Modelo recebeu novo conjunto mecânico que apela para a eficiência com economia como nunca visto antes num compacto. Evolução do conhecido Econo.Flex, o propulsor tem novos componentes que evitam desperdícios durante o funcionamento
Victor Marcondes
Integrante do programa de renovação da linha de veículos da General Motors do Brasil, o Chevrolet Onix é um charmosos compacto que atraiu a atenção dos consumidores. Entre as razões estão o conceito inovador, o design moderno com personalidade, além das tecnologias empregadas, tanto na mecânica quanto nos quesitos de segurança e entretenimento. O modelo, que chegou para aposentar o estabelecido Corsa, também causa incerteza sobre o futuro do Agile. A montadora, no entanto, afirma que ambos ainda conviverão juntos por muito tempo no mercado.
Deixando os rumores de lado, o fato é que o Onix em poucos anos deverá chegar às oficinas independentes quando necessitar das devidas manutenções fora da garantia. Para ir se familiarizando, é bom que o mecânico saiba que vai lidar com uma construção de motor totalmente nova. Para impulsionar o veículo foram destinados dois propulsores, nas versões 1.0 e 1.4 litro, ambos bicombustível.
Além de mais eficiente e econômico, o conjunto foi desenvolvido para entregar força e potência, mesmo em veículos compactos. Conhecido pela sigla SPE/4 (Smart Performance Economy 4 cylinders), ele é uma evolução do Econo.Flex, que agora funciona por meio de um sistema de injeção sequencial com ignição independente por cilindro. Cada um dos quatros cilindros é alimentado por uma bobina individual da mesma espécie utilizada no Chevrolet Camaro. O resultado é uma redução no trabalho do motor e menos desperdício da energia gerada pela queima.
De acordo com a fabricante, a densidade de potência do Onix 1.0 chega ao nível mundial de excelência que é 80 cavalos por litro quando está abastecido com etanol. Com gasolina, o resultado é de 78 cavalos por litro, ambos são disponíveis a 6.400 rpm. Até então, o índice havia sido alcançado exclusivamente apenas por motores com alto teor de subsistemas de comandos variáveis automáticos. Já o torque máximo, com álcool, é de 9.8 kgfm a partir de 5.200 rpm, e 9.5kgfm quando alimentado a gasolina, na mesma faixa de rotação.
No entanto, a versão 1.4, entrega 106 cavalos quando abastecido com etanol e 98 cavalos com gasolina, ambas a 6000 rpm. O torque máximo, com etanol, é de 13.9 kgfm a partir de 4800 rpm e 12.9 quando alimentado a gasolina, com mesma rotação. “Utilizamos tudo que aprendemos durante os últimos 30 anos analisando o desenvolvimento dos motores flex fuel no Brasil para atingir um nível de excelência e desempenho que hoje damos o nome de SPE/4”, destaca o diretor de Engenharia de Powertrain da GM América do Sul, Paulo Riedel.
Na pista, o automóvel proporciona tocadas rápidas ao condutor. A potência maior e o melhor desempenho do automóvel não aumentaram os ruídos e as vibrações. Pelo contrário, o trabalho realizado pela área de powertrain, que redesenhou os comandos de válvulas, os blocos de sustentação e outros itens, deixou o automóvel muito silencioso e estável.
Segundo a GM, tanto a transmissão quanto a motorização, tiveram redução de massa dos componentes, principalmente com o emprego de tecnologia de ponta e a utilização de materiais mais nobres. Para tanto, um exclusivo pacote de redução de atrito foi desenvolvido, especialmente na questão do brunimento dos cilindros, onde houve significativa melhoria do atrito gerado no funcionamento do motor. Segundo a empresa, apesar das melhorias implantadas, o SPE/4 é 2kg mais leve que o Econoflex utilizado no Prisma, por exemplo.
O Onix vem equipado com a transmissão manual de cinco velocidades F17 geração 1.5, a mesma utilizada no Chevrolet Cobalt. Com algumas alterações adaptadas, a carcaça de transmissão foi reestruturada com objetivo de obtenção de ganho em rigidez e perda de massa. As modificações contribuíram para que as trocas de marchas se tornassem mais suaves, sem ruídos ou ranhuras de engate.
