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Etanol “batizado” pode causar problemas nos bicos injetores, diz especialista

Técnico da Raízen/Shell também explicou sobre o uso do aditivo no combustível

Ultimamente a polêmica de que o etanol prejudica componentes dos motores flex e, também, dos propulsores somente a gasolina, ganhou espaço na mídia e nas redes sociais. Portanto, a Revista O Mecânico começou a tentar desmistificar esse assunto tão sensível para os nossos amigos mecânicos e consumidores finais.

 

Por isso, você, leitor e internauta, deve começar a ver uma série de matérias seja em vídeo ou em texto sobre esse assunto em nosso site e redes sociais. Uma delas estará no nosso canal do YouTube em breve.

Além disso, estivemos na Base de Distribuição da Raízen/Shell para ver de perto como é feito o DNA Shell, que traz um tratamento especial nos combustíveis da marca. Contudo, antes de falar sobre o DNA Shell, perguntamos para empresa o que pode ocasionar problemas nos bicos injetores e, também, na bomba de combustível. Segundo Gilberto Pose, Coordenador Técnico de Combustível Raízen/Shell, os veículos flex estão preparados para receber o etanol.

 

“Quando os veículos flex foram criados no Brasil, as montadoras dimensionaram toda a parte de engenharia voltada para o etanol, que pode causar corrosão. Por isso, os motores têm um tratamento nas partes metálicas que entram em contato direto com o etanol, como os bicos injetores, que receberam um tratamento para a passagem do etanol, assim como a bomba de combustível”, informou Pose.

Com essa fala fica mais claro que os bicos injetores e a bomba, entre outros componentes, receberam no passado e, ainda, recebem um tratamento especial para não sofrerem com a corrosão causada pelo etanol. No entanto, pode haver problemas, mas causados pelo etanol batizado. “O problema pode ser com metal ou com água de torneira ou de poço, que irá causar entupimento dos bicos”, analisou Pose.

 

Outra opinião que vai ao encontro dessa é a do Consultor Técnico Fernando Landulfo, recentemente ao quadro Mecânico Responde. “O chão de oficina tem apontado ocorrência de danos tanto nos bicos injetores quanto na bomba de combustível de diversos carros de marcas diferentes. No entanto, ainda não temos um diagnóstico definitivo da causa desses problemas. Até o presente momento, a adulteração do etanol tem sido apontada como responsável por todos esses problemas”, analisou o professor.

Desta forma, amigo mecânico, ainda é cedo para falar que o etanol é o grande vilão dessa história, uma vez que as montadoras, bem como os fabricantes de combustíveis preparam o veículo e o álcool para não danificar o carro. Sendo assim, a Revista O Mecânico seguirá a entender essa polêmica para esclarecer todos os problemas levantados pelo chão da oficina.

 

Etanol Aditivo e Aditivos

 

Em relação ao etanol aditivado, o combustível pode ajudar na limpeza dos bicos, segundo Pose. “O etanol aditivado conta com detergentes desenvolvidos para manter o interior do bico injetor lubrificado sem entupimento. Também ajuda na limpeza das válvulas, que ficam sujas. Por isso, para fazer a limpeza é recomendado utilizar de três a cinco tanques de combustível aditivados, melhorando a partida, a marcha lenta, as arrancadas e, por fim, deixando o veículo mais econômico”, disso o executivo.

Matéria_Uso do etanol com descarbonizante_Foto 3_ed343

Enfim, Pose também informou sobre o uso correto dos aditivos, que podem ser utilizados como o consumidor final quiser, mas é preciso ficar atento com a super aditivação. “O consumidor pode utilizar o aditivo direto, mas a Shell já mistura o aditivo na dosagem correta, além de ser produzido na Alemanha esses aditivos são utilizados pela equipe da Ferrari na Fórmula 1, sendo um produto globalmente testado e aprovado. Claro, eu particularmente acho mais prático e seguro utilizar o aditivo vindo direto da bomba de combustível, pois ao utilizar um produto comprado fora da bomba posso ter problemas com a embalagem recebendo impurezas depois de abertas, bem como posso fazer a super aditivação, formando gomas, que podem ser duas ou três doses a mais do que o indicado, causando problemas ao veículo, já que os aditivos são mais pesados do que o combustível. Portanto, utilizar o aditivo já misturado direto da bomba é melhor”, apontou o executivo da Raízen/Shell.

 

Esse bate-papo com Gilberto Pose já está disponível em três partes no nosso Instagram. Se quiser vê-lo por completo, basta clicar neste link.

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