A General Motors comemora os 45 anos de atividades do seu Campo de Provas. A empresa explica que foram investidos nesta nova fase cerca de R$ 60 milhões, que incluem a adição de equipamentos para os sete laboratórios, como o de motores e de eletroeletrônica, e a construção da décima sétima pista de teste – ao todo, o complexo ocupa uma área equivalente a 160 mil campos de futebol.
Outro foco importante do CPCA (Campo de Prova da Cruz Alta, nome de batismo do local) é a validação de itens avançados de conectividade, segurança e eficiência energética. A recém-construída Rampa Estendida é outra novidade do Campo de Provas da GM.
A fabricante estadunidense comenta que com diferentes ângulos de inclinação para simular longas subidas, a nova pista está sendo utilizada para complementar os parâmetros de calibração de sistemas eletrônicos, que vão se tornar mais comum em modelos de produção regional. A instalação auxilia ainda nos testes de durabilidade, melhorando a correlação com o uso em campo.
Os sete laboratórios, as oficinas e outras edificações de apoio ocupam uma área de 27 mil metros quadrados. Para a empresa, o CPCA também é referência quanto ao desenvolvimento de sistemas de suspensão, freios e direção, calibração de motores, assim como experimentos de durabilidade.
A GM explica que em seis meses é possível simular o desgaste que um automóvel sofreria se rodasse por dez anos em condições normais de trânsito – ou o equivalente a 160 mil quilômetros. Ao todo, mais de 10 mil testes são realizados, como os de corrosão, que consomem 90 toneladas de sal grosso por ano. Já um teste de desenvolvimento de pneu no “Black Lake” consome 480 m³ de água ou o equivalente a 48 caminhões pipa – essa água é captada da chuva, tratada e reaproveitada.
Mais de mil litros de combustível são utilizados por dia, e após os testes, incluindo os de impacto, os veículos são minuciosamente analisados e depois destruídos. Aproximadamente 300 deles tem o mesmo fim a cada ano. Os resíduos são destinados a reciclagem e existe uma conscientização para compensações ambientais. Por isso, só em 2018 foram plantadas 6,5 mil novas mudas de árvore.
Arteb alerta sobre a importância dos faróis de neblina
A Arteb alerta sobre a importância do uso correto da iluminação em condições de neblina. Em situações com nevoeiro, ocorre perda drástica de visibilidade, o que torna necessária uma condução ainda mais cautelosa. Nestas condições, o motorista deve reduzir a velocidade, evitar ultrapassagens bruscas e usar apenas o farol auxiliar de neblina. Como não é um item obrigatório, caso o veículo não venha equipado com este acessório, mantenha aceso apenas o farol baixo.
Segundo o engenheiro da Arteb, Egídio Vertamatti, o farol auxiliar de neblina é um item de segurança porque propicia a melhor visibilidade possível em situações de neblina, sobretudo porque fica localizado abaixo do farol principal, justamente para se desvencilhar da camada densa da neblina e, com isso, iluminar a pista e permitir que o motorista mantenha a condução da melhor forma possível. O farol baixo é a opção quando o veículo não possui o farol de neblina, mas jamais deve-se usar o farol alto porque ofuscará a visão do motorista e de quem trafega no sentido contrário.
Vertamatti também explica que ainda há muita confusão entre os faróis auxiliares de neblina e de longo alcance (ou milha), ambos são auxiliares, mas possuem funções distintas. “O farol de neblina, como o próprio nome diz, promove visibilidade quando ocorre esse fenômeno climático, já o de longo alcance é para que o condutor do veículo enxergue em profundidade, ou seja, a uma longa distância”, comenta.
Fernando Calmon | Ousar ou esperar
Pela primeira vez, uma fábrica de veículos elétricos faz um lançamento ambicioso no Brasil. Não que as pioneiras BMW (230 unidades vendidas em cinco anos) e Renault (cerca de 20 veículos, em sete meses) tenham fraquejado tanto até aqui. A primeira investiu na abertura de um corredor de abastecimento na rodovia Rio-São Paulo e a segunda acaba de iniciar estratégia na ilha de Fernando de Noronha. Jaguar, com seu I-Pace, foi discreta. Já a Nissan lança a segunda geração do Leaf com empenho explícito e meta informal de vender umas 200 unidades, no primeiro ano cheio, em uma rede de sete concessionárias (em cinco Estados e Distrito Federal).
