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Queima perfeita

A manutenção preventiva das velas de ignição é primordial para o bom funcionamento do motor, além de contribuir para a redução de poluentes na atmosfera e para a economia de combustível

Carolina Vilanova

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Motor falhando, perda de potência, dificuldades ao dar a partida, consumo alto de combustível e excesso de fumaça são alguns dos sintomas que apontam a hora de substituir o conjunto de velas de ignição de um veículo. A manutenção preventiva com revisão periódica dos componentes é o mais indicado para evitar que o carro seja sofra com avarias, já que o preço das peças é acessível e o serviço tem fácil aplicação.

“A função de uma vela de ignição é introduzir a energia de ignição na câmara de combustão e, através da faísca elétrica gerada entre os eletrodos, iniciar a queima da mistura ar/combustível. As velas são responsáveis também por dissipar o calor excedente da câmara de combustão para mantê-la em uma faixa ideal de trabalho, entre 400ºC e 900ºC. Além disso, velas permitem uma partida segura a frio e o bom funcionamento do motor durante a aceleração e em sua plena potência”, explica Delfim Calixto, gerente de Marketing de Produtos da Bosch.

De acordo com Calixto, a vida útil das velas é estabelecida na concepção do motor junto às montadoras e sua durabilidade pode variar, de acordo com o veículo, de 15 mil km a 100 mil km rodados.

Existem vários fatores que podem influenciar essa durabilidade e comprometer a eficiência das velas, como filtros de ar e combustível sujos, motor funcionando em baixa rotação por tempo prolongado, ponto de ignição atrasado ou adiantado, cabos de ignição desgastados ou com fugas de corrente, válvulas injetoras defeituosas, e, principalmente, a utilização de combustível de má qualidade, que gera carbonização dos eletrodos, falha de ignição, consumo excessivo, aumento de emissão de poluentes etc.

Por isso, antes de trocar as velas ou mesmo no momento da substituição, verifique também o estado de uso desses componentes, para que assim, todo o conjunto funcione perfeitamente e tenha a durabilidade garantida.

Substituição

A recomendação é que as velas de ignição sejam avaliadas a cada revisão do motor e que sejam trocadas de acordo com as determinações do manual do fabricante do veículo. Na checagem das velas, o reparador deve utilizar um calibrador para se certificar de que a folga entre os eletrodos está dentro das especificações de fábrica.

O técnico precisa avaliar ainda o desgaste excessivo e o arredondamento nos eletrodos, além dos sintomas de falhas e excesso de consumo e de emissões de poluentes do motor. Velas instaladas incorretamente podem causar danos sérios ao motor, como por exemplo, uma vela com comprimento de rosca maior do que o especificado corre o risco de encostar no pistão, assim como o aperto excessivo ou encaixe imperfeito, que além de quebrar a vela, danifica a rosca do cabeçote.

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Quando há a necessidade de substituir essas peças, é essencial que todo o conjunto seja trocado – existe uma vela para cada cilindro – e lembrar de inspecionar também os cabos acoplados. Existe no mercado uma ampla linha de velas de ignição, com muitas variações para diversos tipos de aplicações, que apresentam tecnologia de ponta para proporcionar partidas e respostas do motor mais rápidas e seguras, além de reduzir o consumo de combustível e a emissão de poluentes.

Cada motor tem um jogo de velas específico, por isso é necessário atenção na hora da compra e aplicação do produto. Os motores a álcool e Flex Fuel, por exemplo, exigem a utilização de velas geralmente “mais frias”, projetadas especialmente para trabalhar em contato com o álcool, combustível mais corrosivo que a gasolina, cuja queima resulta em maior calor na câmara de combustão. Já os motores a gasolina são equipados com as velas geralmente “mais quentes”. Os motoristas de veículos movidos a gás natural também devem buscar velas para esse determinado combustível.

O funcionamento ideal do motor depende ainda da manutenção dos sistemas de injeção, troca de filtros, verificação do estado das válvulas injetoras, da bomba de combustível, dos cabos e da bobina de ignição.

