Uma nova categoria de picape
Posicionada entre as picapes compactas e médias, a Fiat Toro com motor diesel oferece robustez nas suspensões e boas condições de reparabilidade
Texto: Edison Ragassi
Fotos: Vanderlei Vicário
Em fevereiro de 2016, a FCA- Fiat Chrysler Automóveis, lançou a picape Toro. Desenvolvida no Brasil é fabricada na unidade industrial de Goiana (PE), onde o Grupo produz também o Jeep Renegade e o Compass.
Além de inovar no design, a Fiat incluiu no portfólio de opções o propulsor turbo diesel 2.0 16 válvulas. Ele é importado da Itália, entrega 170 cv de potência e 35,7 kgfm de torque. Há duas opções de transmissão, manual de 6 marchas e automática de 9 velocidades (AT9), com tração 4X2 ou 4X4. A direção utiliza assistência elétrica progressiva.
Edson Roberto De Ávila, o Mingau, da Mingau Automobilística, localizada em Suzano (SP), considera que o motor oferece boas condições de reparabilidade. “A bomba de alta está próxima à parede corta-fogo, por isso para acessar há mais dificuldade. Os eletroinjetores, a mangueira de retorno, flauta, sensor de pressão são fáceis de manusear e de retirar. Por questões de segurança há conectores para fazer a ligação, eles são soltos com uma chave de fenda e a trava é retirada manualmente. Os filtros de combustível e do ar também são fáceis de acessar, no de combustível também há uma trava de segurança e o de óleo lubrificante é do tipo ecológico”, explica Mingau.
No 2.0L 16v, a sincronização é feita por correia. “Junto com a correia, trabalha o tensionador e o flutuador. Ela é acoplada com a bomba de circulação do sistema de arrefecimento. Nestes motores modernos, aqui na Mingau Automobilística, quando trocamos a correia e os rolamentos, substituímos também a bomba d’água. Como eles formam um conjunto o desgaste é semelhante. Assim auxiliamos o cliente a economizar na mão de obra. E o mecânico deve ficar atento, pois para substituir a correia sincronizadora é necessário ter as ferramentas de fasagem”, relata ele.
Por tratar-se de uma picape, a engenheira reforçou as suspensões. Na dianteira é do tipo McPherson. A traseira é independente Multi-link. Os freios são a discos na frente e tambor na parte de trás. “A suspensão dianteira é conhecida nas oficinas, não oferece dificuldades ao realizar manutenção e substituição de itens, os pivôs são independentes e para trocar os amortecedores é necessário retirar a grade, o que facilita o acesso. E na parte traseira é necessário verificar o alinhamento”, avalia Mingau.
Para o diretor da Mingau Automobilística, a picape Toro com motor diesel oferece boas condições de reparabilidade, porém, “o mecânico deve ter o equipamento de diagnóstico atualizado, por causa da eletrônica embarcada”, completa ele.
A versão da picape Fiat Toro avaliada nesta edição da Revista O Mecânico foi a Freedom com preço sugerido de R$ 98.730. Entre os itens de série ela traz: Ar-condicionado, controlador de velocidade, computador de bordo (distância, consumo médio/instantâneo e autonomia), quadro de instrumentos personalizável de 3,5 polegadas em TFT (com relógio digital, calendário e indicador de temperatura externa), sistema de som Connect com comando no volante (regulagem de altura e profundidade), regulagem de altura no banco do motorista, abertura elétrica do bocal de abastecimento, fixação Isofi x para cadeira infantil, vidros e travas elétricas automáticas (fecham a 20 km/h), sensor de estacionamento traseiro e revestimento de caçamba. Entre os itens de auxílio ao motorista estão o ESC (controle eletrônico de estabilidade) e Hill Holder (auxiliar de partida em subidas).
Ficha técnica
Fiat Toro Freedom |
Motor Tipo: 2.0 Multijet Combustível: Diesel Número de cilindros: 4 em linha Cilindrada: 1.956 cm³ Taxa de compressão: 16,5:1 Injeção de combustível: Multijet II, sequencial Potência: 170 cv a 3.750 rpm Torque: 35,7 kgfm a 1.750 rpm Transmissão: manual 6 velocidades Tração: 4X2
Direção
Freios
Suspensões
Rodas e Pneus
Dimensões
Capacidades |
Gostaria de saber se é um motor confiavel e de boa durabilidade, penso que só pisaram na bola com correia dentada e não corrente no comando.