Motor do novo Fusion recebe alterações
Modificações no turbo, injeção direta, coletor de escape integrado, são algumas das novidades. As suspensões ganharam amortecedores e molas com nova carga
Texto: Edison Ragassi
Fotos: Vanderlei Vicário
A linha 2017 do sedã grande Fusion foi lançada em outubro de 2016. O motor EcoBoost 2.0L turbo passou por atualização. Para melhorar a eficiência do propulsor incluíram um novo turbo pulsativo “twin-scroll” e coletor de escape integrado ao cabeçote com duas câmaras independentes, além de taxa de compressão elevada.
Aprimoraram o sistema de injeção direta e componentes de baixo atrito. O balanceador dinâmico de alumínio é novo, ele contribuiu para reduzir em 2,75 kg no seu peso. Conta também com sistema de desligamento e acionamento automático nas paradas (Auto Start-Stop) para economizar combustível. O equipamento não desliga o motor se o ar-condicionado estiver no máximo ou a bateria apresentar baixa.
Entrega potência de 248 cv e o torque de 38,04 kgfm a 3.300 rpm. Segundo divulgado pela Ford, o carro ficou 7% mais econômico.
A grade dianteira é nova, recebeu controle ativo para melhorar a eficiência aerodinâmica. Suas aletas abrem ou fecham automaticamente de acordo com a necessidade de refrigeração do motor. Quando a entrada de ar não é exigida, o fechamento ajuda a reduzir o arrasto do vento.
O bloco e cabeçote são de alumínio, com duplo comando de válvulas variável, a Ford divulga consumo de 8,6 km/l na cidade e 11,7 km/l na rodovia.
Quando um motor passa por modificações obriga o mecânico a se atualizar, no caso do Fusion não é diferente. “A eletrônica embarcada exige que o mecânico tenha equipamento de diagnose atualizado, neste motor, por exemplo, para verificar o sistema que comanda a grade móvel é necessário o equipamento, assim como outros itens”, fala Roberto Montibeller, diretor do Centro Automotivo High Tech, localizado no bairro da Lapa em São Paulo (SP).
Sobre os itens que exigem troca durante as revisões, ele fala que, “as velas com boninas individuais do lado direito são de fácil acesso, as do lado esquerdo têm o duto do ar que passa por cima, assim é necessário remover a peça para facilitar, já para o filtro do ar não há obstáculos, assim é prático para substituir”.
Por ter o sistema Auto Start-Stop, o qual desliga o motor quando o carro para no semáforo e volta a ligá-lo ao retirar o pé do freio, alguns cuidados são necessários. “O mecânico precisa ficar atento, no caso de substituição da bateria ou motor de partida, pois eles são específicos para este sistema”, argumenta Roberto.
O diretor da High Tech fala sobre os itens que são mais trabalhosos para acessar. “No caso do servo freio é necessário retirar a bateria, a correia de acessórios tem um tensionador e para acessar o alternador, antes precisa movimentar as duas mangueiras do liquido de arrefecimento”.
Já a injeção direta de combustível exige cuidados. “A injeção direta necessita de conhecimento técnico, o mecânico precisa fazer curso específico para trabalhar com este sistema”, alerta ele.
Outra mudança promovida pela Ford na linha 2017 do Fusion foi na transmissão automática de 6 marchas. O comando ocorre por seletor rotativo E-shifter, ele substitui a alavanca de câmbio no console, tem a função Sport, com trocas em rotação mais alta e “paddle shift” para trocas manuais. “O acesso ao câmbio é fácil, basta deslocar o sub-chassi”, comenta Roberto.
As suspensões são independentes, na dianteira do tipo McPherson e na traseira Control Link. Elas foram recalibradas e levemente elevadas em 12 mm. Essa revisão incluiu também a adoção de novas molas e amortecedores. Os freios são a discos na dianteira e traseira. “Para realizar a troca dos amortecedores dianteiros o mecânico precisa soltar na parte superior o acabamento. Na parte inferior as ferramentas são as de uso comum na oficina, também é necessário ficar atento à especificação das peças, pois a calibração é diferente do modelo lançado em 2012, o mesmo ocorre com os freios”, avalia.
A linha 2017 do Fusion traz soluções tecnológicas como o assistente de frenagem autônoma com detecção de pedestres. O sistema é operado por radar e sensores que auxiliam a evitar atropelamentos e colisões.
Tem ainda, piloto automático adaptativo com “stop and go”, alerta de colisão com assistência de frenagem autônoma, estacionamento automático de segunda geração. E o novo sistema de conectividade SYNC 3 com tela de 8 polegadas e acesso a Apple CarPlay e Android Auto.
No visual, o Fusion teve a grade dianteira redesenhada, ganhou faróis Full LED, as lanternas traseiras cresceram e as rodas passam a ser de 18 polegadas. O interior recebeu novo acabamento e combinação de cores, com a opção Soft Ceramic, em preto e branco, na versão Titanium AWD.
Com o motor 2.0 EcoBoost, a versão topo de linha Titanium AWD sai por R$154.500, entre outros itens tem a tração integral inteligente, piloto automático adaptativo, “stop and go”, alerta de colisão com assistente autônomo de frenagem, assistente autônomo de detecção de pedestres, estacionamento automático de segunda geração e teto solar.
Ficha técnica
Ford Fusion Titanium AWD 2.0L turbo |
Motor Tipo: EcoBoost turbo Disposição: Transversal Número de cilindros: 4 em linha Cilindrada: 1.999 cm³ Injeção de combustível: Injeção direta Número de válvulas: 16v, duplo comando variável Combustível: Gasolina Potência: 248 cv a 5.500 rpm Torque: 38,04 kgfm a 3.000 rpm Câmbio: automático, seis marchas
Direção
Suspensões
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Capacidades |