Vibra leva nova tecnologia de aditivação para o etanol e lança um biocombustível que visa mais limpeza, proteção e economia
A Vibra lança a nova geração do Etanol Grid no fim deste mês de novembro nos Postos Petrobras. Ele chega para se juntar à nova geração das gasolinas Petrobras Grid e Petrobras Podium, lançadas em fevereiro deste ano.
O combustível vegetal traz embarcada a tecnologia batizada de Tecno 3, possuindo uma nova seleção de aditivos que agregam propriedades não existentes no etanol comum. Desenvolvida em parceria com a empresa alemã BASF, o Tecno 3 inclui os modificadores de fricção, detergentes e anticorrosivos.
O blend de aditivos utilizados nesta nova geração de Etanol Grid foi criado exclusivamente para a realidade do produto vendido no Brasil e desenvolvido ao longo de 2021 e testado em laboratórios da Alemanha. Segundo a empresa, a fórmula ideal atende não apenas os motores, mas as especificações técnicas da ANP.
“Na construção dessa nova geração do Etanol Grid tivemos a preocupação de criar uma solução voltada exclusivamente para o mercado brasileiro. Trabalhamos muito na evolução do produto para adequar à nossa realidade, fizemos mudanças significativas de composição para garantir a entrega da qualidade do combustível dos Postos Petrobras, já amplamente reconhecida”, explica o engenheiro e analista sênior de marcas e produtos da Vibra, Eduardo Alcazar.
Nos testes realizados a empresa concluiu que a nova geração do Etanol Grid remove até 52% dos depósitos formados pelo combustível comum em partes do motor e nas válvulas. Esses testes confirmaram que o etanol comum, assim como outros combustíveis, também forma depósitos em válvulas de admissão e em injetores. “Isso se deve ao fato de que independentemente do combustível, existe uma névoa de lubrificante circulando até a câmara de combustão que contribui para esses depósitos”, ressalta Alcazar.
Segundo a Vibra, o novo Etanol Grid promoveu proteção de 100% contra ferrugem, enquanto nos testes realizados o etanol comum foi responsável por 25 a 50% de ferrugem no corpo de prova. Nos testes de desgaste, a nova tecnologia diminuiu em até 36% o desgaste entre peças metálicas quando comparado com o etanol comum. A redução de atrito também é considerável quando comparado com o etanol comum: 40% menos fricção, demonstrando uma expressiva melhora na lubricidade do etanol.
O investimento e uso da nova tecnologia demonstra a preocupação da Vibra em melhorar o produto proporcionando uma operação mais eficiente dos motores e consequentemente uma redução nas emissões, além de estar alinhada com sua missão de atender às demandas dos clientes em sua própria trajetória de transição energética. A Vibra é hoje uma plataforma multienergia e oferece alternativas com menor emissão de carbono para a sociedade, após a entrada de novas fontes limpas e renováveis em seu portfólio.
“O mercado de etanol ainda vai crescer e, à medida que ficar mais competitivo, irá ocupar um espaço ainda maior. A nossa expectativa é de que o etanol aumente a sua participação de mercado em mais ou menos 10%, até 2030”, conta o diretor de Produtos e Marcas da Vibra, Maurício Fontenelle.
A Vibra concluiu recentemente a formação da Evolua Etanol, joint venture com a Copersucar criando uma plataforma para comercialização global do biocombustível. Já no próximo ano todo o etanol comercializado pela Vibra virá da Evolua, uma plataforma aberta, fluida e com escala para atender os mercados nacional e global. A expectativa é comercializar 9 bilhões de litros de etanol em seu primeiro ano de vida e fortalecer o mercado de etanol no Brasil.
Outro movimento relevante para a cadeia produtiva do etanol feito pela Vibra foi a aquisição de 50% do capital social da ZEG Biogás para a produção do gás biometano. A produção será realizada a partir de diferentes tipos de resíduos, como a vinhaça da cana de açúcar, uma solução ambientalmente e comercialmente viável para substituir o gás natural. O negócio vai permitir que as mais de 300 usinas de etanol pertencentes aos 60 grupos industriais fornecedores de etanol da Vibra tenham à mão uma solução adequada para a vinhaça e efluentes de seus processos produtivos, o que também contribui para melhoria na produtividade do solo, com a consequente melhora dos resultados operacionais da usina.