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Bomba de óleo: Longevidade às peças internas do motor

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Veja as dicas de fabricantes de bomba de óleo para manter a circulação de óleo lubrificante do motor funcionando perfeitamente e prolongando a vida útil do conjunto

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Preservar a vida útil dos componentes internos do motor é fator determinante para o bom funcionamento e a longevidade do conjunto. E para que isso se realize, é fundamental que a bomba de óleo esteja em perfeitas condições, o que demanda manutenção preventiva de alguns itens do sistema de lubrificação para que o óleo circule e cumpra com seu papel. Nessa matéria trazemos as valiosas dicas de manutenção e troca da bomba de óleo, de acordo com quem melhor conhece do produto.

O gerente de Qualidade e Serviços da Affinia, fabricante da bomba de óleo da marca Nakata, Jair Silva, explica que a bomba de óleo é responsável pelo fluxo de lubrificante no interior do motor. “Esse óleo em circulação lubrifica e auxilia na refrigeração dos principais componentes internos do motor, como comando de válvulas, virabrequim, bronzinas, pistões, anéis e camisas. Para fazer a sua função, a bomba de óleo é acionada por um dos eixos do motor: o virabrequim ou comando de válvulas. O acionamento pode ser feito de forma direta (nos veículos mais modernos) ou contar pequenos eixos ou engrenagens intermediárias. Ao receber o movimento, as engrenagens da bomba (puxam o óleo) que está no cárter e o (espremem) entre os seus dentes. O fluxo de óleo que sai das engrenagens é lançado para todos os canais de lubrificação do motor”, comenta.

Em relação à manutenção preventiva, a equipe de assistência técnica da Magneti Marelli afirma que é necessário efetuar as trocas de óleo e filtro, respeitando as recomendações do manual de manutenção do veículo. Quando necessário, o nível de óleo deve ser completado, utilizando o especificado pelo fabricante. Um aviso importante: não misture óleos diferentes ao completar o nível. Além disso, os técnicos da marca orientam que a utilização de combustível de má qualidade pode acarretar no surgimento de borra de óleo, substância que pode entupir o pescador da bomba e os canais pelos quais o óleo é conduzido aos pontos de lubrificação, prejudicando esse componente e, consequentemente, todo o sistema.

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Complete o nível quando necessário, mas use o óleo especificado pelo fabricante. Não misture óleos diferentes!

De acordo com os técnicos da Urba Brosol, não existe uma quilometragem indicada para a troca da bomba de óleo, porém o desgaste da bomba, como de todos os componentes que recebem lubrificação, está diretamente ligado à troca adequada de óleo, seguindo recomendação da montadora.
Jair ressalta: “um ponto interessante é que, ao contrário do que muitos imaginam, a pressão de óleo não é gerada pela bomba. Ela gera o fluxo. A pressão forma-se pela restrição criada pelas folgas entre virabrequim/bronzinas e comando de válvulas/buchas, que oferecem restrição à passagem do fluxo de óleo”.

O técnico de ensino do SENAI Vila Leopoldina, Fernando Landulfo, afirma que atentar para a especificação do lubrificante utilizado é de suma importância. “Principalmente no que diz respeito à estabilidade da viscosidade do mesmo em altas temperaturas. Lubrificantes de qualidade inferior tendem a diminuir a sua viscosidade quando submetidos a altas temperaturas. Com isso, tende a ‘vazar’ das folgas internas, diminuindo a pressão do sistema”. Ele descreve os sintomas mais típicos desse problema como o ruído nas válvulas e mau funcionamento do variador de fase (hidráulico). “À primeira vista, dependendo da quilometragem do veículo, deposita-se erroneamente a culpa sobre a bomba de óleo”, alerta.

Outro aspecto parecido ocorre quando o motor atinge altas quilometragens. “A baixa pressão do sistema é atribuída apenas ao desgaste da bomba quando, na verdade, o maior causador do sintoma é o aumento das folgas internas do motor devido ao seu próprio desgaste natural”, explica Landulfo, que recomenda medir periodicamente a pressão de óleo do motor. “Se a pressão começar a desviar dos valores recomendados, estando o motor com baixa quilometragem, é um sinal de que algo está errado. Nos motores com alta quilometragem, essa medição é ainda mais importante, pois revela a situação do desgaste interno do motor, já que a lâmpada de advertência só acende em casos críticos”, declara.

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Combustível de má qualidade causa borra de óleo, que pode entupir os canais de lubrificação

A bomba de óleo é composta de várias partes:


Pescador: parte integrante de vários modelos de bombas, é responsável pela captação do óleo do cárter. Na ponta tem uma peneira (tela metálica que tem a função de evitar que impurezas presentes no óleo cheguem ao interior da bomba).

