Raio X: Haval H6 GT tem manutenção fácil para desbancar rivais? Veja resposta do especialista

SUV médio híbrido plug-in vende muito, mas é um carro de uma marca recém-lançada por aqui

Raio X: Haval H6 GT tem manutenção fácil para desbancar rivais? Veja resposta do especialista

Texto Felipe Salomão   Fotos Vinícius D’Angio

Lançado no começo de 2023, o GWM Haval H6 caiu nas graças dos consumidores brasileiros uma vez que ficou entre os quatro modelos mais vendidos na categoria de SUVs médios no ano passado com 10.704 unidades emplacadas, ficando atrás apenas do Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e Volkswagen Taos, segundo a Fenabrave. Um dos fatores para esse elevado número de vendas é o preço atrativo, bom acabamento, design arrojado e motorização eletrificada em todas as versões.

Por aqui, a montadora chinesa vende o SUV nas configurações H6 HEV por R$ 214 mil, H6 PHEV por R$ 269 mil e, por fim, o H6 GT PHEV R$ 319 mil. Inclusive, a configuração avaliada pela Revista O Mecânico foi exatamente a mais equipada, com motor mais potente e híbrido plugin: Haval H6 GT PHEV.

Raio X: Haval H6 GT tem manutenção fácil para desbancar rivais? Veja resposta do especialista

Embora o GWM Haval H6 GT ainda esteja longe das oficinas por ser um produto novo, ele inaugura a era dos veículos híbridos com alto volume de vendas no Brasil. Por isso, chamamos o professor do SENAI e, também, mecânico Mauricio Marcelino da Auto Mecânica Louricar LM, para responder se o crossover chinês tem condições mecânicas e a robustez esperada para desbancar os rivais que são de montadoras já bem estabelecidas no país e com conjuntos mecânicos já consagrados. “O produto chinês evoluiu muito e traz muita tecnologia”, afirmou Marcelino.

Raio X: Haval H6 GT tem manutenção fácil para desbancar rivais? Veja resposta do especialista

Além de destacar a tecnologia, Marcelino disse que os componentes do motor do GWM Haval H6 GT são de fácil acesso. “Em princípio, o modelo tem acesso fácil ao motor a combustão de 1.5 litro turboalimentado e, também, aos motores elétricos”, informou Marcelino. Contudo, alguns componentes podem atrapalhar o mecânico pela proximidade. “Os vasos de expansão (1) da bateria de propulsão e do motor estão bem próximos, o que pode confundir quem não tem conhecimento. Ademais, o líquido que vai no sistema de arrefecimento elétrico não pode conduzir corrente elétrica devendo haver atenção especial a esse quesito”, pontuou Marcelino.

Vale ressaltar que segundo o manual técnico do GWM Haval H6 GT, o líquido de arrefecimento do motor é o Etilenoglicol-35. Ao todo, são oito litros e a substituição deve ser feita a cada 84 mil km ou 60 meses. Já o líquido de arrefecimento do motor elétrico também é o Etilenoglicol-35, mas a capacidade é de 9,5 litros e o prazo também é de 84 mil km ou 60 meses.

Os acessos às conexões do ar-condicionado (2)são convencionais, bem como o reservatório do líquido de para-brisa (3). Sem a famosa “churrasqueira”, o acesso a fixação superior do amortecedor dianteiro fica em um bom lugar, facilitando a vida do mecânico. (4) Abaixo da capa do motor a combustão de quatro cilindros há um acesso fácil as quatro bobinas (5) e, também, o turbocompressor do propulsor a combustão. Já a transmissão em um sistema híbrido funciona um pouco diferente. “A transmissão é um conjunto ligado diretamente ao motor elétrico”, constata Mauricio lembrando que o câmbio do Haval usa uma relação de duas marchas chamada DHT.

Para quem não é mecânico, a vareta de medição do nível de óleo do motor também é de fácil acesso (6). No manual é recomendado utilizar o lubrificante API SP 0W-20, tendo a substituição a cada 12 mil km ou 12 meses. “Não podemos esquecer que é fundamental checar o nível de óleo do motor, assim como as velas, que no manual devem ser substituídas a cada 60 mil km ou 60 meses”, disse Marcelino. O radiador, que tem uma capa protetora, está em um bom local para manutenção do mecânico, que ao lado consegue visualizar a bomba de água do sistema de arrefecimento do motor elétrico. O filtro de ar do motor é de fácil reparabilidade com substituição a cada 12 mil km ou 12 meses. (7)

“O que está acontecendo para conferir mais potência aos motores, é que as fabricantes estão instalando uma bomba de alta e bicos injetores de alta pressão, melhorando muito o rendimento do propulsor injetando combustível com alta pressão, conseguindo uma melhor queima. Também não podemos esquecer que a injeção direta também consegue diminuir as emissões de gases nocivos ao meio ambiente”, constatou Marcelino em relação à injeção direta.

Diferente de outros veículos híbridos que não têm correia, o GWM Haval H6 GT traz uma correia Poly Vs (8), que movimenta a bomba d’água. Essa correia deve ser substituída a cada 108 mil km ou 9 anos. “Eu acredito que a manutenção para o mecânico é boa, pois é mais um componente que ele tem que trabalhar. Já para dono do veículo o reparo será mais em conta, pois a bomba é mecânica movimentada por correia”, disse Marcelino.

