Carlos Ghosn – presidente e CEO do Grupo Renault – esteve em São Paulo nesta manhã de quarta-feira (19/12) para divulgar os resultados da empresa e falar sobre os próximos investimentos e novos lançamentos da Aliança Renault Nissan no Brasil
Ghosn iniciou seu discurso com a recente visita a fábrica da montadora em Curitiba/PR, para fazer um balanço do crescimento da Renault no Brasil e ressaltou que a empresa cresceu acima da média do mercado doméstico. E apesar de afirmar que foi um ano bom, disse que está longe de suas metas, pois pretende aumentar os 3% de participação de mercado no País nos próximos anos. De acordo com ele, o Brasil vai perder divisas nas vendas de produtos com menor valor agregado, devido ao fortalecimento da moeda nacional, mas isso não significa que a montadora irá reduzir sua produção de veículos no País.
Dados do setor mostram que 2007 é um ano marcado por recordes de produção e vendas de veículos, tanto no mercado interno quanto externo, e a Renault teve equilíbrio de resultado operacional já este ano. Para realizar os objetivos do plano de crescimento Renault Mercosul Contrato 2009 – Compromisso Brasil, com investimentos da ordem de R$ 1 bilhão entre 2006 e 2009, a empresa pretende dobrar o volume de vendas no final desse projeto em relação ao ano passado e para isso lançou no Brasil os modelos Logan, Mégane, Mégane Grand Tour, o mais recente Sandero neste mês de dezembro e ainda prevê mais dois novos veículos até 2009.
Entre outros assuntos, o executivo salientou a maior demanda por veículos principalmente na Rússia, China, Brasil, Índia e em países localizados no norte da África, que pretende aumentar a taxa de notoriedade da marca no Brasil, atualmente em torno de 48% e que o recente recall no Logan não é normal, mas no caso de suspeita de problema é necessário fazê-lo para manter uma relação de respeito com o cliente. “Todas as montadoras fazem recall e aquelas que não fazem o preço se torna maior”. Ghosn finalizou que em breve irá trazer um veículo de baixo custo desenvolvido na Índia e que em 2008 a montadora irá crescer mais que a média de mercado no País.”A Nissan, que é deficitária somente no Brasil, vai fabricar em breve um carro mais popular para atrair os consumidores brasileiros”.