Uso do motor com mistura inadequada pode diminuir vida útil das peças
Uma mistura ar-combustível incorreta, seja ela rica ou pobre, pode afetar o desempenho, consumo e durabilidade do motor. Quando isso ocorre, o problema pode ser no sistema de injeção, admissão ou em sensores, por exemplo. Assim, para ajudar a identificar quando a mistura ar-combustível está fora do adequado, a revista O Mecânico mostra os principais sintomas que surgem nesse caso.
Um dos primeiros sinais de mistura incorreta é a perda de desempenho e falhas de aceleração, onde uma mistura rica com excesso de combustível tende a provocar combustão incompleta, reduzindo a potência e aumentando o consumo. já uma mistura pobre, pela falta de combustível, pode resultar em falhas de ignição principalmente sob carga.
Uma marcha lenta irregular também é um sintoma comum de problemas, pois quando há mistura rica, é possível que haja oscilações e até “engasgos” devido ao excesso de combustível, que encharcam as velas de ignição. Na mistura pobre, a marcha lenta pode apresentar vibrações e quedas bruscas de rotação, e até o desligamento do motor. Normalmente, esse sintoma é causado por problemas no sensor MAF e na sonda lambda.
Também, no escapamento, uma mistura rica costuma gerar fumaça preta, resultado da queima incompleta e excesso de hidrocarbonetos. Já uma mistura pobre pode apresentar gases um pouco mais esbranquiçados, devido ao excesso de oxigênio na queima.
No diagnóstico, a análise das velas de ignição pode ajudar a identificar problemas na mistura ar-combustível, onde velas com depósitos de carbono e úmidas indicam excesso de combustível, enquanto eletrodos esbranquiçados e com sinais de superaquecimento sinalizam mistura pobre.
Por fim, é fundamental realizar o diagnóstico para achar a causa raiz desses problemas, visto que o uso prolongado do veículo com mistura rica pode provocar danos no catalisador e nas velas, enquanto uma mistura pobre pode gerar superaquecimento da câmara de combustão, diminuindo a vida útil dos componentes.
