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Lubrificação de peso

Conheça as especificações dos óleos lubrificantes voltados para motores diesel, a importância de utilizar sempre a aplicação correta para determinado veículo e acompanhe a troca do produto num Kia Bongo K2500 TCI

Victor Marcondes

Divulgação

 

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Os mínimos cuidados com a lubrificação do motor de um caminhão jamais devem ser encarados como excessos. Afinal, o lubrificante é um dos principais responsáveis por manter o conjunto em perfeito funcionamento, pois reduz o atrito entre as peças internas, ameniza as altas temperaturas e protege contra ferrugens, corrosão, entre outras impurezas. Tudo isso para evitar que o caminhão em algum momento possa ficar parado, gerando prejuízos para o motorista ou frotista.

 

Segundo o instrutor do SENAI Vila Leopoldina, Fernando Landulfo, o óleo também tem a função de limpar o motor internamente e manter as impurezas em suspensão. “Outras funções do lubrificante são neutralizar os ácidos formados durante a combustão e auxiliar na vedação da câmara de combustão, servir como fluido hidráulico para acionamento de componentes como o tucho hidráulico e o variador de fase do comando de válvulas”.

 

Quando se trata de prevenção, são muitas as vantagens com a utilização adequada de lubrificantes. De acordo com Fabio Aubin, gerente da linha diesel Castrol Brasil, o óleo também auxilia na vedação da câmara de combustão, livra o conjunto de vilões como oxidação, lacas, vernizes, fuligem e neutraliza os ácidos formados. “Contudo, é importante ficar atento a outros detalhes do veículo, para evitar problemas de desempenho e gastos excessivos com manutenção e troca de peças”, reforça.

 

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Todos os lubrificantes levam em sua fórmula materiais químicos que juntos tem a função de conferir ou potencializar certas propriedades desejadas, assim como atenuar as que não são. Benício Silva, coordenador de Suporte Técnico a Distribuidores da Cosan, destaca alguns deles como detergentes, dispersantes e condicionadores de elastômeros. “Os lubrificantes de uma forma geral são compostos de 80 a 95% de óleos básicos, que podem ser minerais ou sintéticos, e 20 a 5% de aditivos”, detalha.

 

Para orientação dos aplicadores, existe uma classificação diferente para cada tipo de produto. As mais comuns que avaliam o desempenho do óleo são a API (American Petroleum Institute) dos Estados Unidos, e a ACEA (Association dês Constructeurs Eurepéens de l’Automobile) da Europa. “Os resultados são baseados em estudos realizados em motores, que passam por desmontagem e medições para a comprovação do desempenho necessário”, explica Sergio Luiz Camacho Viscardi, gerente técnico da Ipiranga Combustíveis e Lubrificantes.

 

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Ainda segundo ele, a classificação API é representada pela letra “C” seguida de uma segunda letra que, à medida que avança no alfabeto, amplia a performance exigida. “Já o ACEA é determinado de acordo com a tecnologia do motor avaliado. Para os motores de caminhões o desempenho ACEA é representado pela letra “E” seguido de uma numeração. Cada classificação ACEA determina uma aplicação e um tipo de óleo diferente.”

 

Normalmente se utiliza as classificações de desempenho API ou ACEA complementadas pela classificação de viscosidade SAE (Society Of Automotive Enginners). Segundo Landulfo, o órgão “define a faixa de viscosidade do lubrificante. Isso é tão importante quanto a classificação do desempenho. Um lubrificante com viscosidade menor ou maior do que a recomendada pode provocar queda ou aumento da pressão no sistema.”

 

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Além da aprovação destes órgãos internacionais, as montadoras também vêm adotando cada vez mais suas próprias especificações, conforme afirma Izabel Lacerda, coordenadora de qualidade de Produtos Automotivos da Petrobras. Para ela, é essencial levar a recomendação da fabricante na hora de escolher o produto certo para o caminhão. “Como existem vários tipos no mercado, o lubrificante a ser utilizado deve ser definido por meio das descrições contidas no manual do proprietário.”

 

Outro fator de avaliação para a escolha do lubrificante é o Peso Bruto Total (PBT) do caminhão. “O peso bruto está ligado à potência desenvolvida pelo caminhão e à severidade da operação. Normalmente, quanto maior é a potência, maior o consumo de diesel e maior demanda do lubrificante”, relata Mosart Campello, consultor de tecnologia de lubrificante da Shell.

