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Sistema do motor Fire 1.0 Flex

Conheça os detalhes da injeção eletrônica do motor Fire 1.0 bicombustível, que equipa os modelos de entrada da Fiat.
Carolina Vilanova
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Os veículos bicombustíveis estão, definitivamente, tomando conta do mercado. Desde que foram lançados, em março de 2003, cerca de 425 mil unidades foram comercializadas por todo o País. Esse número comprova que o flexfuel chegou para ficar.
Sempre na vanguarda da informação, oferecemos o mais recente sistema de injeção eletrônica da Magneti Marelli para motores 1.0 bicombustíveis dos veículos Fiat  Mille, Palio e Siena; com detalhes de funcionamento, diagnóstico e  manutenção.

InjeçãoFlex 1.0
A tecnologia aplicada no novo sistema de injeção da Fiat é a SFS (Sofware Flexfuel Sensor), desenvolvida pela Magneti Marelli para ser utilizada nos primeiros bicombustíveis que a marca lançou no ano passado, com os motores 1.3 e 1.8 Flex. Esse software foi implantado no módulo de comando eletrônico – centralina – permitindo que o veículo seja abastecido com álcool, gasolina, ou qualquer proporção da mistura dos dois combustíveis, sem perder potência ou aumentar a emissão de poluentes na atmosfera.
Os motores com mil cilindradas têm maior sensibilidade e percebem com mais intensidade o combustível que será utilizado, além disso, exige rapidez na assimilação das regulagens e evidenciam as diferenças no consumo do combustível. “Por esse motivo, o processador é maior, com mais capacidade para ler e identificar as informações da sonda lambda e dos sensores de temperatura, velocidade, rotação, detonação e do nível de combustível”, informa Fernando Damasceno, gerente de Desenvolvimento de Produto da Magneti Marelli.
Com as informações reunidas, a centralina adequa o fluxo de combustível que será injetado e ajusta a mistura ar-combustível, além de detectar o instante em que a vela soltará a faísca para a queima da mistura. A proporção de álcool e gasolina será determinada em milésimos de segundo.

O que muda no motor
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As seguintes mudanças foram feitas no motor 1.0 Fire, para receber a injeção eletrônica bicombustível:
a) a taxa de compressão subiu para 11,65:1;
b) o material das sedes e guias de válvulas ficou mais resistente ao álcool;
c) os bicos injetores e bomba de combustível ficaram com maior vazão;
d) a parede do coletor de admissão de plástico ficou menos rugosa;
e) a galeria de combustível de plástico, o corpo da borboleta e o sensor de temperatura e pressão do ar foram instalados no coletor;
f) foi instalado um sistema de partida a frio com gasolina;
g) após o corpo de borboleta, o coletor ganhou um furo calibrado para a injeção da gasolina.

Como funciona
Os sistemas de injeção flex e gasolina dos veículos 1.0 da Fiat contam com os mesmos sensores e atuadores. “As diferenças do modelo flex são a centralina, o software, a partida a frio e sensor de nível do reservatório de gasolina para partida a frio”, explica Damasceno.
Seu funcionamento é realizado por meio da centralina, responsável por definir a quantidade de gasolina injetada no motor, de acordo com a proporção de álcool acumulada no tanque. O sistema é baseado no desbandamento da sonda lambda, que tem um centro de funcionamento definido.
A sonda lambda lê a quantidade de oxigênio que o motor admitiu e identifica a mistura que será necessária para a combustão, analisando o ciclo anterior para saber qual mistura será necessária na próxima queima de combustível. “Em todos os momentos, a sonda informa para o sistema o que está acontecendo. Esse é o mesmo conceito do carro a gasolina, mas no caso do flexfuel, a sonda sai do centro da banda, para se ajustar ao sistema”, comenta Damasceno.

Diagnoses
Por contar com os mesmos sensores de um motor a gasolina, o profissional independente deve atualizar o software do seu scanner para identificar possíveis avarias no sistema flex 1.0. O scanner permite simular e determinar defeitos, desconectando os sensores.
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Quando o defeito é na sonda lambda ou nos sensores, uma luz no painel de instrumentos acende alertando o motorista. Qualquer avaria faz com que a injeção entre em modo “recovery”, permitindo que o  motorista leve o carro até um mecânico sem comprometer o sistema ou outros componentes. “O sistema será ajustado em uma determinada proporção de mistura sem importar qual combustível está rodando”, analisa o gerente.
Durante o funcionamento, a centralina verifica constantemente o sistema em busca de avarias. Toda vez que a partida é acionada, é feita uma avaliação de todos os sensores ligados a ela, ou seja, temperatura da água, temperatura e pressão do ar, posição da borboleta, comando do motor de passo, giro do motor, pressão do óleo e detonação e sonda lambda. Componentes periféricos, bicos injetores, partida auxiliar, bomba de combustível e o sensor que monitora o ar-condicionado também são checados. Se for detectada alguma anormalidade, a luz do painel se acenderá.

