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Matéria: Manutenção de férias

Manter em ordem as condições gerais do veículo antes de seguir para viagem de férias é obrigação do motorista e tarefa do mecânico recomendar que seja feita a revisão para aumentar a segurança e melhorar o fluxo de veículos nas rodovias do País

O ano novo está próximo e as férias prometem lotar as rodovias com veículos seguindo em diversas direções do País. Porém, a viagem fica comprometida no caso de um veículo interromper o fluxo devido a uma pane elétrica ou quebra mecânica. Além disso, na pior das hipóteses, a ausência de manutenção pode resultar num acidente com perdas de vidas humanas.

Para não correr esse risco, o motorista deve estar atento às recomendações dos fabricantes de veículos e de peças, e fazer a manutenção preventiva descrita no manual do proprietário. O mecânico, por sua vez, deve analisar minuciosamente todos os itens e substituir os que apresentam defeitos ou vida útil comprometida, a fim de garantir que seu cliente chegue com segurança em seu destino.

Veja aqui a lista de itens para serem verificados:

Pneus

Um dos itens de segurança mais importantes do veículo é o pneu e, segundo a resolução 558/80 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), o limite de profundidade do sulco desse equipamento para garantir o escoamento da água durante sua rolagem sobre piso molhado é 1,6 milímetros. Essa regulamentação estabelece que rodar com pneu abaixo desse limite pode acarretar na apreensão do veículo.

Conforme divulga a Bridgestone, é importante verificar o limite de profundidade dos sulcos dos pneus, o desgaste da banda de rodagem, a calibragem correta e de acordo com a carga, fazer alinhamento e balanceamento de rodas, e realizar o rodízio de pneus para manter um gasto mais uniforme. No caso de serem substituídos apenas dois pneus no veículo,  a empresa recomenda instalar os dois novos na parte traseira e os mais conservados no eixo dianteiro, porque é mais difícil controlar o veículo quando este perde aderência na parte traseira.

A Michelin acrescenta que é necessário calibrar os pneus pelo menos a cada 15 dias, sempre que estiverem frios, seguindo a pressão recomendada pelo fabricante e orienta que pneus com desenhos diferentes de banda de rodagem não devem ser montados no mesmo eixo, pois podem ocasionar instabilidade na condução. Outro cuidado a ser tomado é com relação aos obstáculos, devido deteriorarem os flancos do pneu e comprometer a segurança do motorista, passageiros e até mesmo de pedestres.

Freios

Com relação ao sistema de freio de veículos de carga, a Fras-le orienta que as lonas devem ser inspecionadas a cada 2 mil km, e no caso de sua substituição, deve-se manter cuidado para não sujá-las com óleo ou graxa durante o processo de montagem. Aconselha também uma checagem no tambor para ver se está em condições de uso, livre de rachaduras, trincas ou desgastes excessivos. A Master, fabricante de sistemas de freio, orienta que é necessário verificar o nível de fluído do sistema hidráulico para ver se não há vazamentos hidráulicos ou pneumáticos. No caso de caminhões que não possuem ajustador automático, é necessário verificar o curso dos atuadores e ajustá-los quando houver necessidade.

Bateria

Manter os esbornes da bateria limpos, conectores corretamente apertados e repor com água destilada, se necessário, são recomendações da Bosch. Conforme explica a empresa, a vida útil desse componente, estimada em três anos, também está ligada ao bom desempenho do alternador, que deve ser revisado a cada 50 mil km.

A Moura informa também que odores estranhos, superaquecimento ou salpicos de solução pelos suspiros da bateria indicam falha no regulador de voltagem. Antes de retirar a bateria para efetuar sua troca, é necessário verificar se o veículo possui equipamentos com códigos de segurança de alarme e de rádio, por exemplo, e caso existam, é necessário saber os códigos para reativar esse ou outro sistema, posteriormente.

A Bosch indica que para assegurar o perfeito funcionamento da bomba de combustível, deve-se trocar o pré-filtro preventivamente a cada 30 mil km e obrigatoriamente substituí-lo quando a própria bomba de combustível for trocada. A empresa recomenda também que a cada 10 mil km ou após a troca dos cabos de ignição ou da tampa do distribuidor, é necessário verificar o estado geral do contato do rotor e medir a resistência entre os terminais. A empresa lembra que a tampa do distribuidor não pode ser limpa com produtos químicos, pois podem colaborar com a fuga de tensão no sistema.

Velas e Cabos

A NGK destaca que o mecânico deve utilizar velas apropriadas para cada tipo de veículo seguindo as recomendações do fabricante, apertá-las corretamente e manter o espaço dos eletrodos na medida correta. Para a instalação dos cabos, deve observar o comprimento, respeitar a ordem de ignição, trocando um cabo de cada vez e puxá-los sempre pelos terminais. É recomendável que as velas de ignição sejam trocadas a cada 10 mil km e os cabos a cada 50 mil km.

Injeção eletrônica

É necessário também checar periodicamente, segundo a MTE Thomson, todo sistema de injeção eletrônica, o funcionamento do catalisador e sensor lambda, pois se apresentarem defeito o veículo irá consumir mais combustível, perder potência e queimar óleo, provocando fumaça de coloração escura.

