O Conarem (Conselho Nacional de Retíficas de Motores) ressalta a importância da manutenção preventiva do veículo, salientando que nem sempre o tempo de rodagem do veículo está atrelado à sua conservação, que, sim, depende diretamente ao comportamento do proprietário. Por isso, o mecânico deve orientar seu cliente a identificar sinais de desgaste do motor para que a reparação seja feita antes que um problema maior aconteça.
“No caso do motor, por exemplo, o desgaste de alguns componentes pode acabar comprometendo o bloco e o eixo virabrequim, ocasionando prejuízo maior no bolso dos consumidores”, afirma o engenheiro Ricardo Nonis, diretor do Conarem. De acordo com Ricardo, quando o veículo está com quilometragem elevada e começa a apresentar alguns indícios, entre eles, excesso de fumaça expelida pelo escapamento, alto consumo de óleo lubrificante, baixa potência e ruídos anormais, é recomendado que ele passe por uma retífica.
Durante o processo de retífica, segundo o Conarem, o motor será desmontado para a limpeza e usinagem dos componentes, para depois serem remontados e regulados. “A higienização é feita com banhos químicos para eliminar resíduos de óleo, carvão e cola”, explica o diretor do Conarem. As peças, em seguida, vão para a usinagem em diferentes máquinas. “As características do motor são todas restabelecidas após a retífica, tanto com relação ao desempenho, quanto à durabilidade. Um motor retificado tem que render e durar tanto quanto um motor novo”, finaliza.
Para uma melhor conservação do veículo, o mecânico deve orientar o proprietário a tomar certos cuidados, como não abastecer com combustível adulterado, verificar diariamente o nível de água, se há vazamentos em mangueiras ou radiador, bem como observar o nível de óleo, o estado de mangueiras e filtros.