Até agora, amigo mecânico, todos os componentes foram de fácil acesso, mas o reservatório do fluido de freio está protegido por uma capa plástica (9) . “É importante analisar essa proteção, pois ela protege o fluido do cabo laranja, que é sinal de perigo. Por isso, o profissional que for trabalhar em um veículo híbrido precisa ter um curso para fazer a manutenção em um veículo eletrificado”, analisou Mauricio Marcelino. O fluido de freio utilizado é o DOT 4, que deve ser trocado a cada 48 mil km ou
36 meses. (10)

Ao lado direito do cofre do motor, há uma caixa preta, que até lembra a proteção da bateria, mas no caso do GWM Haval H6 GT é uma central eletrônica de fusíveis e de relês (11). “Ela está muito bem protegida, justamente para isolar contra o uso de jato de água para quem gosta de lavar o motor. Outro ponto importante é na hora da manutenção não é qualquer um que pode mexer, por mais que seja trocar um fusível ou relê”, disse.

Em contrapartida o ECU está “desprotegido” (12), que de acordo com Marcelino é por conta da refrigeração. “O ECU tem um pouco de aquecimento, por isso o ar tem que passar por ele. Hoje, os conectores vedam muito bem contra água”, afirmou. Já a bateria 12V fica dentro do porta-malas. “Geralmente, as montadoras colocam a bateria distante do cofre por conta da temperatura, o que eleva a vida útil da bateria”, destacou. Outra componente de fácil manutenção é fazer a troca das lâmpadas de LEDs dos faróis dianteiros. (13)

 

Cabo Laranja: sinal de atenção

“O que a gente tem que tomar cuidado é que o veículo híbrido é um veículo eletrificado com motor elétrico, com bateria de corrente contínua, com máquina eletrônica com inversor e conversor. Basicamente, eu tenho motores com corrente trifásica, que precisam do inversor. Então, quando eu ligo o veículo, a bateria de corrente contínua manda uma corrente contínua para inversor, que se transforma em corrente alternada. Por isso, existem os cabos laranja (14), que alertam ao motorista o risco de alta tensão. Para isso, há uma chave geral para desconectar toda a energia. É muito difícil alguém levar um choque, mas a eletricidade é invisível. Por isso, é importante procurar capacitação profissional para mexer nesse tipo de veículo”, afirmou Marcelino sobre o funcionamento do sistema híbrido.

Raio X: Haval H6 GT tem manutenção fácil para desbancar rivais? Veja resposta do especialista

Confiança na GWM

“Eu andei lendo que a GWM veio ao Brasil para mostrar serviço, uma vez que antes deles chegarem por aqui, eles mandaram uma grande quantidade de peças para o mercado brasileiro com o objetivo de não faltar componentes e equipamentos em caso de manutenção. Outro ponto que eu pesquisei é que eles têm profissionais de alto nível e concessionárias muito bem capacitadas”, afirmou Marcelino. Vale lembrar que a GWM terá uma fábrica em Iracemápolis (15), no interior de São Paulo, onde produzirá o Haval H6 e a futura picape Poer híbrida.

Undercar Haval H6 GT

Diferente de outros modelos, que contam com proteção de aço como em outros veículos. No caso do GWM Haval H6 GT há uma proteção de plástico, que melhora a aerodinâmica, bem como a segurança do carro seguindo uma norma de segurança. Assim como os componentes do cofre do motor, que tem acesso prático, o filtro de óleo do motor também é de fácil manutenção (16). O manual recomenda o API SP 0W-20, que deve ser substituído a cada 12 mil km ou 12 meses. O bujão do descarte de óleo também é simples de localizar. Os coxins (17) também são de fácil mexer, como a caixa de direção (18) e o agregado. A correia poly V e a bomba d’água (19) não tem um acesso complicado por baixo do Haval H6 GT.

“A suspensão é de chapa de aço na parte inferior e a manga de eixo (20) é em alumínio com uma liga resistente. Temos a bieleta ligada na barra estabilizadora (21), que é de fácil manuseio”, afirmou Marcelino. Os freios e as pinças de freio têm um acesso convencional. (22) Em relação ao escapamento (23), está de fácil manuseio, bem como a turbina fica próxima do agregado, o que não é difícil de mexer. Ao lado disso tudo, está a bateria de alta de 34 kWh (24), que é arrefecida por líquido, que é enviada por uma bomba de água elétrica para fazer a circulação do líquido na bateria. Próximo da tubulação de água, estão localizados os fios laranja. “A bateria está bem protegida com uma capa metálica. Além disso, um detalhe interessante que eu estava estudando nesse carro é que a montadora confere garantia bateria caso ela seja danificada por um impacto feito por uma pedra, por exemplo”, informou Mauricio.

Mais adiante, há um tanque de combustível de plástico de fácil manutenção. (25) Também é interessante observar que os cabos laranja saem da bateria em direção ao outro motor elétrico localizado na traseira do veículo (26). A suspensão traseira tem coifa (27), árvores de transmissão, homocinética, bandeja inferior de liga de alumínio, barra estabilizadora, bieletas (28), molas helicoidais (29), amortecedores (30), freio convencional a disco e freio a disco contam com acesso prático para reparação (31). O GWM Haval H6 utiliza um pneu 235/55 de 19 polegadas, que confere estabilidade e segurança. (32)

 

Treinamento para manutenção em veículos eletrificados

“No SENAI, nós dividimos os cursos por níveis, sendo que o nível 1, possibilita ao mecânico conhecer onde está a parte eletrificada. Já o nível 2 prepara o profissional para desenergizar a bateria, que seguirá normas de segurança como a NR10, que diz para o profissional desligar e verificar se tem tensão. Por fim, o nível 3 treinará o profissional para ele ter habilidade para reparar a bateria, o motor elétrico, o inversor, entre outros”, disse Marcelino. Vale ressaltar que na plataforma Curso do Mecânico e, também, Mecânico Pro contam com cursos gratuitos e pagos sobre sistemas híbridos e elétricos.

