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Qualidade em Série: Toda cadeia certificada

Mostramos com a ajuda do IQA, como a certificação de todos os envolvidos na reposição de peças auxilia a aplicação de produtos de qualidade nos carros e garante um serviço de qualidade para o seu cliente

Carolina Vilanova

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Todo mundo sabe que construir um veículo com toda a qualidade necessária não é moleza. Imagine quantas pessoas estão envolvidas nesse processo mesmo antes de começar a fabricação propriamente dita. Não deve ser nada fácil para as montadoras encontrar fornecedores qualificados, que tenham sub-fornecedores qualificados para assegurar que aquela matéria prima, após passar pelos mais modernos e rigorosos processos de produção, seja transformada até o final da linha de montagem em um veículo completo e seguro.

Pois é, assim a responsabilidade que vem por trás de cada carro vendido depende diretamente da confiança de cada montadora em seus fornecedores e, por isso, selecionar e monitorar com cuidado quem vai apoiá-los nesse sentido é tão importante. E essa possibilidade pode ser aproveitada por toda a cadeia automotiva de reposição também: nos fabricantes de autopeças, nos distribuidores, no varejo e, claro, nas oficinas mecânicas e retíficas de motores. Veja bem, como um reparador vai garantir o seu serviço se não sabe se a peça que ele comprou foi produzida com materiais de qualidade, ou mesmo se teve uma procedência idônea?

Nessa matéria, mais uma realizada com o apoio do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), mostramos como é importante a escolha de fornecedores qualificados para adquirir peças com qualidade para aplicação na sua oficina. Além de mostrar quais são os pontos que o mecânico deve ficar mais atento na hora de aplicar uma peça de reposição no carro do seu cliente.

“Tudo começa lá na produção do veículo. A montadora exige que os fornecedores das peças aplicadas na linha de montagem sejam certificados por organismo de certificação independente, exigindo que ainda comprovem que seus sub-fornecedores também cumpram a obrigação da certificação. Isso provoca a qualidade em todos os elos da cadeia da produção, com grandes benefícios para todos os envolvidos – e é isso que buscamos traduzir no aftermarket”, comenta José Palacio, auditor do Instituto.

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Na verdade, cada fornecedor possui uma série de exigências para serem cumpridas, demonstrando sua capacitação e controle de qualidade. Desde o fabricante do parafuso, todos os elos da cadeia devem ser certificados. “Essa possibilidade existe também no aftermarket através dos elos de sua cadeia específica, que começa no recebimento da matéria prima. Daí por diante, a peça vai para um depósito, de responsabilidade do distribuidor, outro que pode (deve) atender certos requisitos de certificação”, completa.

Qual a vantagem desse processo? Se todos os envolvidos são certificados e cumprem suas exigências, fica mais fácil controlar o resultado final da cadeia, cujos benefícios são sentidos pelo mecânico e, por conseqüência, pelo cliente, o motorista do carro.

“Quanto aos instrumentos de medição, por exemplo, o equipamento deve ser calibrado e aferido por profissionais capacitados e dos laboratórios são exigidas habilidades específicas e a certificação de seus padrões pela Rede Brasileira de Calibração (RBC) do Inmetro. Além disso, as datas e validades devem ser observadas cuidadosamente, tudo para garantir um bom serviço”, analisa.

No aftermarket

Alguns fabricantes que fornecem para o mercado de reposição também são fornecedores originais nas montadoras, outros não. Os que fornecem já tem todos os tipos de certificações e controles de qualidade exigidos pelas montadoras, mas os que só trabalham para a reposição também devem buscar as certificações da mesma maneira. “Dentro do ponto de vista do IQA todos os fabricantes deveriam ter certificação, mas isso ainda não é lei. Se tivesse essa exigência o mercado seria muito mais sadio em questões de qualidade”, acredita.