Todos esses componentes funcionando em bom estado contribui para que o motor, além ter bom rendimento, seja econômico e não polua o meio ambiente.
Veja alguns defeitos que as velas podem apresentar e as principais causas:

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1 – Normal O pé do isolador apresenta-se amarelo-cinza ou marrom claro. Motor em boas condições – índice térmico da vela correto.
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2 – Fuliginosa (carbonização seca) O pé do isolador, os eletrodos e a cabeça da vela ficam cobertos por uma camada fosca de fuligem preto-aveludada seca. A principal causa é a mistura rica de ar/combustível.
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3 – Resíduos leves de chumbo Resíduo amarelo-escuro no isolador. O pé do isolador coberto com uma fuligem amarelo-clara de aspecto fosco e brilhante. Causado por aditivos antidetonantes no combustível.
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4 – Resíduos ou impurezas Camada cinza grossa no pé do isolador, na camada de aspiração e no eletrodo-massa, de estrutura fofa e cheia de escórias. As causas são aditivos do óleo e do combustível que deixam resíduos na câmara de combustão e na própria vela.
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5 – Superaquecimento Eletrodo central fundido parcialmente. Combustão por incandescência causada por temperaturas extremamente elevadas na câmara de combustão em decorrência de uso de vela muito quente
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6 – Eletrodos central e massa fundidos Combustão por incandescência causada por temperaturas extremamente elevadas na câmara de combustão em decorrência, por exemplo, de uso de vela muito quente.
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7 – Desgaste excessivo do eletrodo central (erosão) acontece quando passa do tempo de fazer a revisão recomendada para a troca.
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8 – Desgaste excessivo dos eletrodos massa e central (corrosão) causados por presença de aditivos corrosivos no combustível e óleo lubrificante.
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9 – Pé do isolador trincado causado por pressão no eletrodo central como conseqüência do uso de ferramentas inadequadas na regulagem da folga.
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10 – Mancha corona Surgimento de uma mancha escura no isolador cerâmico da vela de ignição. É causado por aderência de pequenas impurezas à região do isolador junto à carcaça, formada por conta de um campo elétrico próximo à extremidade de um condutor sobrecarregado.

 

Muitos desses defeitos são causados por combustível de má qualidade ou não especificado para o tipo de motor, válvulas com defeito, mistura pobre ou rica demais etc. A troca das velas é essencial nessas situações, além da análise para saber se o dano não foi maior do que parece.

8 comentários em “Queima perfeita

  1. Tenho um celta 06/07, troquei os cabos de vela semana passada, as velas estavam meio pretas, o carro tem dificuldade de partida quando está frio e falha em marcha lenta, falha na hora da arrancada, será que são as velas, ou a relação ar/combustível, será que colocando num scaner consigo resolver?

  2. no meu caso a vela nova não está se desgastando, continua nova e a apenas um desgaste na rosca e não no eletrodo. a diferença no carro se deu no consumo apenas. rodando 120 km a menos com o tanque cheio.
    celta 2014 1.0.
    o q pode ser?

  3. Boa tarde. Tenho um Fox, 2011, 1.0, onde começou a engasgar, na lenta. Ao passar o aparelho, constatou que era vela. Troquei vela, cabo de vela, limpei bicos e tbi. E o problema continuou. Testamos a bobina e ela estava em perfeitas condições. Mecânico está desconfiado q seja válvula presa. Mas só a mão de obra para abrir o cabeçote é o olho da cara. Gostaria de ajuda. O que devo fazer. PS. A vela está fulginosa, conforme a n. 2 dessa materia.

  4. Pálio faire 2004 fez meia sola mas a 1/2 velanão quima e o motor fica ratiando quando troca a vela pó outra o carro fica ótimo passa 10 dias começa a não quear o problema e que não é todas as velas é só a primeira e a segunda. Não sei o que fazer.

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