Com 20 cavalos de potência a mais, os novos modelos da Chevrolet ganharam em torque e desempenho. Tudo isso com preço acessível e economia de combustível
Carolina Vilanova
Na estrada dá para perceber a diferença: o novo motor 1.4 Econo.Flex, que foi adotado para equipar os veículos Chevrolet Corsa, nas configurações harchback e sedã, e a Montana, tem o mesmo nome do conjunto que equipa o Prisma, mas é muito superior.
Variados aprimoramentos foram desenvolvidos para que o propulsor ganhasse mais de 20 cv, o que otimizou bastante a performance dos carros, ótimas opções para quem quer abandonar de vez o 1.0 l e migrar para o 1.4 l, por um preço bem acessível.
O motor, que já era considerado pela montadora de última geração, ganhou nova calibração e itens renovados como coletor de plástico, acelerador sem cabo do tipo drive by wire, balancins roletados e um sistema de partida a frio no qual a gasolina do reservatório é utilizada apenas em temperaturas menores que 8º C.
O resultado desse trabalho foi um motor capaz de entregar a potência máxima de 105 cv quando utiliza apenas álcool e de 99 cv com a utilização exclusiva de gasolina, sempre em regime de funcionamento a 6.000 rpm. Em termos de torque, os valores atingem 13,4 kgfm com o uso de álcool e 13,2 kgfm quando abastecido com gasolina, ambos a 2.800 rpm.
No visual as modificações foram modestas mas deram um toque todo especial e esportivo aos modelos. São novos pára-choques, rodas de alumínio, faróis e grade do radiador com barra cromada, e lanternas escurecidas, além de tecidos renovados e um painel de instrumentos mais moderno.
Para acompanhar a boa performance e a economia de combustível dos veículos, a montadora garante que a relação custo-benefício é o maior destaque, considerando design moderno, preço, valor do seguro, cesta básica de peças e depreciação. Uma revisão preventiva de um ano para o modelo Corsa, por exemplo, custa R$ 399,00 nas concessionárias da marca. Basta saber se a rede vai praticar esse preço.
Além desses atributos, a marca acredita que o maior destaque da linha será mesmo o preço e a relação custo/benefício que oferece. O Corsa Hatch tem preço sugerido de R$ 30.990,00, o Sedã de R$ 32.990,00, enquanto a Montana chega ao consumidor com o valor de R$ 29.950,00, a mais barata da categoria.
Apesar de apostar que o gosto dos motoristas está mais para 1.4 l, a General Motors não vai dispensar a fabricação dos modelos Corsa nas versões 1.0 para competir no segmento dos populares, também muito importante para a marca no Brasil. As motorizações 1.8 litro de ambos os veículos, Corsa e Montana, continuam como opção.
| Tabela de consumo | Corsa Hatch e Sedã | Montana |
| Cidade | 12,6 km/l | 12,3 km/l |
| Estrada | 17,5 km/l | 15,7 km/l |
| Misto | 14,8 km/l | 13,8 km/l |
Fiesta Trail: espírito aventureiro
Voltado para o público jovem, o novo modelo da Ford alia esportividade off-road do visual com a versatilidade dos motores 1.0 e 1.6 Flex
A Ford do Brasil acaba de lançar a versão de acabamento Trail, que vem dar mais esportividade para a gama do compacto Fiesta. Definido pela montadora como um veículo de estilo aventureiro, o Fiesta Trail traz no visual itens de personalização de fábrica, que tem como alvo um público específico de consumidores em busca de um veículo diferenciado, com ar de liberdade e aventura, que remete ao estilo de vida off-rod.
Tanto a traseira quanto a dianteira do carro receberam novos acessórios, entre os quais se destacam os insertos nos pára-choques, rodas de liga leve de 14 polegadas, estribos laterais, bagageiro de teto e o logotipo Trail estampado nas portas e na tampa traseira. A versão mais básica do modelo já vem com ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas.
Por dentro, o Fiesta Trail também ganhou novos aprimoramentos, sempre voltados para o lado esportivo e personalizado do consumidor. Manopla de câmbio na cor cinza, pedaleiras em chapa de alumínio com apliques de borracha antideslizantes e bancos dianteiros revestidos com capa em Neoprene, mesmo tecido utilizado em roupas de surf, nas cores preto e prata completam o visual moderno do carro.
