Hyundai HB20 recebe motor 1.0 turbo

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A Hyundai Motor Brasil apresenta o novo HB20 1.0 Turbo, ampliando a oferta de motores na família HB20, que atualmente conta com as versões naturalmente aspiradas de 80 cv (1.0) e 128 cv (1.6). Trazendo 105 cv de potência máxima a 6 mil rpm e torque de 15,0 kgf.m disponível já a 1.550 rpm, segundo a fabricante, o novo motor combina alto desempenho e eficiência energética.
Com o início das vendas previsto para o próximo dia 26, o HB20 1.0 Turbo é 31% mais potente e tem 47% mais torque quando comparado ao HB20 1.0 aspirado. Em performance, isso se traduz em velocidade máxima de 182 km/h para o hatch, uma significativa diferença de 13%; aceleração de 0 a 100 km/h em 11,2 segundos, 23% mais rápida; e retomadas de 60 a 100 km/h e de 80 a 120 km/h mais curtas, em 24% e 30% do tempo, respectivamente. Para o sedã, a velocidade máxima passa a 183 km/h e os dados de aceleração e retomada são similares aos do hatch.
Primeiro turbo com tecnologia flex de combustível da Hyundai no mundo, o propulsor está disponível tanto para hatch como sedã, nas configurações Comfort Plus e Comfort Style. Seguindo o conceito de downsizing, ele garante desempenho equivalente a motores de deslocamento maior – 1.4, 1.5 e, em alguns casos, até mesmo 1.6 – com consumo de combustível mais eficaz.
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Assim como na versão 1.0 aspirada, o motor Hyundai Kappa 1.0 Turbo tem 3 cilindros em linha, 12 válvulas, e bloco e cabeçote em alumínio. O comando de válvulas é duplo no cabeçote e variável na admissão – DOHC e CVVT –, sendo controlado por corrente, e o virabrequim está desalinhado em relação aos cilindros, reduzindo o atrito dos pistões em movimento e o consumo de combustível.
Mas as semelhanças param por aí. O novo propulsor traz turbocompressor de geometria fixa, com baixa inércia e turbina de apenas 34 mm de diâmetro. Feita de liga de níquel, essa turbina garante ótimo desempenho mesmo em altas temperaturas, com rotação máxima de 280 mil rpm. Seu regime normal de trabalho é de até 230 mil rpm e 1,9 bar, ou seja, 0,9 bar de pressão adicional acima da pressão atmosférica ao nível do mar.
A válvula de alívio da turbina, também chamada de válvula de controle de pressão, e a válvula de alívio do compressor são variáveis e controladas eletronicamente, o que garante um funcionamento suave ao motor, que sobe de rotação de maneira constante. A primeira despeja os gases do escapamento não utilizados no turbo diretamente no catalisador e funciona totalmente aberta em situações de baixa carga para reduzir consumo de combustível e emissão de poluentes. A segunda controla a pressão do ar comprimido, direcionando o excesso de pressão para o filtro de ar.
Além disso, a turbina está fixada diretamente no cabeçote do motor, diminuindo consideravelmente o tempo de enchimento do turbocompressor (turbo lag) e fazendo com que os gases cheguem rapidamente ao catalisador, localizado logo após a saída da turbina. Na prática, isso significa a redução da emissão de poluentes, pois o catalisador atinge sua temperatura ideal de funcionamento mais rápido. O arrefecimento da turbina é feito por uma nova galeria de óleo exclusiva.
O motor 1.0 turbo do HB20 usa um intercooler tipo ar-ar de alta eficiência. Sua função é ampliar a eficiência energética da combustão, reduzindo a temperatura e, consequentemente, aumentando a densidade do ar que é admitido no motor. Por exemplo, o ar ambiente, normalmente em torno de 25ºC, pode atingir temperaturas acima de 100ºC quando comprimido no turbo, mas resfria-se a até 30ºC ao passar pelo intercooler. Por estar exposto diretamente ao fluxo de ar atmosférico, posicionado do lado direito do radiador principal, o intercooler possui um bônus de performance ligado a velocidade do carro: quanto mais rápido o carro se locomove, mais eficiente é a operação do intercooler. Segundo a Hyundai, sua manutenção também fica mais simples e barata.
Um novo filtro de ar, maior, foi adotado em função do aumento da massa de ar admitida no motor. O sistema de alimentação de combustível também é mais potente: a pressão de alimentação passa de 3,5 para 3,8 bar e os bicos injetores são de maior vazão, adotando agora 10 furos.
O óleo do motor muda de especificação e passa a ser ACEA A5, próprio para aplicações em temperaturas elevadas. O volume de óleo aumenta em relação ao 1.0 aspirado, de 2,9l para 3,5l, e o motor utiliza uma nova bomba de óleo de dois estágios, reduzindo o consumo de combustível.
Um novo cabeçote, agora com taxa de compressão de 9,5:1 (contra 12,5:1 no aspirado, redução de 24%), permite aproveitar melhor o ar que chega comprimido. Ele possui galerias de arrefecimento e lubrificação maiores para melhorar o controle térmico do motor. As cabeças dos pistões são refrigeradas por esguichos de óleo vindos da região inferior.
Também é novo o coletor de admissão com formato otimizado para criar um fluxo de gases mais linear e reduzir perdas de energia, aumentando a turbulência dentro dos cilindros e, desta forma, melhorando a queima do combustível. Velas de ignição são mais longas e há uma nova bomba de vácuo mecânica para acionar o servofreio, ativada diretamente pelo comando de válvulas.
O motor turbo adota novos coxins, maiores e mais resistentes, para lidar com o torque quase 50% maior. As bielas e as bronzinas também são novas e reforçadas, assim como as capas dos mancais do comando de válvulas.
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Câmbio de 6 marchas
Para a versão turbo, a transmissão manual passa a ser de seis velocidades e não mais cinco. As primeiras marchas são mais longas e o diferencial também foi alongado em 10% em relação ao motor 1.0 aspirado. A embreagem é mais robusta para lidar com o torque maior, tendo agora 215 mm de diâmetro contra os 180 mm anteriores.
As novas relações de marcha são:
1ª: 3,833
2ª: 2,143
3ª: 1,370
4ª: 0,971
5ª: 0,774
6ª: 0,639
Ré: 3,700
Diferencial: 4,563
As marchas mais longas aproveitam o alto torque disponível em baixa rotação e a sexta marcha entra como sobremarcha (overdrive), para economia de combustível, redução de emissões de poluentes e aumento do conforto acústico nas altas velocidades. Ao viajar a 100 km/h em sexta marcha, por exemplo, o motor gira a 2.650 rpm; rotação que estaria na casa das 3.200 rpm quando limitada à quinta marcha.
Com essas mudanças, a velocidade a 1 mil rpm do motor turbo é 9% a 13% maior do que a versão aspirada, dependendo da marcha, o que significa uma performance melhor em todas as situações, principalmente em baixas rotações.
O HB20 e o HB20S 1.0 Turbo têm nota A no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e possuem também o selo CONPET de eficiência energética. Confira abaixo os dados de consumo do novo motor.
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Consumo de combustível do Motor Kappa 1.0 Turbo (em km/l):
HB20 (hatch)
Cidade: 11,6 (Gasolina) ou 8,2 (Etanol)
Estrada: 14,3 (Gasolina) ou 10,1 (Etanol)
HB20S (sedã)
Cidade: 11,9 (Gasolina) ou 8,4 (Etanol)
Estrada: 15,2 (Gasolina) ou 10,5 (Etanol)
Preços:
HB20 (hatch) 1.0 Turbo Comfort Plus: R$ 47.445,00
HB20 (hatch) 1.0 Turbo Comfort Style: R$ 51.595,00
HB20S (sedã) 1.0 Turbo Comfort Plus: R$ 51.475,00
HB20S (sedã) 1.0 Turbo Comfort Style: R$ 55.225,00