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De acordo com Palacio, o que deveria acontecer sempre é a ligação entre o recebimento da peça e sua distribuição, onde todas as variáveis fundamentais deveriam ser avaliadas: como é feita a estocagem, o controle, a conferência, a identificação, a programação de entrega e o processo de venda. “Os distribuidores deveriam adotar normas para esse processo, minimizando falhas de entrega, e assim o varejo também deveria seguir procedimentos de certificação na sua maneira de trabalhar, para dar continuidade com o conceito de qualidade exigido pelos clientes de hoje”.

Por isso nasceu a necessidade de se conquistar uma certificação, ou seja, de mostrar que com melhorias nos processos e controle de qualidade a excelência no serviço para o cliente seria mais facilmente atingida. “Até agora, a certificação tem ajudado a mostrar que as peças de reposição, assim como seus processos de distribuição, vendas e aplicação, também têm qualidade e é tão importante quanto às peças para o mercado original”, completa Palacio.

E o mecânico?

Você pode pensar que isso não tem nada a ver com a oficina, mas na verdade, essa prática de certificação vai beneficiar, principalmente, a ponta da cadeia, ou seja, o aplicador. “Ele vai ter a garantia de que compra uma peça com valor agregado, que reúne todo suporte técnico por trás da venda, assistência técnica, equipe de treinamento, respaldo se tiver algum problema. Isso conta muito mais do que a promessa da garantia em si”, avisa o auditor.

Tem que colocar em mente que o mecânico é co-responsável pelo produto que está aplicando no automóvel. “Quem trabalha com produto certificado tem a segurança de que está fazendo a reparação da maneira correta, com todo o respaldo dos fabricantes da peça. Quem usa produtos paralelos sempre está correndo riscos, pois não tem quem os assegure em caso de problemas”, afirma.

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Além da peça que será aplicada, o mecânico tem que seguir algumas normas em relação aos varejistas, as lojas de autopeças. Segundo Palacio, o reparador é beneficiado quando o varejo é certificado e vai ter toda atenção que ele precisa: prazo de entrega, preços mais facilitados, e ainda pode oferecer por meio dos fabricantes e distribuidores treinamentos para a perfeita aplicação, palestras técnicas e outras vantagens.

 

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As concessionárias são bons exemplos disso: muitas são certificadas em vendas, atendimento, serviços e até na aplicação de acessórios, exigindo também cada vez mais certificações de seus fornecedores, assim como as montadoras. “Eles já enxergaram que o padrão de qualidade na prestação de serviços e no atendimento, muitas vezes controlados pelas montadoras, é um bom negócio. Só vender carros não adianta mais, o pós-venda se tornou muito importante como valor agregado, pois mantém o cliente dentro da rede por mais tempo”, diz.

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Um reparador que tenha visão empresarial tem de buscar esse padrão, que é referência no mercado e assim poderá afirmar que sua oficina tem o mesmo certificado que uma concessionária, avaliado por um Instituto que é dirigido diretamente pelas montadoras, fabricantes de autopeças e as próprias oficinas mecânicas, entre outros envolvidos. Isso torna o diferencial alcançado uma poderosa ferramenta de marketing. “Poucos segmentos da sociedade têm esse controle de qualidade tão rigoroso quanto o automotivo, por isso, as montadoras são referência nessa questão, visando expandir essa imagem também para sua rede de concessionárias. A certificação é uma oportunidade para as empresas independentes disputarem o mercado em um mesmo patamar”, finaliza.

 

O que fazer:
• Buscar uma certificação para sua oficina

• Exigir certificação dos seus fornecedores e parceiros

• Utilizar equipamentos por laboratórios certificados

 

Certificação do Inmetro:
• Pneus
• Vidros
• Capacete
• Cilindros GNV
• Eixo veicular para caminhões
• Pino rei
• Quinta roda

 

Certificações que vêm por aí:
• Bomba de combustíveis; correias, tubos e mangueiras; líquido aditivo de radiador; rodas; componentes dos sistemas de freios, direção, iluminação e suspensão; rolamentos; entre outros.

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