 

Benício complementa dizendo que se o caminhão operar frequentemente no limite do PBT, e em condições ambientais adversas, provavelmente vai demandar uma maior potência de trabalho, exigindo mais do motor. “Nestes casos, podemos optar por lubrificantes sintéticos ou minerais de alto desempenho, que têm melhor resistência neste tipo de operação, evitando desgastes prematuros e prolongando a vida útil dos equipamentos”, recomenda.

 

Propriedades do lubrificante

 

Atualmente existem três tipos de óleos lubrificantes no mercado: minerais, semissintéticos e sintéticos. Muitas das propriedades são provenientes das características naturais existentes nos óleos básicos utilizados nas formulações. De acordo com Sérgio, ter óleos básicos de qualidade faz toda a diferença no desempenho do produto final.

 

Ele explica que os óleos sintéticos são obtidos a partir de reações químicas, e apresentam uma composição de moléculas mais uniformes, fazendo com que sejam muito mais estáveis. “Sendo assim, tem uma maior resistência à oxidação, podendo ser utilizado por um tempo maior que os óleos minerais convencionais”.

 

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Por outro lado, os óleos minerais convencionais dependem muito da qualidade do petróleo do qual são produzidos. “O petróleo possui uma composição com muitos resíduos indesejados, como enxofre, nitrogênio e os insaturados. Mesmo após vários processos de purificação não são totalmente retirados, assim os óleos básicos minerais acabam tendo uma composição química menos estável”, continua.

 

Também existem os óleos semissintéticos, que são uma mistura desses dois tipos de óleos. “Com a adição de óleo sintético ao óleo mineral é possível melhorar algumas características como, por exemplo, a resistência à oxidação, gerando um produto com desempenho intermediário, com um custo abaixo dos sintéticos”, conclui.

 

Apesar das especificações serem diferentes, o período de troca do óleo pode alterar por algumas variáveis, como utilização árdua do veículo. “Na substituição, o aplicador deve seguir a orientação do manual e quando não tiver procurar o fabricante para saber qual o intervalo de troca para veículo”, diz Fábio.

 

Outra recomendação das produtoras é que sempre que for feita a troca do óleo, um novo filtro também deve ser colocado. “Caso o filtro não seja substituído no prazo definido pelo fabricante, poderá ocorrer entupimento, uma vez que os particulados maiores em suspensão no óleo serão retidos no filtro. Assim, o componente acumula uma quantidade excessiva de compostos indesejáveis”, Izabel.

 

“Durante o ciclo de operação do óleo, são gerados resíduos que ficam retidos nos filtros. Podem ser da combustão como cinzas, fuligem, resíduos de oxidação do óleo, como também contaminantes externos (Sílica) ou partículas metálicas de desgaste das peças do conjunto”, complementa Benício.

 

Todas as fabricantes de lubrificantes reforçam que ao trocar o óleo haja muito cuidado para evitar contaminação do produto. Também é importante que o profissional que fará a substituição seja capacitado. Deve-se atentar sempre para as especificações de serviço e viscosidade recomendados pela montadora. Não se esqueça de utilizar luvas e óculos de proteção. A seguir, confira o passo a passo feito num Kia Bongo K2500 TCI diesel.

 

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Procedimento de troca:

 

1) Verifique a especificação e a quilometragem do óleo e do filtro que serão trocados.

 

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2) Levante o banco do motorista para chegar até o motor e retire a tampa de proteção.

 

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3) Retire a vareta de medição para avaliar se o óleo velho está no nível ou abaixo do ideal.

 

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4) Embaixo do veículo, solte o bujão do cárter com uma chave estrelada 17 e deixe o óleo escorrer sobre a valeta ou um recipiente adequado.

 

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5) Com o auxílio de uma chave saca-filtro, retire o filtro velho e faça o correto descarte. (5a)

 

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Obs: Enquanto o óleo é despejado, faça outras trocas que também são essenciais para a manutenção preventiva de um veículo.

 

6) Inicie com a substituição do filtro de ar. Destrave as abraçadeiras e jogue fora o filtro velho.

 

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Obs: Troque o filtro de ar a cada 10 mil km. Isto contribui para a redução do consumo de combustível e ajuda a manter o óleo limpo, além de prolongar a vida útil do motor.

 

7) Em seguida limpe a caixa com um pano, a fim de retirar as impurezas restantes. Coloque o filtro novo e fixe as abraçadeiras.

 

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8) Com a ajuda de uma chave philips, retire os parafusos que fixam o filtro de combustível. Recomenda-se também a troca deste filtro a cada 10 mil km.

 

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9) Solte o sensor indicador de água no combustível com cuidado para não danificá-lo.