Ford entrega prêmio global de reconhecimento de ação social para distribuidor brasileiro

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A Ford homenageou seus distribuidores mundiais com o prêmio “Salute to Dealers”, em reconhecimento aos que mais se destacaram durante o ano com a realização de ações sociais nas comunidades onde operam. O brasileiro Renato Costa, titular da Forauto Veículos, de Criciúma, SC, foi um dos seis vencedores selecionados entre os mais de 10 mil distribuidores da marca em todo o mundo. A premiação realizada em Las Vegas, nos EUA, foi presidida por Edsel B. Ford II, membro do Conselho da empresa e bisneto de Henry Ford.
Filho de Rubens Costa, que entrou no ramo automotivo há 50 anos, em Criciúma, SC, Renato comanda atualmente o sucesso da Forauto no mercado. A família tradicionalmente desenvolve ações sociais, incluindo contribuição filantrópica e dedicação pessoal ao asilo São Vicente de Paula e apoio ao projeto Bairro da Juventude, com suporte psicossocial a mais de 1.500 crianças, adolescentes e suas famílias.
As ações realizadas pelos Distribuidores Ford abrangem diferentes causas, desde assistência a crianças, ações ambientais, de educação, saúde, parques e serviços municipais até ajuda a desabrigados em desastres naturais. O atendimento a crianças está no topo da lista, com doações de 91% dos distribuidores, seguido por ações de educação e bolsas de estudo, apoiadas por 71% dos distribuidores. O prêmio foi criado em 2001 para demonstrar o compromisso da Ford com seus distribuidores que vão além dos negócios para fazer a diferença na comunidade.
“Estou maravilhado com a dedicação de nossos homenageados, que dedicam incontáveis horas e recursos para melhorar a vida de suas comunidades”, disse Edsel B. Ford II, presidente do programa Salute to Dealers. Este ano, Edsel B. Ford II e mais três juízes selecionaram os vencedores de um total de 80 indicados dos Estados Unidos, Canadá, Brasil, Europa, Ásia Pacífico, Caribe, México, América Central, África e Oriente Médio. Como parte do prêmio, a Ford doou US$ 10 mil para a instituição de caridade escolhida por cada um dos participantes.
Os vencedores receberam também um quadro pintado com o seu retrato e imagens alusivas às ações que levaram ao prêmio. Réplicas dos quadros ficarão expostas em uma área especial na sede da Ford em Dearborn, nos EUA.

Entrevista: Desenvolvimento e crescimento

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Maurício Rossi, diretor de Vendas da Cummins Brasil, comenta sobre a atuação da fabricante de motores no Brasil e a importância dos parceiros do aftermarket, incluindo o mecânico independente, para a empresa

 

 

“É importante que esse profissional (mecânico) se mantenha atualizado, por meio de treinamentos específicos de capacitação.”

 

 

Revista O Mecânico: Como as operações da Cummins no Brasil para o mercado automotivo estão estruturadas atualmente?
Maurício Rossi: A Cummins, fabricante independente de motores Diesel, componentes e grupos geradores, é uma corporação de unidades de negócios complementares que projetam, fabricam e distribuem motores, serviços e tecnologias relacionadas, incluindo sistemas de combustível, turbos, filtragem, soluções para emissões e sistemas de geração de energia elétrica. Presente no país desde 1974, produz uma variada gama de motores para diversos segmentos do mercado, entre caminhões de todos os portes, pickups, ônibus, aplicações estacionárias, máquinas de construção, equipamentos agrícolas, máquinas para mineração e aplicações marítimas.

 
O Mecânico: Quais linhas de motores atualmente são produzidas em nosso país e qual é a capacidade de produção das fábricas?
Maurício: A principal unidade fabril, com capacidade de produção de 500 unidades de motores por dia, está localizada no município de Guarulhos (SP), onde estão as áreas de motores, geradores e turbos. Próximo ao aeroporto internacional Franco Montoro (Cumbica), temos a unidade da Cummins Emission Solutions, responsável pela produção dos sistemas de emissões, além do Centro de Distribuição de Componentes. A Cummins Filtration, fabricante de filtros e fluidos Fleetguard, fica localizada em Bonsucesso (SP). Hoje produzimos na planta de Guarulhos (SP), os motores automotivos ISF 3.8, 4.5 e 6.7, ISC 8.3, ISL 8.9 e o ISF 3.8

 

O Mecânico: Quais veículos vendidos no Brasil atualmente estão equipados com motor Cummins?
Maurício: A Cummins atua em diversos segmentos no Brasil. No mercado de caminhões, especificamente, nossos principais clientes são a Ford e MAN. No caso da Ford, a Cummins oferece motorizações para o F350, F4000, F4000 4×4, toda a linha Cargo da montadora com potências abaixo de 420 hp. Já para a MAN, oferecemos motores a toda gama Delivery, além das linhas de 330hp e 420hp. No segmento de ônibus, atendemos a Mercedes-Benz, Agrale e Volare.

