Abrafiltros divulgou reciclagem de 3,293 milhões de filtros de óleo

O programa Descarte Consciente Abrafiltros, de logística reversa de filtros usados do óleo lubrificante automotivo, que teve início em 2012, segundo a associação, tem gerado resultados expressivos, superando a expectativa. O volume total reciclado no programa, de julho de 2012 a março de 2015, foi de 1.332.268 kg, sendo 1.284.316 kg de filtros usados, 19.341 kg de óleo e 28.611 kg de resíduos. O resultado equivale a 3.293.118 filtros de óleo lubrificante automotivo processados. “Todos precisamos ter responsabilidade ambiental e promover ações para superar os desafios da política nacional e resoluções estaduais de resíduos sólidos. Toda cadeia do setor deve se envolver com a logística reversa para trazer benefícios ao meio ambiente”, afirma João Moura, presidente da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas Automotivos e Industriais. 19369

De acordo com informações da Abrafiltros, no programa, o metal é encaminhado para siderúrgicas, o óleo usado segue para rerrefino e os rejeitos são incinerados em cimenteiras e entram na composição do cimento, não havendo nenhum tipo de destinação para aterros sanitários. Todo o processo é custeado pelas empresas participantes do programa e não há retorno direto para o mercado de filtros, o que faz com que os custos sejam diretamente proporcionais ao volume coletado.

Atualmente, o programa está em vigor nos estados de São Paulo e Paraná, e em fase de aprovação pelo governo para implantação no Espírito Santo, em cumprimento às leis estaduais.

No total, o programa conta com mais de 1.000 pontos de coleta, realizada diretamente em geradores selecionados pelo programa, que tem a participação de 15 empresas: Affinia Automotiva Ltda; Cummins Filtration do Brasil; Donaldson do Brasil Equipamentos Industriais Ltda.; General Motors do Brasil Ltda.; Hengst Indústria de Filtros Ltda.; KSPG Automotive Brazil Ltda.; Magneti Marelli Cofap Fábrica de Peças Ltda.; Mahle Metal Leve S.A.; Mann+Hummel do Brasil Ltda.; Parker Hannifin Indústria e Comércio Ltda.; Poli Filtro Ind. e Comércio de Peças para Autos Ltda.; Scania Latin America Ltda.; Sofape S/A / Tecfil; Sogefi Filtration do Brasil Ltda. / Fram; e Wega Motors Ltda.

Em São Paulo, atende à Resolução SMA 038 de agosto de 2011, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que determina que fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores atuassem em conjunto para promover a coleta, reciclagem e destinação final ambientalmente adequada dos filtros usados do óleo lubrificante automotivo, entre outros produtos relacionados pela SMA 038. Iniciado em julho de 2012, compreende 30 municípios e já reciclou 1.052.669 kg entre filtros usados, óleo lubrificante e outros resíduos.

No Paraná, o programa foi implantado em fevereiro de 2013 em atendimento ao Edital de Chamamento 01/2012, de agosto de 2012, e já reciclou 227.338 kg entre filtros, óleo lubrificante usado e outros resíduos, abrangendo 30 municípios.

O próximo estado previsto para iniciar o programa é o Espírito Santo, onde o programa atenderá o Edital de Chamamento 02/2014, de novembro de 2014. A implantação está prevista para o segundo semestre, a partir do mês de julho, conforme a proposta apresentada pela Abrafiltros em 15 de abril, em fase de aprovação pela Secretaria do Meio Ambiente estadual. “As leis ambientais são uma realidade e devem ser cumpridas. Há muitas empresas que integram a cadeia de filtros automotivos e ainda não se conscientizaram desse fato, estando sujeitas a multas e sanções governamentais, sendo que mais estados devem publicar editais de chamamento neste ano, além de ampliar a fiscalização. Ao participar do programa Descarte Consciente Abrafiltros, as empresas cumprem com a legislação de logística reversa pós-consumo, uma vez que o programa segue os Termos de Compromisso estabelecidos com os governos estaduais, com metas gradativas de coleta e abrangência geográfica”, explica Moura. “Dessa forma, os investimentos são rateados entre o grupo e menores do que a empresa ter que atuar individualmente na logística reversa, um processo de alto custo e logística complexa, por isso a necessidade de crescimento gradativo com o amparo e fiscalização dos governos estaduais visando a participação do maior número possível de empresas, para que o processo tenha viabilidade logística e econômica”.

 

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