Carros que trafegam em grandes cidades sofrem mais, segundo a Bosch

De acordo com a Bosch, o trânsito “anda e para” de grandes cidades aumenta o desgaste das peças do carro. Entre os itens que mais sofrem nessas condições, estão embreagem, freios e sistema de arrefecimento. Por isso, a manutenção preventiva é essencial para evitar reparos maiores e até mesmo acidentes.

A empresa recomenda que o sistema de freios seja inspecionado visualmente a cada 5 mil km rodados, o que garante maior segurança e um menor custo de manutenção do sistema. O fluído de freio deve ser usado em sua especificação correta conforme determinado pela montadora. Segundo a Bosch, a aplicação de um produto não adequado pode reduzir a eficiência da frenagem ou mesmo danificar o sistema, colocando em risco a segurança dos ocupantes do automóvel.

Por sua vez, a embreagem é um dos elementos mais diretamente prejudicados no trânsito urbano. Sua durabilidade varia conforme a utilização do conjunto e condições de uso. Por isso, a empresa destaca algumas dicas que o mecânico pode passar para seu cliente preservar o mecanismo por mais tempo:

– não dirigir com o pé apoiado no pedal de embreagem, o que causa o desgaste prematuro do conjunto;

– evitar trocas bruscas das marchas, que danificam o disco, causando barulho e até impossibilitando a troca de marchas;

– não dirigir em altas velocidades com marchas baixas ou em baixas velocidades com marchas altas. De acordo com a Bosch, essa prática sobrecarrega o disco, podendo inutilizá-lo por completo.

Quanto ao sistema de arrefecimento, a empresa ressalta que muitos motoristas não se preocupam com a manutenção correta. A Bosch sublinha que a performance, a vida útil dos elementos internos e o consumo de combustível são afetados diretamente quando o motor opera fora da faixa de temperatura recomendada.

Por isso, o mecânico deve orientar seu cliente a utilizar, no sistema, aditivos anti-oxidantes nas proporções corretas, para que seja formada uma espécie de película protetora na parte interna do tubo e nos componentes metálicos do motor, evitando a sua corrosão. Apenas água limpa não é suficiente.
Em caso de superaquecimento, algumas dicas podem ser passadas para seu cliente:

– esperar alguns minutos para retirar a tampa do radiador, evitando que possa se queimar com a água;

– não adicionar água fria no motor superaquecido. A mudança brusca de temperatura poderá danificá-lo;

– se o superaquecimento foi causado por falta de líquido no sistema, deixar o motor esfriar naturalmente e completar com água para que o veículo seja encaminhado diretamente para a oficina. Mas se houver líquido suficiente, o superaquecimento pode ter sido causado por um problema elétrico ou mecânico. Neste caso, o carro deve ser rebocado.

Outro fator de desgaste que a Bosch ressalta é a contínua rotação do motor em marcha lenta, o que afeta o sistema de ignição dos veículos. “Motores que trabalham com uma temperatura maior, como os veículos que circulam no trânsito de uma grande cidade, têm mais chances de sofrer com a carbonização nas velas de ignição do que um carro que roda na estrada”, ressalta Daniel Lovizaro, Chefe de Assistência Técnica da divisão Automotive Aftermarket da Robert Bosch Brasil.

Por isso, é recomendável a troca das velas de ignição conforme a recomendação do fabricante. Na troca das velas, o mecânico deve consultar o manual do veículo ou a tabela de aplicação para verificar qual é o modelo correto para o motor daquele veículo. Também é fundamental que seja avaliado o estado de conservação dos cabos e bobinas de ignição.

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