 

Considerações finais do mecânico

“Eu gostei muito da parte de manutenção dele. Falando para o mecânico temos uma correia a mais para trocar. Todos os acessos são práticos, o que ajuda muito na reparabilidade do GWM Haval H6 GT. Lembrando, que vai chegar na oficina sem muito segredo na parte a combustão, suspensão, freios, entre outros. Falando da parte eletrificada, mostra que o veículo eletrificado já é o presente. Por isso, é fundamental ter um treinamento para se dar muito bem. Enfim, o GWM Haval H6 GT chega para tirar o estigma de que carro chinês não presta”, destacou Mauricio Marcelino.

 

Flushing pode prejudicar motores de três cilindros com correia banhada em óleo: entenda

Produto também pode agredir outros componentes do conjunto motriz

A técnica Flushing consiste em utilizar produtos para fazer uma limpeza química do sistema de lubrificação do motor. Com isso, é esperado eliminar acúmulo de resíduos de óleo oxidado, popularmente conhecido como borra. Geralmente, para fazer isso são utilizados solventes com teor alto de aditivos detergentes, que dissolve as impurezas de dentro do propulsor. Contudo, essa técnica pode prejudicar motores de três cilindros com correia banhada em óleo.

“Essas correias são muito sensíveis ao contato de produtos químicos. Portanto, se esses produtos de Flushing não forem homologados pela montadora, o proprietário do veículo corre um risco em deteriorar a correia em um curto espaço de tempo. Por isso, é recomendado fazer uma consulta ao fabricante do veículo antes de fazer esse procedimento”, ressaltou o Consultor Técnico da Revista O Mecânico, Fernando Landulfo.

 

Além da correia banhada em óleo, a técnica de Flushing pode prejudicar outras peças do motor, uma vez que resíduos de borra podem parar nas válvulas de admissão e escape. Portanto, entupindo os cilindros, dutos e galerias internas do conjunto motriz, levando ao travamento do propulsor com anéis, bronzinas e camisas dos pistões danificadas por acúmulo de resíduos de óleo oxidado não dissolvidos.

Qual o óleo correto do motor 1.3 turbo T270 dos Jeep Renegade, Compass, Commander e Fiat Toro?

Motorização 1.3 litro turbo flex chegou ao Brasil em abril de 2021 no SUV médio mais vendido do país e ganhou espaço em outros modelos

Jeep Compass 1.3

A história do motor T270 da Stellantis começou na linha Jeep em abril de 2021, quando a marca lançou o Compass com esse conjunto motriz substituindo o 2.0 aspirado. Logo em seguida, o propulsor passou a equipar o Commander, lançado em agosto de 2021. Por fim, em fevereiro de 2022 no Renegade. Desta forma, o motor T270 equipa três modelos com alto volume de vendas só na Jeep, como é o caso do Compass, líder no ranking de SUVs médios com mais de 7,6 mil unidades vendidas entre janeiro e fevereiro deste ano, segundo a Fenabrave. Vale ressaltar que essa motorização também além da Toro, Pulse e Fastback Abarth.

Jeep Compass 1.3

Portanto, para acabar de vez com as dúvidas sobre o óleo correto para o motor T270 dos Jeep Renegade, Compass e Commander, a Revista O Mecânico traz a especificação correta. Contudo, antes é preciso informar os dados técnicos dessa motorização.

O motor T270 tem aspiração com turbocompressor, alimentação por injeção direta, com quatro cilindros em linha, com comando de válvula único no cabeçote, com acionamento do comando por corrente, além de ter variação do comando por admissão, tuchos hidráulicos, quatro válvulas por cilindro, sendo 70 mm o diâmetro do cilindro, o curso do pistão é de 86,5 mm, a razão de compressão é de 10.5:1, o código do motor é o GSE T270, a cilindrada unitária é de 333 cm³ e o deslocamento é 1332 cm³.

Em relação à potência, esse motor entrega 185 cv com etanol e 180 cv com gasolina. O torque para os dois combustíveis é de 27,5 kgfm. Já o peso potência é de 7,94 kg/cv e o toque específico é de 20,6 kgfm/litro. O peso de torque é de 53,4 kg/kgfm. Por fim, a potência específica é de 138,9 cv/litro. A transmissão é automática de seis velocidades Aisin TF72-SC com conversor de torque acoplado.

Jeep Commander

Óleo correto motor 1.3 T270

O óleo correto indicado pela Jeep para os modelos Compass, Renegade e Commander é o Mopar MaxPro Synthetic 0W30 ACEA C2 – FCA 9.55535-GS1.

Versões com motor T270

Todas as versões do Jeep Renegade são equipadas com motor T270, partindo pela 1.3 Turbo por R$ 118.290 e saindo no topo de linha Longitude Dark T270 por R$ 169.990. Já no Compass equipa cinco versões, começando pela Sport T270 por R$ 184.990 e chegando na Série S T270 por R$ 249.990. Na linha Commander equipa as configurações Longitude T270 por R$ 241.590, Limited T270 por R$ 261.790 e Overland T270 por R$ 289.990.

Jeep Compass 1.3

Dados de vendas

O Jeep Compass foi o SUV médio mais vendido no Brasil entre janeiro e fevereiro com 7.665 unidades emplacadas. Já o Commander lidera o segmento de SUVs de grande porte com 2.191 unidades vendidas no mesmo período. Por sua vez, o Renegade é o quinto mais comercializado na categoria de SUVs compactos com 6.521 unidades negociadas nos dois primeiros meses do ano. Os dados são da Fenabrave.