 

O Mecânico: A Cummins tem atuação forte no mercado de remanufaturados. Com quais linhas a marca trabalha nesse segmento?
Maurício: Hoje, para o segmento de caminhões, oferecemos a linha remanufaturada Cummins ReCon, composta por motores básicos e parciais, injetores, módulos de controle do motor, bomba de combustível de alta pressão e cabeçotes. A gama é oferecida para a toda linha de motores Cummins. Além disso, temos a linha de turbos originais remanufaturada da Cummins Turbo Technologies, detentora da marca Holset, também com garantia de fábrica.

 

O Mecânico: Qual é a vantagem para o consumidor em adquirir um componente ou um motor remanufaturado ao invés de um novo?
Maurício: Trata-se de uma solução para o cliente que procura e necessita com agilidade de seu equipamento em perfeitas condições de operação. O tempo de espera com o veículo parado é significativamente menor, já que o usuário não necessitará aguardar pela reparação de um componente e/ou reforma de seu motor. O objetivo da Cummins é proporcionar aos seus clientes facilidades como custo competitivo de manutenção e agilidade na hora de um eventual reparo. Todo o processo de remanufatura é feito pela fábrica Cummins e segue as especificações técnicas, requisitos de engenharia aplicados a um motor novo e os padrões de qualidade exigidos pela empresa, além da garantia de fábrica. Todos os motores e componentes são produzidos para assegurar a mesma performance e desempenho dos produtos novos Cummins.

 

O Mecânico: Como está estruturado atualmente o aftermarket da Cummins no Brasil?
Maurício: A Cummins tem 22 pontos exclusivos de vendas dos produtos da companhia que inclui motores, geradores, filtros, turbos etc, e mais outros 160 pontos certificados para vendas e serviços, todos espalhados estrategicamente no território nacional. Para atender com excelência, realizamos com frequência treinamentos de capacitação, familiarização de motores e contamos também
com o sistema partner, um posto avançado da nossa fábrica, que abastece os dealers dos OEMs, contabilizados também como pontos de apoio no pós-venda para atender à população de caminhões dotados de motores Cummins.

 

O Mecânico: Recentemente, a Cummins abriu as portas da sua fábrica para parceiros do pós-venda. Qual a importância desse tipo de ação para a empresa?
Maurício: Temos feito um esforço muito grande para contribuirmos com o desempenho de nossos canais de vendas e serviços, a fi m de fornecer cada vez mais o que este mercado nos solicita, auxiliando o trabalho de todos os profissionais/parceiros do pós-venda, tanto na parte técnica quanto comercial, para reduzir também o custo operacional do usuário final. Queremos criar mais proximidade com o nosso canal de vendas para ampliar o conhecimento técnico e sobre as vantagens que os nossos produtos oferecem para o usuário final.

 

O Mecânico: Na visão da Cummins, qual é o peso do mecânico independente dentro do planejamento do aftermarket da empresa? Quais ações a Cummins dirige especificamente para os profissionais das oficinas independentes?
Maurício: Nós entendemos que o mecânico é uma parte importante no processo de pós-venda e temos uma política de incentivo para capacitação deste público, seja por meio de um canal direto ou via outros profissionais que consideramos multiplicadores. O Tech Day, por exemplo, é um evento promovido pela Cummins que inclui palestras técnicas sobre os produtos e soluções da Cummins e suas demais unidades de negócios como Cummins Filtraton, fabricante dos produtos Fleetguard, Cummins Turbo Technologies, detentora da marca Holset, e Cummins Emission Solutions, sistemista e líder na produção de sistemas de pós-tratamento. Outra ação é o ‘Cummins Com Você’ que segue um escopo semelhante ao Tech Day, mas é oferecido para distribuidores e oficinas credenciadas de modo que essas informações sejam também repassadas, como falei anteriormente.

 

O Mecânico: A Cummins possui parceria com escolas de ensino técnico para mecânicos? Qual é a importância da formação e da capacitação do profissional da reparação diesel?
Maurício: Oferecemos cursos em parceria com o SENAI, mais especificamente módulo de motores diesel completo e parcial, além de sistema de injeção. Também promovemos treinamento com técnicos da escola, pois o sistema de ensino é um multiplicador de conhecimento.

 

O Mecânico:  Considerando o impacto das novas legislações de emissão de poluentes na tecnologia dos motores diesel nos últimos 15 anos, como o mecânico independente de motores diesel deve se preparar para não ficar para trás na evolução tecnológica do setor?
Maurício: É importante que esse profissional se mantenha atualizado, por meio de treinamentos específicos de capacitação. Os motores passam constantemente por atualizações. Saímos do motor mecânico, passando com pelo sistema de injeção eletrônica e na sequência injeção com parametrização de curva, consumo, torque e potência. Evoluímos ao Euro V com sistema de emissão e tecnologias integradas rumo à telemetria direta e interação no monitoramento do veículo para o entendimento e controle do consumo, força, manutenção, desgaste e custo total de operação.

 

O Mecânico: Nos últimos anos, a indústria de pesados, tanto de fabricação de veículos quanto de autopeças, vem sendo constantemente afetada por crises de diferentes naturezas e motivos. Como a Cummins vê este quadro atualmente? E quais ações têm tomado para reverter o momento desfavorável?
Maurício:  Temos pouca influência diante do cenário atual, mas a companhia precisa se reinventar na atual conjuntura, focando no desenvolvimento e crescimento. Hoje consolidamos os negócios de motores, peças e serviços para que as vendas neste segmento cresçam tanto em share como em lucratividade.

Raio X – Toyota Hilux 2.8 Diesel

Hilux estreia novo motor diesel de 177 cv

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Picape inova visual e powertrain para se firmar ainda mais no mercado e oferecer um conjunto robusto e de fácil manutenção

Texto: Fernando Naccari
Fotos: Divulgação

 

A Nova Toyota Hilux tem tudo para continuar na ponta das vendas entre as picapes do segmento. Com conjunto mecânico elogiável, mecânica robusta e visual atrativo, o fora de estrada agrada ao condutor e, principalmente, ao mecânico que atuará em sua manutenção.

 

Quando comparada à geração anterior, a nova Hilux é 7 cm maior (5.330 mm), 2 cm mais larga (1.855 cm) e 4,5 cm mais baixa (1.815 mm). A única coisa que permaneceu foi o entreeixos de 3.085 mm, garantindo espaço interno elogiável. A caçamba também aumentou, cerca de 0,5 cm maior (1.525 mm), 2,5 cm mais larga (1.540 mm) e 3 cm mais alta (480 mm).