Engrenagens: são as “peças-chave” da bomba de óleo, com a função de captar o óleo e gerar o fluxo para os canais do motor. Podem apresentar os seguintes perfis de dentes: o trocoidal e o evolvente. Caracterizado pelo perfil arredondado dos dentes, o trocoidal é o mais utilizado atualmente, por apresentar menor ruído em funcionamento. O evolvente é o tradicional, com dentes mais retos.

Eixo: algumas bombas contam com eixo para a movimentação das engrenagens. Na maioria dos modelos atuais, esse acionamento é feito diretamente pelo virabrequim.

Válvula de alívio: formada por um conjunto pistão-mola que trabalha para manter a pressão de óleo dos valores suportados pelo motor.” Corpo: produzido em ferro ou alumínio, é o suporte onde são montadas todas as peças.

* fonte: Affinia

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Trocando as bombas

A aplicação de um produto novo é envolvida por uma série de aspectos que o mecânico deve estar atento. O primeiro deles, de acordo com a Magneti Marelli é verificar a compatibilidade do produto a ser aplicado. Além disso, os técnicos da marca recomendam utilizar juntas e retentores específicos, não aplicar graxas ou colas e verificar sempre o ajuste da tensão da corrente ou correia de acionamento da bomba.

A troca da bomba de óleo é geralmente uma tarefa difícil, diz o gerente da Affinia, mas, como o componente é muito preciso e sensível, alguns cuidados devem ser tomados. Ele orienta que a bomba de óleo nova seja retirada da embalagem apenas na hora da instalação, evitando a entrada de qualquer sujeira ou material estranho em seu interior. “Antes da instalação, é importante fazer uma limpeza completa em todo o sistema de lubrificação, desde o cárter, passando pelo pescador, respiro e, principalmente, a face do bloco e a cavidade onde é instalada a bomba. Mas, é preciso ter atenção para não deixar restos de metal, cerdas da escova de aço, fiapos de estopa ou qualquer outro resíduo do processo de limpeza dentro do motor. Essas impurezas podem acabar emperrando a válvula de alívio ou engrenagens da bomba”, afirma.

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Verifique sempre o ajuste da tensão da correia de acionamento da bomba de óleo

Com tudo limpo e inspecionado, deve-se colocar a bomba em um recipiente com óleo de motor limpo e girar o seu eixo. Dessa forma, a bomba vai sugar um pouco de óleo para formar o “selo hidráulico”, que fará com que a captação e pressurização do sistema seja o mais breve. “Depois, é importante instalar cuidadosamente a bomba no motor, sem dar pancadas. Nunca deve-se bater na área de apoio do motor. Isso pode gerar apoio irregular, causando vazamentos ou até o travamento das engrenagens na cavidade do bloco”, diz ele.

A Schadek não recomenda a aplicação de cola ou silicone com as juntas ou o’rings, ou mesmo no lugar destes, pois o excesso pode penetrar no interior da bomba, travar a válvula de alívio aberta e ocasionar baixa pressão no sistema de lubrificação, causando danos no motor. Caso a válvula trave fechada, pode causar excesso de pressão no sistema de lubrificação e deslocar a guarnição do filtro, causando o vazamento de óleo e, consequentemente, danos no motor.

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Utilize um manômetro para verificar se a pressão do óleo no sistema está conforme a especificação correta. O teste deve ser feito após a instalação da bomba, com óleo e filtros novos.

Em motores modernos com bomba de óleo frontal é fundamental a instalação e manutenção dos guias da bomba no bloco. A Schadek atenta o mecânico para quando a bomba de óleo for aplicada na ponta do virabrequim do motor, onde deve ser verificado se o alinhamento deste está correto e se suas folgas radial e axial estão dentro do especificado. Caso contrário, pode ocasionar danos prematuros na bomba de óleo e no motor.

Por fim, de acordo com as dicas de Jair, o aperto da bomba é feito de forma alternada, aplicando o mesmo torque em todos os parafusos para evitar engripamento.

Então, com a bomba de óleo instalada, utilize óleo lubrificante e filtros novos no motor e, na sequencia, o ideal é dar partida sem as velas e com o filtro de óleo ligeiramente solto, “assim que o lubrificante atingir o filtro, dar o torque final e mais uma partida verificando com um manômetro se houve indicação de pressão no sistema. Estando ok, instalar as velas, dar a partida e monitorar a pressão do sistema conforme norma ABNT NBR 13032”, comenta.

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Diagnóstico preciso

A Magneti Marelli enfoca algumas dicas essenciais para fazer um diagnóstico preciso e verificar quando o item está com problema e precisa ser trocado. Em primeiro lugar, deve-se ficar atento à luz indicadora da pressão do óleo no painel de instrumentos. Ao dar a partida do motor, perceba se há ruídos na parte superior, que indicam demora para o óleo atingir esta região, podendo ser indício de problemas na bomba. A utilização de manômetro é vital para verificação da pressão do óleo em marcha lenta e com o motor em regime acelerado, fator imprescindível para um diagnóstico adequado.