Manutenção
O motor 1.0 flex precisa dos mesmos cuidados dos modelos a gasolina em relação à manutenção preventiva.
Trocar lubrificantes e filtros regularmente, além de abastecer com combustível de boa procedência é um dever do motorista. Porém, se o veículo rodar mais com álcool é recomendado que o filtro de combustível seja substituído a cada 10 mil Km, para evitar o acumulo de borra, que pode danificar o motor. O usuário precisa verificar se o reservatório de partida a frio tem gasolina suficiente e substituir o filtro de combustível ligado a esse componente, de acordo com a indicação do fabricante.
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Ao realizar uma lavagem de motor, fique atento para não molhar a centralina, que pode comprometer todo o sistema. Da mesma maneira, a instalação de alarmes e equipamentos de som pode acarretar a perda da garantia de fábrica do sistema de injeção, pois envolve a parte elétrica do veículo.
Não é recomendado deixar o tanque vazio, pois pode causar contaminação e levar impurezas para a injeção e motor. O procedimento de revisão deve incluir a checagem do corpo da borboleta e limpeza dos bicos injetores a cada 15 mil km. Essas medidas prolongam a vida útil do equipamento. Vale lembrar que os bicos foram desenvolvidos para atender aos dois combustíveis e, no caso de substituição, devem ser usadas peças originais.
Se for necessário trocar a bomba de combustível, o profissional deve procurar a bomba específica para veículos flex. Outro detalhe diz respeito à válvula ligada na mangueira do motor de partida, uma peça muito sensível e fácil de quebrar. Chamada de válvula de duas vias, é responsável por injetar a gasolina do reservatório de partida a frio no motor.

Desmontagem da galeria
1) O primeiro passo para desmontar o equipamento de injeção é deixar o carro desligado de um dia para o outro para despressurizar o sistema. Não esqueça de usar as ferramentas corretas e equipamentos de proteção. Comece removendo a capa de proteção do motor.
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2) Solte os parafusos da galeria de injeção. Para retirar a galeria, segure firme nas extremidades e desloque-a com cuidado.
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3) Desconecte a mangueira da gasolina do motor de partida auxiliar, tomando cuidado para não deixar vazar gasolina na pintura do veículo, principalmente, se o combustível estiver pressurizado.
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4) Leve a galeria para uma bancada limpa e, em seguida, remova os conectores dos bicos injetores. Com a ajuda de uma chave de fenda, retire as travas.
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5) Finalmente, retire os bicos injetores. Lembre-se de não segurar nos conectores do injetor. Puxe-os pela parte metálica para não quebrar a peça.
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Dicas de montagem
Para montar a galeria no motor, o profissional deve realizar o processo inverso da desmontagem. Lembre-se de lubrificar os anéis o’rings com vaselina líquida. Esse procedimento garante encaixe suave dos bicos e evita que a borracha dos anéis resseque e trinque, causando vazamentos.
Na hora de conectar a mangueira do motor de partida a frio, prestar atenção para ouvir o “click” de encaixe do conector, que substitui as abraçadeiras. Ao fechar o motor com a capa de plástico, certifique-se de que o passador metálico está embaixo da peça, isso impede que o parafuso ao ser colocado, fure o coletor de admissão.

Onde estão os sensores

Sensor de pressão

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Sensor de nível de óleo

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Sensor de detonação

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Sensor do comando de motor de passo

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Sensor de temperatura de água

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Válvula da borboleta

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Sensor de giro

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Mangueira do motor de partida

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Sonda lambda

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45 comentários em “Sistema do motor Fire 1.0 Flex

  1. Para o Davi que perguntou sobre o sensor de detonação no Uno ano 1999.
    Todos os motores com injeção eletrônica da Fiat no Brasil possuem o sensor de detonação.
    Portanto o seu Fiasa possui um e fica no cabeçote voltado para a parede corta fogo.
    Caso não tenho o local, então é porque o cabeçote foi trocado pelo do Fiasa carburado, mas com jeito é possível solicitar a retífica fazer o furo.
    Alguns possuem dois, como no caso do Fivetech por ser um motor grande.