 

A dianteira possui para-choque grande, faróis mais estreitos e alongados (que na versão SRX conta que luzes diurnas LED) e capô com vincos bem demarcados, conferindo ao veículo visual mais agressivo que das antigas versões. O intercooler foi deslocado para a frente do motor, enquanto a entrada de ar que antes existia no capô não existe mais.

 

O lançamento vem em seis versões: Chassi-cabine 4×4 e câmbio manual; Standard 4×4, nas configurações com cabine simples ou dupla, também com transmissão manual de seis velocidades; SR; SRV; e a top de linha SRX. As três últimas são equipadas com tração 4×4 e transmissão automática de seis velocidades.

 

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Suspensão diferenciada

 

Dianteira – Independente, braços duplos triangulares, molas helicoidais e barra estabilizadora.

 

Traseira – Eixo rígido, molas semielípticas de duplo estágio

 

Confiabilidade e conforto são as marcas do novo conjunto da Hilux. Este novo conjunto permite uma melhora considerável na condução do veículo, deixando-a mais apto ao trânsito urbano.

 

Segundo a Toyota, o diâmetro dos cilindros dos amortecedores também foi melhorado, a fim de atenuar pequenas vibrações provenientes do conjunto. Da mesma maneira, a barra estabilizadora foi aumentada e as molas longitudinais da suspensão foram reposicionadas em 50 mm em direção às extremidades laterais, oferecendo maior segurança em curvas acentuadas.

 

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Freios

 

Dianteiros – Discos ventilados com ABS, EBD (Distribuição Eletrônica de Força de Frenagem) e BAS (Sistema de Assistência em Frenagem de Emergência).

 

Traseiros – Tambor com LSPV (válvula proporcional sensível à carga) e com ABS, EBD e BAS.

 

O sistema de freio também foi aprimorado. Mais preciso e suave no acionamento, propicia condução segura no tráfego urbano e no fora-de-estrada.

 

Powertrain de respeito

 

• Toyota Diesel 2.8L 16V Turbo
• Potência (cv/rpm): 177/3.400
• Torque (kgf.m/rpm)45,9/1600 (AT)
• Cilindrada (cm3) – 2.755
• Diâmetro x Curso do pistão (mm) 92,0 x 103,6
• Taxa de compressão – 15,06 +-0,2
• Sistema de injeção direta e eletrônica de combustível (tipo Common Rail)

A Toyota desenvolveu um novo projeto de motor diesel e o empregou na nova Hilux. O 1GD 2.8L possui quatro cilindros em linha, turbo compressor (TGV – turbo compressor com geometria variável) e intercooler. Mesmo com 200 cilindradas a menos do que o motor Toyota 1KD da geração anterior, este propulsor possui cerca de 6 cv a mais (177 cv a 3.400 rpm) de potência. Já com relação ao torque, houve aumento de 22% – isso na versão com transmissão manual (42.8 kgfm entre 1.400 e 2.600 rpm) – e um aumento de 25% na versão com transmissão automática (45.9 kgfm entre 1.600 e 2.400 rpm).

 

Segundo informações da Toyota, o desempenho foi aperfeiçoado graças às melhorias aplicadas ao sistema de injeção e de admissão. Quando se fala em durabilidade e facilidade na manutenção, a principal novidade é a utilização de corrente de sincronismo ao invés de correia dentada.

 

Os dados de consumo que são informados pelo Inmetro para a picape automática são 9,03 km/l em trecho urbano e 10,52 km/l em uso rodoviário. Para a nova Hilux com transmissão manual, os resultados são 9,3 km/l e 11,5 km/l, respectivamente.

 

A transmissão automática possui seis velocidades, equipando as versões SR, SRV e SRX. Com nova relação de marchas, está ajustada para privilegiar arrancada mais vigorosa em primeira marcha, e elevar a economia de combustível em sexta, de acordo com a fabricante. Esta transmissão traz a tecnologia Super ECT, que adequa o desempenho do veículo ao estilo de condução do motorista, quantidade de carga e à inclinação do terreno.

 

Já nas versões Standard com cabines simples e dupla, ou chassi-cabine, há disponibilidade de nova transmissão manual de seis velocidades, adequada ao propósito de uso, que é, prioritariamente, o trabalho. A capacidade de reboque da picape foi melhorada e pode suportar até 3,5 toneladas, com trailer, dependendo da versão.

 

Outra novidade é que o motorista pode adaptar seu estilo de condução à nova Hilux, selecionando os modos ECO – que suaviza a aceleração para condução mais econômica – ou Power, para uma direção mais vigorosa, proporcionando respostas mais rápidas para ocasiões de ultrapassagem ou quando o veículo transporta cargas pesadas por longos percursos ou aclives acentuados.

 

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Equipamentos

 

A gama de itens de série é ampla e, desde a versão de entrada, conta com direção hidráulica progressiva, ar-condicionado, coluna de direção com regulagem de altura e profundidade, medidor de economia de combustível, aviso sonoro de chave na ignição e luzes acesas, limpador do para-brisa com temporizador e nivelador dos faróis. Os freios contam com ABS com Distribuição Eletrônica (EBD) e Assistente de Frenagens Emergenciais (BA). No campo da segurança passiva, a picape possui airbags duplos dianteiros, airbag de joelho para o motorista, cinto de segurança de três pontos na dianteira com pré-tensionadores, limitadores de força e alarme que avisa o não-afi velamento do cinto. Adicionalmente, as versões cabine dupla trazem cintos de segurança de três pontos (com alarme de alerta) e três apoios de cabeça no banco traseiro; pontos de ISOFIX para ancoragem de
cadeira de crianças.

 

A estrutura do veículo foi projetada para suportar e absorver impactos frontais em até 15% mais do que na antiga versão. Esta melhoria trouxe resultados no crash-test do Latin NCAP, no qual a picape conseguiu 5 estrelas para proteção de adultos e 4 estrelas na proteção de crianças.

