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Ferramenta certa

Acompanhe as dicas e recomendações para a utilização correta de ferramentas convencionais nos serviços prestados por oficinas mecânicas

Carolina Vilanova

 

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Muitas das ferramentas que fazem parte da rotina de uma oficina mecânica parecem simples de utilizar, afinal, são instrumentos que servem para serviços em geral, inclusive feitos em casa. Mas na verdade, não é bem assim. Mesmo as ferramentas convencionais precisam de orientação na hora da utilização, pois podem colocar em risco toda a qualidade do trabalho efetuado e ainda causar sérios acidentes com os usuários.

 

A primeira recomendação do instrutor técnico do SENAI-Conde José Vicente de Azevedo Ipiranga-SP, Valdemar de Lima, é sobre a aquisição dos produtos. “Sempre que for comprar ferramentas para sua oficina, procure marcas conhecidas, que desenvolvem produtos de qualidade e forneçam garantia. Isso vai assegurar a qualidade do serviço prestado ao seu cliente”, afirma.

 

Antes de começar um serviço, certifique-se de que todas as ferramentas necessárias estão em mãos, além disso, analise o estado da peça, limpeza e aferição. A organização em maletas, armários ou carrinhos personalizados é fundamental para facilitar a busca das ferramentas corretas e prevenir que sofram danificações.

 

 Não pode faltar na sua oficina
• Alicates
• Chave de Boca
• Chave em L
• Chave Torx
• Martelos em geral
• Chave de fenda
• Chave estrela
• Chave hexagonais (Allen)
• Chaves combinadas
• Chaves Philips ou de fenda cruzada
• Manivela
• Catraca

 

• Cabo de força
• Desandador
• Macho para roscas internas
• Cocinetes para rocas externas
• Soquetes
• Torquímetros
• Goniômetro para torque ângulo
• Relógio comparador
• Micrometros
• Manômetros
• Paquímetros
• Calibre de raios, lâminas e roscas.

 

Ao utilizar qualquer ferramenta, se posicione corretamente: apóie bem o corpo nas pernas e mantenha os pés separados. Use óculos de proteção e luvas se for necessário.

 

Em geral, todo serviço feito fora do veículo deve ser feito em cima de uma bancada apropriada, com a ajuda de um torno de bancada (morsa) necessário. para a fixação das peças ou componentes para que o técnico tenha mais firmeza na hora de fazer um trabalho. Mas lembre-se de prestar atenção se os mordentes (protetor) estão no lugar certo para não danificar as peças.

 

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As ferramentas mais comuns, não só nas oficinas, são as chaves de fenda e as chaves combinadas. Geralmente produzidas em aço cromado ou forjado, dependendo da aplicação, as chaves é necessário verificar alguns pontos antes de escolher com qual vai trabalhar. “A cabeça do parafuso e o tipo da fenda são sempre referências em relação ao tipo e ao tamanho da chave que sra utilizada”, observa o técnico.

 

“Jamais utilize uma chave de fenda como alavanca, conheço mecânicos que sofreram sérios acidentes por conta disso”, alerta Valdemar.

Cuidados com chaves de fenda:
– Utilize a chave de fenda somente para apertar ou desapertar parafusos- Não afie a ferramenta no esmeril, para evitar que perca suas características técnicas como dureza e resistência, o que pode causar a quebra da chave ou um acidente com o usuário- Verifique se a ferramenta está em condições de uso, sem apresentar trincas no cabo ou arredondamento das arestas na ponta da chave, causados por uso incorreto da ferramenta, impactos ou na utilização em parafusos de diâmetro diferente do especificado. Nesses casos, substitua por uma nova- Aplique periodicamente uma fina película de óleo lubrificante na chave para proteger sua superfície.

* Fonte: Gedore

 

Em relação às chaves de boca, na hora que for soltar o parafuso, sempre utilize a chave fechada da ferramenta combinada para não estragar a porca, o parafuso ou até mesmo a chave. Lembre-se de segurar bem a peça.

