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O Vice-Presidente do Mercado de Reposição Automotiva da Robert Bosch para a América Latina, Klaus Thunig, conversa sobre os planos da empresa no Brasil e destaca a importância do reparador independente na cadeia de distribuição do mercado de autopeças e na hora de escolher uma marca. Ele fala ainda dos treinamentos de especialização, oferecidos pela empresa para todos os reparadores que buscam qualificação técnica e aperfeiçoamento profissional.

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Revista O Mecânico: Quais as divisões automotivas da Bosch no Brasil e o que representam para o Grupo em geral?
Klaus Thunig: O Grupo Bosch atua nos segmentos de tecnologia automotiva, tecnologia industrial, tecnologia da construção e bens de consumo. O Brasil faz parte da estratégia de produção, além de ser centro de competência mundial em desenvolvimento de produtos. Sao quatro unidades fabris no Brasil: duas em Campinas/SP (a matriz da empresa e a Unidade de Sistemas de Chassis), uma em Curitiba/PR e uma em Aratu/BA.

O Mecânico: Como foi o desempenho dessas divisões em 2005 e as expectativas para 2006?
Thunig: Em 2005 a Bosch teve um faturamento líquido de R$ 4 bilhões. As áreas automotivas, incluindo o aftermarket, representam cerca de 77% do resultado da Robert Bosch no Brasil. A projeção de crescimento no mercado interno é em torno de 5% para 2006.

O Mecânico: Em relação às exportações, qual a situação da empresa?
Thunig: Em 2004, a Bosch teve 47% do seu faturamento resultante de exportações e, em 2005, 45%. Em virtude do cenário econômico nacional, estimamos cerca de 40% neste ano.

O Mecânico: A Bosch anunciou a instalação de uma fábrica de ABS no País. O que será produzido, qual a quantidade e o destino desses produtos?
Thunig: Na verdade, ampliamos nossa Unidade de Sistemas de Chassis para a fabricação de freios ABS. Serão investidos cerca de R$ 25 milhões de reais e a expectativa é que a linha entre em operação em meados de 2007. A capacidade inicial desta será de 250 mil unidades por ano e, em princípio, irá atender o Mercosul.

O Mecânico: Para a Bosch, qual a importância do mercado independente de reposição hoje?
Thunig: Por ser Centro de Competência para América Latina, o Brasil tem grande importância na organização das unidades de negócio da Bosch; com o aftermarket não é diferente. Além disso, oferecemos ao mercado soluções completas: peças de reposição, equipamentos de testes, programas de diagnósticos e a maior rede de oficinas credenciadas, o Bosch Service, atualmente com mais de 10.000 oficinas no mundo.

O Mecânico: Esse ano terá lançamento de novos produtos?
Thunig: Todas as linhas de produtos apresentam lançamentos que atualizam as aplicações do mercado. Como destaque deste ano, temos a nova linha de palhetas que, com os modelos AEROTWIN, TWIN e ECO, atendem os principais segmentos do mercado através de produtos com características diferenciadas e exclusivas.

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O Mecânico: O mercado nacional está sofrendo com a entrada de peças importadas de países como a China e Índia, qual a posição da Bosch sobre isso?
Thunig: Sempre haverá novos competidores no mercado, porém, a produção da Bosch no Brasil é competitiva na segmentação em que está inserida.

O Mecânico: A empresa já testou a qualidade dessas peças? Como foi?
Thunig: Por princípios, não fazemos comentários sobre produtos da concorrência. Garantimos que os nossos produtos são testados e certificados por órgãos competentes.

O Mecânico: Quais estratégias para não perder mercado para esse segmento?
Thunig: Avaliamos o mercado constantemente para fortalecer nossos negócios. Uma de nossas estratégias foi disponibilizar ao mercado produtos que nos possibilitem mais competitividade em nossa oferta. É o caso, por exemplo, das Baterias Wapsa.