Mercado Digital: Informação ao alcance de mecânicos e consumidores

Informação ao alcance de mecânicos e consumidores

 

Mercado de reparação automotiva está cada vez mais conectado à internet, principalmente, os elos mais importantes da corrente: o consumidor final e o profissional da reparação

 

Pesquisas apontam que o aumento do uso da internet cresce exponencialmente no Brasil. Os números divulgados em 2015 pelo Comitê Gestor da Internet (CGI) revelam que 55% da população brasileira acima dos 10 anos de idade tem acesso à internet, seja pelo computador (de mesa ou laptop) ou pelo celular (1). Isso equivale a mais de 94 milhões de pessoas. Em 2008, apenas 34% da população na mesma faixa etária fazia uso da rede. Evidentemente, números tão significativos possuem impacto direto em um mercado tão relevante quanto o automotivo. Se você é mecânico, basta utilizar o senso comum para pensar com a cabeça do seu cliente: é muito mais fácil fazer uma pesquisa comparativa na internet do que uma pesquisa “física” andando ou telefonando de oficina em oficina, de loja em loja. Nos Estados Unidos, cujo mercado automotivo é modelo para o restante do mundo, 7 em cada 10 consumidores pesquisam preços de autopeças na internet, mesmo que a compra seja concluída em uma loja física (2). No Brasil, o consumidor cada vez mais utiliza a internet para se respaldar na hora de fechar um negócio. Hoje, o mecânico precisa acompanhar esse ritmo e aproveitar as oportunidades que esse novo cenário traz até a oficina.

 

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Nossa página do Facebook (facebook.com/omecanico), também atualizada diariamente com o conteúdo do Portal e do canal O Mecâniconline no YouTube, ultrapassou as 423 mil curtidas em março de 2016, mostrando a força do público interessado em reparação dentro das mídias sociais.

 

Celular ou tablet

Um dado importante: ao contrário do que o senso comum faz imaginar, o dispositivo mais utilizado para acessar a internet, por 76% dos usuários, foi o telefone celular. O computador de mesa fica em segundo lugar, com 54% e o notebook em terceiro, com 46%(1). Tendo em vista esse aspecto, todo o conteúdo publicado na Revista está disponível para tablet e smartphone, na íntegra, via aplicativo na App Store ou Google Play, dependendo do sistema operacional. Os acessos já somam mais de 205 mil visualizações e mais de 56 mil usuários únicos apenas nessa ferramenta.

 

Vídeos online

O programa O Mecâniconline, que existe desde 2007, é o canal da Revista para os vídeos técnicos em parceria com as principais fabricantes do setor automotivo. Desde 2013 hospedado no YouTube, o canal tem 31,9 mil inscritos e ultrapassou a marca de 5,4 milhões de visualizações em seus vídeos somados. O tempo médio de visualização de cada vídeo é de 5min20s, deixando claro que o conteúdo é qualificado e gera um alto retorno em audiência. Ainda, utilizamos ao final de cada matéria o recurso do QR Code para unir a edição física ao conteúdo expandido dos vídeos e do Portal.

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Referências
(1) Fonte: https://www.cgi.br/media/docs/publicacoes/2/TIC_Domicilios_2014_livro_eletronico.pdf
(2) Fonte: https://storage.googleapis.com/think-emea/docs/old/auto-aftermarket-digital-driver_research-studies.pdf

EGR e SCR: duas soluções para um ar mais limpo

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Conheça as características principais dos sistemas de redução de emissões que equipam os motores a diesel atuais

Texto: Flávio Faria
Fotos: Alexandre Villela

 

Embora ainda existam nas ruas, ônibus e caminhões soltando fumaça preta nas cidades e estradas, felizmente, estão ficando no passado. Com legislações de restrição às emissões de poluentes cada vez mais rígidas, as montadoras e fabricantes de motores estão sempre em busca das últimas tecnologias para desenvolver propulsores que ofereçam o melhor conjunto de potência, economia e baixo nível de poluição.

 

No caso dos motores diesel, a evolução dos últimos 15 anos foi notável em todos os aspectos, tanto do lado da engenharia para redução das emissões quanto do próprio combustível, que desde 2006 tem chegado ao mercado brasileiro em versões com cada vez menos enxofre (o mais “limpo” da categoria no Brasil é o S-10, que traz na sua composição apenas 10 partes por milhão do elemento, muito abaixo dos 1.800 ppm do diesel de alguns anos atrás, que ainda é comercializado em algumas regiões).

 

A legislação brasileira, por meio do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) criou o Proconve em 1986, tendo como base as normas europeias (Euro). Atualmente, o programa chegou à sétima fase, chamada P7 (equivalente à Euro V), que determina que a tecnologia utilizada deve diminuir, além do enxofre, a emissão de outras substâncias e partículas poluentes em até 80%.

 

Para adaptar os motores às novas exigências, os fabricantes desenvolveram pelo menos dois diferentes sistemas de redução de poluentes: o EGR (Exhaust Gas Recirculation) e o SCR (Selective Catalytic Reduction). Ambos trabalham com o objetivo de reduzir a emissão de gases nocivos na atmosfera, mas funcionam de maneiras diferentes. Para entender melhor os dois sistemas, contamos com o apoio técnico do engenheiro de serviços sênior Rodrigo Fernando Laureano, da MWM Motores Diesel, produtora independente de motores diesel e fornecedora de algumas das maiores montadoras do segmento.

Confira como cada sistema trabalha durante o funcionamento do motor:

EGR – recirculação dos gases

 

Para atender aos níveis de emissões determinados pelo Proconve P7, o sistema EGR faz a recirculação de parte dos gases de exaustão (daí vem seu nome, “EGR”, sigla inglesa para “Exhaust Gas Recirculation”), o que significa que parte do gás que sai pelo coletor de escape é recirculado e misturado junto com ar da atmosfera admitido pelo motor entrando novamente em combustão. Esse processo, aliado à utilização de um catalisador de oxidação do diesel e um filtro para material particulado, faz com que o veículo atinja tanto os níveis exigidos de NOx (oxido de nitrogênio) quanto os de material particulado emitido para a atmosfera.

 

Como Funciona

 

Dependendo do regime de trabalho do motor, cerca de até 10% dos gases de escape são enviados para um “radiador de gases” chamado de resfriador do EGR. O resfriador compartilha o mesmo fluido de arrefecimento utilizado pelo motor. Os gases, menos quentes, então passam pela válvula EGR que funciona como uma borboleta, dosando a quantidade ideal de gases de escape que deve ser readmitida pelo motor.

