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Entrevista: A frota circulante precisa ser reparada

Jane de Castro, Gerente de Marketing da Ampri, fala sobre o trabalho da fabricante de bombas hidráulicas e componentes para direção; ela observa a oportunidade que se abre na reposição com a atual situação do mercado brasileiro de reposição

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Revista O Mecânico: Como a Ampri surgiu e há quanto tempo está no mercado?
Jane de Castro: Desde o início, no final dos anos 90, a empresa foca na fabricação de produtos automotivos. Anderson Trofino, diretor Comercial, trabalhava em uma empresa que fabricava componentes de caixa de direção para a linha pesada e, quando o ajudou a abrir o próprio negócio, continuou trabalhando no mesmo lugar. Com o tempo e dedicação, o negócio começou a crescer e a demanda por uma linha mais completa de produtos também. Em 2002, a Ampri começou a fabricar peças para linha leve.

O Mecânico: Hoje, como a Ampri está estruturada como empresa?
Jane: A empresa conta atualmente com 80 funcionários, onde contamos com uma capacidade produtiva de 12 mil peças mês. Estamos divididos em duas plantas, que juntas somam aproximadamente 6 mil m². A indústria e parte administrativa ficam em um local e o centro de distribuição em outro, ambos localizados na cidade de Guarulhos, vizinha à capital paulista. A meta para os próximos dois anos é unificar as operações.

O Mecânico: A Ampri tem em seu portfólio componentes de direção e motor. Atualmente, quantos são os produtos e quais seriam os “carros-chefe” da linha de produção?
Jane: Atualmente, a Ampri fabrica cerca de 270 produtos, que atendem aproximadamente a 90% da linha de direção dos veículos que rodam no Brasil. Além disso, exporta para mais 10 países. Nosso foco e carro-chefe, hoje, são as linhas de mecanismos de direção e bombas de direção hidráulica. Hoje, somos a linha mais completa do mercado.

O Mecânico: A empresa abastece o mercado de reposição com uma linha bem ampla de aplicações, tanto de linha leve quanto pesada. Tendo em vista a renovação da frota brasileira, como está a demanda por peças de reposição para veículos que estão fora de linha há mais tempo, como Fusca, Elba, Tempra…?
Jane: Por mais que a frota esteja se atualizando dia a dia com carros cada vez mais modernos, ainda temos um nicho de mercado altíssimo em relação a modelos mais antigos, e temos como exemplo a própria Kombi, que é um dos nossos carros-chefes em relação ao aftermarketing. O intuito é que a empresa esteja cada vez mais atualizada em relação à frota brasileira, mas sem deixar de priorizarmos o que já temos de pronto em relação à frota de anos anteriores.

O Mecânico: A atual conjuntura econômica do mercado automotivo brasileiro, com queda na venda de veículos novos e alta na venda de usados, está influenciando nos negócios da Ampri? Como tem sido o ano de 2015 para a empresa?
Jane: Entendemos que o cenário econômico atual que o país enfrenta não é dos melhores, porém a frota circulante esta aí e precisa ser reparada. Com a queda na venda de automóveis novos, abre o precedente para o consumidor reparar mais o seu carro usado, tendo em vista que ele irá precisar ainda mais dele. No primeiro semestre deste ano crescemos 15% em relação a 2014. Acreditamos que este ano, apesar do País enfrentar uma crise, iremos manter os investimentos e desenvolvimentos de novos produtos para o aftermarketing.

O Mecânico: E como o pós-venda da empresa está estruturado?
Jane: Temos uma equipe de pós-venda estruturada para atender nosso reparador e cliente. Contamos com técnicos e palestrantes que atendem todo o território nacional através de visitas em campo, e palestras técnicas e motivacionais, além de nosso SAC interno.

O Mecânico: Quais ações a Ampri faz para levar informação técnica para o profissional aplicador da peça na oficina?
Jane: A Ampri hoje conta com uma equipe de promotores comerciais, que nos auxiliam no relacionamento com o reparador direto na oficina mecânica. Os mesmos nos auxiliam na entrega de manuais de aplicação de produto e atualizações de peças. Temos também parceria com alguns grupos regionais de oficinas, onde nos auxiliam em respeito às palestras e sugestões técnicas.

O Mecânico: Na sua visão, qual é a importância do mecânico independente para o mercado de reposição?
Jane: A Ampri entende que o mecânico independente é muito importante para o mercado de aftermarketing. Por esse motivo promovemos mensalmente em todo o país, palestras e workshops voltados para os mesmos, com o foco em incentivá-los!

O Mecânico: Recentemente, componentes de direção entraram na lista de peças certificadas compulsoriamente pelo Inmetro. Qual a importância dessa medida para o mercado e para a Ampri?
Jane: O mercado brasileiro só tem a ganhar com a certificação do Inmetro. Essa certificação é um instrumento muito importante para o desenvolvimento do nosso País. A Ampri é uma indústria brasileira e apoia a certificação com vigor, pois o maior favorecido com essa medida é o consumidor que terá produtos com padrões mínimos de qualidade, padrões esse que a Ampri sempre se preocupou em seus projetos.

O Mecânico: A Ampri disponibiliza catálogos online para o público profissional da reposição. Como você vê a importância da internet para o mercado de reparação e também para o mecânico daqui para frente?
Jane: A internet é uma poderosa ferramenta para buscar a informação. Penso que nos dias de hoje não basta apenas ter o conhecimento, temos que diariamente aprender coisas novas e atuais. Com os reparadores não é diferente, pois a cada dia temos novos carros, motores novos, problemas novos e, claro, temos que buscar soluções novas. E não só a Ampri, mas diversas fábricas sérias como nós disponibilizam informações na internet. Nos dias de hoje, o que está parado fica para trás e a internet é uma ferramenta que tem sua relevância para o segmento.

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