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Salão de Detroit: a redenção da indústria automotiva

Diferentemente do que ocorreu no ano passado depois da crise, o setor não recuou nesta edição. Pelo contrário, as montadoras estão mais convictas do que nunca
Victor Marcondes

A maior convenção de automóveis dos Estados Unidos, o Salão de Detroit, está outra vez de portas abertas para revelar as principais novidades desenvolvidas pelos maiores fabricantes do mundo. Há mais de um século sendo realizado, o North American Auto Show dá acesso à confiança da indústria automotiva no segmento ao dobrar o número de lançamentos para 40 veículos, ante os 18 novos modelos apresentados em 2010, por conta da crise que atingiu principalmente os EUA.

Neste ano, os olhos do público foram ofuscados por diversas máquinas brilhantemente espetaculares, como é o caso do jovial e rebelde Chevrolet Sonic. Disponível nas versões hatch e sedã, o carro oferece motorização Ecotec 1.4l turbo de 138 cv ou o conjunto padrão de 1.8l. Um dos primeiros carros compactos fabricados nos Estados Unidos, o Sonic traz o que há de mais tecnológico em relação à conectividade, como rádio por satélite, bluetooth e sistema MyChevrolet.

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Comemorando os seus 55 anos, o redesenhado Chrysler 300C aparece pelos corredores do pavilhão desfilando o seu estilo e elegância. O modelo chama atenção também pelo motor Pentastar V6 de 3.6 litros com 292 cavalos. Luxo e requinte definem tanto a parte interna quanto a externa do automóvel, que comporta 70 itens de segurança, incluindo luzes dianteiras adaptativas, aviso de colisão e monitoramento do ponto-cego. No quesito tecnologia, o diferencial fica por conta da tela sensível ao toque de 8,4 polegadas.

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A Ford levou para o salão os mais recentes modelos fabricados para o mercado norte-americano e mundial. A mini-van de sete lugares C-Max é um dos destaques. O veículo conta com teto solar panorâmico, sistema de navegação, rodas de 17 polegadas e alerta para mudança involuntária de faixa em rodovias. O motor pode ser tanto o 1.6 l com turbo-compressor quanto o 2.5 l, já utilizado no Fusion, com câmbio automático de seis marchas.
Os entusiastas da linha esportiva tiveram o Mustang GT 2011 como uma das atrações. Sem alteração visual, o veículo carrega o motor V8 de 5.0 l que gera 412 cavalos, 100 cv a mais que o GT atual. Outra novidade no estande da Ford é um protótipo de SUV, ainda sem nome, para substituir os conhecidos Kuga e Escape. Novo Focus, Explorer e New Fiesta também foram colocados no espaço.

Boas ideias

Uma nova forma de pensar traz novas possibilidades e é assim que a Hyundai iniciou 2011 ao apresentar o novo conceito da marca em Detroit. Com o slogan “New Thinking. New Possibilities”, a empresa pretende ampliar o acesso de consumidores que desejam comprar carros que ainda são restritos a classes mais ricas.

Intitulados como Modern Premium, estes veículos oferecerão alta qualidade a um preço surpreendentemente baixo e com valores agregados nunca antes imaginados, segundo a marca. O conceito não será limitado apenas aos produtos, mas irá permear todo o negócio, a operação e os serviços. O sistema já foi aplicado em diversas áreas, com resultados comprovados.

No salão, a Hyundai apresenta duas das mais recentes criações desenvolvidas sob o novo conceito. A primeira é o Veloster, um compacto de três portas, que, segundo a montadora, traz o design de um coupé e a funcionalidade de um hatch. A segunda novidade é a tecnologia Blue Link, que permite o condutor realizar ações como ligar e desligar o motor, operar o rádio, acender os faróis, travar e destravar portas, tudo via celular ou pela internet. O sistema passa a ser aplicado no final do ano no próprio Veloster e também no Sonata.

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Ainda em relação aos conceitos, a Kia revela o seu mais novo projeto: a ultramoderna van KV7. Entre todas as características peculiares, a porta sem coluna do tipo asa de gaivota é a mais incomum para o modelo. Por fora, chamam atenção o desenho da coluna A e do parabrisa, menos vertical do que em minivans tradicionais.

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Internamente, a montadora pensou na interação entre os passageiros e incluiu quatro cadeiras giratórias, um mini-lounge traseiro com capacidade para três e compartimentos para armazenamento. De baixo do capô, o veículo é alimentado pelo motor Theta II GDI 2.0 litros turbo de 285 cv, acoplado a uma transmissão automática de seis velocidades, o que garante o desempenho de um V6.

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A vez dos híbridos

Um automóvel designado para as pistas de corrida, esse é o Porsche 918 RSR em exposição no salão. O carro une a tecnologia do 911 GT3 R Hybrid e conta com design baseado na carroceria do protótipo 918 Spyder. Uma supermáquina por excelência, equipada com motor V8, inspirado no RS Spyder de corrida, capaz de desenvolver 563 cv a 10.300 rpm. O veículo possui dois motores elétricos, um em cada roda dianteira, com 75 kW cada. A potência total deste surpreendente híbrido chega a 767 cv.

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Este segmento da mobilidade terá muitas novidades se depender da Toyota, que anunciou que nos próximos dois anos pretende lançar 11 novos modelos híbridos, sete deles inteiramente inéditos. A montadora apresentou a versão comercial do Prius Plun-In, que deve chegar às lojas no 1º semestre de 2012. O carro foi exibido no Salão do Automóvel de São Paulo no ano passado como um conceito. Houve também a demonstração de dois protótipos derivado do automóvel, o Prius C, um compacto urbano com design futurista, e o Prius v, uma versão minivan do híbrido.

Perspectivas e segurança

A marca alemã Volkswagen por sua vez encantou os visitantes ao revelar o novo Passat. Maior que qualquer outro da linha, exatamente 4.868 mm de comprimento, o sedã oferece alto nível de tecnologia e conforto. Ele será laçado em três diferentes versões e com três tipos de motorização: turbodiesel 2.0 com 140 cv, cinco-cilindros de 2,5 com 170 cv e seis-cilindros de 3,6 litros com 280 cv.

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A estratégia é ampliar o espaço da companhia na América do Norte. Apenas nos EUA, a empresa prevê que o segmento de sedãs da classe B deverá atingir um volume anual de 2,5 milhões de unidades até 2018, o que garante um ótimo cenário de mercado para o modelo.

Por fim, a Volvo Cars demonstrou a sua preocupação com o futuro da mobilidade elétrica ao colocar em exposição o C30 elétrico vindo diretamente de um crash-test. O veículo foi submetido a uma colisão frontal à velocidade de 64 km/h (40 mph). Na simulação, os principais componentes elétricos foram preservados.

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De acordo com a montadora, com a popularização desse tipo de sistema, é essencial que componentes como baterias e cabos de alta voltagem fiquem intactos em caso de acidente. O Salão de Detroit encerra neste domingo (23/1) e estima receber cerca de 700 mil pessoas.

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