Numa eventual troca, a equipe técnica da Marelli indica sempre substituir o filtro de óleo, checar todo o sistema de lubrificação, efetuando a limpeza do cárter e pescador de óleo e caso seja necessário, desmontar a correia dentada, realizar a verificação do seu estado e de seus acessórios, substituindo-os. “Uma verificação preventiva ou troca do interruptor da luz de advertência da pressão do óleo também é uma boa pratica”, observa Fernando Landulfo, do SENAI.

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Na instalação, passe óleo no retentor do filtro para evitar o ressecamento da borracha

O técnico da Affinia esclarece ainda que como é um componente mecânico, a bomba de óleo trabalha em constante esforço e acaba se desgastando após anos de trabalho no motor do veículo. “Mas, como dificilmente a bomba de óleo quebra em funcionamento, a sua troca, muitas vezes, é feita apenas na hora de retificar o motor. É recomendado, no entanto, ter os equipamentos adequados para fazer o teste de medição da pressão e ficar atento na luz ou indicador de pressão do sistema”, avisa.

Uma aplicação incorreta, segundo a Marelli, pode acarretar o mau funcionamento do sistema de lubrificação, causando o desgaste prematuro das peças internas do motor e até o seu travamento.

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Má aplicação causa vazamentos, desgaste prematuro e perda de pressão de óleo no motor, causando falta de lubrificação

Segundo a Brosol, podem ocorrer diversos problemas tais como: vazamentos, desgaste prematuro, perda de pressão de óleo no motor causando a falta de lubrificação entre outros. Vale lembrar que a má aplicação da peça pode ocasionar a perda da garantia.

É unânime, porém, que em caso de avaria na bomba de óleo, não é recomendado o reparo da peça, pois o componente sofre desgaste com o uso, por isso, a troca por uma peça nova de qualidade é imprescindível quando o teste indicar ineficiência. “Além disso, como todos os componentes internos são sujeitos ao desgaste, recondicionar a bomba de óleo é inviável, uma vez que é impossível verificar o desempenho do componente sem possuir todos os equipamentos específicos”, completa Jair.

A Schadek também chama a atenção para que o reparo da bomba usada não seja efetuado, pois, para o dono do veículo, o custo da troca da peça ou do reparo da mesma vai ser equivalente. O mecânico que faz o reparo da bomba está assumindo toda a responsabilidade da garantia para si, caso venha a ter problemas.

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Verifique preventivamente ou troque o interruptor da luz de óleo quando necessário

Para se prevenir contra pirataria, peças falsificadas e de procedência duvidosa, que podem comprometer o funcionamento do motor, o importante é optar por marcas conhecidas no mercado e que atendam às especificações do modelo do veículo.

Segundo a equipe técnica da Magneti Marelli, em toda troca de bomba é recomendada a substituição do fluído lubrificante e do filtro de óleo. Caso seja necessária a remoção da correia, realizar a verificação de seu estado e de seus acessórios, substituindo-os se necessário.

Jair, da Affinia, explica que em geral a bomba de óleo dispensa uso de correia, já que o acionamento é feito por eixo ou corrente e na sua substituição esses componentes devem estar em bom estado, assim como as partes moveis do motor em contrário o resultado não será satisfatório. “A substituição do lubrificante e do filtro de óleo é obrigatória”, diz.

Com relação ao acesso ao item, que é bastante difícil, o mecânico deve estar treinado para fazer o serviço e conhecer o projeto do motor que varia de modelo e marca. “Também pode recorrer a informações técnicas de fabricantes do produto por meio de vídeos explicativos, treinamentos ou consultar a central de atendimento”, complementa.

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Sempre substitua o filtro de óleo juntamente com a troca do lubrificante

A equipe da Urba Brosol afirma que normalmente a bomba de óleo é impulsionada pelo virabrequim do motor ou uma transmissão do mesmo, sendo assim, não existem componentes de manutenção periódica ligados a bomba. “Porém, deve-se sempre utilizar o óleo lubrificante e o filtro de óleo de acordo com as especificações da montadora do veículo e substituí-los nos períodos determinados”, finaliza Gabriel K. K. Abrahamian, do departamento de Marketing e Promoção da empresa.


Suporte Técnico: Magneti Marelli: (19) 3808 7200 | Nakata: 0800 707 8022 | Urba Brosol: 0800 880 2154

2 comentários em “Bomba de óleo: Longevidade às peças internas do motor

  1. Muito importante esse e essencial essas informações pra tirou minha dúvida e tabus e me fez adiquerir vc onhecimentos

  2. a bomga magnneti marelli tem uma longa duração mesmo eu coloquei no motor zetec rocam do ford ka 2008/2009

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