Empresa discute o impacto de novas tecnologias no mercado de reposição brasileiro e comenta sobre o segmento de peças para motores 1.0 e a questão da eletrificação
por Felipe Salomão fotos Ranalle/Divulgação
Faltando menos de 90 dias para o início de 2025, a Ranalle anunciou que ainda planeja lançar novas bombas d’água para veículos de linha pesada em 2024. Em entrevista para a Revista O Mecânico, a empresa destacou seu compromisso com inovações no mercado de reposição e compartilhou insights sobre o futuro do setor.
“Enxergamos que o mercado de aftermarket brasileiro continuará sofrendo mudanças, cada vez mais as montadoras lançam veículos com novas tecnologias que alteram o método tradicional na reposição. Com isso, a reposição também ganhou, mas não podemos deixar de considerar que as novas tecnologias estão ganhando espaço, como os híbridos e elétricos”, informou Leticia R. Eleutério, diretora comercial da Ranalle.
Além das novas bombas d’água, a Ranalle discutiu o impacto dos motores 1.0 de três cilindros e a crescente eletrificação do mercado automotivo. Veja a entrevista completa nas próximas páginas.
Revista O Mecânico: Como a Ranalle enxerga o futuro do mercado de aftermarket brasileiro?
Leticia R. Eleutério: Enxergamos que o mercado de aftermarket brasileiro continuará sofrendo mudanças, cada vez mais as montadoras lançam veículos com novas tecnologias que alteram o método tradicional na reposição. Sabemos que para a realidade da maioria dos brasileiros comprar um carro novo é distante, por isso os seminovos tiveram um grande crescimento e com isso a reposição também ganhou, mas não podemos deixar de considerar que as novas tecnologias estão ganhando espaço, como os híbridos e elétricos.
Revista O Mecânico: Apesar do ano estar quase no fim, a Ranalle pretende fazer lançamentos ainda em 2024?
Leticia R. Eleutério: Nós pretendemos lançar ainda esse ano as bombas d’água de linha pesada, fizemos uma prévia na Automechanika de Frankfurt e tivemos bons retornos sobre esse lançamento.
Revista O Mecânico: Como a Ranalle observa a evolução dos motores 1.0 turbo de três cilindros?
Leticia R. Eleutério: A Ranalle entende que, embora não seja uma tecnologia tão atual, estamos falando aí de praticamente 10 anos de lançamento dessa tecnologia, ainda é algo muito novo para o mundo da reparação automotiva e há bastante detalhes técnicos que devem ser observados e rigorosamente seguidos.
Como por exemplo, no nosso ramo de polias, tensores e correia, tem a questão do óleo correto que deve ser observado para os modelos em que a correia é imersa no óleo. Mais do que nunca, também observar e respeitar o torque recomendado pelo fabricante e entre outros.
Seguindo corretamente as recomendações do fabricante no tocante às manutenções, é um motor bastante promissor, ainda mais se considerarmos a baixa emissão de poluentes.
Revista O Mecânico: Como a Ranalle enxerga o futuro do mercado de aftermarket de veículos pesados?
Leticia R. Eleutério: Enxergamos que o aftermarket de veículos pesados está em crescimento, por isso estamos investindo nesse mercado. Estive visitando a feira IAA Transportation em Hanover e tive a oportunidade de ver as futuras tendências como os caminhões movidos a hidrogênio, o que nos mostra que esse mercado também está aprimorando suas tecnologias, renovando suas frotas e a Ranalle está atenta acompanhando esse mercado.
Revista O Mecânico: O que a Ranalle tem feito para atender os veículos eletrificados sejam híbridos ou elétricos?
Leticia R. Eleutério: Atualmente os nossos produtos atendem somente os veículos híbridos, mas estamos acompanhando esse mercado de elétricos e buscando alternativas para atender essa tecnologia, ainda que para o Brasil seja um tema muito polêmico.
