O setor de reparação automotiva do Paraná está adotando práticas de logística reversa propostas por plano de gerenciamento de resíduos sólidos, com a finalidade de ajudar na preservação do meio ambiente. Um desses exemplos é o empresário Sandro Cruppeizaki que há cinco anos realiza a separação adequada dos resíduos produzidos na Mecânica Beto, em Curitiba/PR, incluindo itens como plástico, papel, metais, borrachas, estopas e óleo lubrificante. A cada mês, são aproximadamente 150 quilos de materiais sólidos e 100 litros de óleo descartados corretamente, seja enviando para reciclagem ou para destinação final específica, sem contaminar o meio ambiente.
Atitudes como essa representam uma tendência mundial observada em diversos empreendimentos automotivos, como afirma Cruppeizaki, que também é vice-presidente do Sindirepa-PR (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Paraná). “Atualmente, os clientes, especialmente as empresas que gerenciam grandes frotas, buscam oficinas que se enquadrem em um modelo ambientalmente correto. Esse é um ponto favorável para as oficinas, os consumidores e o meio ambiente”, comenta.
No Estado paranaense, que acompanha esse compromisso, está prevista a implantação do plano de logística reversa do setor de reparação de veículos, conforme termo de compromisso firmado recentemente, em dezembro de 2014. O documento foi assinado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) e a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), a fim de garantir que os resíduos gerados comercialmente não comprometam os recursos naturais.
A entidade responsável por colocar em prática as ações do programa, juntamente com os empresários de reparação automotiva, é o Sindirepa-PR, filiado à Fiep. Para facilitar o processo, todas as orientações estão reunidas em um manual de gerenciamento de resíduos sólidos. De acordo com Sandro Cruppeizaki, o objetivo é atender aos requisitos exigidos pela Lei nº 12.305/2010, além de fomentar o desenvolvimento econômico de forma sustentável.
O prazo para executar o plano começa a valer em 2015, com 10 anos previstos para adequação, mas a iniciativa já é aplicada em dez cidades paranaenses, por meio do Sindirepa representante em cada local. Os municípios são: Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Francisco Beltrão, Paranavaí, Maringá, Toledo, Bandeirantes, Umuarama e Foz do Iguaçu.
Nessas regiões, a consciência ambiental contribui para diminuir o índice de negligência com o lixo descartado diariamente, considerando que 40% dos resíduos sólidos urbanos produzidos no país ainda têm destino impróprio, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).