Abeiva divulga números do mercado de carros importados em 2011

Os importadores oficiais filiados à Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) totalizaram 199.366 unidades emplacadas em 2011, contra 106.360 veículos do ano anterior, um crescimento de 87,4%. A marca é equivalente a 23,35% dos carros importados emplacados no Brasil neste período, já que as montadoras instaladas no Brasil fecharam o ano com 654.363 carros importados emplacados no país. Considerando todo o mercado nacional de veículos, o número é equivalente a 5,82% de participação. Os dados são da própria entidade.

O presidente da Abeiva, José Luiz Gandini, atribui o crescimento à chegada de novas marcas, que passaram a oferecer aos consumidores brasileiros produtos completos, com mais tecnologia e design, algo comprovado pela queda de vendas das principais montadoras nacionais em 1%, em média. “Está tudo muito cristalino. As montadoras deixaram de investir em inovação. Oferecem aos consumidores brasileiros produtos ultrapassados”, argumenta Gandini. “Diante dessa realidade, nós importadores não temos culpa. É a lei do mercado”, completa, lamentando a medida do governo federal que aumentou o IPI de veículos importados fora do Mercosul e do México.

“O governo brasileiro deveria, como indicava o programa Brasil Maior, ter reduzido a alíquota do IPI para as montadoras que efetivamente investissem em tecnologia, de modo a recuperar terreno perdido. Não o contrário. Sobretaxar os importados, fora do Mercosul e do México, além de inconstitucional, foi uma insensatez”, enfatiza. Ainda de acordo com dados da Abeiva, suas empresas associadas alcançaram 912 concessionárias e 36 mil postos de trabalho no Brasil.

Para 2012, Gandini acredita que o setor de importação de veículos automotores, exceto Mercosul e México, vai sofrer uma queda aproximada de 20%. “Nossas primeiras estimativas são de 160 mil unidades para 2012. E, se projeção do mercado é crescer de 4% a 5%, chegando a 3,6 milhões de unidades emplacadas, nossa participação será de 4,5%”, argumenta. “Com o imposto de importação máximo acordado pela OMC de 35%, um dos mais elevados do mundo, com a alíquota do IPI diferenciada em 30 pontos porcentuais e mais variação cambial, 2012 será um ano muito difícil aos associados da Abeiva”, conclui Gandini.

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