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Preparação para a corrida

Visitamos uma oficina de preparação dos caminhões da Fórmula Truck, onde a equipe de mecânicos realiza toda a parte de manutenção do veículo entre os finais de semana de corrida

Carolina Vilanova

 

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A rotina dos mecânicos de uma equipe de Fórmula Truck no período entre as corridas não tem nenhuma moleza. Quem acompanha o trabalho frenético dos mecânicos nos boxes durante o final de semana que os caminhões estão nas pistas, não imagina que para chegar até ali muita coisa teve de ser preparada para que tudo corresse bem, literalmente. E o espetáculo fica mais emocionante por conta desse trabalho, que é feito nas oficinas de cada equipe e pode definir quem vai ocupar o lugar mais alto do pódio.

 

“O ideal é que os mecânicos não trabalhem no final de semana da corrida, o que significa que todos os componentes do caminhão foram acertados na oficina, antes da competição”, afirma o piloto Vinicius Ramires, da equipe RRT2, cuja sede fica na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo. Na oficina do time trabalham cinco técnicos, sendo um engenheiro, um projetista e três mecânicos, que acompanham ainda todas as etapas do campeonato. O caminhão é baseado num Axor 2044, totalmente adaptado para competição.

 

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A preparação do caminhão para a etapa de São Paulo, disputada no autódromo de Interlagos, é minuciosa e tratada com muita seriedade por todos os membros da equipe. “Acabamos de voltar ao trabalho depois da etapa de Goiânia, consertamos algumas partes do caminhão, que foram danificadas na corrida, e fizemos uma reunião para definir as alterações, tudo tem que estar perfeito para a mais importante prova do calendário”, diz.

 

Depois de uma corrida tudo é desmontado, analisado e remontado. “Temos um pacote básico de manutenção do motor, no qual sempre verificamos o desgaste dos itens internos e se não houver nenhum imprevisto, como um acidente na corrida, fazemos um check-list para seguir. Avaliamos os pistões, o estado das camisas e de outros componentes internos. Geralmente, trocamos os pistões por garantia”, conta o engenheiro da equipe, Fernando Escorza.

 

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A caixa de transmissão passa por uma revisão a cada duas corridas, na própria Mercedes-Benz. Os discos e as pastilhas do sistema de freios são trocados antes de toda etapa. “Geralmente utilizamos um jogo para a classificação e outro para a corrida, para garantir a eficiência da frenagem e a durabilidade do conjunto”, completa.

 

No diferencial, a equipe pode optar por várias relações, dependendo de cada pista. Cada equipe tem um acerto diferente, que é mantido em segredo para a melhor preparação do caminhão. Já o óleo lubrificante do sistema é trocado com bastante freqüência. O cardã passa por revisões antes de cada etapa ou treino. É importante checar se as cruzetas apresentam desgastes e se estão bem engraxadas. Tudo isso garante que a mecânica está em ordem e que no término da corrida vamos conseguir uma boa colocação”, afirma Fernando.

 

A caminho da pista

 

Depois das análises, é determinado um plano de ação e com um cronograma de trabalho da parte técnica, a equipe começa o trabalho para preparar o caminhão. “Fazemos cotações, pedido de peças, mandamos produzir alguns componentes que são mais artesanais e começam a montagem dos componentes e os testes”, cometa Vinicius.

 

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Muitas peças originais são adquiridas na própria concessionária Mercedes-Benz, onde é localizada a oficina da RRT2, assim como as ferramentas especiais e os equipamentos de diagnoses. “O estoque de peças é pequeno, mesmo porque muitas peças são artesanais. Além do estoque para a manutenção, temos um estoque específico que levamos para a pista”, diz Fernando.

 

Hoje a equipe tem um motorhome, para acomodar os integrantes, e uma carreta, que leva um estoque de peças sobressalentes com uma média de 1.700 itens. Além disso, levam um motor montado, um câmbio reserva, componentes de diferencial, radiador, pneus etc. “Se na corrida falta alguma peça, temos que recorrer para uma loja na cidade ou pedir emprestado para outra equipe”, comenta.

 

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Com tudo preparado, está na hora de pegar a estrada. Todo esse trabalho técnico, desenvolvido com muito suor dentro da oficina da equipe, vai refletir diretamente no resultado do caminhão na pista, somado com a experiência e a concentração do piloto. A etapa de São Paulo é onde a Fórmula Truck reúne o seu maior público, torcedores apaixonados pelo automobilismo e ansiosos para ver o grande espetáculo dos caminhões mais velozes do planeta.

2 comentários em “Preparação para a corrida

  1. estou fazendo reforma num motor marítimo MTU mercedes V8 biturbo eletrônico, gostaria ter contato com pessoas /empresas onde conserta e vendem peças eletrônicas da injeção

  2. SOU PROPRIETARIO DE OFICINA MECANICA EM SAO LEOPOLDO RGS FLEX BEAM ME DEDIQUE AI PREPARAÇAO DE MOTORES ESTOU A 40 ANOS NESSA AREA DOS PREPARADOS CORRIDAS EM VARIAS CATEGORIAS E KM DE ARRANCADAS JA ESTIVE ALGUNS ANOS EM COMPETIÇOES DE BARCOS MOTORES DE CENTRO E MOTORES DE POPA JA FIZ MANUTENÇAO DE AVIOES DE PULVERISAÇAO AGRICOLA PEQUENOS MOTORES 4 CILINDROS FLAT FOUR E ALGUNS 6 CC AGORA ESTOU ME APRIMORANDO NA PREPARAÇAO DE MOTORES DIESEL GOSTARIA DE RECEBER INFORMAÇOES POIS ESTAMOS SEMPRE APRENDENDO O TEMPO TODO

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