A empresa japonesa construiu um elétrico experimental em 1947. O primeiro de série, o Leaf, de 2010, vendeu acumuladamente 400.000 unidades. Mesmo pioneiro no mundo e o mais comercializado, é um volume bastante modesto. Na segunda geração, de 2017, ganhou pique em desempenho e autonomia. Não se trata, porém, de um automóvel, como o Tesla ou BMW i3, de chassi específico.
Ainda assim, empolga com a capacidade de acelerar, pois disponibiliza 90% de um impressionante torque de 32,6 kgfm em apenas 1 décimo de segundo. Aliás, todos os elétricos têm essa característica: desempenho de esportivo. Silêncio a bordo, então, nem se fala. Mas se prepare para ouvir ruídos de várias origens à medida que o carro envelhecer.
O Leaf tem três modos de condução: normal, econômico e com leve regeneração ao inverter função do motor para desacelerar e recarregar a bateria. Muito interessante é o sistema de alta regeneração, acionado por um botão. Fácil de acostumar no uso urbano (em estrada, menos útil), quase dispensa o pedal do freio e a bateria agradece. Há um ótimo pacote de assistência semiautônoma ao motorista.
Peca, contudo, pela falta de itens como ajuste de distância do volante, automatização dos vidros elétricos (só o do motorista desce a um toque, mas não sobe), espaço para cabeça atrás, bateria volumosa no meio do assoalho e estepe por acesso externo do bom porta-malas de 435 litros. Estilo agrada, mas algo além em ousadia seria desejável para o conceito do produto.
Apesar do aspecto novidade e sem emissões locais de poluentes, é difícil assegurar viabilidade. O preço de R$ 195.000, que já inclui cabos e carregador de parede, limita até os entusiastas. Claro, ajuda a eletricidade mais em conta que combustível líquido. Na média, o brasileiro roda 12.000 km/ano, sendo 45% em cidade. Economizaria, nos cálculos da Nissan, cerca de R$ 5.000/ano ou algo além, incluindo-se revisões baratas. Mas preço de revenda e substituição das baterias, mesmo que durem até 10 anos, são empecilhos difíceis de projetar, no momento.
Autonomia em cidade pode passar de 300 km, se usar o modo de alta regeneração. Como todo elétrico, porém, estrada e velocidade maior (e constante) prejudicam o alcance. Neste caso, algo entre 150 e 200 km são números prudentes entre pontos de recarga. Há três outras referências para ficar atento: em postos, 40 minutos de 20% a 80%; carregador residencial, 8 horas de 0 a 100%. Numa emergência, em tomada comum de 127 V (75% do total no Brasil) são 40 horas ou 20 horas em 220 V.
Portanto, há obstáculos – do preço cerca de duas vezes maior aos tempos de recarga e autonomia limitada – que, no caso do Brasil e suas dimensões continentais, indicam prudência. Mesmo no exterior levantam-se vozes, até na Europa, sobre migração lenta e aquém do esperado, salvo possíveis dois extremos do mercado: subcompactos e SUVs de maior tamanho e custo.
ALTA RODA
CÚPULA do Mercosul, semana passada em Buenos Aires, parece ter chegado a um consenso para, finalmente, acabar os regimes de intervenção e implantar livre comércio entre os dois sócios principais, Brasil e Argentina. Ainda não há data para retirada de todos os entraves. Mas há sentimento de urgência, após acordo do bloco com a União Europeia.
FCA inaugurou em Betim (MG) seu centro de testes de segurança. É terceira fabricante a executar aqui colisões frontal, lateral e posterior contra barreira fixa e poste para atender normas atuais e futuras. Agora, a fabricante está apta a executar todo o desenvolvimento, desde conceito inicial, desenho, protótipos e avaliações de campo até validação de segurança.
QUANDO a moda pega, difícil qualquer fabricante resistir. EcoSport FreeStyle adotou teto, grade e colunas pintadas em preto, além de apliques nesta cor nos faróis de neblina. Pena ter perdido luzes diurnas em LED, enquanto ganhava rack de teto reestilizado. Agradável, no dia a dia, é mesmo a combinação do tricilindro de 1,5 L e câmbio automático de 6 marchas.
SEGUNDO a Aptiv, uma plataforma de atuação ativa toma decisões 34.000 vezes mais rápido que um ser humano. Equipamentos como controle de velocidade de cruzeiro adaptativo, frenagem de emergência, assistente de tráfego, alerta de ponto cego e assistente de faixa de rodagem comandam ações concluídas em até meio segundo, algo como o piscar de olhos.
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Valeo lança novos condensadores e compressores na reposição
A Valeo lança novos condensadores e compressores em seu portfólio para o segmento de reposição. A empresa explica que são 14 novos condensadores e 22 novos compressores, que atenderão, respectivamente, a uma frota adicional de mais de 8 milhões e 5 milhões veículos.