 

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10) Com o auxílio de uma chave saca-filtro, retire o filtro de combustível e despeje o diesel restante num recipiente. (10a)

 

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11) Retire o sensor do filtro velho para adaptar no novo. Peça a ajuda de uma outra pessoa para que segure o filtro enquanto solta o componente com um alicate.

 

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12) Limpe o sensor com um pano e depois instale-o no novo filtro

 

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13) Encha o novo filtro com diesel antes de instalá-lo.

 

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14) Em seguida, aperte o filtro com o auxílio da chave saca-filtro.

 

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15) Coloque a abraçadeira com a ajuda da chave philips e prenda o sensor no respectivo suporte. (15a)

 

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16) Após o óleo lubrificante do motor ter escorrido completamente, faça o correto descarte, e instale o novo filtro com a chave saca-filtro.

 

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17) Com o auxílio da ferramenta específica, feche o bujão do cárter.

 

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Obs: Neste estabelecimento utiliza-se a troca de óleo inteligente Mobil. Trata-se de um sistema em que o produto é armazenado dentro de um barril e colocado no motor por meio de uma bomba eletrônica. De forma controlada, evita o desperdício, já que deposita apenas o necessário, além de ser mais barato.

 

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18) Faça o reset no sistema e programe com a quantidade ideal a ser colocada. Para o Kia Bongo serão necessários 5,5 litros de lubrificante.

 

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19) Feche o reservatório e, em seguida, ligue o motor. Isso fará com que o óleo circule pelo filtro.

 

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20) Depois verifique novamente com a vareta se o lubrificante ainda permanece no nível. Por fim, cole a etiqueta com os dados de orientação sobre a troca.

 

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Colaboração técnica: Castelo do óleo – Serviços Especializados

20 comentários em “Lubrificação de peso

  1. boa tarde
    eu tenho uma kia bongo a mais de 1 ano
    o correto para que seu utilitario nao te dar muito gasto e fazer as manutencoes corretas e sempre usar combustivel s10 para esses veiculos muitos estao colocando diesel s500 pelo valor a diferenca de centavos e que nao e apropriado para esse utilitario e depois vc vai chorar mais tarde quando for no mecanico por causa da bomba do diesel eu gastei 3.000,00 reais por que estava abastecendo em um posto que se dizia estava colocando s10 mas na verdade e s500

  2. 2012 abaixo são menos problemático
    2013acima,são,mais problemáticos
    Mas em tidos os casos
    Tem qu si ter cuidado com
    A qualidade do óleo diesel

  3. Prezados, Qual a quantidade exata de oleo devo colocar no HYUNDAI HR 2.5 16V (EURO 5) e se posso colocar o MOBIL DELVAC 15W40. OBRIGADO

  4. Amigo os bicos que dão problema são apartir 2013 que são eletrônico,este teu modelo é semi eletrônico.onde o teu e 300 o outro é 1600 cada.abraco

  5. Utilizou ele no trabalho a algum tempo e nunca tive problemas. É confortável e se você souber andar econômico.

  6. O óleo que foi aplicado na Kia Bongo nesta matéria foi o 15W30. Não temos os valores de calibragem dos pneus. Um abraço.

  7. Explicou tudo menos o mais importante que é a especificação do óleo recomendado para o Kia Bongo. Não estou interessado em marca comercial mas sim qual a classificação do oléo.
    Agradeço a sua atenção.

  8. Pessoal comprei um KIA BONGO 2010/2011 Mais já vi tanta crítica sobre este utilitário que já estou até pensando se realmente valeu apenas !! pois venho de uma Saveiro 2012 que nunca me deu trabalho. E pelo que ví são muitas críticas com relação a manutenção e principalmente sobre problemas com os BICOS que são uma verdadeira fortuna. Alguém poderia me falar se existe uma data de fabricação especifica que começou este problema ? se este carro é uma barca furada ?? realmente preciso de um utilitário o que não preciso é de uma BOMBA XIANDO que leve toda minha renda !!!

  9. Bom dia!

    Qual oleo da kia bongo k2500 ano 2011 usado na troca e a calibragem dos pneus com e sem carga.

    Obrigado.

  10. Gostaria saber se o oleo lubrificante selenia 5×30 e recomendado para o veiculo kia bongo motor 2.500 ano 2015.

  11. preciso de textos informativos sobre a necessidade de trocar o oleo em caminhões e na linha pesada a cada 50mil km isso? pois está gerando muitos danos nos sensores de velocidade na caixa, devido ao oleo cheio de fuligem e fiapos de metal q saem da caixa pelo oleo muito sujo, quero colocar no mural de informações que precisam trocar o oleo nos km certos.

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