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Falta de manutenção veicular é tão perigoso quanto beber ao volante, aponta relatório

Oficina Mecânica

Segundo relatório da Polícia Federal, falta de manutenção do veículo é a 5ª causa mais comum de acidentes no Brasil, apenas dois pontos percentuais a menos que ingestão de álcool

 

Um relatório da Polícia Federal revela que falta de manutenção do veículo é uma das principais causas de acidentes de trânsito no Brasil entre janeiro a abril deste ano. Segundo o levantamento, de 19.574 ocorrências, a quinta causa mais comum é o defeito do veículo, ficando atrás de ingestão de álcool por apenas dois pontos percentuais. Os acidentes de trânsito no Brasil provocam mais de 45 mil mortes ao ano.

Para Elias Mufarej, conselheiro do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) e coordenador do GMA, Grupo de Manutenção Automotiva, como a frota brasileira vem envelhecendo há seis anos consecutivos, a idade deve superar os 10 anos, enquanto a dos caminhões já ultrapassa os 11 anos.

Veículos mais velhos requerem manutenção periódica, porém não é o que acontece na realidade. Quando a idade aumenta, a tendência é o dono do carro postergar a revisão e os reparos necessários. Segundo Mufarej, isso ocorre porque no Brasil não existe inspeção técnica veicular para fiscalizar o estado de conservação de veículos e o dono do carro acaba protelando a manutenção quando a idade aumenta. “Deveria ser o inverso, já que quanto mais velho o veículo é maior a necessidade de manutenção, devido ao desgaste natural das peças e com o uso”, completa.

Além da questão de segurança, outro problema é a qualidade do ar que fica prejudicada por causa da emissão de dióxido de carbono acima do limite devido à falta de manutenção. Um levantamento da OMS (Organização Mundial de Saúde) indica que, no Brasil, a poluição do ar em ambientes externos provoca a morte de mais de 50 mil pessoas por ano. Durante a vigência da inspeção ambiental na cidade de São Paulo, estudos da Faculdade de Medicina da USP destacaram que a redução dos poluentes diminuiu a mortalidade na capital (559 mortes prematuras) e a morbidade, evitando 1.515 internações anualmente.

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