 

Se o parafuso estiver espanado, deve ser substituído. “Existem algumas ferramentas específicas para tratar de casos como o de um parafuso quebrado dentro do componente, sem danificar a peça, como a ferramenta macho-rosca-esquerda”.

 

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Use um cabo de força se precisar soltar uma porca ou um parafuso muito apertado, como os de alto torque. Esse instrumento reduz a força que o técnico tem que fazer e facilita a retirada do elemento. Na linha pesada o multiplicador de torque é muito usado para remover ou apertar torques elevados.

 

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Existem no mercado vários tipos de alicates, tipos de ferramentas essenciais no trabalho do mecânico, são eles: alicates de travas internos e externos, alicates universais, alicates de corte, de bico e de bico curvo bomba d’agua. “Cada um tem uma utilidade diferente. Quando for remover travas, segure a peça para limitar o deslocamento e evitar que escape e seja arremessada. Isso pode machucar o técnico”, avisa.

 

Cuidados com os alicates:
– Não utilize o alicate para bater, soltar parafusos ou arrancar pregos- Não segure peças próximas da região que for soldada, pois pode aquecer demasiadamente a mandíbula e danificar de forma irreversível o tratamento térmico aplicado no alicate- Aplique periodicamente uma fina película de óleo lubrificante nas partes metálicas do alicate para proteger sua superfície- Evite quedas, isto pode danificar sua isolação

– Guarde o alicate em ambientes secos e longe de objetos ou ferramentas pontiagudas e cortantes.

* Fonte: Gedore

 

Para trabalhar com os soquetes, é necessário utilizar alguns acessórios, como catraca, manivela, cabo T, junta universal, extensão e o próprio torquímetro. São apresentados em vários tipos e tamanhos – reforçados, dodecagonal, estriado – o que exige do mecânico atenção redobrada. Para a utilização de chaves pneumáticas usar sempre soquetes de impacto.

 

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Segure firme e encaixe a ferramenta corretamente no soquete e este no parafuso, assegurando que estão perfeitamente encaixados antes de começar o serviço, garantindo assim a prevenção de acidentes. Antes de começar a apertar com o soquete, rosqueie o parafuso com a mão.

 

Torquímetro

 

O torquímetro tem a função de controlar e aplicar o aperto exato em componentes de fixação, como porcas e parafusos. O cuidado com o equipamento é um dos quesitos essenciais para que o trabalho tenha qualidade.

 

Em primeiro lugar, é importante procurar um produto de boa procedência e marca conhecida, para exigir garantia e assistência técnica se necessário. O técnico deve estar treinado e preparado para usar o equipamento. Faça as calibrações e aferições a cada seis meses por empresas recomendadas pela fábrica.

 

Dicas para o torquímetro:
– Não submeta o equipamento a impactos- Armazene em local arejado, sem umidade- Faça limpeza externa, mas não coloque graxa ou óleo- A limpeza interna deve ser feita por uma empresa especializada na hora da calibração.

 

Faça manutenção também se o aparelho sofrer quedas, impactos etc.

 

Os torquímetros são apresentados em vários tamanhos, condicionados a capacidade de torque do parafuso a ser trabalhado. Ajuste o torque prescrito até escutar o aviso, que pode ser sonoro, com luz, digital, com ponteiros, etc.

 

O torquimetro de precisão, indicado para torques muito baixos. “Antes de utilizar, zere o relógio principal e vai monitorando até o outro ponteiro alcançar o torque especificado”, explica.

 

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Cuidados com as ferramentas:
– Cheque se não tem rebarbas- Veja se as partes estão bem fixas (parafusos, porcas, molas etc)- Deve estar bem seca- Veja se está em condições de uso (não use chaves desgastadas, facas sem cortes, cabos trincados etc)

– Em ferramentas específicas para isolação, a gravação de 1000V deve estar bem legível

– Cada tipo exige cuidados específicos de conservação, porém, todas devem ser limpas e lubrificadas para evitar oxidação

– Armazenamento incorreto causa acidentes

* Fonte: Corneta

5 comentários em “Ferramenta certa

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