A partir de outubro de 2016, todos os pneus vendidos no Brasil, fabricados em solo nacional ou importados, deverão ser etiquetados conforme o PBE – Programa Brasileiro de Etiquetagem (Portaria 544/12 do Inmetro). Uma das fabricantes envolvidas no processo, a Goodyear, explica que essa ação analisa o desempenho dos pneus padronizando a aplicação de etiquetas com informações de eficiência energética, segurança e meio ambiente em pneus novos contemplados pelo programa e tem como intuito facilitar a decisão de compra dos consumidores.
Os pneus deverão apresentar uma etiqueta, que irá trazer informações sobre três critérios exigidos pelo PBE:
Resistência ao rolamento: está relacionada à eficiência energética e ao consumo de combustível de veículos. Ou seja, quanto menor o consumo, menor o impacto no meio ambiente, pois reduz a emissão de CO2.
Aderência ao piso molhado: refere-se ao indicador do desempenho de segurança de um pneu e fornece informações no que diz respeito à aderência em pisos molhados.
Ruído externo: medido em decibéis, trará informações importantes sobre o nível de impacto no ambiente.
A etiqueta deverá ser aplicada em todos os pneus de construção radial para automóveis, picapes, utilitários esportivos, vans e caminhonetas, bem como nos de construção radial para caminhões e ônibus para aplicação nos serviços Regional, Regional Severo, Rodoviário, Urbano e Misto. Há exceções conforme o regulamento.
A Goodyear está envolvida com o processo de etiquetagem, utilizando-se da infraestrutura tecnológica que possui em seu campo de provas em Americana/SP e afirma que vem investindo na modernização de seu processo produtivo, não só para fins de etiquetagem como também para o desenvolvimento tecnológico de seus produtos.
Nos testes dos três critérios exigidos pelo Inmetro, a fabricante se utiliza de seu Campo de Provas, também localizado em Americana/SP.
Para a medição de ruído, a pista deve ser normalizada conforme ISSO 10844, possuir raio mínimo de 50 metros sem obstáculos, utilizar pneus com pré-rodagem de 100 km para assentamento, desconsiderar 10dB referentes aos possíveis ruídos de fundo, além das condições ambientais como velocidade do vento, temperatura da pista e temperatura ambiente. São 8 passagens pelos microfones de medição, com velocidades que variam entre 70 e 90 km/h para carros de passeio e 8 provas entre 60 e 80 km/h para pneus comerciais, todas com os veículos desligados.
O teste de aderência ao molhado é feito com Skid Trailer (Goodyear know-how), no caso de veículos de passeio, que atravessa uma pista de 280m, com espessura de água controlada (0,5 mm a 1,5 mm) e temperatura ambiente entre 5 e 35ºC. Os veículos comerciais utilizam a mesma pista, que é normatizada conforme ISO para WGI (Wet Grip Index), e utiliza 3 caminhões disponíveis: Leve, médio e pesado.
Para o teste de resistência ao rolamento a Goodyear faz uso de uma máquina equipada com volante de 67”de diâmetro. Este equipamento ajuda a analisar aplicação de carga, pressão e velocidade. A carga utilizada para teste é definida proporcionalmente a capacidade máxima de carga especificada pelo produto.
De acordo com a Goodyear, o processo de desenvolvimento e fabricação de um pneu pela considera, além dos três critérios exigidos pelo Inmetro, dez critérios que são direcionadores de compra dos consumidores, tais como quilometragem e dirigibilidade no seco, e 50 critérios que fazem parte do padrão de qualidade da empresa, tais como ruído interno, resistência da carcaça e conforto. Com isso, são englobados todos os itens considerados importantes para garantir performance em qualquer tipo e aplicação de um pneu.
A Goodyear afirma que vem investindo continuamente na modernização de suas capacidades produtivas, tendo o ciclo atual iniciado em 2013 com a renovação de portfólio e investimentos de US$ 240 milhões na modernização da nossa fábrica de Americana. A etiquetagem junta-se a este processo contribuindo para trazer ao consumidor informações importantes para a decisão de compra. Com isso, o cliente terá mais informações para escolher o pneu que mais se adequa às suas prioridades, necessidades de mobilidade e custos.