 

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Saída dos gases de escapamento para o sistema de recirculação

 

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A tubulação inferior encaminha os gases para o resfriador. A superior é a entrada do líquido de arrefecimento compartilhado do motor

 

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Resfriador dos gases de escape

 

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A válvula termostática do arrefecimento fica estrategicamente no local mais quente do motor, que, no caso dos motores com sistema EGR, é na saída dos gases de escape do resfriador

 

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Os gases resfriados vão até a válvula EGR que controla a entrada no coletor de admissão, onde serão misturados ao ar admitido para dentro do motor

 

A válvula EGR é controlada pelo módulo do motor, levando em consideração diversos fatores relacionados ao regime de trabalho e à carga a qual o motor está sendo submetido. Assim, evita ocorrência de mistura excessivamente pobre (afinal, o gás readmitido contém pouco oxigênio) e suas indesejadas consequências. Após passar pela válvula, os gases de escape se encontram com o ar atmosférico limpo dentro do coletor de admissão. Os gases resultantes da combustão, que vão para atmosfera, passam por um catalisador de oxidação de diesel chamado de DOC (Diesel Oxidation Catalyst). O DOC tem a função de aumentar a temperatura dos gases de escape a ponto de sublimar todo excesso de material particulado retido no filtro de partículas (DPF – Diesel Particulate Filter), que, em seguida, e é expelido na forma de gás pela secção final da tubulação de escape.

 

Essa fuligem acumulada no filtro de particulado pode ser regenerada passivamente quando os gases de escape atingem a temperatura mínima para sublimação; ou ativamente, quando, através de injeção secundária ou outros meios, a temperatura dos gases de escape é elevada até atingir o ponto de sublimação da fuligem.

 

O NOx se forma, principalmente, a partir da mistura rica de oxigênio e nitrogênio quando submetidos a altas temperaturas na câmara de combustão. Com temperaturas mais baixas na câmara (menos oxigênio), automaticamente os índices de formação NOx diminuem.

 

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Filtro DOC – Diesel Oxidation Catalyst em conjunto com o DPF – Diesel Particulate Filter

 

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Motor MWM Sprint 3.2 equipado com sistema EGR

 

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Motor MWM Acteon 6.12 TCE equipado com sistema SCR

Uma vantagem do EGR é que ele é autossuficiente, isto é, não necessita de reagente químico adicional, gerando, a primeiro momento, menores custos ao proprietário, que periodicamente precisa apenas realizar a limpeza do filtro de partículas (DPF). Por outro lado, o sistema é geralmente mais sensível a combustíveis com maior teor de enxofre, de má qualidade ou adulterados.

 

Vale salientar que a válvula EGR é um componente sensível. Por isso, caso o veículo não seja abastecido com combustível de excelente qualidade e não houver manutenção adequada do motor, ela pode travar total ou parcialmente, impedindo que a correta quantidade de gases de escape seja recirculada, elevando os níveis de emissões ou fazendo o motor perder potência.

 

O sistema EGR utiliza o mesmo liquido de arrefecimento do motor para resfriar os gases de escape, elevando ainda mais a temperatura no liquido de arrefecimento. Por isso é necessário que o conjunto de cooling do motor seja muito bem dimensionado, a fi m de evitar superaquecimento do motor. A válvula termostática fica localizada na saída do resfriador do EGR, sendo este o ponto mais quente de saída do líquido de arrefecimento.

 

O sistema EGR exige maiores modificações no motor base quando comparado ao sistema SCR, que veremos a seguir.

 

SCR – pós-tratamento com injeção de Arla 32

 

Outra tecnologia disponível é o sistema SCR (redução seletiva catalítica – Selective Catalytic Reduction inglês), que reduz o óxido de nitrogênio (NOx) em nitrogênio diatômico (N2) + água (H2O) que são gases inertes para o meio ambiente. Sua principal característica é a utilização de um reagente químico para atender a legislação de emissões.

 

O reagente químico em questão é o Arla 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo, também conhecido como AUS 32, DEF ou Adblue), que é adicionado a trajetória dos gases de escape. A solução é produzida à base de ureia técnica, ultrapura, que ao reagir com os gases de escape reduz os níveis de NOx. O produto não é tóxico, infl amável e nem nocivo à saúde ou ao meio ambiente. O número 32 é uma referência à quantidade de ureia na sua composição: 32,5%, diluída em água desmineralizada.

 

Como Funciona

O sistema SCR tem um funcionamento à primeira vista menos complexo que o EGR. A começar pela sua área de atuação, que se concentra somente direto na tubulação de escape, na saída da “carcaça quente” do turbocompressor. Segundo Rodrigo Laureano, os gases expelidos seguem normalmente pelo sistema, passam pelo sensor de temperatura do SCR e recebem, por meio de um bico injetor, a pulverização de Arla 32. Existem bicos injetores que pulverizam somente Arla 32 e existem bicos injetores que pulverizam Arla 32 + ar. O modelo em questão é controlado pela DCU via sinal PWM e injeta somente Arla 32.

 

Os gases de escape se misturam ao Arla 32 injetado e seguem para o catalisador, que tem a função de acelerar o processo de reação química entre os gases de escape e o Arla 32.

 

A quantidade do Arla 32 a ser injetada é controlada por uma central eletrônica dedicada chamada DCU (Dosing Control Unit). A DCU é responsável por controlar todo o sistema de pós-tratamento. Dentro da DCU existem diversos componentes que operacionalizam e viabilizam a dosagem de Arla 32. Internamente na DCU, o Arla 32 é sugado por uma bomba, passa por um filtro e então passa por um sensor de pressão de Arla 32.

 

De lá, segue direto para o bico injetor de Arla 32 por meio de tubulações externas. Todo o sistema é controlado pelo módulo dedicado da DCU, que se comunica com o módulo do motor. O sensor de temperatura de gases de escape está localizado pouco antes do injetor de Arla 32, acoplado diretamente à tubulação de escape. O objetivo é medir a temperatura dos gases expelidos para que a DCU calcule a quantidade necessária de Arla 32 para que que a reação química ocorra satisfatoriamente.

 

 

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Sensor de temperatura do SCR fica no coletor de escape

 

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DCU – Dosing Control Unit, responsável pela dosagem de Arla 32

 

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Bomba de Arla 32

 

 

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Sensor de pressão de Arla 32

 

A lógica é simples: quanto maior a temperatura dos gases de escape, mais eficiente será a reação química, demandando assim uma menor quantidade de Arla 32. Por outro lado, se a temperatura dos gases do escape estiver mais baixa, a reação química será menos eficiente, sendo necessário uma maior injeção de Arla 32.

 

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Filtro de Arla 32

 

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Central do SCR, localizada na parte externa da DCU

 

Ao final do processo de redução catalítica, o gás expelido passa pelo sensor de NOx que somente mede o nível de NOx que está sendo emitido. O sensor de NOx tem função somente de informar a quantidade de NOx emitido e não de controlar a quantidade de Arla que está sendo injetado.