O Fiesta Trail é oferecido na configuração de carroceria hatch e tem as opções os motores 1.0 L Flex e 1.6 L Flex, velhos conhecidos do público consumidor e comprovados como potentes e resistentes, melhor para sua relação custo-benefício.
Em termos de desempenho, o RoCam 1.6 l entrega a potência máxima de 111 cv com uso de álcool e de 105 cv quando o carro é abastecido somente com gasolina, sempre a 5.500 rpm, enquanto o torque chega a 155 Nm com álcool e 146 Nm com gasolina, ambos a 4.250 rpm.
Já o pequeno motor RoCam 1.0 l, preferido nos carros populares, é capaz de alcançar a potência de 73 cv com uso exclusivo de álcool e 71 coma utilização de gasolina, ambos a 5.500 rpm. Em relação ao torque, os valores máximos são de 91 Nm com álcool e 89,5 Nm com gasolina, sempre a 4.250 rpm.
Disponível nas cores prata e preto, o preço do Fiesta Trail sugerido pela montadora começa em R$ 40.766,00 para o modelo 1.0 l e R$ 44.855, 00 para os veículos com motorização 1.6 l.
Pajero Flex: o utilitário bicombustível
Se no mercado nacional faltava um veículo flex 4×4, agora não falta mais. A Mitsubishi Motors acaba de apresentar a linha 2008 da Pajero TR4 Flex, uma versão bicombustível do utilitário 4×4, já reconhecido por suas características de robustez e esportividade combinadas com conforto e segurança.
O motor é um 2.0 litros com quatro cilindros em linha e 16V, completamente renovado foi desenvolvido num período de 18 meses, com tecnologia 100% nacional e supervisão total da Mitsubishi do Japão. As peças que têm contato com o etanol foram alteradas para melhor aproveitamento do combustível e para evitar corrosões derivadas do uso do álcool, como o novo tanque de combustível produzido em polietileno de alta densidade.
Com essa fórmula, a Pajero Flex é capaz de entregar a potência máxima de 133 cv quando abastecido com álcool e 131 cv com a utilização de gasolina, ambos a 5.500 rpm. Já em relação ao torque, o motor atinge 19 kgfm com álcool e 18 kgfm com uso de gasolina, sempre a 4.500 rpm. O diâmetro e curso do pistão é de 81,5mm x 95,9 mm e a taxa de compressão é de 9,5:1.
O sistema de injeção eletrônica do veículo é da Magneti Marelli e para aproveitar o máximo do motor, foram determinadas calibrações específicas para as versões com câmbios manual e automático, privilegiando sempre a suavidade do engate e a durabilidade do conjunto motriz.
Em relação ao combustível, a Mitsubishi divulga que o consumo médio do veículo em uso misto é de 11,0 km/l quando abastecido com gasolina e 9,0 km/l se utilizado somente álcool. No trânsito os valores são de 8,0 km/l e 6,5 km/l, respectivamente.
O modelo chegará às concessionárias no mês de julho com preços a partir de R$ 71.690,00 para a versão manual e de R$ 76.590,00 para os modelos com câmbio automático.
Logan tem espaço e bom preço
O mais recente lançamento da Renault não tem nada de moderno, pelo menos não no visual. Com linhas quadradas e simples, os maiores atrativos do carro são o espaço interno e o preço, que começa em R$ 27.990,00, um valor bem competitivo para um carro sedan. Para esse modelo a montadora francesa aposta no baixo custo de manutenção e na garantia total de 3 anos, com revisões programadas a cada 10 mil km, que de acordo com a marca custam R$ 1,00 por dia.
As versões oferecidas são a 1.0 16V Hi-Flex e a 1.6 16V Hi-Flex, ambas com motorização bicombustível. O modelo com opção de motor 1.0 l 16V Hi-Flex, o mesmo do Clio mas com alterações calibrações específicas, é capaz de alcançar a potência máxima de 77 cv (álcool) e 76 cv (gasolina) ambos a 5.850 rpm e torque de 10.1 Kgmf, sendo que 80% desse valor já está disponível a partir dos 1.500 rpm. Já o propulsor 1.6 l 16 V desenvolve a potência de 112 cv (álcool) e 107 cv (gasolina) a 5.750 rpm, o torque máximo é de 15,1 kgmf (gasolina) e 15,5 kgmf (álcool), sempre a 3.750 rpm.