A empresa explica que os condensadores possuem fitting otimizado e compacto, que se ajusta aos requisitos do veículo e do espaço existente em sua dianteira. Tem alta resistência à corrosão, com a utilização de alumínio 100% puro, testado sob condições climáticas, para se adequar a regiões com alta umidade atmosférica (teste SWAAT*). Já os compressores contam capacidade e eficiência de refrigeração e desempenho volumétrico otimizado.
Bosch e Daimler criam sistema de estacionamento autônomo
A Bosch e a Daimler obtiveram a aprovação de autoridades em Baden-Württemberg, na Alemanha, para o sistema de estacionamento autônomo na garagem do Museu da Mercedes-Benz, em Stuttgart. A tecnologia é acessada por um aplicativo de celular e não requer um motorista para manobras. Isso torna o sistema de estacionamento totalmente autônomo (SAE 4).
As fabricantes explicam que o processo depende da interação entre a infraestrutura inteligente da garagem, fornecida pela Bosch, e da tecnologia automotiva da Mercedes-Benz. Os sensores da Bosch no estacionamento realizam o monitoramento dos corredores e de seus arredores, fornecendo as informações necessárias para guiar o veículo. A tecnologia no carro converte os comandos da infraestrutura em manobras de direção. Desta forma, os carros podem até subir e descer rampas para deslocamento entre os corredores da garagem e, caso os sensores da infraestrutura identifiquem obstáculos, o veículo para imediatamente.
Desde o início a prioridade foi tornar o estacionamento autônomo seguro, comenta a Bosch. Como ainda não há um processo de aprovação oficial para funções autônoma sem motorista, as autoridades locais de Stuttgart e o Ministério do Transporte do Estado de Baden-Württemberg supervisionaram o projeto desde a fase inicial junto com especialistas do serviço de inspeção técnica alemã TÜV Rheinland. O objetivo foi avaliar a segurança operacional da tecnologia automotiva e de estacionamento.
MWM celebra marca de 4,4 milhões de motores produzidos no Brasil
A MWM comemora marca de 4,4 milhões de motores produzidos em 66 anos de história. A empresa que sua Rede de Distribuição de peças e serviços conta com mais de 1.000 pontos em todo o mundo. Ao todo, são 16.000 itens ativos e mais de 2 milhões de peças movimentadas por mês.
A fabricante ainda destaca que seu CDP foi reconhecido em premiações nacionais de logística, possuindo as certificações IQA, DQS e IATF, 16949-2018. Outra conquista é o Delivery On time Brasil de 99,20%, ou seja, a companhia entrega o que promete em um dos melhores prazos do mercado. De acordo com a estratégia adotada por toda a empresa de seguir o conceito de Lean Manufacturing, ou seja, eliminação de desperdícios, buscando ganho em eficiência e produtividade, através de melhorias contínuas, o Centro de Distribuição de Peças da MWM também está inserido no conceito Lean nas linhas de embalagem e montagem de kits.
Teste comprova que uso de assento infantil é fundamental para segurança de crianças no trânsito
Segundo o teste Road Safety Report da Dekra, o uso de assentos infantis é fundamental para reduzir número de mortes de crianças no trânsito. Segundo a empresa, todos os dias, nas estradas do mundo todo, cerca de 300 crianças com menos de 15 anos morrem em acidentes de trânsito. Ainda que o número seja expressivo, já houve uma grande redução — o número era aproximadamente duas vezes maior em 1990.
O teste realizado na velocidade relativamente baixa de 50 km/h em áreas urbanas, deixa claro o que acontece em um acidente quando uma criança não está segura: “Para a medição, usamos dois bonecos — com altura de 1,13 metros e o peso de 23 quilos —, representando duas crianças de seis anos de idade: um foi preso adequadamente a uma cadeira de segurança e o outro ficou sentado sem restrições no banco de trás”, detalha Peter Rücker, do Dekra Crash Test Center.
Segundo a Dekra as imagens impressionam: enquanto o boneco da criança que estava devidamente segura é contido pelo cinto e protegido pela cadeirinha; o outro manequim — que estava solto e inseguro — voa incontrolavelmente dentro do veículo, resultando em vários impactos. “Se isso não fosse um teste de colisão, mas um acidente na realidade, essa criança praticamente não teria chance de sobrevivência. Além disso, qualquer passageiro no banco da frente também seria colocado em sério risco”, alerta Rücker.
