Gerente comercial da NGK do Brasil, Eduardo Hiroshi comenta sobre a identificação da marca japonesa de peças com os mecânicos independentes, como a manutenção correta do sistema de ignição pode contribuir com a redução de emissões e a expectativa para o mercado de reposição em 2022
REVISTA O MECÂNICO: Mesmo focada em apenas um sistema do veículo, o de ignição, a NGK possui um reconhecimento muito significativo entre os mecânicos. Como exemplo, em todas as cinco edições da Pesquisa O Mecânico (de 2017 a 2021), a NGK sempre figurou entre as três marcas de produtos, peças ou serviços que os profissionais de manutenção automotiva mais gostam. A que você atribui esse resultado?
EDUARDO HIROSHI: Atribuímos esse resultado, principalmente, ao relacionamento construído ao longo de todos esses anos, com uma equipe disponível e motivada. A NGK procura atender toda a cadeia de distribuição da melhor maneira possível, dando o suporte necessário para todos os nossos clientes. Os mecânicos sempre tiveram uma atenção especial da nossa parte, não só pelo fato de serem os principais usuários dos nossos produtos, mas também por serem aqueles que, na prática, nos fornecem todo feedback necessário, o que nos permite estar sempre melhorando o nosso produto e a nossa empresa.
O MECÂNICO: Nestes tempos de pandemia, como ficou a relação da NGK com as oficinas mecânicas? Como promover relacionamento e levar informação técnica aos profissionais em tempos de distanciamento social?
HIROSHI: Não somente a NGK, mas o mercado em geral precisou se adaptar a uma nova realidade. Inicialmente, as medidas foram adotadas para garantir a segurança e a saúde dos colaboradores, familiares e clientes. Sempre tivemos uma relação muito estreita com os mecânicos – o presencial, com o face to face, sempre foi nosso diferencial –, no entanto, num momento difícil como esse, foi preciso estar receptivo a mudanças e buscar alternativas. Utilizamos bastante as formas digitais de comunicação, com palestras online e lives, além de fortalecermos a nossa presença nas redes sociais, sempre em busca de atender as expectativas dos nossos clientes. Aos poucos, com a flexibilização das atividades, estamos voltando ao nosso atendimento tradicional, porém mantendo todas as melhorias e oportunidades que conseguimos nesse novo formato.
O MECÂNICO: O que a NGK espera do mercado de reposição de autopeças brasileiro para o ano de 2022?
HIROSHI: O mercado de reposição de autopeças, de uma forma geral, é muito resiliente. Quando esperamos o pior, ele nos mostra o contrário. Mesmo nos momentos mais críticos, a NGK conseguiu manter resultados bastante positivos. Em 2022, certamente, teremos mais um ano com muitos desafios, porém acreditamos num ambiente mais favorável, com o crescimento da demanda, retornando aos mesmos patamares do período pré-pandemia. Esperamos que os fatores políticos e sociais conspirem a favor de um mercado mais estável e otimista, impulsionando toda a cadeia a um crescimento sustentável.
O MECÂNICO: A NGK lançou sua linha de bobinas há pouco mais de quatro anos. Qual o balanço você faz da aceitação dessa gama de produtos pelos mecânicos?
HIROSHI: A linha de bobinas de ignição tem alcançado resultados bastantes sólidos, apresentando crescimento a cada ano, o que mostra a ótima aceitação do mercado. É mais um item que completa o sistema de ignição, no qual somos especialistas e temos o reconhecimento por parte dos mecânicos. Como todo produto do nosso portfólio, oferecemos, além da qualidade, todo um pacote de serviços, com o suporte constante da nossa equipe às oficinas mecânicas.
O MECÂNICO: Um tema mais importante do que nunca é a emissão de poluentes dos motores a combustão. Como as velas, sondas lambda e o sistema de ignição como um todo podem contribuir para uma combustão mais limpa nos motores atuais e em projetos futuros?
HIROSHI: O funcionamento correto do motor, por si só, já colabora muito para a diminuição na emissão de poluentes. Componentes como velas de ignição e sensores de oxigênio – responsáveis pela queima e pela dosagem da mistura ar-combustível, atuando diretamente no sistema de ignição, de forma eficiente – são extremamente importantes para esse controle.
Com a evolução dos motores e regras mais rígidas quanto a poluição ambiental, a aplicação de produtos com características especiais, como velas de platina e irídio que proporcionam uma melhor queima, e a combinação de sensores pré e pós-catalisador para maior controle da mistura e funcionamento mais eficiente do catalisador são melhorias cada vez mais presentes nos veículos modernos.
Por Fernando Lalli