NTK explica e dá dicas aos mecânicos para o momento da troca do componente
Os sensores do freio ABS são componentes voltados para segurança que atuam sob a necessidade de evitar o travamento das rodas nos momentos de frenagem forte, em diferentes condições, principalmente em pisos escorregadios, com baixo atrito.
Eles conseguem indicar a velocidade de cada roda do veículo de forma individual, pois um módulo eletrônico avalia a necessidade de atuação do sistema de ABS. A NTK explica como é o funcionamento dos sensores em diferentes momentos.
Atuação com o pedal de freio acionado: se o sistema de freio estiver acionado e for detectada uma possível tendência ao travamento da roda, a pressão exercida pelo fluido de freio no cilindro será liberada para evitar o travamento. Assim que a velocidade retorna ao normal, a pressão é retomada, retomando a frenagem da roda, esse processo é repetido várias vezes por minuto e provocando uma leve trepidação no pedal de freio, que é normal e indica a atuação do sistema ABS.
Atuação sem o pedal de freio acionado: se o pedal de freio não estiver acionado, a diferença de velocidade pode indicar a atuação de outros sistemas, como controle de estabilidade, tração e descida em rampa, estes sistemas trabalham em conjunto com o sistema ABS, caso seja necessário a frenagem de uma roda específica, o sistema irá aplicar o freio sem a ação do condutor.
Variações na velocidade das rodas são normais em curvas onde as rodas internas giram mais devagar que as externas devido ao raio da curva. Pneus novos e usados também podem causar diferenças na velocidade das rodas pela sua variação na altura, o que normalmente não aciona a luz do painel. Se houver problemas no sinal do sensor ABS, a luz de alerta permanecerá acesa no painel, e outros sistemas relacionados à velocidade das rodas também poderão acender suas luzes de alerta. Nessa situação, o veículo não deve ser utilizado e requer manutenção imediata.
Como diagnosticar os sensores ABS
Os sensores ABS podem ser danificados por infiltração de água, falta de alimentação do sensor, danos por acidentes, manutenção inadequada do carro, danos na coroa dentada ou até mesmo por manutenção nos rolamentos de roda. Alguns veículos possuem rolamentos de rodas magnetizados que trabalham em conjunto com os sensores de velocidade de roda. Quando isso acontece, o veículo deve ser analisado e testado para detecção dos problemas.
“No caso do componente realmente estar danificado, a sua substituição é relativamente simples. Em primeiro lugar, é necessário identificar qual sensor apresenta a falha e a sua real causa e, logo em seguida, consultar a aplicação correta do sensor. Além disso, é preciso fazer a limpeza do sistema antes de aplicar o sensor e utilizar o torque de aperto recomendado. Após a substituição, deve-se realizar um teste de rodagem, com equipamento de diagnóstico acoplado, verificando se a velocidade da roda está sendo registrada pelo sistema. Em alguns veículos específicos, é necessário um procedimento de apresentação do sensor, realizado com equipamento de scanner”, comenta o consultor de assistência Técnica da Niterra do Brasil, Hiromori Mori.