Um grupo de alunos do curso de Engenharia Química, do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana), desenvolveu um estudo para aperfeiçoar o processo de fabricação de sabão, feito a partir do óleo de cozinha, e com isso ajudar uma comunidade de São Bernardo do Campo/SP na geração de renda. Outro projeto recicla o blister (cartela de remédio), com a separação do PVC e do alumínio. Estes e mais dois projetos de conclusão de curso foram apresentados na sexta-feira (5/12), no campus São Bernardo.
Para reduzir o custo de fabricação, tempo de secagem e aumentar o volume de vendas do sabão, os estudantes modificaram a formulação do produto, feito por moradores do Parque Selecta, em São Bernardo do Campo. Para isso, aumentaram a quantidade de água fervente, de 13% para 22%, adicionaram sal para reter a água e acrescentaram carbonato de sódio na formulação.
O tempo de secagem passou de oito para dois dias e o preço de manufatura do sabão, que era R$ 0,65 por kg produzido, caiu para R$ 0,08. Além disso, a capacidade de produção saltou de 3 mil barras, por mês, para 10 mil barras. “O principal problema era que eles não conseguiam atender a demanda, pois o processo de secagem era muito demorado”, afirma a estudante da FEI, Andréia Kobal.
O óleo de cozinha, principal matéria-prima na produção do sabão, é recolhido na própria comunidade, que iniciou há cerca de um ano projeto de educação ambiental e geração de renda. A comunidade deverá, logo no começo de 2009, iniciar a fabricação do produto com o novo processo.