  2. Boa noite! Recentemente comprei um Siena 2009/10,fiz algum reparos já que se trata de um carro seminovo, já se faz 1 mês após reparos, e me aconteceu algo inusitado de repente andando na rodovia o carro simplesmente parou aceleração. Parei funcionei a carro novamente após isso parou mais uma vez. Fiz o mesmo procedimento e o carro seguiu normalmente, levei na oficina passou o aparelho e nada consta, somente troca do sensor de velocidade. Ele me questionou que possa ser um problema do sistema de imobilização, procede. É o que leva a este defeito. Já que a parte mecânica fora feita recentemente.

  3. Olá, Ivan, infelizmente não é possível fazer o diagnóstico a distância. Recomendamos procurar um mecânico para avaliar o veículo

  4. Meu Carro é um Siena Flex 1.0, quando ele esquenta e eu desligo, giro mais não pega. É como se a bateria estivesse descarregada ou arranque ruim. Mas quando ele esfria pega normalmente.
    Pensei até que fosse os cabos da bateria folgado, coloquei uns calço e pegou, depois de um tempo voltou o mesmo problema, o que será?

  5. Boa tarde,
    trocamos a centralina e o meu Uno Way 2010 ficou ótimo, até eu abastecer… a luz da injeção acendeu. O Eletricista rastreou, limpou o registro e ficou normal. Ao abastecer depois de uns dias, pela quarta vez, a luz acendeu novamente. Lembrando que sempre após abastecer… e em postos diferentes (postos bem recomendados). O que pode ser??

  6. Olá Geneci,
    Recomendamos que afaste o coletor de admissão folgando os parafusos que o prendem, pois o sensor possui uma trava de segurança que impede a retirada com o coletor posicionado no local.
    Atenciosamente,
    Revista O Mecânico

  7. Olá! Gostaria de de saber qual o código do modulo de injeção do Uno fire 2003 Gas. 1.0 com Ar condicionado. Se pider me ajudar agradeço.

  8. Oi boa tarde tenho um siena 2008 fire 1.0 8v. Bem ele funciona direitinho mais quando esquenta fica dando uns estalo como se fosse batida de válvulas mais eu acho que não vcs pode me ajuda. so faz o barulho quando tá bem quente na minha opinião se fosse válvulas batia logo se liga se

  9. Estou com o mesmo problema. Alguns mecânicos disseram que o problema está na válvula termostática. Na última oficina em que levei meu carro, ele me falou dos detalhes sobre o problema como se costumasse viajar comigo.
    O problema é que ele me pediu R$180,00 para fazer o serviço, fora a peça. Ainda não troquei-a.
    Segundo os mecânicos, o mau funcionamento da válvula faz com que o motor trabalhe em baixa temperatura, e a central de comandos do carro entende que precisa injetar mais combustível para fazê-lo aquecer. Como o motor continua frio, depois de um certo tempo ela aciona a luz de injeção no painel sugerindo uma possível avaria no sensor de temperatura, mas o problema na realidade está na válvula. Esse combustível injetado em excesso faz o “nível” de nossa conta no banco abaixar na mesma proporção.
    Espero tê-lo ajudado!
    Abraços!

  10. Boa tarde tenho Palio flex 2008. 1.0, tenho notado que o consumo está ruim, nas partidas vejo que nível do combustível está abaixando, e agora estou usando apenas álcool e estou ruim para ligar na parte de manhã, já troquei o mini filtro, já tentei a bomba injetora do tanque partida a frio, limpei o tanque e coloquei gasolina aditivada e mesmo assim estar ruim pra ligar e o consumo elevado…
    Talvez seria problema no sensor MAP?

