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Artigo – Cuidados com os lubrificantes

Por Fernando Landulfo

Existem vários tipos de lubrificantes nos diferentes sistemas de um veículo. Mantê-los sempre em ordem é dever do mecânico que, para isso, deve executar procedimentos muito simples, mas que sem sombra de dúvida, aumentam a vida útil dos conjuntos, trazendo muitos benefícios aos clientes.

Confira algumas dicas sobre os lubrificantes e sua aplicação para o dia a dia na oficina.

• Utilize sempre lubrificantes recomendados pelo fabricante do veículo. Se não for possível adquirir exatamente o recomendado, procurar aqueles que atendam a todas as especificações exigidas (SAE, API, DOT, etc.). Pode-se utilizar lubrificantes de especificação superior, mas nunca inferior;

• Utilize o lubrificante certo no compartimento certo. Ou seja, nunca adaptar. As aparências enganam. Os lubrificantes para motor têm uma aditivação completamente diferente daqueles destinados a transmissão. Colocar um no lugar do outro, pode provocar um desastre a médio e longo prazo;

• Nunca deixe recipientes abertos. Os lubrificantes são muito sensíveis a contaminação: poeira umidade, etc., perdendo a sua eficiência;

• Nunca utilize um lubrificante, cujo recipiente foi aberto e depois armazenado por um longo tempo. Os lubrificantes são sujeitos a ação da umidade e do oxigênio, perdendo suas propriedades com o tempo;

• Com relação às graxas, muito cuidado com as aplicações. Utilize a graxa certa no lugar certo. Apesar das aparências, elas são muito diferentes entre si. Uma aplicação errada pode ser desastrosa a componentes como rolamentos de roda e juntas homocinéticas. Em determinados locais as graxas podem atingir altas temperaturas. Se ela não foi fabricada para tolerar essas temperaturas, vai derreter e deixar o componente trabalhando sem lubrificação;

• Respeite rigorosamente os períodos de troca recomendados pelos fabricantes dos veículos. O lubrificante tem vida útil! Se o veículo rodar em condições extremas (motores turbo e cidade) diminua o período sem o menor receio. Pode-se trocar antes, mas nunca depois. Um problema típico gerado por desrespeito a hora da troca são as borras;

• Cuidado com aditivos milagrosos. Os bons lubrificantes já são devidamente aditivados. Motores que queimam óleo pelos anéis ou tem folga excessiva nos mancais necessitam de reforma e não de lubrificante mais viscoso;

• Cuidado com o critério preço. Lubrificantes muito baratos, apesar de atender as especificações mínimas, podem apresentar qualidade muito inferior aos similares de marca renomada. Na dúvida, mande analisar em um laboratório especializado. Principalmente em relação a aditivação;

• Manter os sistemas de alimentação dos motores em bom estado ajuda a diminuir a deterioração do lubrificante por contaminação por combustível. Da mesma forma, procurar abastecer com combustível de qualidade. Isso evita o contato de substâncias químicas nocivas com o lubrificante, que destroem e inutilizam o aditivo;

• Um filtro limpo filtra melhor. Se possível, substituir os componentes a cada troca de lubrificante. Seja lá qual for o compartimento;

• Cuidado com os apertos, principalmente em reservatórios de alumínio. Via de regra, os bujões para drenagem são cônicos e não necessitam de apertos excessivos. O uso do torquímetro é recomendado nessas ocasiões. Para evitar vazamentos, sempre utilize arruelas de vedação novas (quando originais no veículo).

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