Sistema de direção elétrica Renault

Veja detalhes do sistema de direção elétrico da Renault; diferenças entre os sistemas hidráulicos, eletro-hidráulicos e elétricos

Sistema de direção elétrica Renault

Texto Vitor Lima Fotos Renault & Vitor Lima

Desde o primeiro automóvel produzido pela Renault, em 1898, o Renault Voiturette, algumas semelhanças com os veículos atuais podem ser vistas com componentes como o conjunto de roda/pneu, direção e motorização. Porém, todos os sistemas envolvidos em um veículo mudaram com o passar dos anos. Naquela época, não havia sistemas eletrônicos envolvidos nos veículos se comparados com um veículo atual.

Dentre os diversos sistemas que podem ser listados, o da direção além de permitir a dirigibilidade do veículo por parte do condutor, também pode garantir a estabilidade nas vias, em conjunto com outros componentes. Mas os sistemas de direção mudaram tanto assim?

Para começar, existem 4 principais tipos de direção automotiva, porém, todas são derivadas do conceito da direção mecânica. Este tipo de direção é comum estar presente nos carros antigos, mas ainda é possível encontrar em alguns veículos populares no Brasil. O sistema é bem conhecido pela ausência de qualquer assistência eletrônica, o que exige mais esforço no braço por parte do condutor ao manobrar o veículo.

Sistema de direção elétrica Renault

Direção mecânica

O sistema de direção mecânica é bem simples de ser explicado, os componentes presentes são barra de direção, braço, caixa de direção, coluna, árvore e volante. O movimento ao virar o volante, é transferido para a caixa de direção por meio da coluna.  O controle das rodas é efetuado pelos braços de direção que, convertem o movimento rotacional recebido em movimento horizontal, assim, permitem a condução do veículo.

Esse sistema foi melhorado e ganhou a sua primeira assistência em 1920, com o projeto da direção hidráulica que se popularizou em meados dos anos 1950 e 1960. Porém, aqui no Brasil, teve a sua primeira aparição em 1967. Mas como funciona a direção hidráulica?

Diferente da direção mecânica, a direção hidráulica se torna mais leve ao condutor pelo fato da adição de componentes como uma bomba hidráulica, fluido, reservatório do fluido, válvula de rotação e as tubulações para compor o sistema hidráulico. O instrutor da Renault Academy Brasil, Ricardo Ribeiro, explica o funcionamento do sistema. “Essa bomba tem um circuito hidráulico que ajuda a movimentar a caixa de direção. Dentro da caixa, diferente da mecânica, existem dois pistões. Ao virar o volante, a pressão hidráulica auxilia no movimento das rodas para um lado ou para o outro. A válvula de rotação é quem faz o direcionamento do fluido”, explica.

Esse tipo de assistência beneficia no funcionamento da direção, o que torna o movimento mais leve. Outro benefício é a redução do ângulo de rotação do volante de direção, isso faz com que o movimento efetuado no volante para esterço das rodas seja menor. Ao conduzir o veículo com esse sistema, as vibrações e impactos sentidos pela direção são reduzidos, pois a parte hidráulica do sistema absorve um pouco desses impactos causados pelo solo, o que ajuda também na redução de ruído.

Porém, Ricardo comenta outra característica desse sistema. “Uma das características desse sistema é que, independentemente da velocidade, a direção está sempre com assistência. Para isso, foi criado um recurso mecânico, no qual é utilizado uma válvula dentro da bomba de direção, a fim de diminuir a assistência da direção conforme o aumento da rotação do motor”, explica. Um dos fatores negativos dessa solução é que, em alguns casos, o veículo pode ter a rotação alta do motor, mas com baixa velocidade. Por causa dessa condição outra solução foi desenvolvida, o sistema de direção eletro-hidráulico.

Sistema de direção elétrica Renault

Direção Eletro-Hidráulica

Como o nome sugere, o sistema eletro-hidráulico une as características de funcionamento do sistema hidráulico, com a adição da assistência elétrica. Isso é feito por meio de um motor elétrico acoplado na bomba de direção. O sistema é acionado de maneira eletrônica e conta com a existência de um calculador e um módulo. Estes realizam a leitura da velocidade para que seja balanceado a quantidade de assistência fornecida para a direção.

Sistema de direção elétrica Renault

Direção assistida eletricamente
(EPS – Electric Power Steering)

Para o sistema de direção eletricamente assistida, os componentes são os mesmos de uma direção mecânica, com a existência de um pinhão e cremalheira, coluna de direção e afins. Além de usar um motor elétrico para assistência ao condutor, mas neste sistema, o motor elétrico está posicionado na coluna de direção. Com a exclusão de qualquer sistema hidráulico e a bomba de direção, o motor utiliza a tensão elétrica para o funcionamento.

A unidade de direção EPS é constituída por um calculador de direção. Este que é integrado a coluna de direção. O instrutor da Renault Academy Brasil, Ricardo Ribeiro, informa que, atualmente, os modelos de caixa de direção assistida eletricamente possuem o calculador integrado, mas existem projetos que não são integrados. “Em alguns casos, existe o posicionamento do calculador fora da coluna de direção, mas, atualmente não, pois tudo é integrado, por questão de manter o conjunto compacto dentro do habitáculo”, informa.