 

Laureano explica que, ao contrário do que muitos pensam, o Arla 32 jamais deve ser misturado com o Diesel, por isso possui um tanque independente que deve ser reabastecido conforme a necessidade. “Caso o Arla seja misturado ao Diesel, haverá avarias no sistema de injeção de óleo diesel do motor”, informa o especialista da MWM. Para evitar enganos na hora de abastecer, o bocal do tanque de Arla 32 tem diâmetro menor que o de Diesel.

 

Geralmente, o consumo de Arla 32 em relação ao de diesel fica entre 4% e 7% do consumo de Diesel, ou seja, para cada 100 litros de Diesel, serão utilizados entre 4 e 7 litros de Arla 32, aproximadamente. O motorista é avisado por meio de indicador de nível específico e luz de advertência no painel quando o nível de Arla 32 fica baixo.

 

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O bico injetor de Arla 32 deste motor é controlado por um pulso com modulação (PWM)

 

Os motores equipados com sistema de pós-tratamento SCR são reconhecidos pela sua robustez e maior tolerância quanto à qualidade do óleo Diesel, além de não sobrecarregarem o sistema de arrefecimento do motor. A maior simplicidade de manutenção comparada ao sistema EGR é outro ponto a ser considerado, uma vez que não é necessária nenhuma modificação mecânica no motor base.

Diferentes aplicações

As duas tecnologias têm seus prós e contras, explica Rodrigo Laureano. “Em geral, o sistema EGR tem mais ampla utilização em veículos de porte pequeno e médio, enquanto temos visto o SCR com maior aplicação nos modelos pesados e extrapesados, porém, isso não é uma regra, mas apenas uma tendência”, afirma. “Ao objetivo que se propõem, ambas as tecnologias cumprem com sucesso o seu papel”.

 

Para um futuro próximo, as normas brasileiras de emissão ficarão cada vez mais rígidas, exigindo um esforço ainda maior dos engenheiros para encontrarem a melhor solução, tanto para o meio ambiente quanto para o bolso do caminhoneiro. E pode ser que não seja uma escolha apenas entre EGR ou SCR, mas outras opções podem surgir. “Inclusive, na Europa já existem modelos de motores que usam um sistema duplo combinando as propriedades de recirculação dos gases, como o EGR, mais o sistema de injeção de Arla 32 como o SCR para fazer o tratamento dos gases de escape e garantir o nível de emissões”, conta Laureano.

 

Qual será o futuro dos motores diesel? Até onde chegaremos? Só o tempo dirá!

 

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Sensor de NOx fi ca na saída do catalisador

 

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Tanque de Arla 32

Umicore alerta para conservação do filtro de partículas em motor diesel

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Reduzir emissões de poluentes de motores ciclo diesel de última geração. Essa é a função do filtro de partículas. Em boas condições, o dispositivo, que é acoplado ao sistema de escape do veículo, elimina a fuligem dos gases. Mas, para que exerça sua função plenamente, é preciso atenção para evitar perda precoce do componente.
A Umicore ─ que produz filtro de partículas catalisados para motores a diesel no Brasil desde 2012 ─ alerta que esse componente foi desenvolvido para desempenhar sua função por ao menos 160 mil quilômetros. “O ideal é estar sempre atento ao manual de instrução do veículo”, acrescenta Cláudio Furlan, gerente Comercial da fabricante.
O componente deve ser trocado quando sofre algum dano físico oriundo de avaria no motor ou sensores que danifique o filtro. De acordo com Furlan, o componente com entupimento, por exemplo, pode elevar sensivelmente o consumo de diesel além de contribuir para a quebra de outros componentes por excesso de contrapressão. “O combustível é um dos itens que mais geram custos em uma frota de veículos comerciais. Por isso, é importante realizar as manutenções preventivas previstas pelo fabricante do veículo para economizar combustível e prolongar a vida útil do filtro”, explica.
Entre as precauções, vale também ressaltar a importância de trocar o óleo lubrificante no período indicado, utilizando a especificação correta. “Quando isso não ocorre, o motor consome mais óleo do que o recomendado, e isso faz com que o sistema de pós-tratamento seja prejudicado, uma vez que são formadas cinzas pela queima de resíduos dentro do filtro, entupindo seus poros”, explica Miguel Zoca, gerente de Aplicação do Produto da Umicore. Outro cuidado é realizar a substituição do filtro de ar e de óleo em período indicado. São componentes que também influenciam no sistema de pós-tratamento de gases.
O motorista também deve ficar atento na hora de abastecer. “O diesel para motores de última geração deve ser o S10, que contém uma quantidade mínima de enxofre. Caso contrário, há o comprometimento do sistema e do motor”, complementa Zoca.

Dayco promove encontro estratégico com sua equipe de vendas

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A Dayco, fabricante de sistemas de transmissão para as indústrias automotivas e mercado de reposição, reuniu a sua equipe na última semana do mês de março para apresentar suas metas e estratégias para o seu novo ano fiscal. A empresa conta com uma das maiores forças de vendas do aftermarket do país, formada por promotores, supervisores, além da equipe interna de marketing e customer service.

Segundo a empresa, cada profissional está focado no atendimento de sua região, divulgando novas soluções em produtos e serviços, e auxiliando no suporte com material de apoio, treinamento especializado, verificação da satisfação e necessidade de melhoria contínua. A Dayco está bastante confiante no trabalho do time, e no atual desempenho de suas linhas de produtos nos distribuidores e com os novos produtos que serão lançados este ano.

Os profissionais de campo da Dayco, explica a empresa, passam por constantes treinamentos para atualização e repassam o conhecimento adquirido para seus clientes, sejam eles equipes de vendas dos distribuidores, balconistas e aplicadores. A empresa deseja ampliar o número de pessoas treinadas neste ano.

“Nossa equipe atua em todo o território nacional, residindo em cada região, e consequentemente conhecendo bem os hábitos e necessidades de cada parceiro”, comenta Silvio Alencar, Diretor Comercial da Dayco na América do Sul. “Desta forma, mantemos contato constante entendendo melhor o que cada cliente precisa e atendendo de maneira mais rápida e eficaz o que o nosso público espera”, finaliza Silvio.