Combustível e lubrificantes

Com relação aos lubrificantes e combustíveis, a Shell orienta que é necessário verificar o período de troca do filtro de combustível e de óleo, para não correr o risco de problemas no funcionamento do motor. Instrui também que é recomendável verificar o estado de vedação da tampa do tanque de combustível para não permitir a entrada de água de chuva ou durante a lavagem do veículo. A BR Petrobras recomenda não deixar o combustível no tanque por mais de dois meses para evitar oxidação e formação de goma, que podem causar entupimento no sistema de injeção do veículo.

A Castrol explica que antes de realizar a troca de óleo é importante levar em consideração a recomendação do fabricante do veículo, que realizou ensaios de durabilidade do motor em campos de testes e em laboratórios e as condições de operação para certificar-se do prazo de validade. Além disso, alguns veículos necessitam de trocas de óleo mais frequentes, devido operarem em condições que exigem mais dos motores, como no caso de trânsito intenso ou dirigir em alta velocidade, por exemplo.

Suspensão e amortecedores

Quando o assunto é suspensão, a Magneti Marelli Cofap diz que é recomendável a substituição preventiva dos amortecedores em torno dos 40 mil km, além da verificação de bandejas, pivôs e terminais. Contudo, esta vida útil pode ser alterada conforme a utilização do veículo, tipo de piso onde trafega com mais freqüência, entre outros fatores. Para melhorar o desempenho desse componente, a empresa recomenda que o veículo seja utilizado conforme as recomendações do fabricante e que se realize manutenção preventiva na suspensão em oficinas bem equipadas e de procedência reconhecida.

A Affinia, que produz amortecedores da marca Nakata, explica que ruídos e falta de estabilidade são os primeiros sinais de problemas nos componentes da suspensão. Para isso não ocorrer, a empresa recomenda a revisão na suspensão a cada 30 mil km, incluindo os amortecedores.

A Monroe acrescenta que quando o amortecedor está com a vida útil ultrapassada, provoca riscos como desgaste prematuro dos pneus, aquaplanagem, balanço excessivo do carro, ruídos na suspensão e perda de estabilidade. A empresa exemplifica que um automóvel com quatro amortecedores 50% gastos pode perder o controle numa curva se estiver a 57 km/h.


Filtros

No caso dos filtros, a Bosch destaca que os componentes responsáveis pela filtragem de ar, óleo e combustível devem ser substituídos conforme a recomendação do manual do veículo. A Mann+Hummel explica que o filtro de ar evita a entrada de poeira e o filtro de óleo ajuda a aumentar a vida útil do motor. A Affinia, por sua vez, acrescenta que o filtro de combustível elimina as impurezas do próprio combustível ou do tanque, evitando o entupimento do sistema de alimentação, o desgaste e travamento das válvulas injetoras, aumento de consumo de combustível e emissões de poluentes.

Radiador e sensor de temperatura

Quando se trata de sistema de arrefecimento, a Valeo recomenda que os radiadores com visor do nível de água devem ser checados para ver a necessidade de colocar líquido refrigerante e água na proporção correta. Quando o líquido refrigerante é adicionado com frequência, é necessário verificar se há vazamentos no sistema de arrefecimento. Com relação à correia e pás do ventilador do radiador, é recomendável verificar se há ruídos quando o motor está ligado e se a correia está gasta ou com fissuras. As mangueiras também devem ser inspecionadas e aquela que estiver frágil ou ressecada deve ser substituída.

A MTE Thomson informa que o sensor de temperatura do motor deve ser revisado a cada 30 mil km e qualquer sintoma de excesso de temperatura recomenda desligar o veículo. Além disso, o interruptor térmico, localizado junto ao radiador, assim como a válvula termostática, também devem ser revisados a cada 30 mil km. A empresa recomenda também verificar o nível do líquido de arrefecimento uma vez por semana e trocá-lo a cada 30 mil km ou uma vez por ano.

Correia Dentada

A Goodyear orienta a verificação de todas as correias a cada 15 mil km, pois trincas, desgaste lateral ou nos dentes identificam a necessidade de troca, e em caso de rompimento podem danificar o motor. Segundo a Bosch, a substituição preventiva da correia dentada deve ser a cada 50 mil km ou conforme as especificações do fabricante.

Faróis e lanternas

As recomendações da Valeo Cibié, Arteb e Osram são regular os faróis e lanternas a cada seis meses em oficinas especializadas e verificar periodicamente as luzes de freio, ré e setas, para manter a visibilidade e evitar acidentes. Segundo o diretor da Cibié Sistemas de Iluminação do Grupo Valeo, Antonio Carlos Rando, a potência da lâmpada deve ser verificada no momento de sua troca e as lentes dos faróis devem sempre estar limpas. Além disso, nos casos em que o veículo recebe muita carga no porta-malas, os faróis também devem ser regulados para evitar o ofuscamento da luz nos motoristas que trafegam no sentido contrário.

Limpador de pára-brisas

No caso das palhetas do limpador de pára-brisa, a Dyna explica que a parte de borracha tem vida útil de um ano e a parte metálica de três anos. A Valeo acrescenta que esse equipamento deve ser substituído também quando a borracha estiver trincada, ressecada ou rasgada, além apresentar folgas no mecanismo. A Bosch recomenda nunca limpar  as laminas de borracha com querosene ou outros produtos químicos que provoquem danos a esse componente.

Por Magno Pereira

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