Sistema de direção elétrica Renault

Conectados a esse sistema por meio da rede multiplexada do veículo, o calculador de direção recebe o sinal da caixa EPS, do calculador do sistema ABS e do calculador da transmissão. Em caso de algum problema com a caixa de direção EPS, o calculador de direção emite os sinais para o painel de instrumentos do veículo.

De acordo com a ilustração apresentada ao lado, a unidade EPS é constituída por uma barra de torção, um sensor de torção ou sensor de binário, um motor elétrico, coroa e uma engrenagem helicoidal.

Sistema de direção elétrica Renault

Ligado ao volante de direção, existe uma barra que se conecta com uma estrutura menor que sofre deformação, Ricardo comenta sobre o funcionamento desse mecanismo. “Conforme o movimento do volante de direção, essa estrutura “flexível” sofre deformação para um lado ou para o outro. Essa deformação é medida por meio de um sensor que indica a força que o condutor está realizando para virar o volante, desta maneira há o entendimento por parte do calculador de direção para designar a quantidade de torque necessário para o motor elétrico”, explica.

O motor elétrico é trifásico e possui um módulo e um módulo de potência, localizados dentro da caixa EPS para transformar a corrente contínua (DC) em corrente alternada (AC). A coroa e a engrenagem helicoidal atuam na barra de direção. Para exemplificar o funcionamento do sensor de torção ou sensor de binário, confira a imagem a seguir.

Sistema de direção elétrica Renault

Como base a imagem na página seguinte, o sistema atua da seguinte maneira. O conjunto possui duas metades que estão interligadas, do lado direito, está posicionado a barra ligada ao volante de direção [5], e as bobinas de referência [2]. O lado esquerdo tem a barra conectada a caixa de direção [6]. Entre uma barra e outra, está posicionado a barra de torção, ela que é responsável por sofrer deformação referente ao esforço realizado pelo volante na barra de direção.

Conforme essa barra sofre deformação, as duas coroas que interligam as partes da coluna de direção ficam defasadas, nesse momento a bobina de medição [1] reconhece que o sinal eletrônico está alterando e informa ao sensor eletrônico da direção [3]. Por sua vez, o módulo envia o sinal para o calculador de direção [4] que faz o acionamento do motor elétrico.

O sinal recebido pelo sensor e emitido para o calculador de direção é redundante, ou seja, é recebido e enviado por duas vias. Essa condição é interna dos sensores e não pode ser vista fisicamente. Caso uma das vias falhe na comunicação, a outra continua emitindo o sinal para que não haja parada do sistema.

Sistema de direção elétrica Renault

Sensores do tipo Hall produzem um sinal quadrado, a bobina de referência possui este tipo de sensor, desta maneira, o sensor eletrônico de direção mede constantemente o sinal emitido pela bobina de referência. Já a bobina de medição, emite o mesmo tipo de sinal, porém, quando a diferença no sinal enviado, ocorre um pico, como observado pelo sinal da imagem acima.

Esse pico indica quanto o sinal deformou, ou seja, quanto de deformação foi sofrido pela barra de torção entre as duas coroas que interligado a coluna de direção. Isso indica com qual intensidade o volante foi esterçado. Essa informação é entendida pelo sensor eletrônico de direção e enviada para o calculador de direção.

Sistema de direção elétrica Renault

Ricardo ressalta que há mais um sensor no conjunto de direção assistida eletronicamente, localizado atrás do volante de direção. “Atrás do volante está o sensor de ângulo. Ele também envia informação para o calculador de direção, como a quantidade em que o volante está girando e para qual dos sentidos, horário ou anti-horário”, explica.

Com base nas informações obtidas do sensor de ângulo, do sensor de torção e o sentido de rotação, o calculador atua no acionamento do motor elétrico. O instrutor da Renault Academy Brasil, alerta o mecânico para que tenha cuidado no momento da desmontagem do conjunto de direção, e com o sensor de ângulo localizado atrás do volante.

Sistema de direção elétrica Renault

Cuidados

Os procedimentos de manutenção devem ser levados com cuidados, pois, a prática de alguns profissionais para remover o terminal de direção a base de pancadas pode danificar a caixa de direção, principalmente alguma bucha de regulagem de folga que exista dentro da caixa mecânica. Por estar localizado na coluna de direção, os componentes do sistema de assistência elétrica da direção não são afetados por essa prática.

Ricardo informa aos mecânicos que qualquer problema com os sensores, seja o de ângulo atrás do volante, ou os internos na caixa EPS, não podem ser comprados separadamente. Pois, a Renault não vende os componentes separadamente, qualquer problema na caixa EPS, tem que realizar a substituição por completo.

Sistema de direção elétrica Renault

Em alguns casos, existe há necessidade de o profissional utilizar o scanner automotivo ao realizar o alinhamento da direção em veículos que possuem o sistema assistido eletricamente, o instrutor da Renault informou o motivo. “Em alguns casos existe essa necessidade, para indicar à coluna onde é a posição zero. Em outros casos não, só o fato de andar com o veículo, o sistema reconhece qual é a posição de linha reta”, comenta.

Alguns cuidados adotados para direção hidráulica não se aplicam no sistema de direção elétrica, por exemplo a recomendação de não manter o fim de curso no volante para não forçar a bomba de direção hidráulica. No sistema elétrico, o calculador percebe que o volante chegou ao fim do batente e dessa maneira, retira a assistência imposta pelo motor elétrico.