O uso deste dispositivo de segurança nos veículos é obrigatório em várias nações, porém em países onde não é obrigatório o uso das cadeirinhas de segurança, como por exemplo a França, as estatísticas oficiais de acidentes demonstram que cerca de 20% das crianças e jovens que morreram em acidentes de carro em 2017 estavam soltas dentro do veículo, sem o uso de equipamentos adequados. Os EUA registraram números semelhantes em 2016, onde 17% das vítimas de acidentes de trânsito com menos de 15 anos não estavam seguras.
Nakata orienta sobre problemas com amortecedores recondicionados
A Nakata orienta como identificar se o amortecedor é ou não recondicionado. A empresa explica que o recondicionamento dos componentes não é uma prática recomendada porque não devolve o desempenho e estabilidade ao veículo porque à peça que já está usada. Segundo o gerente de qualidade e serviços da Nakata, Jair Silva, não é possível e nem viável fazer a substituição de todos os itens internos dos amortecedores, como válvulas, pistão, tubo de pressão, pois essas peças não são comercializadas no mercado separadamente.
O técnico ainda destaca que o recondicionamento nada mais é que um processo da troca do fluido hidráulico que não atende às altas temperaturas, sem falar nos outros componentes internos da peça que estão desgastados e perderam a eficiência. Além disso, é feito um furo do corpo do amortecedor para escoar. Com este procedimento, todas as partículas geradas pela broca vão para o interior da peça, e em pouquíssimo tempo de uso todos os componentes internos, que já estavam com a vida útil comprometida e terão o desgaste acelerado.
A principal dica para identificar se houve recondicionamento na peça é ver se o logotipo do fabricante está raspado. Este sinal é um dos mais característicos. Outra forma de verificar é rodar com o veículo com o amortecedor quente, pois vai apresentar instabilidade em curvas e fazer ruído na suspensão. Quando o amortecedor está frio pode não apresentar esses problemas e quando aquece, após rodar 20 minutos, começam a aparecer sinais de desgaste novamente. Isso acontece porque o fluido hidráulico colocado no recondicionamento não é adequado para esta finalidade, bem como as peças internas já perderam a vida útil, além de provocar desgaste em outras peças da suspensão, como batentes coxins, molas e batentes.
Sampel lança trinta novos códigos de peças na reposição
A Sampel, fabricante de metal/borracha, lança no mercado de reposição trinta novos itens. A empresa que está desde 1961 no mercado automotivo disponibiliza os novos códigos que incluem Bandejas, Suporte Hidráulico do Motor, Suporte do Câmbio e Suporte do Motor. A empresa explica que todos os lançamentos podem ser consultados em seu catálogo online no site da empresa.
Busca por mecânicos especializados em carros elétricos deve crescer nos EUA segundo pesquisa
Segundo estudo do Boston Consulting Group (BCG) em parceria Michigan Mobility Institute, os carros elétricos irão gerar mais de 100 mil novos empregos na próxima década nos Estados Unidos. O documento que se chama US Mobility Industry’s Great Talent Hunt (Caça de Talentos da Indústria da Mobilidade) aponta que serão até 115 mil novos empregos na próxima década.
Destes 115 mil novos trabalhadores, 45 mil exercerão funções ligadas à engenharia de mobilidade e à computação, enquanto outras 70 mil vagas serão criadas para profissionais encarregados de testar e fazer a manutenções dos veículos elétricos.
Dos engenheiros de mobilidade requeridos, oito mil serão apenas para desenvolver e construir veículos elétricos, outros 5 mil para construir veículos autônomos e mais 2 mil para desenvolver infraestrutura das estradas. As fabricantes também precisarão de 50 mil motoristas para testas os novos carros autônomos. Mais 10 mil vagas surgirão para mecânicos de veículos elétricos que entendam de alta voltagem e baterias; e, enfim, mais 10 mil vagas serão oferecidas para profissionais treinados para calibrar sensores e consertar peças robóticas.
O estudo destaca que não será fácil encontrar esses profissionais: a demanda por engenheiros de mobilidade será seis vezes maior que o número de habilitados nessas áreas previsto para ingressar na indústria automotiva. Hoje, menos de 1% dos recém-formados em áreas como engenharia ou ciência da computação vai para a área automotiva.
Ainda segundo a expectativa do estudo, em 2030 os carros elétricos representarão metade de toda a venda de veículos novos nos EUA. Já os serviços de mobilidade, como taxis autônomos, representarão outros 10% dos novos carros em circulação no mesmo período. Confira a íntegra do estudo no site da BCG.