O modelo também apresenta alterações na inversão do coletor de admissão, que proporcionou ganho considerável para a estrutura que abriga o motor, tornando-a livre de suportes desnecessários; novo corpo de borboletas, no qual o sinal elétrico não tem mais contato mecânico, conferindo durabilidade infinita ao dispositivo; a disposição de comando válvulas vazado em formato de tubo e a adoção de um amortecedor torsional que proporciona maciez ao dirigir.
Além disso, houve inversão do sistema de acessórios do motor, como alternador, correias, compressor do ar-condicionado e direção-hidráulica. O veículo ainda aderiu suportes menores e mais simples, melhorando a ventilação de componentes críticos que dependem da manutenção de uma determinada temperatura. Isto, aliado ao ressonador integrado ao motor, contribuiu para a redução do nível de ruído dentro da cabine.
Fabricado a partir da arquitetura global de veículos pequenos da GM, a mesma de modelos como Sonic, Cobalt e Spin, o Onix, o carro tem 1.964 mm de largura e 3.930 mm de comprimento. O entreeixos de 2.528mm, segundo a montadora, é comparável ao de um sedã de médio porte – o Cruze, por exemplo, possui um entreeixos de 2.685mm.
O tamanho avantajado do entreeixos tem incidência direta no conforto da suspensão do veículo. Na frente, o Onix conta com sistema independente McPherson, com molas helicoidais com carga lateral, amortecedores telescópicos e barra estabilizadora. Na traseira é equipado com conjunto semi-independente com eixo de torsão, molas helicoidais, amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás.
Na parte de segurança, o veículo segue os padrões globais e possui ABS, EBD e airbags como itens de série. O coeficiente aerodinâmico de 0.35 combinado com a estrutura e massa do carro, motorização e pneus com baixa resistência de rolamento, garantem ao Onix uma relação de desempenho e eficiência de consumo acima da média do mercado, segundo a GM.
Com relação à conectividade, o carro oferece o novo sistema multimídia MyLink. A tecnologia permite ao usuário levar suas músicas, fotos, vídeos e aplicativos do celular para dentro do veículo, além de fazer ligações telefônicas via Bluetooth. Com uma tela de LCD touch screen de sete polegadas, por meio do sistema é possível acionar o limpador traseiro, travar as portas automaticamente, entre outras coisas. Disponível em três configurações (LS, LT e LTZ), o Onix é comercializado pelo preço inicial de R$ 30.790.
Ficha técnica Chevrolet Onix 1.0 2013
Motor
Modelo: 1.0 SPE/4
Disposição: Transversal
Número de cilindros: 4 em linha
Cilindrada (cm3): 999
Diâmetro e Curso (mm): 71,1 x 62,9
Válvulas: SOHC, duas válvulas por cilindro
Injeção eletrônica de combustível: M.P.F.I. (Multi Point Fuel Injection)
Taxa de compressão: 12,6:1
Potência máxima líquida
Etanol: 80 cv a 6.400 rpm
Gasolina: 78 cv a 6.400 rpm
Torque máximo líquido
Etanol: 9,8 kgfm (96 Nm) a 5.200 rpm
Gasolina: 9,5 kgfm (93 Nm) a 5.200 rpm
Combustível recomendado: Gasolina comum e/ou Etanol
Rotação máxima do motor (rpm): 6.800
Bateria: 12V, 40Ah (50Ah com ar-condicionado)
Alternador: 80A (100A com ar-condicionado)
Transmissão
Modelo: F17-5 HR
Manual de 5 velocidades à frente sincronizadas
Relação de marchas:
Primeira: 4,27:1
Segunda: 2,35:1
Terceira: 1,48:1
Quarta: 1,05:1
Quinta: 0,80:1
Ré: 3,31:1
Diferencial: 4,87:1
Chassis/Suspensão