Movimentar o volante com o carro desligado, não danificará o sistema de direção elétrica. O que ocorre é que a direção ficará mais pesada pelo fato de o sistema estar fora de operação, não fornecendo nenhum tipo de assistência. O instrutor da Renault comenta que há casos que isso é impossível de acontecer e explica. “Em alguns casos isso é impossível, pois, existe uma trava integrada nesse conjunto. Essa trava é parecida com as existentes nos veículos antigos que, ao retirar a chave do comutador, ele trava o volante evitando seu funcionamento. Porém, atualmente é uma trava elétrica, o calculador de direção que efetua essa trava, então nos carros que possuem essa trava, com o carro desligado, não é possível girar o volante”, informa.

ZF Lifetec é a nova marca para divisão de sistema de segurança passiva ZF

Vendas da divisão atingiram 4,7 bilhões de euros em 2023

ZF Lifetec é a nova marca para divisão de sistema de segurança passiva ZF

A ZF comunicou que a ZF Lifetec será a nova marca para divisão de sistema de segurança passiva da empresa. Segundo a companhia, no ano passado as vendas da divisão atingiram aproximadamente 4,7 bilhões de euros.

“Nossa Divisão de Sistemas de Segurança Passiva se desenvolveu de forma excelente. Como marca independente, a ZF LIFETEC ganha o escopo estratégico para acelerar ainda mais o crescimento das vendas e a rentabilidade”, disse Dr. Holger Klein, CEO do Grupo ZF. “A separação está progredindo bem e continuamos explorando outras opções para desenvolver ainda mais a ZF LIFETEC no futuro”.

Vale ressaltar que essa mudança começou em outubro de 2022, quando o Grupo ZF iniciou a separação da divisão de sistemas de segurança passiva, abrindo novas oportunidades estratégicas para o desenvolvimento futuro, visando impulsionar as vendas e a rentabilidade da empresa.

“O anúncio de hoje da nova marca ZF LIFETEC é um sinal visível, tanto interna quanto externamente, do posicionamento independente e das aspirações da Divisão de Sistemas de Segurança Passiva”, acrescentou o Dr. Martin Fischer, Membro do Board Mundial do Grupo ZF responsável pela Divisão de Sistemas de Segurança Passiva.

Com isso, a ZF Lifetec será uma das principais fornecedoras mundiais de equipamentos de segurança passiva do mundo, operando em 46 regiões distribuídas em 18 países. Além disso, conta com uma participação de mercado de mais de 20% das vendas globais em suas principais categorias de produtos. O portfólio de produtos traz desde airbags e volantes até cintos de segurança, abrangendo tanto veículos populares como os mais luxuosos e sofisticados.

Mito ou verdade: dar tranco no carro prejudica o motor?

Em alguns casos utilizar essa técnica para ligar o veículo pode tirar o motor do ponto

Mito ou verdade: dar tranco no carro prejudica o motor?

O famoso fazer o veículo pegar no tranco pode ser prejudicial para o motor, o deixando fora do ponto. Segundo o Consultor Técnico da Revista O Mecânico, professor Fernando Landulfo, o chão de oficina tem relatado problemas por conta dessa técnica. “Não só algumas linhas de pensamento, mas como o chão de oficina tem relatado, que em alguns casos, dependendo do tensionamento da correia e, também, do estado da correia. Neste caso, entenda como desgaste, assim como o estado das polias dentadas, entenda também como desgaste. Pode provocar o pulo de um dente da correia, prejudicando o motor do veículo”, explicou.


Além dessa pergunta, Landulfo respondeu outros questionamentos no programa Mecânico Responde. Entre elas, estava a questão: “Professor, qual é o tempo de vida útil de uma válvula termostática?”, que foi enviada pelo nosso canal no YouTube @endel5267. Claro, o professor não deixou a questão sem resposta. “Cada montadora especifica um valor, seja por tempo ou por quilometragem. Não existe uma regra única”, informou. Portanto, olhe muito bem o manual do veículo para saber o tempo correto da troca da válvula termostática.

 

Outra questão enviada foi a do @Mateus.Cardoso, via YouTube, que perguntou: “Álcool isopropílico dá certo como combustível? Seria melhor do que o etanol?”. Landulfo ressaltou que não há estudo sobre o álcool isopropílico em veículos. “Mateus, não existem estudos científicos publicados, que se refiram a essa utilização. Mas o que podemos dizer em relação ao isopropanol é que apesar de ele gerar mais energia por unidade queimada, ele tem a tendência de atacar algumas borrachas no sistema de alimentação. Logo, a utilização, além de ser bem mais cara, não é recomendada”, disse o Consultor Técnico da Revista O Mecânico.

Raio X: BYD Dolphin Mini tem um bom nível de construção, avalia professor do SENAI

Compacto elétrico tem preço de R$ 115,8 mil, motor de 75 cv e autonomia para rodar até 280 km no ciclo PBEV

Raio x: BYD Dolphin Mini tem um bom nível de construção, avalia professor do SENAI

Texto Felipe Salomão Fotos Lucas Porto

É um fato que a BYD intensificou os lançamentos de veículos no Brasil nos últimos meses, indo dos caminhões e ônibus elétricos para carros elétricos mais acessíveis como o Dolphin e o Dolphin Mini. Com a estreia do Dolphin Mini por R$ 115.800, com motor elétrico de 75 cv e autonomia para rodar até 280 km no ciclo do Inmetro PBEV, a BYD entra na seara dos concorrentes compactos na mesma faixa de preço equipados com motor 1.0 turbo a combustão e câmbio automático. Será uma briga interessante neste mercado disputado de modelos compactos e que agora tem um estreante na mesma faixa de preço, porém elétrico.

