Associação discute o combate da poluição veicular

A Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) irá debater sobre a necessidade urgente de combater a poluição ambiental no planeta por meio da substituição de combustíveis fósseis, para que sejam adotadas outras formas de energia mais eficientes e limpas. A discussão irá ocorrer no VE 2007 – 5° Seminário e Exposição de Veículos Elétricos, entre 25 e 26 de outubro, no Centro Cultural Light, no Rio de Janeiro.

A Associação explica que embora as montadoras estejam utilizando os grandes salões e feiras de automóveis para anunciar carros mais eficientes do ponto de vista energético e menos poluidor, os chamados veículos ecologicamente corretos por enquanto não passam de conceitos e de estratégias de marketing. Pressionada pelos organismos internacionais para aderirem ao combate do efeito estufa no planeta, a entidade comenta que as montadoras “pintam de verde” os automóveis – carros-conceito e protótipos -, considerando que não existe previsão ou intenção de disponibilizá-los num curto espaço de tempo aos consumidores.

Por esse motivo, governos do México, Nova Zelândia, Estados Unidos, França e Suíça estão exigindo a introdução de veículos elétricos no setor de transporte urbano em suas principais cidades para a redução da poluição ambiental, que por sua vez gera sérios problemas de saúde na população. “Os fabricantes que saíram na frente entram agora no mercado e se antecipam a uma nova realidade do setor de transportes, que não tardará a expandir-se para o mundo todo”, prevê o diretor-presidente da ABVE, Antônio Nunes Junior.

O seminário irá reunir especialistas de vários setores para a discussão dos principais aspectos relacionados aos veículos elétricos, sejam a bateria, híbridos e a célula a combustível. O evento inclui palestras, painéis, mesa redonda e workshops para o debate sobre a quebra de paradigma, que pode ser provocada com a chegada dos veículos elétricos ao mercado, revolucionando os setores automotivo, de transporte, energético e ambiental.

“Embora o álcool combustível apresente um saldo bastante positivo para o efeito estufa em relação à gasolina – já que os gases emitidos são compensados pela fotossíntese do replantio da cana-de-açúcar no campo -, o etanol polui no local onde é emitido e não resolve o problema da poluição ambiental dos grandes centros urbanos”, acrescenta Nunes Junior.

Mesmo que a indústria de veículos elétricos ainda seja incipiente no Brasil, já são mais de 40 as empresas que comercializam ou produzem estes carros no país, de diversos tipos, portes e aplicações. A indústria nacional disponibiliza para o mercado ônibus e caminhões, bicicletas, scooters, motos, patinetes, triciclos, cadeira de rodas e carros elétricos para transporte de pessoas e cargas, além de empilhadeiras, rebocadores e veículos não tripulados. Exemplos dessas empresas são a Eletra ( de São Bernardo do Campo) e da Tuttotransporti (Rio Grande do Sul), que produzem ônibus híbridos para o transporte de passageiros nos grandes centros, e da GPS, da Motor-Z e da Bramont, que fabricam motos elétricas.

Enquanto o Brasil segue vagarosamente na direção dos veículos eficientes e pouco poluidores, vários países estão bem adiantados neste caminho. O governo mexicano, por exemplo, decidiu montar uma frota oficial transformando mil carros a gasolina em elétricos. Trata-se de num plano piloto para a redução de emissões de gases de efeito estufa e para a economia de combustível naquele país, além da redução de problemas de saúde na população.

 

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