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Entrevista | Gates: Conectada com a distribuição

entrevista SIDNEY AGUILAR Gates

Diretor de Vendas e Marketing da América do Sul da Gates, Sidney Aguilar revela que o mercado de reposição de autopeças representa 75% de todo o faturamento da fabricante de correias no segmento automotivo. Por isso, o relacionamento com todos os elos da cadeia da distribuição é importantíssimo para a Gates, o que inclui, claro, o mecânico independente.

Em entrevista exclusiva à Revista O Mecânico, o executivo explica como a Gates se relaciona com o mecânico e como está a aceitação dos kits completos para a manutenção do sincronismo do motor. “Devido ao grande crescimento de vendas dos kits ano após ano, entendemos que o mecânico está alinhado com a estratégia da Gates sobre a importância da troca preventiva e simultânea dos tensionadores, rolamentos e correias”, afirmou.

REVISTA O MECÂNICO: Dentro do negócio da Gates no Brasil, o quanto representa o setor Automotivo? E dentro do Automotivo, qual é a divisão de faturamento entre OEM (aplicação em linhas de montagem) e mercado de reposição?

SIDNEY AGUILAR: O setor Automotivo representa 37% do faturamento da Gates Brasil, sendo 25% OEMs e 75% Reposição.

O MECÂNICO: Hoje, como a Gates identifica a demanda por novas aplicações de peças no mercado de reposição brasileiro?

entrevista GatesAGUILAR: A Gates está conectada com todos os elos da cadeia de distribuição, sejam eles distribuidores, lojistas ou mecânicos. Dentro deste processo surge uma parte da demanda por novas aplicações por meio de sugestões recebidas diariamente na Fábrica. Outra fonte importante de identificação de novos produtos vem da Plataforma Gates Global de Aplicação, chamada CCU. Este sistema permite o cruzamento de informações de 100% da frota nacional e cada um dos nossos produtos e aplicações, permitindo assim a rápida identificação de SKUs a serem desenvolvidos como prioridade. A TecAlliance é um parceiro da Gates neste processo.

 

O mecânico sempre terá influência sobre a escolha final da marca a ser comprada e instalada

 

O MECÂNICO: Como está a relação da Gates com os mecânicos de automóveis? E quais ações a fabricante direciona ao público profissional?

AGUILAR: A Gates possui uma equipe nacional de promoção de produtos. Dentro deste programa, temos como prioridade a visitação de oficinas mecânicas com o objetivo de levar conhecimento técnico sobre o produto, oportunidades de aplicação, apresentação de lançamentos, implementação de campanhas de incentivo, orientação sobre os principais locais para aquisição dos produtos Gates, entre outras ações.

O MECÂNICO: Na sua opinião, mesmo em um cenário de crise econômica em que os clientes estão mais exigentes quanto ao preço final do reparo, o mecânico ainda tem o mesmo poder de influência sobre a escolha final da peça que será instalada no veículo?

AGUILAR: Sim, a Gates entende que o mecânico sempre terá influência sobre a escolha final da marca a ser comprada e instalada. Por este motivo, a Gates possui canais de comunicação direta com este público.

 

A venda de kits de bomba d’água Gates em outros países representa mais de 50% das vendas. Isto deve ocorrer no Brasil em breve

 

O MECÂNICO: Quanto à manutenção da correia de sincronismo do motor, a maioria dos mecânicos já adota como padrão a preventiva em itens como tensor e rolamentos de apoio (e, quando houver, bomba d’água). Hoje, como está a adesão do público mecânico aos kits de peças para distribuição, com os quais a Gates já trabalha há anos na reposição?

AGUILAR: A Gates já trabalha com Kits no Brasil há 10 anos e há quase 20 anos nos Estados Unidos e Europa. Devido ao grande crescimento de vendas dos kits ano após ano, entendemos que o mecânico está alinhado com a estratégia da Gates sobre a importância da troca preventiva e simultânea dos tensionadores, rolamentos e correias. Os kits com bomba d’água também já fazem parte do portfólio da Gates aqui no Brasil. A troca das bombas d’água é uma tendência que também vem para ficar. Em países desenvolvidos, a venda de kits de bomba d’água da Gates já representa mais de 50% da comercialização e isto também deverá ocorrer no Brasil em um futuro próximo.

 

Mesmo com a transformação na mobilidade, as oportunidades para o mercado de reposição continuarão crescentes

 

O MECÂNICO: O setor de manutenção automotiva vive um momento muito particular com a pandemia da covid-19. Como a Gates está enxergando este momento do mercado de reposição?

AGUILAR: A Gates enxerga este momento como uma oportunidade. Alcançamos nossos maiores volumes de vendas entre 2020 e 2021 nas Linhas Leve e Pesada, e isto mostra a importância do segmento de reposição no Brasil e para a nossa empresa. Por este motivo, mesmo durante a Pandemia, foi possível a captação de recursos para investimento em novas linhas de produto e aumento da capacidade produtiva nas nossas duas fábricas no Brasil, assim como novas contratações que registraram aumento superior a 25% no quadro de funcionários.

O MECÂNICO: O que você espera para o futuro do mercado de reposição de autopeças no Brasil, tendo em vista a transformação na mobilidade que se avizinha com veículos híbridos e elétricos?

AGUILAR: Mesmo com a transformação na mobilidade, as oportunidades para o mercado de reposição continuarão crescentes. Há no Brasil um Parque Veicular muito grande que ainda consumirá muitas peças de reposição nas próximas décadas, além dos novos modelos que chegarão e que já exigem dos fabricantes de autopeças muito investimento em Pesquisa e Desenvolvimento. E este é o caso da Gates, um produto original, uma Industria conectada com o futuro e com DNA muito forte na Reposição.

 

Por Fernando Lalli

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