Com tantas novidades nos últimos anos, como a chega do híbrido Song Plus, que já o terceiro SUV médio mais emplacado no país, e dos elétricos Seal, ficando atrás apenas do Corolla nas vendas, e Yuan Plus, o público criou uma grande expectativa com o Dolphin Mini, esperando um preço igual a de veículos a combustão de entrada, o que não aconteceu, frustrando quem pretendia comprar o elétrico. Ainda assim, no lançamento, 3.343 unidades do modelo foram vendidas.

Raio x: BYD Dolphin Mini tem um bom nível de construção, avalia professor do SENAI

Além da polêmica do preço, o BYD Dolphin Mini terá que enfrentar outros fatores como o pós-venda, que tem deixado o consumidor em alerta, uma vez que há registros de reclamações de clientes por falta de peças. Com todo esse histórico, a Revista O Mecânico ficou com o veículo durante três dias antes do lançamento, o que nos permitiu fazer um Raio X completo do Dolphin Mini. Para isso, chamamos José Martinho, que é professor do SENAI, para nos ajudar a fazer uma avaliação técnica longe das polêmicas que têm gerado uma grande discussão nas redes sociais.

Raio x: BYD Dolphin Mini tem um bom nível de construção, avalia professor do SENAI

Construção e Tecnologia

A princípio, José Martinho destaca o bom nível de construção e evolução tecnológica dos carros chineses da BYD. “O nível de construção e de acabamento, mostra que o Dolphin Mini está muito bem-acabado. Esse preconceito contra chineses têm um fundamento por conta do passado, mas as pessoas precisam ter consciência que a tecnologia evolui. E a BYD sabe produzir carros para todos os tipos de gostos e bolsos”, analisou.

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Por ser um veículo compacto com apenas 3,78 metros de comprimento, o cofre do capô é diminuto, mas com fácil acesso para os componentes. “Alguns componentes que são essenciais para nosso amigo mecânico estão de fácil acesso como a bateria (1) de 12V de 40 amperes com 330V de corrente de partida a frio. Inclusive, o ponto principal dessa bateria é fornecer energia para ativar o sistema de alta tensão, que depois por meio da eletrônica de potência controla todo o carro. Por isso, ela não precisa ser tão grande e no futuro será barato de arrumar”, analisou Martinho.

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Na dianteira do veículo também está a caixa de junção (2), que permite conexão de vários componentes com o sistema de alta tensão do Dolphin Mini. “Na frente do veículo temos vários layers, onde são montados os componentes de alta tensão ocupando pouco espaço, o que confere segurança. Mas é preciso respeitar todos os cabos laranja (3) e as etiquetas. Portanto, se você não sabe o que é o componente, o melhor é não mexer sem ajuda de um especialista”, ressaltou o professor.

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A tubulação do ar-condicionado (4) está próxima do corta fogo, mas segundo Martinho é de fácil acesso, além de utilizar o fluido R134A, não utilizando o novo fluido R1234YF, que não tem mais carbono, mas a utilização deste novo fluido fica por conta da fabricante. “Por mais que esteja bem escondido e que o veículo seja compacto, o acesso é bom para o ar-condicionado”. Do lado direito há o sistema airbooster (5) de freio, que integra o ABS e ESP, sem a necessidade do servo freio tradicional, o que não necessita da bomba de vácuo, conferindo mais simplicidade à construção do carro.

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A dianteira também conta com a tampa do reservatório do limpador de para-brisa (6) e a tampa metálica tradicional do reservatório do líquido de arrefecimento (7), que segundo José ajuda o meio ambiente. “Outras marcas utilizam essa tampa, pois como eu não posso ter vazamento de fluídos há uma expansão do líquido. Portanto, quando ele expande ele sai do radiador e vai para o reservatório (8). Já em baixa temperatura o líquido vai para o radiador”.

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Por fim, o BYD Dolphin Mini conta com o reservatório do fluído de freio (9) e uma caixa de fusíveis (10). Todos esses componentes estão apoiados em braços de alumínios (11), que são uma estrutura leve e resistente, conferindo a massa de transporte menor do carro.

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Antes da análise Undercar, Martinho faz um alerta para segurança em caso de acidentes em veículos elétricos. “Esse veículo tem um ponto para uma intervenção de segurança para os bombeiros (12). Em caso de emergência para garantir que o sistema de alta tensão esteja sem energia, conferindo segurança para as equipes de resgate, há um ponto de corte em um cabo com identificação, que permite aos bombeiros fazerem dois cortes um antes da etiqueta e um depois para que desligue o sistema sem que ela seja ligada depois”, pontuou o professor.

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Undercar BYD Dolphin Mini

Simplicidade, essa é a palavra que pode definir o inferior do BYD Dolphin Mini. “No quesito de construção o carro tem uma simplicidade, que nossos amigos mecânicos vão gostar muito por conta dos itens acessíveis para manutenção tradicional, mesmo que o veículo elétrico demande pouca manutenção”, afirmou Martinho.

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A suspensão é tradicional com bandeja e pivô parafusado, o que possibilita trocar apenas o pivô (13). A manga de eixo é convencional (14) e o amortecedor tem mola integrada da conhecida suspensão McPherson (15), instalada na ampla gama de veículos vendidos no mundo. A barra estabilizadora também é tradicional com bieleta presa na torre do amortecedor (16). O agregado está preso por dois parafusos de maneira simples e de fácil acesso.

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Também há uma barra de proteção na bateria (17), igual ao GWM Ora 03, e diferente do Dolphin, que não conta com essa proteção. Na frente dessa proteção há tomadas conectadas pelos famosos cabos laranjas, além dos cabos do ar-condicionado (18), que tem uma outra função no Dolphin Mini. “A gestão térmica da bateria é feita pelo fluido do ar-condicionado. Certamente, os packs de bateria sobre um estrado onde passa o fluido do ar-condicionado, diminuindo a quantidade de fluido de arrefecimento”, avaliou Martinho.