De acordo com a Renault, uma das principais características deste motor é o torque em baixas rotações, um benefício que foi aprimorado com a nova central eletrônica e com as alterações no escalonamento de marchas. A transmissão também foi adotada do Clio, é a caixa JH3, cujo comando passou a ser por barra alta, sincronizadores mais precisos e corredores que servem de guia para a alavanca de mudanças foram reposicionados.
C4 Pallas: um sedã com design moderno e esportivo
Já está disponível na rede de concessionárias da Citroën o novo sedã C4 Pallas, da mesma gama do esportivo hatchback C4. O modelo é bonito e elegante, com linhas requintadas que remetem à modernidade com um ar esportivo e arrojado.
O motor 2.0i 16V (EW10A) dá um toque todo especial ao C4, com desempenho capaz de entregar a potência máxima de 143 cv a 6.000 rpm, enquanto torque chega a 20,0 kgfm a 4.000 rpm, com 85% disponível a apenas 2.000 rpm. Conta com acelerador eletrônico e um sistema de distribuição de regulagens variáveis (VVT), que permite um preenchimento otimizado das câmaras de combustão, em qualquer regime do motor.
O C4 Pallas oferece as versões de câmbio manual e automática seqüencial. A caixa manual de marchas BE tem cinco velocidades à frente e teve a relação do diferencial reduzida em 15% para tornar as saídas mais ágeis. O modelo automático de transmissão é o seqüencial AL4, o mesmo utilizado no modelo C5 e nos veículos da Peugeot (veja matéria na edição 171 e em O Mecâniconline).
A suspensão é formada por rodas independentes na dianteira, eixo tipo McPherson com braços inferiores triangulados, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. A traseira é formada por rodas independentes, eixo traseiro com braços estendidos, travessa deformável, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Para adaptar-se ao solo brasileiro, o modelo é 10 mm mais alto que o C4 europeu.
O sistema de freios para toda a gama é dotado de ABS com Distribuidor Eletrônico de Frenagem (REF) e Ajuda à Frenagem de Emergência (AFU).
O modelo será oferecido em seis opções de cores: Noir Onyx (preto), Rouge Lúcifer (vermelho), Gris Aluminium (prata), Gris Fer (grafite), Gris Cendré (prata/dourado) e Bleu de Chine (azul). O preço sugerido é a partir de R$ 64.990.
Ford amplia gama dos caminhões Cargo
Com foco no mercado dos Veículos Urbanos de Carga (VUC), a Ford Caminhões apresenta o novo Cargo 712, inserido no segmento de leves com PBT de 7,7 toneladas especialmente desenvolvido para atuação urbana e aplicações de pequeno porte. Outra novidade que a montadora oferece, este voltado para o segmento de veículos pesados, é o Cargo 4532e MaxTon, uma evolução dos modelos 4432, com capacidade para 45 toneladas de PBTC.
O novo modelo Cargo 712 é equipado com o motor mecânico Cummins B 3.9 Euro 3, de 3,9 litros, que desenvolve 120 cv de potência a 2.800 rpm e torque de 46,4 kgfm a 1.500 rpm. A caixa de transmissão adotada é uma Eaton FSO 4405, com cinco marchas à frente e uma à ré. Entre as características mecânicas, destaque para o sistema de freio a ar de circuito duplo, equipado com válvula sensível à carga, além de freio-motor com acionamento eletropneumático como opcional. O preço sugerido do veículo é de R$ 90.427,00.
No caminhão pesado Cargo 4532e MaxTon foi incorporado o engenho da Cummins, porém mais potente, denominado ISC 320 P5, com 8.270cc e potência máxima de 320 cv a 2.000 rpm, enquanto o torque é de 131 kgfm a 1.300 rpm. Para completar o trem de forma foi incorporada a caixa de câmbio Eaton, modelo RTLO 14918-B de 18 marchas à frente e 4 à ré não sincronizadas. Com um sistema de freios que acopla o filtro secador de ar (“air dryer”) e válvula sensível à carga (LSV) e freio traseiro equipado com câmaras do tipo “baioneta”, o MaxTon tem melhor capacidade de frenagem em condições severas. Coroa e pinhão do eixo traseiro receberam tratamento especial.