Dianteira: Independente McPherson, molas helicoidais com carga lateral, amortecedores telescópicos e barra estabilizadora
Traseira: Semi-independente com eixo de torsão, molas helicoidais, amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás
Direção: Hidráulica, pinhão e cremalheira
Direção redução: 18,3:1
Direção número de voltas
(batente a batente): 3,2
Diâmetro de giro (m): 10,43
Freios
Tipo: Discos dianteiros, tambor traseiro
Disco diâmetro x espessura (mm): Dianteiro: 240 x 20; traseiro 200 x 31,5
Rodas/Pneus
Roda: 14 x 5
Pneus: 175/70 R14 (LS) 185/70 R14 (LT)
Ficha técnica Chevrolet Onix 1.4 2013
Motor
Modelo: 1.4 SPE/4
Disposição: Transversal
Número de cilindros: 4 em linha
Cilindrada (cm3): 1.389
Diâmetro e Curso (mm): 77,6 x 73,4
Válvulas: SOHC, duas válvulas por cilindro
Injeção eletrônica de combustível: M.P.F.I. (Multi Point Fuel Injection)
Taxa de compressão: 12,4:1
Potência máxima líquida
Etanol: 106 cv a 6.000 rpm
Gasolina: 98 cv a 6.000 rpm
Torque máximo líquido
Etanol: 13,9 kgfm (136 Nm) a 4.800 rpm
Gasolina: 12,9 kgfm (127 Nm) a 4.800 rpm
Combustível recomendado: Gasolina comum e/ou Etanol
Rotação máxima do motor (rpm): 6.300
Bateria: 12V, 40Ah (50Ah com ar-condicionado)
Alternador: 80A (100A com ar-condicionado)
Transmissão
Modelo: F15-5 WR
Manual de 5 velocidades à frente sincronizadas
Relação de marchas:
Primeira: 3,73:1
Segunda: 1,96:1
Terceira: 1,32:1
Quarta: 0,95:1
Quinta: 0,76:1
Ré: 3,31:1
Diferencial: 4,63:1
Alguém saberia dizer ara quantos mil kms foi feito esse motor
O carro não é milagroso não, mas é muito bom. Tenho um LTZ 1.4 desde 2013, que está com 135000km. Muito econômico em combustível, macio se precisar rodar na terra, anda razoavelmente bem, manutenção barat, embora praticamente não me deu manutenção corretiva em nada, só as rotineiras mesmo. Para quem quer custo/benefício baixo, é uma ótima pedida. Compra quem quer, eu comprei e gostei, e não chamo de trouxa, quem o fez, como foi infeliz o cidadão no comentário acima.
100000 km com um jogo de pneus? Tá meio demais não?
Informação valiosa. Para minha sorte que encontrei o seu site por acaso, e estou muito alegre com o que eu li aqui. Felicidades abraço.
Texto bacana. Eu acabei de achar o seu site e gostaria de falar que de fato os seus artigos são maravilhosos. Até logo abraço.
Comprei e estou bem satisfeito, já tive Honda, Fiat, GM e cada carro é diferente para diferentes necessidades.
O carro é excelente e é trouxa quem compra um carro que não atende a sua própria necessidade.
Agora trouxa é quem crítica sem nunca ter andado com o Onix, que pra mim é um dos dois únicos carros bons dá GM.
Podem comprar que o carro é muito bom.
Brasileiro se deixa levar facilmente pela mídia, esta é a razao do ONIX ser liderno pais, é o unico dos lideres que usa velhos motores de 4 cilindros,REFORMULADO conforme afirma a GM ,é um chevete moderno,então compre trouxa.
Recomendo a todos que busca um carro otimo de digir e gasto mínimo de manutenção tenho um LT 1.4 a 2 anos com 100 mil km e só gastei 2.000 reais com manutenção periódica. Os pneus com rodizio , alinhamento e balaceamento chegaram aos 100 MIL KM. claro que com estas pistas esburacadas ficaram barulhentos. A economia na rodovia e ótima tem q andar de boa o meu faz 17km , no urbano faz 15 a 16 kms sem transitom, andando com rotacoes abaixo dos 3000 rpm. Na gasolina. Moro em Brasília-DF.
Durabilidade infinita????????????
gostei do LTZ 1.4