  11. PESSOAL BOA NOITE ,TENHO UM SIENA 2007 MOTOR FIRE
    TA GASTANDO MUITO TROQUEI OS CABOS ,VELA ,LIMPEI OS BICOS,FILTRO DE GASOLINA
    MAS CONTINUA GASTANDO
    SE ALGUEM PUDER DAR ALGUMA DICA
    AGRADEÇO

  12. quando passa no escaner aparece o que pois pode ser mal contato em alguma cinequisao fone 04832334464

  13. OLA TENHO UM PALIO FLEX 1.0 2008 8V ELE ESTA RUIM DE PARTIDA COM MOTOR FRIO TEM QUE ENSISTI UMAS 4 VEZES PARA PEGAR JA FIZ A TROCA DE VELAS E CABOS E CONFERI TANQUE PARTIDA FRIA MAS AINDA PERSISTE ALGUEM SABE ME DIZER UM DIAGNOSTICO !!!!

  14. Bom dia tenho um palio faire 1.0 2003 gasolina e esta gastando muito ja foi fasado trocado todos os sensores .filtro de conbustivel e ate valvula de pressao do copo de combustivel do tanque.e o gasto continua

  15. Gostaria de saber qual a diferença entre os motores fire do mille e do palio um com 65 cv e o outro com 75 ? E se é possível passar o mille para 75 cv ?

  16. Boa noite, tenho um palio fire 2011 com 90.000 km e estava viajando e de repente acendeu a luz de anomalia e não liga mais!!!! A partida esta leve , o motor roda livre mas a correia dentada esta no lugar e rodando na partida. O que poderá ser?

  17. Comprei um Palio 1.0 Fire Flex 2007,rodo apenas no Etanol ,ele dá 7 a 8 Km/Litro na cidade.É um beberrão,mas o Etanol,em termos de preço,mais em conta que a gasolina.Porém ele está com um defeito na partida a frio,mesmo em dias mais quentes,ele não pega.Algum dos proprietários anteriores adaptaram um botão para injetar gasolina direto do reservatório.até hoje não descobriram o defeito.Cada lugar que eu levo me falam uma coisa diferente.Por favor me ajudem.
    Um abraço.

  18. Boa noite,
    Tenho um palio 2002 fire e ele vem apresentando o seguinte defeito: se eu pego estrada tipo 80km andando a 100/h o sensor de temperatura cai como se o carro estivesse desligado e a luz da injeção ascende. Já foi trocado o sensor de temperatura e o módulo da injeção foi testado e não foi constatado problema.
    Preciso de ajuda!!!! 5 eletricista e ninguém resolve

  19. Tenho um Mile fire 2004 gasolina e ele começou a acelerar sozinho e variar rotação em marcha lenta. Levei ao mecânico e ao passar o scanner identificou a substituição do corpo de borboleta completo TBI, como estava sem grana voltei pra casa e resolvi “fuçar sozinho” como método paliativo até substituir a peça. Desliguei o 1° sensor do TBI acredito pelas imagens conseguidas aqui ser o sensor do motor de passo. Resolveu o problema e o carro não apresenta nenhuma anomalia. O que poderá ocorrer trabalhando com este sensor desligado?

  20. estou com um palio fire 2007 com um alto consumo de combustível fazendo na media 11.6 km por litro porem esta demorando muito pra desenvolver qual a possível causa?
    obrigado!!!

  21. Boa noite, tenho uma dúvida alguém pode me ajudar? Onde fica a localização do conector para fazer a diagnose do palio 2003/04 fire Obrigado.

  22. Meu carro é um Fiat Palio Fire Flex 1.0, a luz de injeção vive acendendo, e em seguida, o carro falha. Já foram trocados a maioria dos itens de injeção: bicos injetores, sonda lâmbida, eletrovalvulas, sensor de temperatura, corpo de borboleta, bobina, velas, cabos de velas, filtro de gasolina etc. Além de manutenção: descarbonização, reservatório de água, óleo de freio, limpeza de bico, ar condicionado etc. Nenhum eletricista/mecânico resolveu ainda. Qdo ele é revisado, até resolve, mas dps voltam os mesmos problemas da injeção. Alguém me ajuda, por favor. Não sei o que faço mais. Não posso vende-lo assim.

  23. GOSTARIA DE SABER SE O FIAT UNO ANO 1999 MOTOR 1.0 TEM O SENSOR DE DETONAÇÃO E EM CASO NEGATIVO COMO FAÇO PARA INSTALAR UM , JA VERIFIQUEI E NÃO TEM TOMADA PARA FAZER A LIGAÇÃO ISSO É NORMAL DO MODELO OU REALMENTE ESTÁ FALTANDO TAL PEÇA

  24. quero saber se os bicos injetores tem os furos de saida de combustivel diferentes para cada cilindro 1;2;3;4 furos

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