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De volta a peças convencionais, o BYD Dolphin Mini tem pinça de freio tradicional com pinos flutuantes e com freio a disco ventilado na dianteira (19). A caixa de direção (20) é mecânica com assistência na coluna como acontece em vários veículos vendidos no Brasil.

Os cabos laranja saem da bateria até a caixa de junção (21), onde a energia é distribuída para o inversor de potência, que é colocado ao lado do motor elétrico de tração. A Bateria LFP tem tensão nominal de 288 volts e a corrente nominal é de 135 ampere hora (22). Na bateria há um cabo na cor cinza ligando os componentes ao chassi (23), protegendo as pessoas contrachoques em veículos eletrificados. Ainda na traseira o amortecedor é tradicional (24) e o eixo traseiro é simples (25) com apenas uma bucha. Os freios são a disco sólido (26), além de contar com freio de estacionamento eletrônico (27). Por fim, na carroceria há um aplique antirruídos para conferir mais conforto para os passageiros e motorista (28).

Corteco e Rede Oficina Amiga da Mulher realizam treinamento hoje; veja como participar

Treinamento online terá informações sobre retentores, juntas e coxins

A Corteco firmou parceria com a Rede Oficina Amiga da Mulher para realizar treinamento online chamado de Vedações – Portfólio e Aplicações. O curso, que acontece hoje (25/03), terá informações sobre retentores, juntas e coxins para atualizações das mecânicas e mecânicos brasileiros.

 

De acordo com as empresas, o treinamento terá palestras de Leonardo Lisboa, analista Técnico da Corteco, e Eduardo Diniz, analista de Produtos da Corteco. É esperado aproximadamente 40 oficinas participantes, que fazem parte da Rede Oficina Amiga da Mulher.

 

“Prezamos muito pela formação e capacitação dos profissionais da reparação. Esta oportunidade com a Rede Oficina Amiga da Mulher nos permite estreitar o relacionamento com esse público, além de levar muito conhecimento técnico sobre os nossos produtos”, comenta Estela Pacheco, gerente de Trade Marketing da Corteco.

 

Agenda
Treinamento:
Vedação – Portfólio e Aplicações
Data: 25/03/2024
Horário: 19h
Informações: site www.corteco.com.br ou WhatsApp (11) 95033-8809

 

Cofap amplia catálogo de amortecedores para veículos pesados

 

Novos amortecedores de cabine atendem veículos das marcas Agrale, Mercedes-Benz, Volvo e Volkswagen

A Marelli Cofap Aftermarket apresenta 12 novos códigos de amortecedores de cabine Cofap para veículos pesados, que atendem às marcas Agrale, Mercedes-Benz, Volvo e Volkswagen.

Com essas novidades, a marca Cofap passa a oferecer 500 códigos entre amortecedores de suspensão e cabine destinados a veículos comerciais pesados, caminhões e ônibus.

O amortecedor de cabine absorve choques e vibrações da estrada, proporcionando uma condução mais suave e confortável, aliviando a fadiga e melhorando a atenção e controle do motorista, especialmente em condições adversas.

Por ser um item importante para a segurança, é recomendado a revisão periódica do amortecedor. Os componentes internos, como tubo de pressão, pistão, molas e válvulas, entre outros, sofrem desgaste natural e se não estiverem funcionando corretamente, podem comprometer a eficiência e o funcionamento do amortecedor

FPT Industrial chega a 200 mil motores produzidos em Córdoba, na Argentina

Fábrica no país vizinho foi inaugurada em 2012

 

A FPT Industrial, marca do Iveco Group, alcançou o marco de 200 mil motores produzidos em sua fábrica de Córdoba (Argentina), menos de dois anos depois de alcançar o marco de 150 mil em setembro de 2022.

Suas duas linhas de montagem produzem a série NEF de médio porte, juntamente com as versões de motores pesados Cursor 9, 10, 11 e 13, sendo que o motor número 200.000 é um Cursor 13 Euro VI destinado ao Brasil. A fábrica, na realidade, não é apenas um importante centro de produção no país, como também se distingue pela exportação, no caso do Cursor, 100% dos motores produzidos são enviados para o Brasil.

“Duzentos mil motores são um feito significativo que é compartilhado por todos que fazem parte da FPT Industrial. Sem dúvidas, isso não seria possível sem o comprometimento de cada um dos membros da equipe que contribuem com seu trabalho e conhecimento visando o crescimento e o desenvolvimento da empresa todos os dias”, informa o presidente da FPT Industrial para a América Latina, Marco Rangel.

“É claro, parcerias estratégicas que orientam a inovação e a sustentabilidade dos nossos produtos também são essenciais. Por meio delas, permanecemos ativos em todos os setores-chave da indústria”, acrescenta Rangel.

Os principais clientes da FPT Industrial na Argentina incluem a CNH industrial, a Palmero e a Caimán para equipamentos agrícolas e de construção, a IVECO, para veículos comerciais leves, médios e pesados. No segmento de geradores de energia, a Himoinsa, a Elektrogen, a Powgen e a Casa Fenk.

O motor Cursor 13, têm um sistema de injeção Common Rail de alta pressão de 2.200 bar, um turbocompressor de geometria variável controlado eletronicamente, e o sistema de pós-tratamento HI-eSCR exclusivo da FPT Industrial, que permite o cumprimento das normas Euro VI sem a necessidade de sistema EGR.

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