverton Pereira na Pneus&Cia, oficina da rede Castrol Auto Service na cidade de Barueri/SP.

 

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1) Remova a tampa de óleo do cabeçote do motor.

 

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2) Com o carro no elevador, remova o protetor de cárter. Neste caso, observe como o protetor está “melado” de óleo, denunciando vazamento em algum ponto do motor.

 

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3) Examine as regiões da junta do cabeçote, do cárter e do filtro de óleo para identificar de onde vêm o vazamento.

 

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4) Posicione corretamente o coletor de óleo sob o bujão do cárter. Utilizar um coletor adequado para a função facilita o descarte correto do óleo, que é obrigatório para as oficinas mecânicas.

 

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5) Solte o bujão do cárter e deixe o óleo escorrer por completo. Ao final, prenda o bujão novamente.

 

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6) Retire o filtro de óleo. A suspeita é de que o vazamento tenha vindo do mau aperto do filtro na troca anterior.

 

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7) Limpe bem a região do filtro de óleo, principalmente a área de contato da vedação do filtro, antes de instalar o filtro novo.

 

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8) Antes de instalar o filtro novo, passe um pouco do lubrificante na borracha para ajudar a vedação com o bloco do motor. Instale o filtro. Basta a força da mão, mas utilize uma lixa para auxiliar na pegada do aperto final.

 

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9) Com o bujão e o filtro presos, desça o carro para adicionar o lubrificante novo pela tampa de óleo do cabeçote. A oficina Pneus&Cia utiliza o sistema de tambores de 200 litros, que proporciona a adição do óleo no motor na quantidade exata, além de economizar embalagens plásticas e evita o desperdício daquele “meio litro” que sempre sobra na garrafa.

 

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10) Para o Corsa 1.4 2012, a Chevrolet recomenda 3,6 litros de lubrificante 10W30.

 

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11) No momento da manutenção preventiva, a Castrol reforça a importância da troca do filtro de ar dentro do período indicado pela fabricante do veículo, o que ajuda a evitar a entrada de impurezas no motor.

 

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Colaboração técnica: Oficina Pneus&Cia – Tel: (11) 4195-1481
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