Durante a feira CES Internacional, em Las Vegas, que ocorreu na semana passada, a Bosch mostrou sistemas que permitem que carros equipados com a tecnologia da empresa já dirijam sozinhos em algumas situações, como congestionamentos ou dentro de um estacionamento, por exemplo.
A Bosch tem trabalhado no desenvolvimento da direção autônoma desde 2011 em duas localidades, em Palo Alto, na Califórnia, e em Abstatt, na Alemanha. Um dos sistemas desenvolvidos é o de frenagem de emergência preditiva à assistência ao condutor. Em velocidades de até 60 km/h, o assistente freia automaticamente no tráfego intenso, acelera e mantém o curso do veículo na rodovia.
De acordo com a fabricante, os sistemas de assistência ao condutor são a pedra fundamental para a direção autônoma, que se estabelecerá gradualmente. “Com os pilotos e sistemas Bosch, os carros serão dirigidos de forma autônoma nas rodovias até 2020, do acesso de entrada à saída”, prevê Hoheisel.
A Bosch afirma que a direção autônoma envolve cada aspecto do carro e exige um know-how abrangente de sistemas. Ele se baseia em sensores com tecnologia de radar, vídeo e produtos que a empresa tem fabricado há muitos anos. “Os sensores são os olhos e os ouvidos que permitem que os veículos percebam seu ambiente”, garante Hoheisel. Um software potente e computadores processam as informações coletadas e garantem que o veículo se desloque no trânsito de forma segura e com maior eficiência de combustível.
Na medida em que os veículos assumem cada vez mais tarefas, sistemas de segurança como freios e de direção, devem atender requisitos especiais. Caso um destes componentes falhe, um procedimento é necessário para assegurar a sua frenagem. O iBooster e o sistema ESP são projetados para frear o carro, independentemente um do outro, sem que o motorista precise intervir.
De acordo com a fabricante, iBooster Bosch atende um requisito essencial para a direção autônoma. O booster de freio pode desenvolver a pressão de freio de modo independente, três vezes mais rápido que o sistema ESP. Caso o sistema de freio preditivo reconheça uma situação perigosa, o veículo para muito mais rápido. Ao mesmo tempo, o iBooster pode oferecer a frenagem suave exigida pelo piloto automático ACC, até sua parada completa.
A Bosch também afirma que o iBooster é um componente chave para carros híbridos e elétricos. Isso porque não requer vácuo, que de outro modo teria que ser gerado em um processo complexo pelo motor a combustão ou por uma bomba a vácuo. Em segundo lugar, porque junto com o ESP hev (projetado especificamente para carros híbridos e elétricos), o booster de freio pode recuperar praticamente toda energia de frenagem e convertê-la em eletricidade.
Graças ao iBooster, quase todos os atrasos típicos de tráfego podem ser usados para recuperar uma energia de frenagem máxima para o motor elétrico do veículo híbrido ou elétrico, garante a Bosch. Caso o carro tenha que frear bruscamente, se o gerador não puder fornecer o toque de freio necessário, o booster de freio gera qualquer pressão de freio adicional necessária no modo convencional, usando o cilindro mestre do freio.