Os amortecedores recondicionados são extremamente perigosos, já que colocam a segurança do veículo e condutor em risco. Quem afirma é a fabricante de amortecedores Monroe, alegando que esses produtos não atendem às especificações dos componentes originais.
De acordo com o coordenador de Treinamento Técnico da Monroe, Juliano Caretta, amortecedores recondicionados geralmente recebem apenas uma nova camada de tinta para que a sua aparência fique como nova antes de serem recolocados no mercado. “Em outros casos, o óleo do amortecedor, que é um produto especial e contribui para determinar a carga do componente, é trocado por outro de qualidade inferior, comprometendo a eficiência da peça”, explica Juliano.
O especialista afirma que amortecedores desgastados ou com a carga alterada modificam a dirigibilidade do carro, moto ou caminhão. “Problemas como a falta de contato dos pneus com o solo, aumento da distância de frenagem e a falta de estabilidade do veículo são comuns nesses casos. Essa perda de controle é muito perigosa, pois, aumenta as chances de acidentes”, alerta.
Amortecedores recondicionados podem prejudicar outros itens da suspensão, diz Juliano. “Muita gente pensa no amortecedor como um componente isolado, quando, na verdade, ele não trabalha sozinho, mas em conjunto com várias outras peças. A mola, por exemplo, é a primeira que sofre com o uso de amortecedores desgastados, mas outras, como os coxins e as buchas, também podem apresentar problemas”.
Além disso, produtos recondicionados não oferecem a mesma garantia dada pelas fabricantes ao consumidor. “A recomendação é que o dono do carro opte sempre pelas peças homologadas pelo Inmetro e que exija o certificado de garantia e a nota fiscal para garantir a procedência do produto”.
Para evitar que amortecedores recondicionados sejam recolocados no mercado, a Monroe recomenda aos mecânicos que, após fazer a substituição do componente desgastado, inutilize a peça antiga, passando a haste do amortecedor no esmeril e amassando o tubo externo com uma marreta ou martelo. “Esse cuidado simples por parte do reparador, pode ajudar, e muito, na segurança dos condutores”, finaliza Juliano.