O Mecânico: Como é formada a rede de oficinas autorizadas? Quantas são hoje?
Thunig: Formamos a Rede Bosch Service através de um estudo sobre potencial por região e capacidade de atendimento da oficina no aspecto técnico e comercial. Para fazer parte dessa rede, a oficina deve estar preparada para atender o cliente com a oferta de todos os serviços em um só local, com alto nível de profissionalização e preços competitivos. Nosa rede hoje conta com 1.000 oficinas Bosch Car Service (Linha Leve) e 400 oficinas Bosch Truck Service (Linha Pesada).

O Mecânico: Quais as vantagens de ser um Bosch Car Service ou um Bosch Truck Service?
Thunig: Carregar a marca Bosch e contar com o apoio da fábrica são as principais vantagens. Um credenciado pode contar com diferentes formas de apoio técnico, visitas periódicas, política comercial pré-estabelecida conforme categoria, além das ações de comunicação e marketing efetuadas para o fortalecimento da marca perante o consumidor final. Caso alguma empresa tenha interesse, pode se inscrever no site www.boschservice.com.br através de campo “Seja um Bosch Service”.

O Mecânico: Como funciona o programa de treinamento de profissionais para a rede?
Thunig: Temos o treinamento técnico e o comercial. O primeiro pode ser ministrado em nosso Centro de Treinamento Técnico ou através de turmas fechadas nas próprias regiões. A Bosch disponibiliza um calendário anual de treinamentos técnicos e todos os meses, aproximadamente 150 profissionais participam de cursos como: injeção eletrônica, eletro-eletrônica, diesel, equipamentos de testes e diagnoses e controle de emissões. Já o treinamento comercial é exclusivo para nossa Rede e visa o desenvolvimento da oficina no aspecto financeiro e comercial.

O Mecânico: A Bosch oferece curso de formação para jovens carentes, o Formare, existem também outros programas e cursos disponíveis?
Thunig: Sim. A educação com foco na profissionalização de jovens é um dos principais pontos da política social da Bosch. Além disso, temos projetos socioculturais e de educação que atende a comunidade carente em todo o Brasil.

O Mecânico: Existe algum programa de formação ou especialização voltado para o mecânico independente?
Thunig: Todos os treinamentos que ministramos estão à disposição do mecânico independente, que pode, inclusive, realizar o exame de especialista, que o diferencia qualitativamente em sua área de atuação. Temos ainda um programa de treinamento à distância denominado Super Profissionais Bosch, que este ano está lançando cursos online sobre produtos. O website é www.superprofissionaisbosch.com.br.

O Mecânico: O reparador influi na hora da escolha da marca?
Thunig: Sim. Ele faz parte da cadeia de distribuição do mercado de autopeças e é um influenciador/decisor de compra.

O Mecânico: Quais ações que a Bosch desenvolve para aproximar-se do reparador?
Thunig: Atualmente a Bosch possui o programa “Mecânico Velas Bosch”, que conta com visitas periódicas às oficinas para informar ao reparador os benefícios na aplicação dos produtos da marca.

O Mecânico: A empresa está investindo forte em automobilismo esse ano, com a Fórmula Truck e a Stock Car. Qual é o objetivo da empresa com essa ação? Tem planos de entrar em outras categorias no Brasil ou patrocinar pilotos brasileiros no exterior?
Thunig: Os objetivos são associar nossa marca aos maiores eventos automobilísticos do Brasil. No caso da Stock Car, por exemplo, somos fornecedores oficiais de velas, filtros e alternadores. Além disso, criamos nestes eventos ações de relacionamento com nossos clientes e parceiros de negócios. Estamos trabalhando em nosso planejamento para 2007, ainda não temos posição sobre o que efetivamente faremos.

O Mecânico: Qual a tendência da Bosch para os próximos anos em termos de tecnologia?
Thunig: Um dos principais objetivos da Bosch é desenvolver tecnologias capazes de tornar os veículos mais seguros e confortáveis, combinando ainda maior desempenho do motor com menor consumo de combustível e emissões de poluentes.

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