Nova geração do Audi A4 chega ao Brasil

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A nova geração do Audi A4 desembarca no mercado brasileiro. Para o lançamento do modelo, a Audi traz ao país a série limitada Launch Edition, oferecida com um pacote especial de equipamentos por R$ 172.990. Em maio chegam a versão de entrada Attraction, que parte de R$ 159.900, e a Ambiente, que sai por R$ 182.990. A Ambition, equipada com motor 2.0 de 252 cv, e o A4 Avant começam a ser vendidos no segundo semestre.
O trem de força e o chassi do novo A4 foram totalmente redesenvolvidos. A transmissão S tronic de sete velocidades, com dupla embreagem e trocas de marchas quase instantâneas, foi reprojetada. Para maior economia de combustível, o câmbio agora oferece uma função roda-livre. O controle seletivo de torque para cada uma das rodas suplementa o trabalho da tração dianteira.
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O motor 2.0 TFSI ultra, com 1.984 cm³ de cilindrada, equipa a versão de lançamento no Brasil do novo A4. Seus principais refinamentos técnicos são o coletor de exaustão integrado ao cabeçote, o modelo de gerenciamento térmico com válvula rotativa, o Audi Valvelift System (AVS – sistema de levantamento de válvulas), a válvula de alívio (wastegate) elétrica do turbocompressor e a dupla injeção de combustível. Sob carga parcial, a injeção indireta no coletor de admissão suplementa a injeção direta FSI.
O 2.0 TFSI entrega 190 cv de potência e torque de 320 Nm entre 1.450 e 4.200 rpm. Isto leva a um desempenho poderoso: aceleração de 0 a 100 km/h feita em 7,3 segundos e velocidade máxima de 240 km/h.
O novo método de combustão com menor fase de compressão e fase de expansão mais longa, assim como maior taxa de compressão, foi projetado especialmente para solicitações parciais, em que as válvulas de admissão fecham muito mais cedo que o usual. Juntamente com a pressão aumentada no coletor de entrada, essa característica reduz as perdas de aceleração durante a aspiração.
Devido ao encurtamento da fase de compressão, a taxa de compressão foi aumentada com sucesso de 9,6:1 para 11,7:1. Isso significa que, na fase de compressão, o motor tem que comprimir tanta gasolina como um 1.4 TFSI. Também na fase de expansão, quando utiliza plenamente seus dois litros de deslocamento, o motor se beneficia da alta taxa de compressão. O alto nível de pressão resultante durante a combustão aumenta ainda mais sua eficiência.
Para que a mistura ar-combustível possa ser turbilhonada, apesar do curto tempo de admissão, as câmaras de combustão, recessos dos pistões, dutos de admissão e a turbocompressão do novo 2.0 TFSI foram especialmente adaptados para o novo método de combustão. Sob alta solicitação, o Audi Valvelift System abre mais tarde as válvulas de entrada, resultando em uma pressão maior, ao mesmo tempo em que garante bons índices de potência e torque. A pressão de injeção foi elevada para 250 bar.
No segundo semestre, chega ao país a versão topo de linha Ambition, equipada com motor 2.0 TFSI de 252 cv de potência e torque máximo de 370 Nm. O modelo traz ainda a o tradicional sistema de tração integral quattro.
Uma das prioridades no projeto do novo modelo foi a diminuição de emissões de CO2, registrando apenas 109 g/km. Todas as tecnologias empregadas estão focadas na redução da resistência ao movimento. Em relação ao consumo, o sedã recebeu nota A do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), com 11 km/l aferidos na cidade e 14,3 km/l na estrada. O bom desempenho foi conquistado graças à combinação de tecnologias como o Audi Valvelift System, o sistema Start-stop e o motor com métodos de combustão recentemente desenvolvidos. O novo A4 também tem o menor coeficiente de arrasto (Cx) da sua classe – 0,23.
Uma das principais tecnologias presentes no novo A4 é o ACC (Adaptive Cruise Control) com o Traffic Jam Assist, que pode assumir a direção do veículo em velocidades de até 65 km/h quando o trânsito está congestionado. O sistema utiliza sensores de radares e de ultrassom combinados a uma câmera frontal para conduzir o carro, ajustando a direção e controlando a velocidade de acordo com o tráfego ao redor. O sistema será oferecido como opcional.
A suspensão e a direção se baseiam nos eixos com cinco braços reprojetados e na direção eletromecânica, que são excepcionalmente leves e criam a base para a dirigibilidade dinâmica e o conforto de rodagem de primeira classe. O motorista pode escolher entre cinco regulagens – Dynamic, Efficiency, Comfort Automatic e Individual – incluídas no sistema Audi Drive Select, que é equipamento de série.
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Com 4,73 m de comprimento e distância entre-eixos de 2,82 m, a aparência do novo A4 é imponente. Comparadas às do modelo anterior, as dimensões do carro aumentaram, mas seu peso foi significativamente reduzido – em até 120 kg, dependendo da versão e motorização. A carroceria do modelo é uma das mais leves de sua categoria, graças a uma inteligente combinação de materiais e às tecnologias de construção.

Os sistemas de assistência ao motorista e de infotainment incluem o Audi Cockpit Virtual: tela de instrumentos de TFT (Transistor Film Technology) totalmente digital com 12,3 polegadas que mostra as informações mais importantes por meio de brilhantes gráficos de alta resolução, com grande detalhamento e efeitos sofisticados. O dispositivo combina as funções da central MMI com o painel de instrumentos, dessa forma o motorista pode escolher visualizar as informações no ponto de vista clássico, com mostradores circulares (velocímetro e conta-giros), ou no modo infotainment, no qual são exibidas funções do sistema de navegação, telefone, Audi connect, entre outras.
Um complemento ideal para esse avançado sistema é o Head-up Display (projeção da velocidade e outras informações no para-brisa, ao nível dos olhos do motorista), oferecido como parte do Pacote Tech opcional.
A interface Audi para smartphones é um novo item disponível. O sistema integra celulares com o sistema operacional iOS em um ambiente desenvolvido especialmente para esse propósito, o Audi MMI. O equipamento de som de série inclui também o rádio MMI plus com navegação e conexão Bluetooth. Para os fãs de alta fidelidade mais exigentes, é oferecido como opcional o sistema de som Bang & Olufsen com o inovador som 3D de 755 watts de potência e 19 alto-falantes.
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FICHA TÉCNICA
Motor: 2.0 TFSI ultra
Cilindros /cilindrada: 4 em linha, transversal/1.984 cm³
Potência: 190 cv entre 4.200 e 6.000 rpm
Torque máximo: 320 Nm entre 1.450 e 4.200 rpm
Tração: dianteira
Transmissão: S tronic, 7 velocidades, dupla embreagem
Peso: 1.405 kg
Comprimento: 4.726 mm
Largura: 1.842 mm
Altura: 1.427 mm
Distância entre-eixos: 2.820 mm
Tanque de combustível: 54 l
Porta-malas: 480 l
Aceleração 0-100 km/h: 7,3 s
Velocidade máxima: 210 km/h

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